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Física Quântica
SUMÁRIO DO CAPÍTULO
28.1 Radiação de Corpo Negro e a Teoria de Planck
28.2 O Efeito Fotoelétrico
28.3 O Efeito Compton
28.4 Fótons e Ondas Eletromagnéticas
28.5 As Propriedades Ondulatórias das Partículas
28.6 Um Novo Modelo: A Partícula Quântica
28.7 O Experimento da Dupla Fenda Revisitado
28.8 O Princípio da Incerteza
28.9 Uma Interpretação da Mecânica Quântica
28.10 Uma Partícula em uma Caixa
28.11 Modelo de Análise: Partícula Quântica com Condições de Contorno
28.12 A Equação de Schrödinger
28.13 Tunelamento Através de uma Barreira de Energia Potencial
28.14 Conexão com o Contexto: A Temperatura Cósmica

* Um asterisco indica um item original desta edição.

RESPOSTAS PARA AS PERGUNTAS OBJETIVAS


*PO28.1 Resposta (b). No espalhamento Compton, um fóton de energia E =
hf = hc/ é espalhado de um elétron em repouso. O espalhamento
põe o elétron em movimento: o elétron ganha energia cinética, então
o fóton perde energia. Como o fóton possui menos energia, sua
frequência é menor do que E/h e seu comprimento de onda é maior
do que hc/E.
*PO28.2 (i) (a) e (c). Elétrons e prótons possuem massa, portanto eles têm
2
energia de repouso ER = mc . Fótons não têm energia de repouso —
eles nunca estão em repouso.
(ii) (a) e (c). O elétron e o próton possuem cargas –e e +e,
562
Capítulo 28 563

respectivamente; o fóton não possui carga.


(iii) (a), (b) e (c). O elétron e o próton têm energia
E p 2c 2   mc 
2 2
 K  mc 2 ; o fóton tem energia E = hf.

(iv) (a), (b) e (c). O elétron e o próton transportam momento p = mu,


o fóton transporta momento p = E/c, onde E é sua energia.
(v) Resposta (b). Pois ele é luz.
(vi) (a), (b) e (c). Todos possuem o mesmo comprimento de onda de
de Broglie  = h/p.
*PO28.3 (a) Verdadeira. Exemplos: Um elétron possui massa e carga, mas
ele também pode exibir efeitos de interferência.
2
(b) Falsa. Um elétron tem energia de repouso ER = mec .
(c) Verdadeira. Um elétron em movimento possui energia cinética.
(d) Verdadeira. p = meu.
(e) Verdadeira.
*PO28.4 Resposta (e). Da relação entre o módulo ao quadrado da função de
onda e da probabilidade P de encontrar a partícula no intervalo ∆x =
(7 nm − 4 nm) = 3 nm, temos
P 0, 48
 x  P     0, 40 nm1
2

x 3 nm
*PO28.5 A classificação é (b) > (a) > (c) > (e) > (d). Da Equação 28.35,
consideramos a grandeza
 h2  2
E  2 
n :
 8mL 
 h2  2 1  h2 
2  
(a)  1   nm 1 
 8m1  3 nm   9  8m1 

 h2  2 4  h2 
2  
(b)  2   nm1 
 8m1  3 nm   9  8m1 

 h2  2 1  h2 
2  
(c)  1   nm1 
 8  2m1  3 nm   18  8m1 

  0  2
2

2  
(d)  1 0
 8m1  3 nm  
564 Física Quântica

 h2  2 1  h2 
2  
(e)  1   nm1 
 8m1  6 nm   36  8m1 
*PO28.6 Resposta (b). Difração, polarização, interferência e refração são
processos associados a ondas. No entanto, para entender o efeito
fotoelétrico, devemos pensar na energia transmitida como luz
chegando em pacotes discretos, ou quanta, chamados fótons.
Assim, o efeito fotoelétrico demonstra claramente a natureza de
partícula da luz.
*PO28.7 (i) Resposta (d). Como P = IV, a entrada de potência no filamento
aumentou por 8 × 2 = 16 vezes. O filamento irradia essa maior
potência de acordo com a lei de Stefan, então sua temperatura
absoluta é mais alta pela raiz quarta de 16: ela é duas vezes mais
alta.
(ii) Resposta (d). Pela lei do deslocamento de Wien, o comprimento
de onda emitido com a intensidade mais alta é inversamente
proporcional à temperatura: a temperatura é duas vezes maior,
então o comprimento de onda é duas vezes menor.
*PO28.8 Resposta (a). Devido ao decaimento exponencial da função de onda
dentro da barreira, a corrente de tunelamento é mais sensível à
largura da barreira do que à sua altura. Note que o termo do
expoente CL no coeficiente de transmissão T  e2CL , onde
C  2m U  E  , diminui mais se L diminui do que se U diminui
pela mesma porcentagem.
*PO28.9 A classificação é: elétron, próton, núcleo de hélio. As massas
comparativas das partículas de interesse são mp  1840 me e
mHe  4mp . Assumindo que cada partícula seja clássica, seu
comprimento de onda é inversamente proporcional à sua massa:  =
h/p = h/mv.
*PO28.10 Resposta (d). A probabilidade de encontrar a partícula está nos
ventres (locais de maior amplitude) da onda estacionária.
*PO28.11 Resposta (b). Menos partículas são refletidas quando a altura da
barreira de potencial diminui e se aproxima da energia das
partículas. Pelas Equações 28.42 e 28.43, o coeficiente de
transmissão T  e2CL , onde C  2m U  E  , aumenta à medida
que U − E diminui, então o coeficiente de reflexão R  1  T  1  e2CL
diminui à medida que U − E diminui.
*PO28.12 Resposta (a). O fóton de raios-X transfere parte da sua energia ao
elétron. Assim, sua frequência deve diminuir.
*PO28.13 Resposta (c). A luz UV tem a frequência mais alta das três e,
Capítulo 28 565

consequentemente, cada fóton fornece mais energia a uma célula da


pele. Isso explica porque você pode se queimar em um dia nublado:
as nuvens bloqueiam a luz visível e a infravermelha, mas não muito
do ultravioleta. Geralmente você não se queima detrás do vidro de
uma janela, apesar de você conseguir ver a luz visível do Sol
chegando através da janela, porque o vidro absorve grande parte da
ultravioleta e a reemite como infravermelha.
1 p2
*PO28.14 Resposta (c). K  mu 2   eV  p  2meV
2 2m
h h 6, 626 1034 J  s
  
p 2meV 2  9,111031 kg 1, 60 1019 C   50, 0 V 
 1, 74 1010 m  0,174 nm
*PO28.15 Resposta (d). A probabilidade de encontrar a partícula é maior no
local de maior amplitude da função de onda. O segundo local mais
provável é o ponto b, após o qual os pontos a e e parecem ser
igualmente prováveis. A partícula nunca seria encontrada no ponto
c.
*PO28.16 Resposta (c). Para a mesma incerteza na velocidade, a partícula
com a menor massa tem a menor incerteza no momento,
px  mvx , logo, maior incerteza na posição: x   .
2px 2 mvx
A massa do elétron é menor do que a do próton, portanto a menor
incerteza possível em sua posição é maior do que a do próton.
*PO28.17 A classificação é d > a = e > b > c. O comprimento de onda é
descrito por  = h/p em todos os casos. Para fótons, o momento é
dado por p = E/c, então (a) é igual a (e) e (d) tem comprimento de
2
onda dez vezes maior. Para as partículas com massa, pc = (E –
2 4 1/2 2 2 2 4 1/2 2 2 1/2
m c ) = ([K + mc ] – m c ) = (K + 2Kmc ) . Logo, a partícula
com maior massa possui maior momento, para a mesma energia
cinética e um comprimento de onda mais curto.
*PO28.18 Resposta (a) e (c). Uma das formas da relação da incerteza de
Heisenberg é x px  2 , que diz que não se podem determinar
ambos a posição e o momento de uma partícula com precisão
arbitrária. Outra forma dessa relação é E t  2 , que impõe um
limite sobre o quão exatamente a energia pode ser determinada em
um intervalo finito de tempo.

RESPOSTAS PARA AS PERGUNTAS CONCEITUAIS


*PC28.1 A luz ultravioleta tem comprimento de onda menor e energia de fóton
maior do que qualquer comprimento de onda de luz visível.
566 Física Quântica

*PC28.2 A função de onda de uma partícula representa o seu estado,


contendo toda a informação que existe sobre a sua posição e o seu
movimento. O módulo da sua função de onda ao quadrado nos diz
onde pensaríamos, classicamente, que a partícula está durante a
maior parte do tempo.  é a função de distribuição probabilística
2

da posição da partícula.
*PC28.3 O espaçamento entre as estruturas que se repetem na superfície
das penas ou das escamas é da ordem de 1/2 do comprimento de
onda da luz. Um microscópio óptico não teria resolução para
enxergar um detalhe tão ínfimo, ao passo que um microscópio
eletrônico pode fazê-lo. Os elétrons podem ter comprimento de onda
muito mais curto.
*PC28.4 Nossos olhos não são capazes de detectar todas as frequências das
ondas eletromagnéticas. Por exemplo, todos os corpos com
temperatura acima de 0 K emitem radiação eletromagnética na
região do infravermelho. Isso descreve tudo em um quarto escuro.
Somente somos capazes de ver corpos que emitem ou refletem
radiação eletromagnética na porção visível do espectro.
*PC28.5 Considere uma partícula confinada a uma região restrita de espaço.
Se sua energia mínima fosse zero, a partícula poderia ter momento
nulo e incerteza zero no momento. Ao mesmo tempo, a incerteza na
sua posição não seria infinita, mas igual à largura da região. Em tal
caso, o produto da incerteza ∆x∆px seria zero, violando o princípio da
incerteza. Essa contradição prova que a energia mínima da partícula
não é zero.
*PC28.6 O movimento da partícula quântica não consiste em se deslocar por
pontos sucessivos. A partícula não tem posição definida. Ela pode
ser encontrada às vezes de um lado de um nó e outras vezes do
outro lado, mas nunca no próprio nó. Não há contradição aqui, pois a
partícula quântica está se deslocando como uma onda. Ela não é
uma partícula clássica. Em especial, a partícula não acelera até uma
velocidade infinita para cruzar o nó.
*PC28.7 Não. O segundo metal pode ter função trabalho maior do que a do
primeiro, em cujo caso os fótons incidentes podem não possuir
energia suficiente para ejetar fotoelétrons.
*PC28.8 A 1ª e 2ª leis de Newton são empregadas para determinar o
movimento de uma partícula de grande massa. A equação de
Schrödinger não é empregada para determinar o movimento de uma
partícula de massa pequena; ela é empregada para determinar o
estado da função de onda de uma partícula de massa pequena. Em
especial, os estados de elétrons atômicos são estados de onda
confinada cujas funções de onda são soluções da equação de
Schrödinger. Tudo que podemos saber sobre uma partícula vem de
sua função de onda.
*PC28.9 A teoria ondulatória prevê que o efeito fotoelétrico deve ocorrer com
qualquer frequência, desde que a intensidade da luz seja
Capítulo 28 567

suficientemente alta ou que a luz ilumine a superfície por um


intervalo de tempo suficiente, de modo que energia suficiente seja
fornecida à superfície para ejetar os elétrons. Entretanto, como se vê
nos experimentos fotoelétricos, a luz deve ter frequência
suficientemente alta para que o efeito ocorra e que os elétrons sejam
–9
ejetados quase imediatamente (menos de 10 segundos após a
superfície ser iluminada), ou não serão ejetados, independentemente
da intensidade.
*PC28.10 A luz possui características tanto de onda clássica quanto de
partícula clássica. Em experiências de fenda única e dupla, a luz se
comporta como onda. No efeito fotoelétrico, a luz se comporta como
partícula. A luz pode ser caracterizada como uma onda
eletromagnética com certo comprimento de onda ou frequência, mas
ao mesmo tempo a luz pode ser caracterizada como um fluxo de
fótons, cada um transportando energia discreta, hf. Como a luz exibe
características de onda e de partícula, talvez fosse justo chamar a
luz de “ondícula”. É costumeiro chamar os fótons de partículas
quânticas, diferentes de partículas clássicas.
*PC28.11 Nem (d) nem (e) são fisicamente significativas. A função de onda (d)
não é aceitável porque  não tem um valor único. A função de onda
(e) não é aceitável porque  é descontínuo (assim como sua
inclinação).
*PC28.12 (a)  (x) se torna infinito quando x   .
(b)  (x) é descontínuo e se torna infinito em x = /2, 3/2,…
*PC28.13 A primeira falha é que a lei de Rayleigh–Jeans prevê que a
intensidade da radiação de comprimento de onda curto emitida por
um corpo negro se aproxime do infinito conforme o comprimento de
onda diminui. Esse efeito é conhecido como catástrofe do
ultravioleta. A segunda falha é a previsão de uma potência emitida
por um corpo negro muito maior do que é verificado
experimentalmente. A intensidade da radiação do corpo negro é
dada pela área sob a curva vermelha de I (, T) vs.  na Figura 28.3
do livro do aluno, não pela área sob a curva azul.
A Lei de Planck lidou com ambos os problemas e levou a teoria a
condizer com os dados experimentais ao adicionar ao denominador
um termo exponencial que depende de 1/. Isso impede que a
intensidade prevista se aproxime do infinito à medida que o
comprimento de onda diminui, e mantém finita a área sob a curva.
*PC28.14 A intensidade das ondas de elétrons em uma pequena região do
espaço determina a probabilidade de um elétron ser encontrado
nessa região.
*PC28.15 Um fóton pode interagir com o filme fotográfico somente em um
ponto. Alguns poucos fótons dariam apenas poucos pontos de
exposição, espalhados de forma aparentemente aleatória.
*PC28.16 O potencial de frenagem mede a energia cinética dos fotoelétrons
568 Física Quântica

mais energéticos. Cada um deles obteve sua energia de um único


fóton. De acordo com o E = hf de Planck, a energia do fóton
depende da frequência da luz. A intensidade controla apenas o
número de fótons que atinge uma unidade de área em uma unidade
de tempo.
*PC28.17 Os elétrons possuem características tanto de onda clássica quanto
de partícula clássica. Em experiências de difração e interferência de
fenda única e dupla, os elétrons se comportam como ondas
clássicas. Os elétrons possuem massa e carga. Assim como as
partículas clássicas, eles transportam energia cinética e momento
em parcelas de tamanho definido. Ao mesmo tempo, eles possuem
comprimento de onda e frequência específicos. Como os elétrons
exibem características tanto de ondas clássicas quanto de partículas
clássicas, eles não são nem ondas clássicas nem partículas
clássicas. É costumeiro chamá-los de partículas quânticas, mas
outro termo inventado, como “ondícula”, poderia servir da mesma
forma.
*PC28.18 Na mecânica quântica, as partículas são tratadas como funções de
onda, não como partículas clássicas. Na mecânica clássica, a
energia cinética nunca é negativa. Isso implica que E  U . Tratando
a partícula como onda, a equação de Schrödinger prevê que há uma
probabilidade diferente de zero de uma partícula “tunelar” através de
uma barreira — uma região na qual E < U.
*PC28.19 Qualquer corpo de tamanho macroscópico — incluindo um grão de
poeira — tem um comprimento de onda extremamente pequeno,
então qualquer efeito de difração que ele possa vir a exibir é muito
pequeno, efetivamente indetectável. Lembre-se que, historicamente,
houve um tempo em que a difração das ondas sonoras era bem
conhecida, mas a difração da luz não.
*PC28.20 O efeito Compton descreve o espalhamento de fótons a partir dos
elétrons, ao passo que o efeito fotoelétrico prevê a ejeção de
elétrons devido à absorção de fótons por um material.

SOLUÇÕES DOS PROBLEMAS DE FIM DE CAPÍTULO


Seção 28.1 Radiação de Corpo Negro e a Teoria de Planck
2,898 103 m  K
*P28.1 Da Equação 28.2, T   5,18 103 K .
560 109 m
P28.2 (a) O pico de radiação ocorre a um comprimento de onda de
aproximadamente 560 nm. Da lei de deslocamento de Wien,
0, 289 8 102 m  K 0, 289 8 102 m  K
T   5 200 K
max 560 109 m
(b) Claramente, o vaga-lume não está a essa temperatura, então
essa não é radiação de corpo negro .
Capítulo 28 569

4  4 3
m   V     r 3    7,86 103 kg/m3     0, 0200 m  
P28.3 (a) 3  3 
 0, 263 kg
(b) P   AeT 4    4 r 2  eT 4

P   5, 67 108 W/m 2  K 4   4  0, 0200 m    0,860  293 K 


2 4
 
 1,81 W
(c) Ela emite mas não absorve radiação, então sua temperatura
deve cair de acordo com
Q  mcT  mc T f  Ti 
dQ dT f
  mc
dt dt
dT f dQ dt  P
 
dt mc mc
1,81 J/s

 0, 263 kg  448 J/kg  C 
 0, 0153 C / s  0,919 C / min
(d) maxT  2,898 103 m  K
2,898 103 m  K
max   9,89 106 m  9,89 μm (infravermelho)
293 K
hc  6, 626 10 J  s   3, 00 10 m/s 
34 8

(e) E  hf    2, 011020 J
 6
9,89 10 m
(f) A energia emitida por segundo é transportada por fótons
conforme
N
P  E
 t 
N P 1,81 J/s
  20
 8,98 1019 fóton/s
t E 2, 0110 J/fóton
A matéria é fortemente acoplada à radiação, em termos de
número de fótons.
P28.4 (i) A equação de Planck é E = hf. As energias do fóton são:
 1, 00 eV 
E  hf   6, 626 1034 J  s  620 1012 s 1   19 
(a)  1,60 10 J 
 2,57 eV
 1, 00 eV 
E  hf   6, 626 1034 J  s  3,10 109 s 1   19 
(b)  1,60 10 J 
 1, 28 105 eV
570 Física Quântica

 1, 00 eV 
E  hf   6, 626 1034 J  s  46, 0 106 s 1  
(c)  1,60 10
19
J 
 1,91107 eV
(ii) Comprimentos de onda:
c 3, 00 108 m/s
(a)     4,84 107 m  484 nm
f 620 10 Hz
12

c 3, 00 108 m/s
(b)    9, 68 102 m  9, 68 cm
f 3,10 109 Hz
c 3, 00 108 m/s
(c)    6,52 m
f 46, 0 106 Hz
(iii) Parte do espectro:
(a) luz visível  azul 
(b) onda de rádio
(c) onda de rádio

P28.5 Este é um exemplo da lei de Stefan.


À temperatura mais baixa, P1   AeT14 .

À mais alta, P2   AeT24 .


4
P  T   273  38,3 
4

Então, 2   2      1, 00419   1, 0169.


4

P1  T1   273  37 

O aumento percentual da potência é 1,0169  1  0,0169  1,69% ,


quatro vezes maior do que o aumento percentual da temperatura.
P28.6 Cada fóton possui energia
E  hf   6,626 1034  99,7 106   6,611026 J
Isso implica que há
150 103 J/s
26
 2, 27 1030 fótons/s
6, 6110 J/fóton
P28.7 Da figura, no deslocamento horizontal máximo x, o peso está à altura
h  L  L2  x 2 . Então, a energia total do pêndulo é


E  mgh  mg L  L2  x 2 

E  1, 00 kg   9,80 m/s 2  1, 00 m  1, 00 m    0, 0300 m 
2 2

 4, 41103 J
Capítulo 28 571

FIG. RESP. P28.7

A frequência de oscilação é
 1 g 1 9,80 m/s 2
f     0, 498 Hz
2 2 L 2 1, 00 m
A energia é quantizada: E = nhf.
E 4, 41103 J
n 
Portanto, hf  6,626 1034 J  s  0, 498 s 1 

 1,34 1031
P28.8 (a) P  eA T 4 . Se o sol emite como um corpo negro, e = 1.
14
 P 
T  
 eA 
14
 
 3,85 1026 W 
 
1  4  6,96 10 m    5, 67 10 W/m  K  
 8 2
 8 2 4

 
 5, 78 103 K
2,898 103 m  K 2,898 103 m  K
max  
(b) T 5,78 103 K
 5, 01107 m  501 nm
P28.9 A energia de um único fóton de 500 nm é:
hc  6, 626 10 J  s  3, 00 10 m/s 
34 8

E  hf    3,98 1019 J
 500 109 m
A energia que adentra o olho por segundo,
 2
E  Pt  IAt   4, 00 1011 W/m 2   8,50 103 m   1, 00 s 
4 
 2, 27 1015 J
O número de fótons necessários para gerar essa energia é
E 2, 27 1015 J
n  19
 5, 71103 fótons
E 3,98 10 J/fóton
572 Física Quântica

Seção 28.2 O Efeito Fotoelétrico


P28.10 Os fótons ultravioleta serão absorvidos, ejetando da esfera elétrons
com energia cinética máxima Kmax  hf  . À medida que a esfera
perde carga, ela se torna mais positiva em relação a V = 0 em r = .
Eventualmente, a esfera acumulará tanta carga +Q que a diferença de
potencial entre a superfície da esfera e o infinito atingirá o potencial de
frenagem dos fotoelétrons Vf, e a partir daí os elétrons não poderão
mais escapar.
hc 1  hc 
K max     eV f  V f     
 e  
ke Q 1  hc 
e  V f      .
r e  
Portanto,
r  hc 
Q   
eke   
Resolvendo para Q, temos
5, 00 102 m
Q
1,602 1019 C 8,99 109 N  m2 / C2 
   6, 626 1034 J  s  2,998 108 m/s   1,602 1019 J   
   4, 70 eV   
  200 109 m  1 eV   

 8,34 1012 C

  9,111031 kg  4, 60 105 m/s 
1 2
K max  2
mumax
P28.11 2 2
20
 9, 64 10 J  0, 602 eV
1240 eV  nm
(a)   E  K max   0, 602 eV  1,38 eV
625 nm
(b) À frequência de corte, a energia dos fótons é igual à função
trabalho:
 1,38 eV  1, 60 1019 J 
E  hf    f    
h 6, 626 1034 J  s  1 eV 
 3,34 1014 Hz
Capítulo 28 573

hc1240 nm  eV
*P28.12 (a) E   8, 27 eV
 150 nm
(b) A energia do fóton é maior do que a função trabalho.
(c) KEmax  E    8, 27 eV  6,35 eV  1,92 eV
K max 1,92 eV
(d) K max  eVs  Vs   1,92 V
e e
hc  6, 626 10 J  s  3, 00 10 m s 
34 8

P28.13 (a) c    296 nm


  4, 20 eV  1, 60 1019 J eV 
c 3, 00 108 m s
fc    1, 011015 Hz
c 296 109 m
hc
(b)    eVS :

 6, 626 10  3, 00 10  
34 8

9  4, 20 eV  1, 60 1019 J eV 
180 10
 1, 60 1019  VS
Portanto, V f  2,71 V .
–19
P28.14 (a) A energia necessária é E = 1,00 eV = 1,60 × 10 J.
A energia absorvida no intervalo de tempo ∆t é E = P∆t = IA∆t,
então
E 1, 60 1019 J
t    1, 28 107 s
IA  500 J/s  m    2,82 10 m  
2 15 2

 
 148 dias
(b) O resultado da parte (a) está em total desacordo com as
observações experimentais.
hc 1240 nm  eV
P28.15 (a) eV f  K max        0,376 eV  1,89 eV
 546,1 nm
hc 1240 nm  eV
(b) eV f  K max      1,90 eV  V f  0, 216 V
 587,5 nm
574 Física Quântica

Seção 28.3 O Efeito Compton


P28.16 Esse é o espalhamento Compton a 180°:

E0 
hc

 6, 626 10 34
J  s  3, 00 108 m s 
 11,3 keV
0  0,110 10 9
m 1, 60 1019 J eV 

1  cos     2, 43 1012 m  1  cos180   4,86 1012 m


h
 
me c
   0    0,115 nm, então
hc
E   10,8 keV.

Pela conservação de momento do sistema
fóton-elétron,
hˆ h ˆ
0
i

 
i  pe ˆi

1 1 FIG. RESP. P28.16


e pe  h    ,
 0   
  3, 00 108 m s  c 
pe   6, 626 10 34
J s 
 1, 60 1019 J eV 
 
 1 1 
 9
 9 
 0,110 10 m 0,115 10 m 
22,1 keV

c
Pela conservação da energia do sistema, 11,3 keV = 10,8 keV + Ke ,
de modo que Ke  478 eV .

m c  Ke    pc    mec 2 
2 2
Verifique: E 2  p 2c 2  me2c4 ou 2 2
e

 511 keV  0, 478 keV    22,1 keV    511 keV 


2 2 2

2, 62 1011  2, 62 1011
*P28.17 O fóton tem momento p0  E0 c  h 0 antes do espalhamento e
momento p  h   após o espalhamento. O momento do elétron após
o espalhamento é pe.
(a) A conservação de momento na direção x dá
p0  p cos   pe cos 
Capítulo 28 575

h h 
ou    pe  cos  . [1]
0    
A conservação do momento na direção y dá
0  p sen   pe sen 
o que (desconsiderando a solução trivial  = 0) dá
h
pe  p  [2]

A substituição de [2] em [1] dá
h 2h
 cos 
0  
ou    20 cos  . [3]
Substitua [3] na equação de Compton:
h
   0  1  cos  
me c
h
 20 cos    0  1  cos  
me c
 h  h
 20   cos   0 
 me c  me c
 hc h  hc h
2   cos   
 E0 me c  E0 me c
1
2
me c E0
 2me c 2  E0  cos  
1
me c 2 E0
 mec 2  E0 
me c 2  E0 0,511 MeV  0,880 MeV
cos     0, 731
2me c  E0 2  0,511 MeV   0,880 MeV
2

   43, 0
(b) Empregando a equação [3]:
hc hc E0 0,880 MeV
E      0, 602 MeV
  0  2cos   2cos  2cos 43, 0
E 0, 602 MeV
Então, p    3, 211022 kg  m s
c c
(c) Da conservação de energia:
Ke  E0  E  0,880 MeV  0,602 MeV  0, 278 MeV
Da equação [2],
0, 602 MeV  c   1, 60 1023 J 
pe  p   3, 00 1022 m/s   1 MeV 
c   
22
 3, 2110 kg  m/s
576 Física Quântica

*P28.18 O fóton tem momento p0  E0 c  h 0 antes do espalhamento e


momento p  h   após o espalhamento. O momento do elétron após
o espalhamento é pe.
(a) A conservação de momento na direção x dá
p0  p cos   pe cos 
h h 
ou    pe  cos  . [1]
0    
A conservação de momento na direção y dá
0  p sen   pe sen 
o que (desconsiderando a solução trivial  = 0) dá
h
pe  p  [2]

A substituição de [2] em [1] dá
h 2h
 cos 
0  
ou    20 cos  . [3]
Substitua [3] na equação Compton:
h
   0  1  cos  
me c
h
 20 cos   0  1  cos 
me c
 h  h
 20   cos   0 
 me c  mec
 hc h  hc h
2   cos   
 E0 me c  E0 mec
1
2
me c E0
 2me c 2  E0  cos  
1
2
me c E0
 me c 2  E0 

me c 2  E0  me c 2  E0 
cos      cos 1  
2me c 2  E0  2me c  E0 
2

(b) Empregando a equação [3]:


hc hc E0 E0  2me c 2  E0 
E    
  0  2 cos   2 cos  2  me c 2  E0 

E  E0  2me c  E0 
2

Então, p   .
c 2c  me c 2  E0 
(c) Da conservação da energia:
Capítulo 28 577

E0  2me c 2  E0 
K e  E0  E   E0 
2  me c 2  E0 

2 E0  me c 2  E0   E0  2me c 2  E0 

2  me c 2  E0 


 2E m c
0 e
2
 2 E02    2 E0 me c 2  E02 
2  me c 2  E0 

2 E0 me c 2  2 E02  2 E0 mec 2  E02 E02


 
2  me c 2  E0  2  me c 2  E0 
Da equação [2],
E0  2me c 2  E0 
pe  p 
2c  me c 2  E0 
h
P28.19 (a)   1  cos   :
me c
6, 626 1034 J  s
  1  cos 37, 0 
 9,111031 kg  2,998 108 m/s 
 4,89 1013 m  4,89 104 nm
hc 1 240 eV  nm
(b) 0    4,13 103 nm
E 300 10 eV
3

e
   0    4, 62 1012 m  4, 62 103 nm
hc 1 240 eV  nm
E    2, 68 105 eV  268 keV
  4, 62 10 nm
3

(c) Ke  E0  E  31,7 keV

P28.20 E
hc

 6, 626 10 34
J  s  3, 00 108 m s 
 2,84 1019 J  1, 78 eV
 700 109 m
h 6, 626 1034 J  s
p   9, 47 1028 kg  m s
 9
700 10 m
E0
P28.21 Com Ke = E e Ke = E0 – E, temos E   E0  E   E  .
2
hc hc hc
Também temos    ; portanto,    2  20 .
E E0 2 E0
Pela equação de Compton,
578 Física Quântica

   0  C 1  cos   20  0  C 1  cos 


Portanto,
0 0, 00160
1  cos       70, 0
C 0, 00243
meu 2   9,111031 kg 1, 40 106 m/s   8,93 1019 J
1 1 2
K
P28.22 (a) 2 2
 5,58 eV
hc 1 240 eV  nm
E0    1 550 eV
0 0,800 nm
hc 1 240 eV  nm
E  E0  K e     0,803 nm
E  1 550 eV  5,58 eV
    0  0,00289 nm  2,89 pm
(b)    C 1  cos  
 0, 00289 nm
cos   1   1   0,189    101
C 0, 00243 nm

Seção 28.4 Fótons e Ondas Eletromagnéticas


*P28.23 A energia do fóton é
hc  6, 626 10 J  s  3,00 10 m/s 
34 8

E   3,14 1019 J
 9
633 10 m
A potência transportada pelo feixe é
 2.00 1018 fótons/s 3.14 1019 J/fóton   0.628 W
Sua intensidade é o vetor de Poynting médio
q e 1, 60 1019 C
I  
t t 7,04 108 s
1 E2
(a) Smed  Erms Brms  max
0 2 0 c
Emax   20cSmed 
12

  2  4 107 Tm/A  3.00 108 m/s  2.61105 W/m 2  


12

 1.40 104 N/C 


14.0 kV/m
Emax 1, 40 104 N/C
(b) Bmax    4, 68 105 T  46,8 μT
c 3, 00 10 m/s
8

E
(c) Cada fóton transporta momento . O feixe transporta momento
c
Capítulo 28 579

P
à taxa . Ele confere momento a uma superfície perfeitamente
c
refletora à taxa
2P 2  0.628 W 
 força   4.19 109 N  4.19 nN
c 3.00 108 m/s
(d) O bloco de gelo absorve energia mL = P∆t, derretendo
Pt  0, 628 W  1,50  3 600 s  
m   1, 02 102 kg  10, 2 g
L 3,33 10 J/kg
5

P28.24 Com energia E = hf = 10,0 eV, um fóton teria


E 10, 0 1, 602 10 J 
19

f   34
 2, 42 1015 Hz
h 6, 626 10 J  s
e
8 15
 = c/f = (3,00 × 10 m/s)/(2,41 × 10 /s) = 124 nm
Para que o fóton tenha energia de 10 eV ou mais, de acordo com
essa definição, radiação ionizante é a luz ultravioleta, os raios X
e os raios  com comprimento de onda menor do que 124 nm; isto é,
com frequência maior do que 2,42 × 1015 Hz.

Seção 28.5 As Propriedades Ondulatórias das Partículas


h
P28.25 Como o comprimento de onda de de Broglie é   , o momento do
p
h 6, 626 1034 J  s
elétron é: p    6, 626 1023 kg  m s
 1, 00 1011 m
(a) Para os elétrons, a resposta relativística é mais precisa.
Substituindo,

p 2 c 2   me c 2   me c 2   pc    me c 2   mec 2
2 2
Ke 
2

2
  
  6, 626 1023  2,998 108  
1 MeV
   0,511
2
13 
  1, 602 10 J 
0,511
 0, 0148 MeV  14,8 keV

ou, ignorando correções relativísticas,

p 2  6, 626 10  
23 2
1 keV 
Ke     15,1 keV
2me 2  9,1110   1, 602 10
31 16
J 
580 Física Quântica

(b) Para os fótons:


 
E  pc   6, 626 1023  2,998 108  
1 keV
16 
 1, 602 10 J 
 124 keV

P28.26 Dada a suposição no enunciado do problema, para que ocorra


difração significativa, devemos ter
h  h 
w 10 10   10  
 p  mu 
onde u é a velocidade do aluno ao passar pela porta. A variável que
desconhecemos, aqui, é a velocidade u, então resolvamos para ela:
 h 
u 10  
 mw 
Essa expressão fornecerá o limite superior da velocidade do aluno.
Substitua os valores numéricos:
 6, 626 1034 J  s  34
u 10   1,110 m/s
  80 kg  0, 75 m  
Essa é uma velocidade extremamente baixa. É impossível o aluno
andar tão devagar. A essa velocidade, se a espessura da parede na
qual a porta está instalada for 15 cm, o intervalo de tempo necessário
33 15
para o aluno passar pela porta será 1,4 × 10 s, que é 10 vezes a
idade do Universo.
Capítulo 28 581

P28.27 Confira a Figura P28.27 (ou a


FIG. RESP. P28.27). Para a
reflexão de Bragg, o ângulo  é
medido entre o plano refletor e o
feixe incidente, como mostra a
Figura 27.26. O ângulo  é
medido entre o feixe incidente e o
feixe refletido (espalhado). A lei
da reflexão se aplica com relação
à FIG. RESP. P28.27(a)
normal ao plano (a linha tracejada), então os ângulos de incidência e
de reflexão são iguais a /2. O ângulo entre o plano refletor e a normal
é 90°, então


  90
2
Da condição da reflexão de Bragg,
temos

 
m  2d sen   2d sen  90  
 2
FIG. RESP. P28.27(b)
 
 2d cos  
2
O feixe vertical incide ao longo da normal aos planos da rede
horizontal que contém átomos separados por uma distância a, e os
planos da rede refletora formam o ângulo /2 com os planos
horizontais porque a normal aos planos refletores forma o ângulo /2
com o feixe vertical. Portanto, o espaçamento dos planos da rede
 
refletora é d  a sen   .
2
Assim, para o primeiro máximo, com m = 1,
     
  2  a sen    cos    a sen 
  2  2
Sabemos que
h h
 
p 2me K
6, 626 1034 J  s
  1, 67 1010 m
2  9,1110 31
kg  54, 0 1, 60 10 19
J
Portanto, o espaçamento da rede é
582 Física Quântica

 1, 67 1010 m
a   2,18 1010  0, 218 nm
sen  sen 50, 0
P28.28 (a)  ~ 10 m
14
ou menos, então
34
h 6, 626 10 J  s
p ~  1019 kg  m/s ou mais. A energia do
 14
10 m
elétron é
E p 2c 2  me2c 4

10 kg  m s   3 108 m/s    9 1031 kg   3 108 m/s 


19 2 2 2 4
~
ou E ~ 1011 J ~ 108 eV ou mais
de modo que
K  E  mec 2 ~ 108 eV   0,5 106 eV  ~ 108 eV ou mais.
(b) Se o núcleo contiver dez prótons, a energia potencial elétrica do
sistema elétron-núcleo será
ke q1q2  9 10 N  m C  10 1, 60 10 C    e 
9 2 2 19

Ue  ~
r 0,5 1014 m
~ 106 eV
(c) Com K  U e ~ 108 eV  0, o elétron não poderia ser confinado ao
núcleo.
h 1 me2u 2 p2
P28.29 (a) Elétron:  e K  meu 2
 ,
p 2 2me 2me
então p  2me K
h 6, 626 1034 J  s
  :
2  9,111031 kg   3, 00  1, 60 1019 J 
e 2me K

  7,09 1010 m  0,709 nm


c E
(b) Fóton:  e E = hf, então f  ,
f h
hc 1240 eV  nm
e    413 nm .
E 3, 00 eV
h h 6, 626 1034 J  s
    3,97 1013 m
p mu 1, 67 10 kg 1, 00 10 m/s 
P28.30 27 6

Seção 28.6 Um Novo Modelo: A Partícula Quântica


P28.31 (a) A partícula está se movendo livremente, então não atribuímos
2
energia potencial a ela. Sua energia é E = K = ½mu = hf =
(h/2  )(2  f ) = .
Capítulo 28 583

Para o seu momento, temos p = mu = h/ = (h/2  ) (2 / ) = k .


Logo,  = K / e k  p/ .
Então, a velocidade de fase é
mu 2 h u
vfase  f   
2h mu 2
(b) Vemos que a velocidade de fase é apenas metade da velocidade
experimentalmente mensurável u à qual a partícula quântica
transporta massa, energia e momento. Na Figura Ativa 28.17 do
livro do aluno, as cristas de onda individuais avançariam mais
lentamente do que seu envoltório, então as cristas individuais
pareceriam se mover para trás em relação ao pacote que as
contém.

P28.32 Como bônus, começamos provando que a velocidade de fase v f 
k
não é a velocidade da partícula.
 p 2c 2  m2c 4  2 m 2u 2 c 2  m 2 c 4
vf   
k  mu  2 m 2u 2

c2 c2  u 2  c2 c2
 c 1  c 1   1    c 1   1 
 2u 2 u 2  c2  u2 u
Com efeito, a velocidade de fase é maior do que a velocidade da luz!
Um ponto de fase constante na função de onda não transporta massa,
energia nem informação.
Agora, para a velocidade de grupo:
d  d    dE d
vg     m2c 4  p 2c 2
dk d  k  dp dp

p 2c 4
 m c  p 2 c 2   0  2 pc 2  
1 2 4 1 2

2 p 2c 2  m2c 4

 2 m 2u 2
c
 2 m 2u 2  m 2 c 2

u 2 1  u 2 c 2  u 2 1  u 2 c 2 
c c u
u 2 1  u 2 c 2   c 2 u 2
 c 2  u 2  1  u 2 c 2 
É a essa velocidade que massa, energia e momento são
transportados.

Seção 28.7 O Experimento da Dupla Fenda Revisitado


h 6, 626 1034 J  s
   9,92 107 m  992 nm
mu 1, 67 10 kg   0, 400 m/s 
P28.33 (a) 27

(b) Para interferência destrutiva em um experimento de múltiplas


584 Física Quântica

 1
fendas, d sen    m    , com m = 0 para o primeiro mínimo.
 2
y 1
Além disso,  tan   sen     , então
L 2d

y  L tan  
L

 9,92 10 m  10, 0 m   4,96 10
7
3
m
2d 2 1, 00 10 m  3

 4,96 mm
Não; não há maneira de identificar por qual fenda o
nêutron passa. Mesmo se um nêutron por vez incidir
(c) sobre o par de fendas, um padrão de interferência ainda
surge no detector. Portanto, cada nêutron passa efetivamente
pelas duas fendas.
P28.34 Considere a primeira banda brilhante a partir do centro:
d sen   m
 1  0, 400 103 m  
 0,0600  10 6
m   tan  20, 0 102 m 
sen
  
 1   1, 20 10 10 m
h h h
  logo meu  ,
p meu 
e
1 m 2u 2 h2 h2
K  meu 2  e   e V  V 
2 2me 2me  2 2eme  2
Portanto,
 6, 626 10 J  s
34 2

V   105 V
2 1, 60 1019 C  9,1110 kg 1, 20 1010 m 
31 2

P28.35 Encontramos a velocidade de cada elétron usando a conservação de


energia no processo de disparo:
1
E  0  K f  U f  mu 2  eV
2

2eV 2 1, 60 1019 C   45,0 V 


u  31
 3,98 106 m/s
m 9,1110 kg
x 0, 280 m
O tempo de voo é t    7, 04 108 s .
u 3,98 10 m/s 6

Quando os elétrons estão a 28 cm de distância um do outro, a


Capítulo 28 585

q e 1, 60 1019 C
corrente é I     2, 27 1012 A
t t 7,04 108 s

Seção 28.8 O Princípio da Incerteza


P28.36 Assumindo que o rifle esteja disparando horizontalmente, seja L a
distância entre o rifle e o alvo. A incerteza na posição vertical da
partícula ao sair da extremidade do rifle é ∆y = 2,00 mm. O princípio
da incerteza nos permitirá uma aproximação da incerteza no momento
vertical das partículas (ignorando a aceleração gravitacional):
yp y   p y 
2 2y
O intervalo de tempo que a partícula leva para chegar à tela é, do
modelo de partícula com velocidade constante,
L
t 
vx
Durante esse intervalo de tempo, novamente pelo modelo de partícula
com velocidade constante, a partícula se desloca no sentido vertical
por uma distância (novamente, ignorando os efeitos gravitacionais)
L L
yt  v y t  v y  p y
vx px
onde ∆yt é a distância vertical percorrida pela partícula ao chegar ao
alvo e py é o momento vertical da partícula. Como as partículas
começam com momento vertical zero, assumamos que o momento
vertical das partículas é da ordem da incerteza no momento vertical.
Assim,
L
yt 
2y px
O que não conhecemos nessa expressão é a distância L, então
resolvamos para ela:
2 p yyt
L x
Substitua os valores numéricos:

2  0, 00100 kg 100 m/s  0, 00200 m  0, 0100 m 


L
1, 0551034 J  s
 4 1028 m
Segundo a Tabela 1.1, essa distância é duas ordens de grandeza
maior do que a distância da Terra ao quasar mais remoto conhecido.
A conclusão, então, é que para rifles disparados contra alvos a
distâncias razoáveis, uma dispersão de 1,00 cm devida ao princípio da
incerteza seria impossível.
586 Física Quântica

h h
P28.37 Para cada partícula, ∆p = m∆u e x   .
4 p 4 mu
Para o elétron,
h
x 
4 me u
6, 626 1034 J  s
  1,16 mm
4  9,111031 kg   500 m/s  1, 00 10 4  
Para a bala,
h
x 
4 mb u
6, 626 1034 J  s
  5, 28 1032 m
4  0, 0200 kg   500 m/s  1, 00 10  
 4

Podemos determinar a posição com uma margem de 1,16 mm para o
–32
elétron e 5,28 × 10 m para a bala.
P28.38 Do princípio da incerteza,
Et     mc 2  t 
2 2
Portanto,
m h h
 
m 4 c  t  m 4  t  ER
2

m 6, 626 1034 J  s  1 MeV 



m 4  8,70 10 s  135 MeV   1,60 1013
17
J 

 2,81108

P28.39 (a) px  mux  , então


2
h 2 J  s
u    0, 250 m/s
4 mx 4  2, 00 kg 1, 00 m 
(b) O pato pode se mover por (0,250 m/s)(5,00 s) = 1,25 m. Com
uma incerteza de 1,00 m na posição original, podemos pensar
em ∆x crescendo até 1,00 m  1, 25 m  2, 25 m .

P28.40 (a) No topo da escada, a mulher segura uma bolinha dentro de uma
pequena região xi . Assim, o princípio da incerteza exige que ela

a solte com momento horizontal típico px  mvx  . A


2xi
Capítulo 28 587

1 2
bolinha cai no chão em um tempo dado por H  0  gt , ou
2
2H
seja, t  , então a largura total dos pontos de impacto é
g
  2H A
x f  xi   vx  t  xi     xi 
 2mxi  g xi
2H
onde A  .
2m g
d  x f  0
Para minimizar x f , precisamos que ou
d  xi 
A
1  0,
xi2
então xi  A.
A largura mínima dos pontos de impacto é
14
 A  2  2H 
 x  f   xi  
xi  x 
2 A 
m  g 


min
i A

 2 1, 0546 1034 J  s  


12
 2  2, 00 m  
14

 x   4
  2 
 5, 00 10 kg
f
(b) min
  9,80 m s 
 5,19 1016 m

Seção 28.9 Uma Interpretação da Mecânica Quântica


  x   Ae  
 A cos  5 1010 x   Ai sen  5 1010 x  
i 5,001010 x
P28.41 (a)
A cos  kx   Ai sen  kx  passa por um ciclo completo quando x varia
por  e quando kx varia por 2.
2
k  5, 00 1010 m1 porque x está em metros.

2 2
   1, 26 1010 m  126 1012 m
k 5, 00 1010 m 1
 126 pm
h 2  6, 626 1034 J  s 
  5, 00 10 m 
h h 1
p   k  10

(b)  2  2  2 
 5, 27 1024 kg  m/s
(c) me  9,111031 kg
588 Física Quântica

me2u 2 p 2
K 
2me 2m

 5, 27 10 kg  m/s 
24 2
1,52 1017 J
  1,52 1017 J 
2  9,1110 kg 
31
1, 60 1019 J/eV

 95,3 eV
a
a a
a  a  1   x
P     x
2
Probabilidade:   dx     tan 1  
a   x  a 
P28.42
a
2 2
   a   a  a
1 1      1
P  tan 1 1  tan 1  1         
   4  4  2

Seção 28.10 Uma Partícula em uma Caixa


P28.43 (a) Da Equação 28.35, os níveis de energia permitidos de um elétron
em uma caixa são
 h2  2
En   2 
n n = 1, 2, 3, . . .
 e 
8m L
  6, 626 1034 J  s  
2

En    n2
 8  9,1110 kg  0,100 10 m  
31 9 2

 
  6, 02 1018 J  n 2   37, 7 eV  n 2

FIG. RESP. P28.43


(b) Quando o elétron cai do nível mais alto ni para o nível mais baixo
nf , ele emite energia
 h2  2
2  i
En   n  n2f    37, 7 eV   ni2  n2f 
 8me L 
emitindo um fóton de comprimento de onda
Capítulo 28 589

hc 8me cL2
 
En h  ni2  n 2f 

8  9,109 1031 kg  2,998 108 m/s  0,100 109 m 


2


 6, 626 10 34
J  s  ni2  n 2f 
 1 nm 
  9 
 10 m 
33, 0 nm

 ni2  n2f 
Por exemplo, para a transição 4  3 , o comprimento de onda é
33, 0 nm
  4, 71 nm
 4    3
2 2

Os comprimentos de onda produzidos por todas as transições


possíveis são:
Transição 4  3 4  2 4  1 3  2 3  1 2  1
 (nm) 4,71 2,75 2,20 6,59 4,12 11,0
*P28.44 A energia do fóton é
hc 1240 eV  nm  1mm  4
E     2, 05 10 eV
 6,06 mm  106 nm 
As energias permitidas do próton na caixa são
 h2  2
En   2 
n
 8mL 
  6, 626 1034 J  s  
2

   1eV  2
2  19 
n
 8 1, 673 10 kg 1, 00 10 m    1, 602 10 J 
27 9
 
  2, 05 104 eV  n 2
A menor energia possível para uma transição entre estados é de
n = 1 a n = 2, energia que é
En   2,05104 eV  22  12   6,14 104 eV
O fóton não possui energia suficiente para provocar essa transição. A
energia do fóton seria suficiente para provocar uma transição de n = 0
a n = 1, mas o estado n = 0 não existe para a partícula em uma caixa.
h2
P28.45 (a) As energias do elétron confinado são En  n 2 . Seu ganho
8me L2
de energia no salto quântico do estado 1 ao estado 4 é
590 Física Quântica

h2 h 215
8me L2  4 2
 12
 , e essa é a energia do fóton
8me L 2
hc
 hf  .

12
 15h 
Então, 8mecL  15h e L  
2
 .
 8me c 
(b) Seja   o comprimento de onda do fóton emitido:
hc h2 h2 12h2
 4 2
 2 2

  8me L2 8me L2 8me L2
hc   h 15  8me L  5
2 2

Então,   e    1, 25 .
 hc 8me L212h 2 4
P28.46 Da Equação 28.35, os níveis de energia permitidos de um elétron em
uma caixa são
 h2  2
En   2 
n , n  1, 2, 3,...
 8mL 
(a) Para L = 1,00 nm,
 h2  2
En   2 
n
 8mL 
  6, 626 1034 J  s  
2
 1 eV   n2

 1, 60 10
19
J   8  9,111031 kg 1, 00 109 m 2 
 
 0,377n 2  6 eV
n4
Para n = 4, En  0,377  4   6,03 eV
2
(b)
*P28.47 (a) A probabilidade é
 x 
L/3 L/3
2
P    1 dx   sen 2 
2
 dx
0
L 0  L 
2
L/3
1  cos  2  x L  

L 
0
2
dx

L3
1 L  2 x   1 L L  2  
 x  sen      sen  
L 2  L  0
L  3 2  3 
1 1  2 
  sen  
3 2  3 
1 3
     0,196
 3 4 
Capítulo 28 591

L
(b) A densidade de probabilidade é simétrica em torno de x  .
2
2L
Assim, a probabilidade de encontrar a partícula entre x  ex
3
= L é a mesma, 0,196. Portanto, a probabilidade de encontrá-la
L 2L
no intervalo  x  é P  1, 00  2  0,196  0, 609 .
3 3

FIG. RESP. P28.47(b)


P28.48 Da Equação 28.35, os níveis de energia permitidos de um elétron em
uma caixa são
 h2  2
En   2 
n  n 2 E1 n = 1, 2, 3, …
 8mL 
–27
Para um próton (m = 1,673 × 10 kg) em uma caixa com 10,0 fm de
largura:
 6, 626 10 J  s 
34 2

E1 
8 1, 673 10 kg 10, 0 10 m
27 15 2

 1 eV 
 3, 28 1013 J  19   2, 05 106 eV  2, 05 MeV
 1, 602 10 J 
(a) A energia do fóton emitido é
E  En  E2  E1   2  E1  E1  3E1  6,14 MeV
2

(b) O comprimento de onda do fóton é


hc 1240 eV  nm
 
E 6,14 106 eV
 2, 02 104 nm  2, 02 1013 m  202 1015 m  202 fm
(c) Isso é um raio gama, segundo a tabela de espectro
eletromagnético no Capítulo 24.
hc  h 2  2 2 3h 2
E     2  1  
  8me L2    8m L2
*P28.49
e

3h
L
8me c

3  6, 626 1034 J  s  694,3 109 m 


  7,95 1010 m  0, 795 nm
8  9,1110 31
kg  3, 00 10 m/s 
8
592 Física Quântica

hc h2  2 2 3h 2
E     2  1  
  8me L2    8m L2
*P28.50
e

3h
 L
8me c

Seção 28.11 Modelo de Análise: Partícula Quântica


com Condições de Contorno
Seção 28.12 A Equação de Schrödinger
 x2  d 2 Ax d 2 2A
P28.51 (a)   x   A 1  2    2  2
 2
 L  dx L dx L
2
d 2
A equação de Schrödinger:   U  E
2m dx 2
se torna


 2A 
2
  x   x2 
2
 x2 
2

  A 1    EA 1  2 
2m  L2  mL2  L2  x 2   L2   L 

 2   x   L  x 
2 2 2 2
2
 x2 
      E 1  2 
2 m  L2  mL4  L2  x 2   L 

2

 2
x2   x2 
 E 1  2 
mL2 mL4  L 
 x2 
2
 x2 
 1    E 1  2 
mL2  L4   L 
2
Isso será verdadeiro para todos os valores de x se E  .
L2 m
(b) Observe que a função de onda   x  é uma função par; portanto,
podemos escrever a condição de normalização como
2 2
L
 x2  L L
2 x2 
     L2 
  0  L2  dx

2

2
dx 1 A 1 dx 2 A 1
L L

2  2 x2 x4 
L
 2 A  1  2  4  dx
0
L L 
L
 2 x3 x5   2 L
1  2 A  x  2  4   2 A2  L  L  
2

 3L 5 L  0  3 5

 16 L  15
 A2    A
 15  16 L
Capítulo 28 593

(c) Assim como na parte (b), como a função de onda é uma função
par, a probabilidade é
L3 L3
15 L 3  2 x 2 x 4 
P    2 dx    2 dx  2  1  L2  L4  dx
L 3 0 16 L 0  
L3
15  2 x3 x5 
  x   
8L  3L2 5L5  0
15  L 2 L L  47
     0,580
8 L  3 81 1215  81

Da Equação 28.26, para   x   Ae , então


ikx
P28.52 (a)
d 2
d
dx
 
Ae ikx
 ikAe ikx
e
dx 2
 k 2 Aeikx .
Então,
2
d 2 2 2 2

2m dx 2
 
2m
  k 2
Ae ikx
 
k
2m
 Aeikx 
2 2
1  h   2 
    
2m  2    
 Ae 
ikx

2
1 h p2
  
2m   
 Ae ikx
 
2m
  K

 2 x 
(b) Para   x   A sen    A sen kx,
  

 A sen kx   Ak cos kx e d 2   Ak 2 sen kx.


2
d
dx dx
Então, de forma similar à prova na parte (a),
2
d 2 2 2 2
p2

2m dx 2
 
2m
  Ak 2
sen kx  
2m
k
 Ak 2
sen kx  
2m

 K
L
P28.53 (a) O valor esperado é x   * x dx:
0

2  2 x  2 1  cos  2  x L   
L L
2
x   x sen   dx   x   dx
0
L  L  L 0  2 
1  4 x 
L
  x 1  cos  dx
L0  L 
Das tabelas de integrais, encontramos que
L
 4 x 4 x 4 x 
L
1 x2 1 L2 L
x    L sen L  cos L   2
L 2 0 L 16 2 0
594 Física Quântica

(b) A probabilidade de encontrar a partícula no intervalo


0,490L ≤ x ≤ 0,510L é
2
0,510 L
2  2 x  2
0,510 L
1  cos  2  2 x L  
P 
L 0,490 L
sen 
 L 
 dx  
L 0,490 L 2
dx

0,510 L
1 L  4 x  
 x  sen  
L 2  L   0,490 L
1
 0, 020   sen 2, 04  sen1,96 
4
 5, 26 105
(c) A probabilidade de encontrar a partícula no intervalo 0,240L ≤ x ≤
0,260L é
0,260 L
1 L  4 x  
P  x  sen    3,99 102
L 2  L   0,240 L
No gráfico para n  2 na Figura 28.22(b) do livro texto, é mais
provável encontrar a partícula perto de x  L 4 ou x  3L 4 do
(d)
que no centro, onde a densidade de probabilidade é zero. Entretanto,
a simetria da distribuição significa que a posição média é x  L 2.
  2
P28.54 Temos   Aei kx  t   ik    k 2 .
x x 2
A equação de Schrödinger é satisfeita se
2
d 2
  U  E , onde U = 0:
2m dx 2
2

2m
 k    E
2

2
k2
  E
2m
Isso é verdadeiro, enquanto identidade (igualdade funcional), para
2 2
k
todos os valores de x se E  , o que é verdadeiro, pois E = K + U
2m
=K+0=Ke
1  h   2 
2 2 2
k22
1 h p2
         K
2m 2m  2     2m    2m
P28.55 A probabilidade desejada é
L4
2L4  2 x 
P    dx 
2
 sen 2   dx
0 L 0  L 
onde
Capítulo 28 595

1  cos 2
sen 2  
2
Logo,
L4
x 1 4 x  1 
P  sen     0  0  0   0, 250
 L 4 L 0 4 

 dx  1:
2
P28.56 A normalização exige que 
todo o espaço
L
2  n x 
L
1  cos  2  x L  
0  0 dx  1
2 2
A sen   dx A
 L  2
L
A2  L  2 x  
  x  2 sen  L    1
2   0
L
A2  L  A2 L

2  L  2 sen 2   2  1
0

2
A
L

P28.57 (a)   x   A cos kx  B sen kx   kA sen kx  kB cos kx 
x
 2
 k 2 A cos kx  k 2 B sen kx  k 2  A cos kx  B sen kx   k 2
x 2

A equação de Schrödinger é satisfeita se


2
d 2
  U  E , onde U = 0:
2m dx 2
2

2m
 k    E
2

2
k2
  E
2m
Isso é verdadeiro, enquanto identidade (igualdade funcional),
2 2
k
para todos os valores de x se E  , o que é verdadeiro, pois
2m
E=K+U=K+0=Ke
1  h   2 
2 2 2
k22
1 h p2
         K
2m 2m  2     2m    2m
2
k2
(b) Da parte (a), E  .
2m

Seção 28.13 Tunelamento Através de uma Barreira de


596 Física Quântica

Energia Potencial
P28.58 A constante de decaimento da função de onda dentro da barreira é:
2m U  E 
C

2  9,1110 –31 kg  10, 0 eV  5, 00 eV  1,60 10 –19 J/eV 



6,626 10 –34 J  s/2
 1,14 1010 m –1
(a) A probabilidade aproximada de transmissão é
 
2 1,14  1010 m –1 2,00  10–10 m 
T  e2CL  e  0, 0103
ou seja, 1% de chance de transmissão.
(b) R  1  T  0,990 , 99% de chance de reflexão.
2m U  E 
P28.59 (a) T  e2CL onde C :

2  9,111031 kg   5, 00  4,50  1, 60 1019 J 


C  3, 62 109 m 1
1, 055 1034 J  s
T  e2CL  exp  2  3, 62 109 m 1  950 1012 m    exp  6,88 

T  1, 03 103
(b) Precisamos que e2CL  106. Tomando os logaritmos,
2CL  ln106  6 ln10
3ln10 3ln10
L  1
 1,91109 m  1,91 nm
C 3, 62 10 m
9

P28.60 A probabilidade de tunelamento original é T  e2CL , onde


2m U  E  2  9,111031 kg   20,0  12, 0  1, 60 1019 J 
C 
6, 626 1034 J  s 2
 1, 44811010 m 1
1 240 eV  nm
hc
A energia do fóton é hf   2, 27 eV, tornando a nova
 546 nm
energia cinética do elétron 12,0 + 2,27 = 14,27 eV e o seu coeficiente
de decaimento dentro da barreira
2m U  E  2  9,111031 kg   20,0  14, 27  1, 60 1019 J 
C  
6, 626 1034 J  s 2
 1, 2255 1010 m 1
Agora, o fator de aumento na probabilidade de transmissão é
Capítulo 28 597

e2CL 2 L  C C   21,00109 m  0,2231010 m1 


2CL
 e  e  e4,45  85,9
e

Seção 28.14 Conexão com o Contexto: A Temperatura


Cósmica
P28.61 Assumimos que a bola de fogo do Big Bang é um corpo negro.
I  e T 4  (1)  5, 67 108 W m 2  K 4   2, 73 K 
4

 3,15 106 W m 2

P28.62 O comprimento de onda de    500 nm da radiação que é observada


por observadores na Terra não é o verdadeiro comprimento de onda,
 , emitido pela estrela, devido ao efeito Doppler. O verdadeiro
comprimento de onda se relaciona ao comprimento de onda
observado empregando:

c c 1 v c
 :
  1  v c 

1 v c 1   0, 280 
     500 nm   375 nm
1 v c 1   0, 280 

A temperatura da estrela é dada por


maxT  2,898 103 m  K

2,898 103 m  K 2,898 103 m  K


ou T   7, 73 103 K .
max 375 10 9

P28.63 (a) A lei de Wien: maxT  2,898 103 m  K


Logo,
2,898 103 m  K 2,898 103 m  K
max    1, 06 103 m
T 2,73 K
 1, 06 mm
(b) Essa é uma micro-onda.

Problemas Adicionais
P28.64 Queremos uma gráfico como o de Einstein, de Kmax versus f.
598 Física Quântica

 , nm f , 1014 Hz K max , eV
588 5,10 0, 67
505 5,94 0,98
445 6, 74 1,35
399 7,52 1, 63
0, 402 eV
(a) inclinação   8%
1014 Hz
(b) eVS  hf  
 1, 60 1019 J  s 
h   0, 402   14
34
  6, 4 10 J  s  8%
 10 
(c) Kmax = 0 a f  344 10 Hz , então   hf  2,32 1019 J  1, 4 eV .
12

FIG. RESP. P28.64


*P28.65 Da trajetória circular que os elétrons seguem no campo magnético, a
força magnética é centrípeta,
m v2
F  ma: evB  e  mev  eBR
R
então vê-se que a energia cinética máxima é:
 me v 
2
1 e2 B 2 R 2
K max  me v 
2

2 2me 2me

1, 602 10 C   8, 00 104 T  1,10 10 2 m 


19 2 2 2


2  9,111031 kg 

 1, 09 1018 J  6,81 eV
Da equação fotoelétrica,
hc
K max  hf    

Capítulo 28 599

Logo, a função trabalho é


hc 1240 eV  nm
   K max   6,81 eV  3,19 eV
 124 nm
P28.66 Da trajetória circular que os elétrons seguem no campo magnético, a
força magnética é centrípeta,
m v2
F  ma: evB  e  mev  eBR
R
então vê-se que a energia cinética máxima é:
 m v   e2 B 2 R 2
2
1
K max  mev 2  e
2 2me 2me
Da equação fotoelétrica,
hc
K max  hf    

Logo, a função trabalho é
hc hc e2 B 2 R 2
  K max  
  2me
h 
P28.67 VS    f 
e e

FIG. RESP. P28.67


Dos dois pontos no gráfico
h 
0     4,11014 Hz  
e e
e
h 
3,3 V    12 1014 Hz  
e e
Combinando essas duas expressões, encontramos:
(a)   1, 7 eV
h
(b)  4, 2 1015 V  s
e
hc  h  ec
(c) No comprimento de onda de corte,      , ou
c  e  c
600 Física Quântica

c   4, 2 1015 V  s 1, 60 1019 C 


 3, 00 10 m/s  8

1, 7 eV  1, 60 10 J/eV  19

 7,3 102 nm
n h nh
*P28.68 (a) As condições L e p  permanecem válidas.
2  2L
2
 nhc 
E  pc    mc 
2 2
 En      mc 
2 2
2

 2L 
2
 nhc 
   mc   mc
2 2
K n  En  mc  2

2

 2L 
–12 –31
(b) Tomando L = 1,00 × 10 m, m = 9,11 × 10 kg e n = 1,
encontramos
2
 nhc 
   mc   mc
2 2
K1  
2

 2L 
 1  6, 626 1034  2,998 108  
2

 9,111031  2,998 108 2 


2
   
 2 1, 00 1012    

  9,111031  2,998 108 


2

 4, 68 1014 J
(c) O cálculo não relativístico dá
 6, 626 1034 J  s 
2
h2
E1  
8mL2 8  9,111031 kg 1, 00 1012 m 2

 6, 02 1014 J
Comparando isso com K1, vemos que esse valor é 28, 6% maior.
P28.69 A condição sobre a potência elétrica fornecida ao filamento é
 V   V   V   r 2 , então  V   r 2
2 2 2 2
A
P  I V     .
R   P
Aqui, P = 75,0 W,   7,13 10  m, e ∆V = 120 V. Conforme o
7

filamento irradia em estado estacionário, ele deve emitir toda essa


potência pela área de sua superfície lateral P   eAT 4   e2 r T 4 .
Capítulo 28 601

(a) Combinamos as condições por substituição:


  V 2  r 2  4
P   e2 r  T
  P 

 P2
r 
3

2 e  V   2T 4
2


 7,13 10   m   75, 0 W 
7 2

2  5, 67 108 W/m K   0, 450 120 V    2 900 K 


2 4 2 2 4

r  1,98  105 m

  75, 0 W   7,13 10 7   m   0,333 m  


12 12
 P 
r    
   V 2    120 V 
2

 
 1,98  105 m
 V   r 2 120 V   r 2
2 2

(b)    0,333 m
P  7,13 107   m   75, 0 W 
*P28.70 (a) Tomando Lx = Ly = L, vemos que a expressão para E se torna
h2
2  x
E n 2  ny2 
8me L
n  x  n y y
A forma geral da função de onda é   sen  x  sen  
 L   L 
Para uma função de onda normalizável, nem nx nem ny podem
ser zero; do contrário,  = 0.
(b) O estado fundamental corresponde a nx  ny  1 .
(c) A energia do estado fundamental é
h2 h2
E1, 1 
8me L2
12
 12
 4m L2

e

(d) Para o primeiro estado excitado, nx = 1 e ny = 2, ou nx = 2 e ny =


1.
(e) Para o segundo estado excitado, nx = 2 e ny = 2.
(f) O segundo estado excitado, que corresponde a nx = 2, ny = 2,
possui energia de
h2 h2
E2, 2 
8me L2
 2 2
 2 2
 m L2

e

(g) A diferença de energia entre o estado fundamental e o segundo


estado excitado é
602 Física Quântica

h2 h2 3h 2
E  E2, 2  E1, 1   
me L2 4me L2 4me L2

3h2 hc 4me cL2


(h) E    
4me L2  3h
2L 2L
P28.71 (a)    2, 00 1010 m
n 1
h 6, 626 1034 J  s
(b) p   3,311024 kg  m/s
 10
2,00 10 m
p 2  3,3110 kg  m/s 
24 2

(c) E   0,171 eV
2m 2  2, 00 1028 kg 

x 2   x 2  dx
2
P28.72

Para uma caixa unidimensional de largura L, da Equação 28.41,
2  n x 
n  sen  
L  L 
2L 2  n x 
x2   x sen 2   dx
L0  L 
Substituindo
n x n
y  dy  dx
L L
L L
x y  dx  dy
n n
a integral se torna (das tabelas de integrais)
3
2  L  n 2 2
x 2
    x sin ydy
L  n  0
n
2 L2  y 3  y 2 1  y 
 3 
    sin 2 y  cos 2 y 
 n   6  4 8  4  0

2 L2   n  n 
3

   cos 2  n  
 n   6
3
4 

2 L2   n  n  L2
3
L2
 3 
   
 n   6 4  3 2n 2 2
P28.73 (a) Empregue a conservação de energia para encontrar a velocidade
do destemido logo antes do mergulho:
1
mgyi  mu 2f
2
Capítulo 28 603

u f  2 gyi  2  9,80 m/s 2   50, 0 m   31,3 m/s

h 6, 626 1034 J  s
 
mu  75,0 kg  31,3 m/s 

 2,82 1037 m (não observável)

(b) E t 
2
6, 626 1034 J  s
E   1, 06 1032 J .
4  5,00 10 s 
então 3

E 1, 06 1032 J
  2,87 1035%
E  75,0 kg   9.80 m/s   50, 0 m 
(c) 2

P28.74 (a) (b)

FIG. RESP. P28.74(a) FIG. RESP. P28.74(b)


(c)  é contínuo e   0 conforme x  . A função pode ser
normalizada. Ela descreve uma partícula confinada próximo a x =
0.
(d) Como  é simétrico,
 

  dx  2   dx  1
2 2

 0

 2 A2   0
ou 2 A2  e2 x dx     e  e   1.
0  2 
Isso dá A   .
2 1 2 2
(e)
P 1 2 1 2   2  a
x 0


 2 2
 e dx   2   e
2 x


 1

 1  e 1
  0, 632
P28.75 Para uma partícula com função de onda
 2 x a
 e para x  0
  x   a
0 para x  0

2
(a)   x   0 , x < 0 e  2  x   e2 x a ,
2

a FIG. RESP. P28.75


x > 0, como mostra a FIG. RESP.
604 Física Quântica

P28.75.
0 0
Prob  x  0      x  dx    0  dx  0
2
(b)
 
 0 

   x  dx    dx    dx  1 :
2 2 2
(c) Normalização
  0

2
0
   e  1  1

 0dx    a  e
2 x a
dx  0  e2 x a
0
 0

2
a a
Prob  0  x  a     dx     e2 x a dx  e2 x a  1  e2  0,865
2 a
(d)
0
0 a 0

P28.76 (a) A alegação é de que a


equação de Schrödinger
 2 2m
  2  E  U 
x 2

tem as soluções
 1  Aeik1x  Beik1x
[região I] FIG. RESP.
 2  Ceik2 x P28.7
[região II] 6(a)
Verifique se a solução da região I satisfaz a equação de
Schrödinger:
 2 1 2m
  2 E 1
x 2

 2
 2

2 
Aeik1x   2  Be ik1x    2 E  Aeik1x  Be ik1x 
2m
x x
k12  Aeik1x   k12  Be ik1x    2 E  Aeik1x  Be ik1x 
2m


k12 Aeik1x  Be ik1x    2m
2 
E Aeik1x  Be ik1x 
2m
A última linha é verdadeira se k12  2
E , o que se deve a

p 2  k1 
2
2mE
E   k1 
2m 2m
Portanto, a equação é satisfeita na região I.
Verifique se a solução da região II satisfaz a equação de
Schrödinger:
Capítulo 28 605

 2 2 2m
  2  E  U  2
x 2

2
x 2
  2m

Ceik2 x   2  E  U  Ceik2 x 

k 22 Ceik2 x    2m
2  E  U   Ceik x 
2

2m
A última linha é verdadeira se k 22  2  E U  , o que se deve a

 k 2   k  2m  E  U 
2
p2
E U  2
2m 2m
Portanto, a equação é satisfeita na região II.
Aplique as condições de contorno. Combinando funções e
derivadas em x = 0, encontramos que
 1 0   2 0 dá A + B = C,
 d 1   d 2 
e     dá k1  A  B   k2C.
 dx 0  dx 0
1  k2 k1 2
Então, B  A e C A.
1  k2 k1 1  k2 k1
ikx –ikx
A onda incidente Ae reflete Be , com probabilidade
B 2 1  k2 k1  k  k 
2 2

R 2   1 2 2
1  k2 k1   k1  k2 
2
A
(b) Com E = 7,00 eV e U = 5,00 eV:
k2 E U 2, 00 eV
   0,535
k1 E 7, 00 eV
1  0,535
2

A probabilidade de reflexão é R  0, 0920 .


1  0.535
2

(c) A probabilidade de transmissão é T  1  R  0,908 .

RESPOSTAS PARA OS PROBLEMAS PARES


P28.2 (a) 5 200 K; (b) Essa não é radiação de corpo negro.
−5 −7
P28.4 i: (a) 2,57 eV, (b) 1,28 × 10 eV, (c) 1,91 × 10 eV; ii: (a) 484 nm, (b)
9,68 cm, (c) 6,52 m; iii: (a) luz visível (azul), (b) onda de rádio, (c) onda
de rádio
30
P28.6 2,27 × 10 fótons/s
3
P28.8 (a) 5,78 × 10 K; (b) 501 nm
–12
P28.10 8,34 × 10 C
P28.12 (a) 8,27 eV; (b) A energia do fóton é maior do que a função trabalho;
606 Física Quântica

(c) 1,92 eV; (d) 1,92 V


P28.14 (a) 148 dias; (b) O resultado da parte (a) está em total desacordo com
as observações experimentais.
P28.16 pe = 22,1 keV/c, Ke = 478 eV

 me c 2  E0  E0  2me c 2  E0  E0  2mec 2  E0 
(a)   cos   ; (b) E   , p 
1
;
2  me c 2  E0  2c  me c 2  E0 
P28.18
 2me c  E0 
2

E02 E0  2me c 2  E0 
(c) Ke  , pe 
2  me c 2  E0  2c  mec 2  E0 
–28
P28.20 E = 1,78 eV, p = 9,47 × 10 kg . m/s
P28.22 (a) 2,89 pm; (b)  = 101°
P28.24 Para que o fóton tenha energia de 10 eV ou mais, de acordo com essa
definição, radiação ionizante é a luz ultravioleta, os raios X e os raios 
com comprimento de onda menor do que 124 nm; isto é, com
15
frequência maior do que 2,42 × 10 Hz.
P28.26 A velocidade com que o aluno passa pela porta é uma velocidade
extremamente baixa. É impossível o aluno andar tão devagar. A esta
velocidade, se a espessura da parede na qual a porta está instalada
for 15 cm, o intervalo de tempo necessário para o aluno passar pela
porta será 1,4 × 1033 s, que é 1015 vezes a idade do Universo.
8 6
P28.28 (a) ~10 eV; (b) ~ −10 eV; (c) O elétron não poderia ser confinado ao
núcleo.
−13
P28.30 3,97 × 10 m
P28.32 Ver explicação completa em P28.32.
P28.34 105 V
P28.36 Para os rifles disparados contra alvos a distâncias razoáveis, uma
dispersão de 1,00 cm devida ao princípio da incerteza seria
impossível.
−8
P28.38 2,81 × 10
14
2  2H  −16
P28.40 (a)   ; (b) 5,19 × 10 m
m  g 
1
P28.42
2
P28.44 O fóton não possui a menor energia possível para provocar a
transição entre os estados n = 1 e n = 2.
P28.46 (a) n  4; (b) 6,03 eV
P28.48 (a) 6,14 MeV; (b) 202 fm; (c) raio gama
3h
P28.50
8me c
P28.52 (a–b) Ver explicações completas em P28.52(a) e (b).
Capítulo 28 607

P28.54 Ver solução completa em P28.54.


P28.56 Ver explicação completa em P28.56.
P28.58 (a) 0,0103; (b) 0,990
P28.60 85,9
3
P28.62 7,73 × 10 K
0, 402 eV
P28.64 (a) inclinação   8%; (b) 6, 4 1034 J  s  8%; (c) 1,4 eV
1014 Hz
hc e2 B 2 R 2
P28.66 
 2me
2
 nhc 
   mc   mc ; (b) 4,68 × 10 J; (c) 28,6%
2 2 2 –14
P28.68 (a) 
 2L 
h2 h2
P28.70 (a) E 
8me L2
 x y  (b) nx = ny = 1; (c) 4m L2 ; (d) nx = 1 e ny = 2, ou
n 2
 n 2
;
e

h2 3h 2 4me cL2
nx = 2 e ny = 1; (e) nx = 2 e ny = 2; (f) 2 ; (g) 2 ; (h)
me L 4me L 3h
P28.72 Ver explicação completa em P28.72.
P28.74 (a) Ver FIG. RESP. P28.74(a); (b) Ver FIG. RESP. P28.74(b); (c)  é
contínuo e   0 conforme x  . A função pode ser normalizada.
Ela descreve uma partícula confinada próximo a x = 0; (d) A   ; (e)
0,632
P28.76 (a) Ver explicação completa em P28.76(a); (b) 0,0920 (c) 0,908

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