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Índice

Introdução........................................................................................................................................3

Mercado financeiro internacional....................................................................................................4

Conceito e Características............................................................................................................4

Tipos e suas respectivas características.......................................................................................4

Mercado de câmbio Internacional...................................................................................................7

Conceito Fundamentais................................................................................................................7

Características do Mercado Cambial...........................................................................................7

Principais Intervenientes do Mercado e seus Processos para a Evolução da Economia..............8

O sistema monetário Internacional..................................................................................................9

Conceito.......................................................................................................................................9

Características Principais.............................................................................................................9

Origem e Evolução do Sistema Monetário Internacional..........................................................10

Taxa de Câmbio.............................................................................................................................12

Conceito.....................................................................................................................................12

Características............................................................................................................................13

Taxas de câmbio fixas e flutuantes................................................................................................14

Taxas de câmbio fixas................................................................................................................14

Taxas de câmbio flutuantes (ou flexíveis).................................................................................15

Conceitos e Características........................................................................................................15

A relação entre inflação, as taxas de juro e as taxas de câmbio.................................................16

O Mercado Internacional de Eurodólar.........................................................................................16

Origem.......................................................................................................................................16

Funcionamento...........................................................................................................................17

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Características Fundamentais.....................................................................................................17

Mercado de eurobónus (eurobonds)..............................................................................................18

Mercado de Fundos Emprestáveis.................................................................................................19

Conceito.....................................................................................................................................19

Oferta e procura de Investimentos para Empréstimos numa Economia Fechada......................20

Oferta e procura de Investimentos para Empréstimos numa Economia Aberta e Incentivos de


Poupança e de Investimento.......................................................................................................21

Conclusão......................................................................................................................................24

Bibliografia....................................................................................................................................25

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Introdução

O presente trabalho de pesquisa Científica é de carácter avaliativo, elaborado pelos estudantes do


2° Ano, do ramo da Engenharia Civil, na Cadeira de Macroeconomia, dedica-se inteiramente ao
estudo de vários temas, nomeadamente:

 Mercado financeiro internacional.


 Mercado de câmbio Internacional.
 O sistema monetário Internacional.
 Taxas de câmbio
 Taxas de câmbio fixas e flutuantes.
 Hedging nos mercados de câmbio internacional.
 O Mercado Internacional de Eurodólar.
 Mercado de eurobónus (eurobonds).
 Mercado de Fundos Emprestáveis.

A presente investigação segue uma estrutura bem definida, onde é abordado acerca dos
conceitos, características e os principais fundamentos e elementos envolventes para cada tema
acima mencionado, efectuando as citações de acordo com o referencial dos autores que tratam
sobre os conteúdos apresentados.

Após o desenvolvimento das temáticas, é apresentado a conclusão daquilo que foi intendido
durante a elaboração do mesmo e referencia.

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Mercado financeiro internacional

Conceito e Características

Os mercados financeiros são um pilar de uma economia capitalista, onde este fornece, a
empresários e empresas, um meio de acesso directo a financiamento e liquidez, bem como um
acompanhamento de preços dos diversos bens. Relativamente ao financiamento, as empresas
podem emitir dívida ou ceder parte de participação do negócio a compradores, com o fim de
conseguir sustentar novos projectos, reduzindo o risco associado (Ferreira, 2008).

Para Mankiw (2005, p. 346), os mercados financeiros são instituições por meio das quais as
pessoas que desejam economizar podem oferecer fundos directamente àqueles que desejam
tomar empréstimos. Os dois mercados financeiros mais importantes em uma economia são o
mercado de títulos e o mercado de acções.

Tipos e suas respectivas características

De acordo com Neto (2003, p. 106) O mercado financeiro internacional pode ser subdividido em
quatro segmentos denominados: mercado de câmbio; mercado de capitais; mercado de
crédito; mercado monetário.

1. Mercado monetário

Segundo Neto (2003, p. 107), o mercado monetário encontra-se estruturado visando o controlo
da liquidez monetária da economia. Os papéis são negociados nesse mercado tendo como
parâmetro de referência a taxa de juros, que se constitui em sua mais importante moeda de
transacção. Os papéis que lastreiam as operações do mercado monetário; caracterizam-se pelos
reduzidos prazos de resgate e alta liquidez.

2. Mercado de Câmbio

A moeda de uma economia é como se fosse um produto negociável no mercado, que pode ser
comprado ou vendido a determinado preço em relação à outra moeda. A taxa de câmbio
representa o valor com que a autoridade monetária de um país aceita negociar sua moeda por
meio da compra ou venda de moeda estrangeira. Neto (2003, p.53) afirma que o Banco Central é

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o responsável por adquirir moeda estrangeira e por pagar em moeda nacional os exportadores de
bens e serviços, assim como, os devedores que tenham obtido empréstimos no exterior.

De acordo com Maia (2011), como a taxa é o preço da moeda, está sujeita à lei de oferta e da
procura. As mesmas forças que, no mercado alteram o preço das mercadorias, também afectam a
taxa cambial. Por exemplo:

 Especulação – especular com moedas é mais fácil do que especular com mercadorias,
pois estas são de estocagem mais difícil e tem menor liquidez;
 Governos – eles interferem com maior frequência no mercado cambial, os governos de
países estrangeiros podem influenciar a taxa de câmbio de equilíbrio de muitas maneiras,
como: impondo barreiras ao câmbio e ao comércio estrangeiro, intervindo no mercado de
câmbio estrangeiro e afectando variáveis macro, como inflação e taxa de juros.
 Taxas de juros – elas provocam migrações de capitais, que se movimentam de um país
para outro à procura de um lucro maior.

Quando a moeda nacional fica muito valorizada, prejudica a exportação. Porém, uma
desvalorização da moeda provoca outros problemas, tais como a elevação dos custos dos
insumos importados, assim como o crescimento do endividamento em moedas estrangeiras das
empresas nacionais. Em face disto, os governos passaram a intervir no mercado cambial, muitas
vezes com reflexos nocivos ao nosso comércio com o exterior (MAIA, 2011).

3. Mercado de Capitais

O mercado de capitais está estruturado de forma a suprir as necessidades de investimentos dos


agentes económicos, através de diversas modalidades de financiamentos a médio e longo prazo
para capital de giro e capital fixo. É constituído pelas instituições financeiras não bancárias,
instituições componentes do sistema de poupança e empréstimo e diversas instituições auxiliares.
Os financiamentos de prazo indeterminado são operações que envolvem a emissão e a subscrição
de acções (Neto, 2011, p. 74). O mercado de capitais é composto de dois segmentos: mercado
primário e mercado secundário.

 Mercado Primário É quando o título é lançado pela primeira vez no mercado, ou seja,
quando é feita a emissão primária do título, e, nesse momento, ocorre aporte de recursos

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para a empresa emissora. O lançamento de títulos para subscrição pública é denominado
underwriting. Subscrição de Títulos (Underwriting) O lançamento (emissão primária) de
títulos e de acções de empresas é feito através de instituições financeiras especializadas –
banco de investimento (ou banco múltiplo com carteira de investimento), uma corretora
ou distribuidora (Presente, 2019, p. 27).
 Mercado Secundário - Negociação de títulos após a emissão primária. Nesse caso, os
títulos trocam de mãos, sem que a empresa receba qualquer recurso. A existência de um
mercado secundário é de fundamental importância para estimular a emissão primária ao
conferir liquidez para os títulos.

Os títulos podem ser negociados em dois tipos de Mercado:

 Bolsas de Valores - são mercados organizados, em que operações de compra e de


venda de acções e de títulos são realizadas a partir de um conjunto de regras. As
operações com acções em bolsas de valores são realizadas por sociedades corretoras
(Presente, 2019, p. 28)
 Mercado de Balcão - são negociações realizadas fora das bolsas de valores. Nesse
mercado, os negócios são fechados por meios electrónicos entre as instituições e entre
elas e os seus clientes. As acções transaccionadas no mercado de balcão têm menor
liquidez do que as transaccionadas em bolsas e, portanto, estão mais sujeitas a
oscilações de preço e a manipulações (Presente, 2019, p. 28)
4. Mercado de Crédito (de titulos)

Conforme Neto (2003, p. 118), o mercado de crédito tem por objectivo fundamental suprir as
necessidades de caixa de curto e médios prazos dos vários agentes económicos, podendo ser por
meio de concessão de empréstimos às pessoas físicas ou por empréstimos e financiamentos às
empresas. É o segundo mais importante mercado financeiro do mundo envolvendo empréstimos
e financiamentos realizados por meio de títulos (bónus) vendidos directamente aos investidores
institucionais e individuais.

As operações desse mercado são, normalmente, realizadas por instituições financeiras bancárias,
mais especificamente bancos comerciais e múltiplos. Os bancos têm por objectivo principal

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reforçar o volume de captação de recursos, percebe-se que suas actividades têm evoluído para
um processo de diversificação de produtos financeiros, bem como na área de serviços prestados.

Além disso, esse mercado financeiro é conhecido pelo famoso spread bancário (a diferença entre
os juros que o banco cobra ao emprestar moeda a um agente deficitário e a taxa que ele mesmo
paga ao captar dinheiro com um agente superavitário). Esse valor pode variar de acordo com a
operação, já que cada uma delas envolve certo risco.

Mercado de câmbio Internacional

Conceito Fundamentais

O mercado cambial, também designado por FOREX ou FX market (Foreign Exchange Market) é
o mercado financeiro onde se realizam todas as operações de compra e venda de moedas
estrangeiras, ficando a sua existência ligada ao comércio internacional. As principais moedas
transaccionadas do mercado cambial são o euro, dólar, iene e a libra esterlina (Silva et al., 2013).

Características do Mercado Cambial

Segundo ISGB (2005), Bastardo (2011) e Silva et al. (2013) o mercado cambial apresenta como
principais características a sua dimensão mundial, o funcionamento contínuo e a sua elevada
liquidez.

 Dimensão Mundial: Em todo o Mundo existem operações financeiras com transações de


dívisas em qualquer altura do dia, com as cotações a alterarem-se. A dimensão mundial
resulta da conjugação de alguns fatores, entre eles a perfeita divulgação da informação
(informação online), mobilidade internacional do capital e a existência de arbitragem
cambial. A arbitragem cambial permite aos arbitristas verificarem o aparecimento de
cotações diferentes para a mesma moeda em praça cambiais diferentes (comprando onde
o preço é inferior para vender por um preço superior), obrigando o mercado a ajustar as
suas taxas de câmbio de forma a ter uma igualdade em todo o Mundo.
 Continuidade: A dimensão mundial faz que funcionem 24h por dia (útil) devido a sua
diversificação em diversas bolsas no Mundo. Começa em Sidney, passa por Tóquio,
Hong Kong e Singapura, Frankfurt, Londres e Paris, Nova Iorque, Chicago, terminando
em São Francisco e Los Angeles e voltando a Sidney novamente.

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 Liquidez Elevada: O mercado cambial apresenta como principal característica a sua
liquidez, que resulta da laboração global e continua. O período de maior liquidez é no
início da tarde europeu, quando a Europa e a costa leste dos EUA estão abertos, sendo
neste período realizadas as operações de maior valor. O período de menor liquidez ocorre
na costa oeste do EUA, quando as bolas europeias estão fechadas e o mercado asiático
ainda está no começo, sendo este período utilizado para intervenções cambiais dos
bancos centrais (Silva et al. 2013)

Principais Intervenientes do Mercado e seus Processos para a Evolução da Economia

Como descrito por ISGB (2005), Bastardo (2011) e Silva et al. (2013) o mercado cambial
envolve diversos intervenientes, contudo, existem cinco grupos principais: bancos centrais,
bancos comerciais, corretores, empresas e particulares e especuladores e arbitristas.

 Bancos Centrais: São instituições de supervisão que têm como funções a política
monetária da sua moeda, a defesa do regime cambial em vigor, com a compra e venda
das suas reservas cambiais garantindo um fixing cambial (taxa de câmbio de referência
numa determinada data sobre uma moeda, comunicada pelo banco central, de forma a
informar qual a taxa de referência da sua moeda perante as outras). As intervenções no
mercado não são realizadas com o objectivo de obter lucros, mas sim para influenciarem
o câmbio da sua moeda.
 Bancos Comerciais: São instituições financeiras que operam nos mercados e com os
seus clientes. Assumem uma posição mais activa negociando em seu nome, ou de uma
forma mais passiva, respondendo as solicitações dos seus clientes agindo como um
intermediário.

Os bancos comerciais podem assumir dois papéis: dealers ou market-makers. Como dealers
transaccionam moeda nos mercados sendo também solicitados a aconselhar estratégias de
mercado aos seus clientes. Como market-makers, os bancos estão sempre dispostos a
comprar e vender moedas garantindo a liquidez do mercado, com o objectivo de obter lucro
através do bid-offer spread (diferença entre a taxa de venda (bid) e a taxa de compra (offer).
(ISGB, 2005).

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 Corretores (Brokers): São agentes que tem como função intermediar a oferta e a
procura no mercado, sem se envolverem directamente nas transacções, cobrando
comissões pelo serviço. A sua posição no mercado envolve um enorme conhecimento, ou
seja, sabem exactamente quem está disposto a comprar e vender evitando assim grandes
perdas de tempo. São muito utilizados por bancos devido a confidencialidade sobre as
identidades envolvidas na operação.
 Particulares e Empresas: Os particulares são essencialmente os turistas que realizam
operações nos balcões dos bancos, tendo uma expressão quase nula neste mercado,
enquanto as empresas utilizam o mercado cambial para pagarem as operações comerciais,
cobrirem o risco cambial ou em caso muito específicos realizar actividades especulativas.
 Especuladores e Arbitragistas: São agentes que utilizam o mercado para o seu próprio
interesse com o objectivo da obtenção de lucros através das alterações na taxa de câmbio
(no caso dos especuladores) ou através de diferenças simultâneas nas taxas em diferentes
mercados (no caso dos arbitragistas). Os maiores especuladores no mercado são os Hedge
Funds.

O sistema monetário Internacional

Conceito

Gonçalves et al (1998), define Sistema Monetário Internacional como um conjunto de regras e


convenções que governam as relações financeiras entre os países. Elas formam o aparato
institucional que mantém as relações entre as diversas economias. Tais normas referem-se: ao
regime de conversão de uma moeda e o padrão monetário adoptado. A conversão de uma moeda
está associada aos padrões de ajuste das taxas de câmbio, ou seja, aos seus preços relativos. Já os
padrões monetários são definidos pela natureza dos activos de reserva, os quais podem ser
baseados em reservas em espécie (ouro), com valor intrínseco, ou reservas fiduciárias, cujas
relações são baseadas no valor que os agentes económicos outorgam a cada momento aos
diversos activos.

Características Principais

Um sistema monetário eficiente tem como principal objectivo viabilizar a fluidez das relações
económicas entre países, maximizando os ganhos com o comércio e os benefícios oriundos dos

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movimentos de capital. Desta forma permite aos produtores se especializarem naqueles bens em
relação aos quais, cada país tem vantagens comparativas e, aos poupadores, buscar em outros
países oportunidades mais rentáveis de investimento.

Um Sistema Monetário pode, ainda, ser identificado por três características básicas: a forma pela
qual um mercado de câmbio é organizado, os tipos de activos utilizados para financiar
desequilíbrios de pagamentos entre países e o mecanismo de ajuste de deficits e superavits de
pagamento. (Mayer et al,1993).

Origem e Evolução do Sistema Monetário Internacional

Antes da Primeira Guerra Mundial (1880-1914), a expressão padrão-ouro era aplicada aos
acordos financeiros internacionais. Consistia basicamente em três características: (1)
conversibilidade das moedas nacionais em ouro; (2) liberdade para o movimento internacional de
ouro e (3) um conjunto de regras que relacionem a quantidade de moeda em circulação no país
ao estoque de ouro desse país. Com o preço do ouro definido no mercado internacional e cada
país fixando sua moeda a uma quantidade pré-definida de ouro, isto resulta numa paridade fixa
entre a moeda do país e o preço do ouro e assim entre as diversas moedas. Este regime é
considerado um mecanismo eficiente para assegurar a estabilidade de preços, por limitar o raio
de acção das autoridades monetárias nacionais, evitando desequilíbrios do balanço de
pagamentos.

Depois da Primeira Guerra Mundial, o mecanismo adoptado fora o de padrão de câmbio-ouro.


Surgido no início da década de 1920, em resposta a uma prevista escassez de ouro, consistia em
manter as reservas dos bancos centrais em ouro e moedas, cujos preços em termos de ouro são
fixos, e cada banco central fixa sua taxa de câmbio a uma moeda com um preço fixo em ouro.
Este regime deu maior flexibilidade ao sistema, pois permitia que as reservas internacionais
fossem compostas por outros activos além do ouro, ainda assim mantendo a vantagem do sistema
anterior, ou seja, a de restringir o crescimento monetário excessivo no mundo.

Mayer, (1993), afirma que o termo sistema vem sendo aplicado desde a Segunda Guerra Mundial
para designar as combinações para organizar o mercado cambial e a produção de activos de
reserva internacionais. A partir de então o sistema monetário internacional passou a ser
conhecido com o nome de Sistema de Bretton Woods, governado pelas regras do Fundo

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Monetário Internacional (FMI), uma das instituições criadas em conferência ocorrida em 1944
entre os 45 delegados de países não-comunistas, na cidade de Bretton Woods, estado de New
Hampshire, EUA, cujo propósito foi o de reformar o sistema financeiro mundial. A outra
instituição criada nessa conferência foi o Banco Internacional de Reconstrução e
Desenvolvimento (BIRD) também conhecido como Banco Mundial cujo papel teve e vem tendo
importância fundamental no desenvolvimento económico mundial, principalmente nos países
associados. O sistema de Bretton Woods pressupõe dois tipos de medidas: uma para lidar com
desequilíbrios externos dos diversos países participantes tais como parâmetros para eventuais
alterações nos valores de moedas nacionais e outra para ajudar a definir o aparato institucional
com o objectivo de prover liquidez e financiar o desenvolvimento económico, realizados através
do próprio Fundo Monetário Internacional (FMI) e Banco Mundial.

O Sistema de Bretton Woods foi desenhado a partir das experiências traumáticas de flutuações
de taxas de câmbio no período entre as duas guerras mundiais, as quais estimularam
desvalorizações competitivas entre os países e resultaram em redução significativa do comércio
mundial. Por isso, no novo sistema, os países membros se comprometeram em manter suas taxas
de câmbio atreladas ao dólar norte-americano, com variações numa margem de 1% dos níveis
fixados, apenas permitindo variações maiores com justificativa, num teto de até 10%. Em
situação que extrapolasse estes limites presumia a autorização do FMI e sua possível
interveniência.

Conforme Gonçalves et al (1998) a expansão do mercado de Eurodólares na década de 60 dos


investimentos norte-americanos no exterior recuperando as economias europeias, os
consequentes deficits do Balanço de Pagamentos dos Estados Unidos, o financiamento do
programa espacial norte-americano e da Guerra do Vietnam via emissões, mais a desaceleração
do crescimento mundial de ouro resultaram numa pressão inflacionária nos Estados Unidos e
provocaram desconfiança em relação ao dólar. Este factor, adicionado da aceleração do processo
inflacionário dos demais países industrializados e o aumento do nível das reservas internacionais
esgotaram as condições originais de conversibilidade oficial estabelecidas em Bretton Woods,
levando, em 1971, à suspensão da conversão do dólar em relação ao ouro e subsequentemente a
conversão entre o dólar e outras moedas.

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Finalmente, em novembro de 1975, na França, representantes das principais nações
industrializadas concordaram em modificar as regras constitutivas do FMI para comportar a
existência do regime de taxas de câmbio flutuantes. Mas, a legitimidade da prática de taxas
flutuantes de câmbio só foi concedida em janeiro de 1976 em conferência realizada na Jamaica.

Segundo Sayad, (2001), os países da América Latina e Sudeste Asiático possuíam suas taxas
cambiais fixadas ao dólar, até meados da década de 90, e, depois de diversas crises cambiais,
mudaram para o regime de câmbio flutuante. Já a Europa adoptara o regime de taxas flutuantes
com relação ao dólar, mas, após 1979 as variações com relação às taxas de outros países
europeus era limitado, movimentando-se conjuntamente com relação ao dólar ao que se
denominou de “serpente”. Em seguida é criada pelos países europeus uma moeda regional
denominada Unidade Monetária Europeia (ECU) baseada numa cesta de moedas europeias e
servindo como parâmetro para o financiamento dos deficits dos países da região. Já em Janeiro
de 1999, os países da Europa constituintes da União Europeia instituem uma moeda única para a
região, o Euro, concebido no Tratado de Maastricht (1992). O Euro passa a ser adoptado
integralmente em Janeiro de 2002, substituindo as moedas de doze dos quinze países
participantes do Mercado Comum Europeu.

No entanto, com a globalização actual dos mercados financeiros, a política monetária de cada
país interfere directamente no mercado cambial. Uma elevação na taxa de juros atrai o capital
estrangeiro, soluciona o deficit do Balanço de Pagamentos, mas também interferem no preço das
acções, criando desta forma problemas para a continuidade do financiamento das actividades
internas do país. E, quando o país a adoptar este mecanismo é uma potência mundial acaba
exercendo influência, negativas ou positivas em todas as economias do mundo.

Taxa de Câmbio

Conceito

SAMUELSON; NORDHAUS (2010: 548) definem as taxas de câmbio como “o preço de uma
moeda em termos de outra moeda”, determinando-se o seu preço no mercado cambial. Destarte,
a troca de moedas faz-se a uma determinada taxa de câmbio, que, ao variarem, provocam
mudanças nos preços dos bens e serviços. Daí que se diga que a taxa de câmbio nos permite
relacionar sistemas de preços de países distintos. Aqueles economistas ilustram o modo de se

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quantificar a taxa de câmbio (e), em que e será o montante de moeda estrangeira possível de ser
comprado com uma unidade de moeda interna, com base no seguinte modelo:

moeda estrageira
e=
moedainterna

Características

A taxa de câmbio é uma variável importante no comércio quando estão envolvidas diferentes
moedas. A taxa de câmbio de modo a ser compreendida por todos os agentes mundiais possui
algumas convenções que permitem obter um padrão internacional. Segundo Porfírio (2003),
Bastardo (2011) e Silva et al. (2013) a cotação da taxa de câmbio pode ser:

Cotação directa (ao valor incerto): Cotação em que a moeda internacional funciona como valor
certo e a moeda nacional como valor incerto, ou seja, exprime a quantidade de moeda nacional
necessária para comprar uma unidade de moeda estrangeira. Numa cotação USD/EUR = 0,8937,
significa que para comprar um dólar são necessários 0,8937 euros.

Cotação indirecta (ao valor certo): Cotação em que a moeda nacional funciona como valor
certo e a moeda estrangeira como valor incerto, ou seja, exprime a quantidade de moeda
estrangeira necessária para comprar uma unidade de moeda nacional. Numa cotação EUR/USD
= 1,1189, significa que são necessários 1,1189 dólares para comprar um euro.

Taxa de câmbio nominal e câmbio real

Chamamos a relação entre quantidades de moeda de taxa de câmbio nominal. Dizemos que
ocorreu uma valorização nominal de câmbio quando a moeda nacional ficou relativamente mais
cara que a moeda estrangeira em termos monetários, ou seja, uma unidade de moeda nacional
compra mais unidades de moeda estrangeira. Pp 234

Para determinar os fluxos comerciais entre os países, a taxa de câmbio relevante é a chamada
taxa de câmbio real, que corresponde aos preços relativos entre o produto nacional e o
estrangeiro (ou vice-versa, conforme se define a taxa de câmbio nominal). No caso brasileiro, a
taxa de câmbio real pode ser obtida pela seguinte expressão:

EP ¿
θ=
P
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Onde:

θ = Taxa de câmbio real

E = Taxa de câmbio nominal (R$$/US$)

P* = Preço do produto estrangeiro, em US$

P = Preço do produto nacional, em R$

Exemplo:

Considere-se que um automóvel produzido no Brasil custe R$ 15.000,00 e o mesmo automóvel


nos Estados Unidos custe US$ 12.000,00. Se a taxa de câmbio nominal no Brasil for de R$
1,00/US$ 1,00, teremos a seguinte taxa de câmbio real:

1,00 ( R $ /U $ ) × 12.000U $ $ 12.000 R $ $


θ= = =0.8
15.000 R $ $ 15.000U $ $

Ou seja, o carro norte-americano é 20% mais barato que o brasileiro. Se a taxa de câmbio
nominal passar para R$ l,25/US$ 1,00, a taxa de câmbio real passará para 1,00 igualando o preço
dos automóveis nos dois países, quando expressos na mesma moeda.

Nesse caso, quando a taxa de câmbio real passou de 0,8 para 1,00 dizemos que houve uma
desvalorização real da moeda brasileira. Esta também poderia ter ocorrido por uma elevação dos
preços em US$ nos EUA ou por uma redução dos preços em R$ no Brasil. Uma desvalorização
da taxa de câmbio real significa que o produto nacional ficou relativamente mais barato que
estimulando a demanda por estes produtos, tanto pelas exportações quanto pela diminuição das
importações. Se os preços se mantiverem constantes em ambos os países, uma desvalorização
nominal da taxa de câmbio acarretará uma desvalorização real, barateando o produto nacional.
(Lopez e Vasconsellos 2008, p. 235-236).

Taxas de câmbio fixas e flutuantes

Taxas de câmbio fixas

Nos modelos de taxas de câmbio fixas define-se a taxa exacta em que determinada moeda será
convertida noutra ou, como historicamente se verificou durante o regime do padrão-ouro, o valor

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de uma dada moeda é indexado a uma quantidade fixa de ouro. Medeiros (2013: 393). A
Argentina é o exemplo recente mais conhecido de país a ter experimentado o modelo de taxas de
câmbio fixas entre os anos de 1991-2001, com consequências desastrosas para a sua economia.

Williamson (1996) afirma que, um modelo de taxas de câmbio fixas, para fazer sentido, deve
obedecer a quadro condições: (1) tratar-se de uma economia aberta e pequena; (2) que grande
parte do comércio se verifique com o país perante o qual a moeda será ancorada; (3) que o país
planeie seguir uma política macroeconómica que perspective um índice de inflação equiparável
àquele do país cuja moeda será ancorada; (4) que o país assegure o compromisso com o modelo
de taxas de câmbio fixas, denotando credibilidade – a Argentina, por exemplo, instituiu por lei a
paridade da sua moeda.

Taxas de câmbio flutuantes (ou flexíveis)

Aqui, a determinação do câmbio processa-se sem qualquer intervenção das autoridades


monetárias e pelo estrito funcionamento do mercado cambial, nos termos supra demonstrados.

Medeiros (2013: 394, nota 8) assinala que a adopção do regime de câmbios flutuantes se mostrou
positiva para os países em vias de desenvolvimento e para as economias em transição do Leste
europeu. A tendencial preferência por este regime encontra-se relacionada com a forte expansão
dos mercados financeiros. No regime de taxas de câmbio flutuantes, reconhecendo as
dificuldades de conter as variações cambiais em mercados liberalizados, a autoridade monetária
podem concentrar as suas preocupações em outras áreas, como a inflação e o emprego. Neste
regime, as balanças de pagamentos equilibrar-se-iam automaticamente.

Hedging nos mercados de câmbio internacional

Conceitos e Características

A cobertura de risco ou hedging protege das flutuações do mercado reduzindo as potenciais


perdas (ou ganhos). Pode ser classificado como um procedimento que origina uma posição para a
empresa em que o ganho/perda obtido com o hedging, cubra ou mesmo anule qualquer
perda/ganho incorrido no mercado subjacente. Assim o objectivo do hedging é atingir a
compensação financeira da sua posição real, para que o seu ganho ou perda obtida seja idêntico à
perda ou ao ganho no mercado subjacente (ISGB, 2005).

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Segundo ISGB (2005) com o objectivo de cobrir ou mesmo anular o risco, o mercado cambial a
prazo oferece a possibilidade, no caso de efectuar pagamentos futuros comprar a prazo moeda
estrangeira de modo a proteger-se da sua eventual apreciação. Se tiver recebimentos futuros deve
vender a prazo moeda estrangeira oferecendo uma protecção contra a sua eventual depreciação.

Para a realização do hedging é necessário ter em conta os custos de cobertura e a evolução do


valor das diferentes moedas envolvidas nas operações. Deve evitar que os custos de cobertura
sejam superiores aos custos de a não realizar ou assumir posições contrárias a evolução das taxas
de câmbio. (ISGB, 2005)

A relação entre inflação, as taxas de juro e as taxas de câmbio

De acordo com Vasconcellos (2009, p. 364) as alterações das taxas de juros internas,
relativamente às externas, provocam movimentações de capitais financeiros, que afectam
directamente a taxa de câmbio:

 Quando as taxas reais de juros internas aumentam em relação às externas, há uma


tendência a um aumento do fluxo de capitais financeiros internacionais para o país,
aumentando, portanto, a oferta de divisas estrangeiras (dólar, por exemplo), e
promovendo uma queda da taxa de câmbio, e consequentemente uma valorização da
moeda nacional. Paralelamente, os nacionais ficam atraídos a investir no mercado interno
de capitais, diminuindo de divisas do país e, assim, a demanda de divisas, o que também
redunda em valorização da moeda nacional;
 Quando as taxas reais de juros internas diminuem, em relação às internacionais, tem-se
um efeito contrário: uma queda na oferta e um aumento da demanda de divisas,
provocando uma desvalorização da moeda nacional.

O Mercado Internacional de Eurodólar

Origem

O mercado do eurodólar foi o produto da Guerra Fria. Em fins da década de 50, a União
Soviética mantinha saldos, em dólares, nos bancos domiciliados nos Estados Unidos como a
situação política entre esses dois países era intensa, os russos temiam que o governo americano
determinasse o congelamento de seus depósitos. Em face disso, um banqueiro inglês propôs á

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união Soviética que abrisse uma conta em dólares, em seu banco, em Londres. Os dólares russos
ficariam em New York como deposito de banco inglês. Assim, esse dinheiro não estaria sujeito a
um embargo, porque era propriedade britânica. Agora existem duas contas: a dos russos em
Londres e a do banco inglês em New York, ambas em dólares. (Maia, 2011).

Funcionamento

Anteriormente mostrou-se como funcionava o mercado de eurodólar. Entretanto, com o empo ele
foi crescendo, deixando apenas de ser uma operação isolada entre o governo soviético e um
banqueiro inglês. Um outro exemplo específico: Uma empresa francesa recebe um cheque de 1
milhão de dólares como produto de exportação para Moçambique. Procura um banco francês e
pede para abrir uma conta em seu nome e em dólares na agência. (Maia, 2011)

Características Fundamentais

De acordo com Maia (2011), as operações eurodólares têm as seguintes características:

 As transacções são feitas em dólares, fora do território americano. Entretanto, os dólares


permanecem em poder dos banqueiros estabelecidos nos Estados Unidos;
 Hoje, elas podem ser realizadas na Europa ou em outros grandes centros financeiros
internacionais, tais como Canadá, Japão, Singapura, Hong Kong etc. Londres é a
principal praça onde são conduzidas essas taxas de juros mais comum desse mercado é a
libor, fixada no mercado londrino;
 Todas as operações desse mercado são realizadas numa só moeda, o dólar. Portanto, não
havendo compre e venda de moedas diferentes, não há perdas cambiais decorrentes de
oscilações de moedas;
 Inicialmente eram realizadas apenas por questão de segurança; é o exemplo dos créditos
russos, depósitos em New York. Posteriormente, a procura por esse mercado ocorreu em
função das taxas de juros. Onde o juro for mais conveniente (no mercado do dólar), o
interessado realiza a operação.

Ainda para Maia (2011), o mercado de Eurodólar tornou-se importante na economia mundial
porque:

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 Na verdade, criou uma nova moeda de carácter internacional. O eurodólar é um dólar que
não está sujeito as leis cambiais;
 É um mercado sem controlos governamentais, portanto, governado por agentes
económicos;
 É um regulador das taxas de juros. Hoje é mais difícil a um governo fixar taxas de juros
irreais porque os capitais fogem para o mercado do eurodólar, como já aconteceu nos
Estados Unidos.

Com o crescimento do mercado do Eurodólar, outras moedas passaram a ser operadas nele, tais
como marco alemão, franco suíço, iene, entre outros. Segundo os economistas James C. Ingram e
Robert M. Dunn Jr., em seu livro Internacional Economics, um terço das operações já não são
realizadas em dólares, mas em outras moedas. Por isso, esta se generalizando substituição do
termo “Mercado do Eurodólar” por “Euromercado”, que também ainda é impróprio, porque há
operações realizadas em mercados localizados em outros continentes, como a Ásia, por exemplo.
(Maia, 2011).

Mercado de eurobónus (eurobonds)

Os mercados de bónus representam um importante canal para a intermediação dos fluxos


financeiros internacionais.

Segundo Clarke (1993), o eurobond é um título de dívida internacional com estrutura semelhante
a títulos de dívida emitidos e negociados nos mercados internos (domésticos), em geral são
denominados somente por bonds (domestic bonds). O bónus internacional de taxa fixa é ao
portador e pagam, em geral, juros brutos, anualmente. Os sistemas de compensação e liquidação,
assim como a regulamentação, tendem a ser diferentes. Segundo Robers (2000), Outra
importante diferença encontra-se nos dois tipos de bónus internacionais: o eurobónus e o bónus
estrangeiro.

 Eurobónus — são aqueles bónus objecto de colocação simultânea nos mercados de, pelo
menos, dois países, denominados em uma moeda que não e necessariamente de qualquer
um deles e distribuídos, geralmente, por meio de um sindicato de instituições financeiras
de vários países.

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 Bónus estrangeiro (foreing bonds) — são aqueles bónus lançados geralmente por um
sindicato doméstico, no mercado de só pais seguindo a regulamentação local.

Ainda de acordo com Robers (2000), podemos distinguir quatro classes básicas de eurobónus:

 Bónus a juros fixos ou bónus simples (straights), que pagam uma taxa estabelecida
normalmente, com periodicidade anual;
 Bónus a juros variáveis, conhecidos pela sigla FRN (Floating Rate Note), nos quais a
taxa é revisada periodicamente mediante um diferencial sobre uma taxa de juros de
referencia pré-fixada,
 Bónus conversíveis que podem ser, a opção do investidor, convertidos em tempo e forma
determinados, por exemplo, em acções do emissor;
 Bónus com warrants, emitidos com certificados de opção (warrants) que admitem a
possibilidade de adquirir algum outro activo corno, por exemplo, acções da companhia
emissora dos bónus, em prazo e forma prefixados.

Uma classe especial de eurobónus, denominados "cupom zero", pode ser considerada um caso
particular do bónus com taxa de juros fixa. Nesse tipo de bónus os juros não estão explícitos e a
rentabilidade é dada pela diferença entre o preço de venda e compra do bónus.

Mercado de Fundos Emprestáveis

Conceito

De acordo com Mankiw (2005, p) o mercado em que quem quer poupar oferece fundos e quem
quer pedir emprestado para aplicar fundos de investimentos.

O mercado de fundos de empréstimos tem como objectivo é explicar como os mercados


financeiros poupando e investindo na economia. O modelo também é um instrumento para
analisar algumas medidas económicas que influenciam a poupança e o investimento. (Mankiw,
2005).

Para simplificar a análise, assumimos que a economia tem apenas um mercado financeiro,
denominado mercado de fundos prestados. Todos os poupadores migram para este mercado para
depositar suas economias, e todos os mutuários se voltam para este mercado de empréstimos.
Portanto, o termo fundos para empréstimos referem-se a todas as receitas que decidiram salvar e

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emprestar pessoas em vez de usá-lo para seus consumos próprio. No mercado de fundos para
empréstimos, a uma taxa de juros única, que é o retorno sobre a economia como o custo dos
empréstimos (Mankiw, 2005).

Oferta e procura de Investimentos para Empréstimos numa Economia Fechada

Para (Mankiw, 2005), o mercado de fundos para empréstimos da economia é governado por
como outros, por oferta e demanda. Portanto, para entender como funciona, primeiro
examinamos as fontes de oferta e demanda nesse mercado. A oferta de fundos para empréstimos
vem de pessoas onde eles têm qualquer renda adicional que desejam economizar e emprestar.

Esses empréstimos podem ser feitos directamente, por exemplo, comprar títulos de uma empresa,
ou indirectamente, por exemplo, fazer depósitos em um banco, que usado por sua vez para
conceder empréstimos. Em ambos os casos, a poupança é a fonte de oferta de fundos para
empréstimos.

A demanda por fundos para empréstimos vem das famílias e das empresas que desejam solicitar
empréstimos para a realização investimentos. Essa demanda inclui famílias que pedem
empréstimos hipotecários para a compra de casas. Também inclui empresas que contraem
empréstimos para comprar novos produtos ou construir novas fábricas. Em ambos os casos, é a
fonte da demanda por fundos para empréstimos (Mankiw, 2005)

A taxa de juros é o preço de um empréstimo. Representa a quantia que os mutuários pagam pelos
empréstimos e o que os credores recebem por suas economias. Como um alto taxa de juros torna
os empréstimos mais caros, a quantidade demandada.

A Figura 1 mostra a taxa de juros que equilibra o oferta e procura de fundos para empréstimos.
Em equilíbrio mostrado, a taxa de juros é de 5 por cento e o valor exigidos de fundos para
empréstimos e oferecidos são ambos iguais a 1,2 biliões de dólares. O ajuste da taxa de juros até
que seja igual ao nível de equilíbrio é produzido pelas razões usuais. Se a taxa de juros for
inferior ao nível de equilíbrio, a quantidade de fundos para empréstimos fornecidos é menor do
que o réu. A resultante escassez de fundos para empréstimos incentiva os credores a aumentar a
taxa de juros que cobram.

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Figura 1. O mercado de fundos emprestáveis numa economia Rectirado em (Mankiw, 2005)

Os juros da economia se ajustam para equilibrar a oferta e a demanda de fundos para


empréstimos. A oferta de fundos para empréstimos vem da poupança nacional, incluindo
poupança privada como poupança pública. A demanda por fundos para empréstimos vem de
empresas e famílias que desejam tomar empréstimos para investir. Aqui, a taxa de juros de
equilíbrio é 5 por cento e 1,2 biliões de dólares oferecido e exigido fundos emprestáveis.

Oferta e procura de Investimentos para Empréstimos numa Economia Aberta e Incentivos


de Poupança e de Investimento

De acordo com Mankiw, (2005) Para entender o mercado de fundos para empréstimos de uma
economia aberta, o ponto de partida é a identidade analítica dado no capítulo anterior:

P=I + IEL

Poupança = investimento interno + investimento estrangeiro líquido

Sempre que um país economiza um dólar de sua receita, pode usá-lo para financiar a compra de
capital nacional ou a compra de um activo estrangeiro. Eles representam as duas partes do
mercado de fundos para empréstimos. A oferta de fundos para empréstimos vem da poupança
nacional (S), e a demanda vem do investimento doméstico (I) e investimento estrangeiro líquido
(IEL). (Mankiw, 2005)

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Descrevemos o mercado de fundos para empréstimos no gráfico familiar de oferta e demanda da
Figura 2. Ao como em nossa análise anterior do sistema financeiro, a curva de oferta se inclina
para cima, porque um aumento a taxa de juros aumenta a quantidade de fundos para empréstimos
fornecidos, e a curva de demanda desce, porque um aumento na taxa de juros reduz a quantidade
demandada fundos emprestáveis.

Figura 2. O mercado de fundos emprestáveis numa economia aberta. Rectirado em: (Mankiw,
2005).

O comando do mercado representa o comportamento do investimento doméstico e do


investimento estrangeiro líquido. Que está em uma economia aberta, a demanda por fundos para
empréstimos aumenta, cede não só de pessoas que querem pedir dinheiro emprestado para
comprar bens de capital domésticos, mas também daqueles que querem pedir dinheiro
emprestado para comprar activos estrangeiros.

Um aumento na taxa de juros real incentiva os indivíduos a economizar e, portanto, aumentar a


quantidade de fundos oferecidos prestáveis. Também torna mais caros os empréstimos para
financiar projectos de capital, portanto, reduz-se incentivos para investir e a quantidade de
recursos demandados emprestáveis.

O interesse de uma economia aberta, como a de uma economia fechada, depende da oferta e da
demanda de fundos prestáveis. A poupança nacional é a fonte de oferta de fundos prestáveis. O
investimento doméstico e o investimento estrangeiro líquido são as fontes de procura de fundos

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para empréstimos. Na taxa de juros de equilíbrio, a quantidade que os indivíduos desejam
economizar é exactamente o mesmo que eles querem tomar emprestado para comprar capital
doméstico e activos estrangeiros. (Mankiw, 2005-2013).

Abaixo temos duas figuras, uma de incentivo à poupança e outra de incentivo ao investimento:

Figura 3. Incentivo à poupança. Elaborado pelos autores.

Figura 4. Incentivo ao Investimento. Elaborado pelos autores.

Portanto, Incentivos à poupança aumentam a oferta de fundos, que reduz o equilíbrio da taxa de
juros e aumenta o equilíbrio da quantidade de fundos de empréstimos. Um crédito fiscal ao
investimento aumenta a demanda por fundos de empréstimos, que aumenta o equilíbrio da taxa
de juros e aumenta o equilíbrio da quantidade de fundos de empréstimos (Mankiw, 2013)

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Conclusão

A economia de um país deve ser observada através de uma visão mundial. A necessidade de as
empresas aumentarem as suas redes de negócios podem ser resultado de diversas motivações,
como a aquisição ou venda de produtos e/ou serviços que não existam no mercado (ou existam
de forma reduzida), obter vantagens comparativas que devem ser aproveitadas, excesso de
concorrência interna ou oportunidades de crescimento e desenvolvimento.

Em economia, um mercado financeiro é um mecanismo que permite a compra e venda


(comércio) de valores mobiliários (por exemplo acções e obrigações), mercadorias (como pedras
preciosas ou produtos agrícolas) e outros bens fungíveis (aquele que pode ser trocado por um
outro da mesma espécie). Exemplo: o dinheiro pode ser em notas ou moedas de igual valor com
baixo custo de transacção e preços que reflectem a hipótese do mercado eficiente.

No mercado cambial, quando a moeda nacional fica muito valorizada, prejudica a exportação.
Porém, uma desvalorização da moeda provoca outros problemas, tais como a elevação dos custos
dos insumos importados, assim como o crescimento do endividamento em moedas estrangeiras
das empresas nacionais.

Portanto os mercados cambiais internacionais, assim como os sistemas monetários internacionais


são elementos importantes na decisão financeira tanto como nacional, assim, como,
internacionalmente são elementos cruciais visto que engloba diversos factores para a relação
internacional económica.

Por fim, é importante, salientar que esta tentativa de eliminar o risco cambial, não torna a
operação isenta de todos os outros riscos na operação, além de que uma protecção extrema e
absoluta das posições pode impedir a empresa de aproveitar vantagens que surgem das variações
positivas do mercado.

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Bibliografia

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Editora. 2011.
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Macroeconomia - Nível Básico e Nível Intermediário. 3a Edição. Editora Altas. 2008.
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9. MANKIW, N. Gregory. Princípios de Macroeconomia. Tradução da 6a Edição Norte
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13. ROBERTS, Richard. Por dentro das Finanças Internacionais: Guia Prático dos
Mercados e Instituições Financeiras. Tradução: Monteiro, M.J.C. Rio de Janeiro: Jorge
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16. VASCONCELLOS, Marco António Sandoval de. Economia - Micro e Macro. 4a
Edição. Editora Atlas.
17. WILLIAMSON, J. Economia Aberta e a Economia Mundial. Rio de Janeiro. 1996.

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