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Vivências Aquaticas

Elaboração de Planos de Aulas Aquáticas

Itens de um Plano de Aula

1. Tema
2. Data
3. Horário
4. Local
5. Duração
6. Idade/ Faixa Etária
7. Nível Maturacional; estagio de prontidão neurofisiológica dos alunos –
citar autores

8. Nível pedagógico

Dependerá do nível maturacional e dividirá os alunos de acordo com as


habilidades aquáticas.

✓ a) Natação:

· Nível I:

1. Adaptação ao meio líquido


2. Respiração geral
3. Flutuação
4. Propulsão das pernas dos nados crawl e costas
5. Propulsão dos braços dos nados crawl e costas
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6. Coordenação dos braços e pernas


7. Saltos
8. Sobrevivência e auto salvamento

· Nível II: as fases anteriores do nível I, mais respiração específica


e nados completos – crawl e costas-

1. Adaptação ao meio líquido


2. Respiração geral
3. Flutuação
4. Propulsão das pernas dos nados crawl e costas
5. Propulsão dos braços dos nados crawl e costas
6. Coordenação dos braços e pernas
7. Respiração específica
8. Nados crawl e costas completos
9. Saltos
10. Sobrevivência e auto salvamento

· Nível III:

1. Aperfeiçoamento do nado crawl;

2. Aperfeiçoamento do nado costas;

3. Aprendizagem do nado peito: pernas, braços, coordenação braços e


pernas, respiração frontal e nado completo.

4. Mergulho elementar,

5. Sobrevivência e auto salvamento.

· Nível IV:

1. Aperfeiçoamento do nado crawl;

2. Aperfeiçoamento do nado costas;


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3. Aperfeiçoamento do nado peito;

4. Aprendizagem do nado borboleta: pernas, braços, coordenação


braços e pernas, respiração frontal e nado completo.

5. Aperfeiçoamento do nado borboleta;

6. Saídas e viradas

7. Sobrevivência e auto salvamento.

✓ b) Hidroginástica

o Básica

Posições: neutra, rebote, ancorada e suspensa com restrições;

Materiais: flutuantes e os resistivos com restrições;

Frequência cardíaca: 140 BPM.

Metabolismo predominante: Aeróbico.

o Intermediária

Posições: neutra, rebote, ancorada e suspensa

Materiais: flutuantes e resistivos incrementando o aumento da


velocidade

Frequência cardíaca: 160 BPM.

Metabolismo predominante: Transição aeróbico e anaeróbico lático

o Avançada

Posições: neutra, rebote, ancorada e suspensa

Materiais: flutuantes e resistivos incrementando o aumento da


velocidade
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Frequência cardíaca: MÁXIMA

Metabolismo predominante: anaeróbico lático

9. Objetivos

10. Materiais

11. Conteúdo Programático;

Aquecimento (5 a 20%) – Descrever todos os exercícios

Parte principal (60 a 80%) – Deve conter os objetivos da aula

Parte final (5 a 20%) – descrever todos os exercícios

12. Conclusão
13. Referências

Pedagogia do Mergulho Elementar

Cuidados

Profundidade da piscina

Segurança por parte do professor


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Fases

✓ Parte Rasa

1. Sentado na escada
2. Sentado na escada com foguetinho (é a elevação dos braços acima da
cabeça, flexão do tronco e desequilíbrio)
3. Sentado na borda

✓ Parte Funda

4. Posição de semi-flexão (os dedos dos pés fixos na borda)

5. Cócoras
6. De pé na borda
7. Saltos horizontais
8. Mergulho do bloco de partida (essa fase será opcional pelo fato de não
atender todo tipo de aluno)

Sobrevivência e Salvamento

Cuidados e Prevenções em Ambientes Aquáticos

1. Piscinas
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Piso interno e externo (material utilizado)

Profundidade (deve estar marcada na piscina as variações de profundidade)

Tratamento da água (agua limpa, e devidamente tratada)

2. Rios

Correntezas

Objetos invisíveis (cuidado com pedras, galhos, animais mortos...)

Coloração da agua (agua escura impossibilitando a visão de possíveis


obstáculos, buracos, etc...)

3. Lagos

Precaução com possíveis cemitérios de carros, lodo e água escura

4. Represas

Cuidado com possíveis cidades submersas, vegetação aquática e água


escura

5. Praias e Mares

Cuidado com valas, bancos de areia

Observar se a praia tem posto médico com equipamentos e equipe


adequada

Fases do Afogamento

✓ Fase I (fase mais importante para o profissional da educação física,


menor risco de sequelas)

0’ – imersão total
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1’ – pânico iminente

2’ – luta contra a asfixia, espasmo da glote

✓ Fase II (podem ocorrer sequelas)

3’ – deglutição liquida
4’ – vômitos
5’ – perda da consciência, aspiração liquida

✓ Fase III (pode ocorrer assistolia/ morte, grande risco de sequelas)

6’ – distúrbios hidrossolúveis

7’ – convulsões

8’ – encharcamento alveolar

9’ – asfixia total

10’ – colapso das funções vitais, assistolia (morte)

Resgate e Transporte

Distância mínima de 3m

O salvador desaparece e reaparece atrás do afogado, deixando um braço na parte


anterior e colocando a mão sob a nuca do afogado. O afogado ira abraçar o braço
do salvador

A lateral do salvador ira ficar no meio do afogado, elevando o seu quadril

As pernas irão bater na forma de “tesourada”

A mão livre do salvador fara movimentos como; ida na horizontal e volta na


vertical, causando deslocamento

Judô Aquático
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A mão direita do salvador segura a mão direita do afogado

A mão esquerda do salvador se posiciona no cotovelo direito do afogado

O salvador empurra para dentro o cotovelo do afogado, fazendo ele girar

O salvador coloca sua mão sob a nuca do afogado e inicia o transporte do mesmo

Cuidados ao Abordar o Afogado;

Observar a pupila dos olhos do afogado

Colocar a mão sobre o nariz do afogado

Ver se as extremidades estão azuladas

Retirar detritos da boca (se houver)

Observar se há hematomas na região torácica

Respiração Boca a Boca e Massagem Cardíaca

1. Crianças – deitar a criança em um local plano (se possível, com algo


embaixo da nuca {toalha, etc...})

Colocar o queixo do afogado o mais alto possível

Colocar a boca do salvador entre a baca e o nariz do afogado

Injetar ar na boca e nariz do afogado

Colocar um ou dois dedos no processo xifoide do afogado, pressionar de


forma leve

A relação respiração x massagem cardíaca será em média 8x1 ou 15x2

2. Adultos – deitar o adulto em um local plano (se possível, com algo


embaixo da nuca {toalha, etc...})

Colocar o queixo do afogado o mais alto possível


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Uma das mãos ira prender o ar do nariz do afogado

A boca do salvador será colocada na boca do afogado

Injetar ar na boca do afogado

Colocar as mãos sobrepostas no processo xifoide do afogado, pressionar


forte

A relação respiração x massagem cardíaca será em média 8x1 ou 15x2


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Hidroginástica Avançada

Lei de Pascal e Princípio de Arquimedes

O corpo na água está submetido a duas forças em oposição; pressão e empuxo

✓ Princípio de Arquimedes: “Todo corpo imerso no fluido recebe um empuxo


de baixo para cima igual e proporcional a massa do fluido deslocado”
✓ Lei de Pascal: “A pressão do liquido é exercida sobre todas as áreas da
superfície de um corpo imerso em repouso, a uma determinada profundidade”

Resistências

O uso de materiais flutuantes na hidroginástica está relacionado com a lei de


Pascal e o princípio de Arquimedes, uma vez que se aumenta a superfície de
contato que vai contra o empuxo e contra a força que é exercida em todas as
posições

✓ Flutuantes – atuam contra o empuxo – (aquatubo, pranchas, tornozeleiras,


bolas e Halteres)
✓ Resistivos – aumentam a área de superfície atuando nas várias direções –
(nadadeiras, palmares, luvas, halteres)
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Peso Peso hidrostático

Nível da água Corporal


% KG

tornozelo 60 kg - 10 54

joelhos 60 kg - 20 48

quadril 60 Kg - 60 24

Peito 60 Kg - 80 12

Processo xifoide

Ombros 60 Kg - 90 06

Fundamentos – Métodos de Aumento da Sobrecarga

✓ Movimentar-se contra a turbulência: quanto maior a turbulência maior a


dificuldade em vencer o volume de água a ser deslocado.
✓ Aumentar a superfície de atrito: quanto maior a superfície de contato com
a água maior a resistência encontrada, maior o trabalho cárdio e
neuromuscular.
✓ Aumentar a velocidade de execução: quando aumentamos a aceleração
aumentamos também a resistência. Na água a contração muscular
assemelha-se a uma contração isocinética.

Quantificação das Cargas

A água é muito mais resistente do que o ar, exigindo assim maior esforço para
realização dos exercícios (fortalecimento muscular).
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A resistência é a sobrecarga natural que impomos aos alunos iniciantes (sem


necessidade da utilização de materiais).

Podemos também utilizar materiais com o objetivo de aumentar a sobrecarga.

✓ Flutuantes – atuando contra o empuxo


✓ Resistivos – aumentando a área de superfície e atuando nas várias direções

Zona de Segurança

✓ Zona Alvo de Treinamento

FC - Idade – bradicardia (10%menos) = F.C.Máx. na profundidade


Estabelecida

4,0 Mmol/litro

Variações das Aulas

✓ Intensidade: Baixa/ Alta/ Moderada


✓ Posição de Trabalho: Ancorada/ Neutra/ Rebote/ Suspensa
✓ Tempo da Aula: 20-60’
✓ Complexidade: Coordenação motora
✓ Eficiência mecânica e fisiológica
✓ Grupos musculares envolvidos

Elementos Fundamentais

Pulso; a pulsação é o elemento regulador do ritmo.

Métrica musical; é a divisão quantitativa do ritmo. O ritmo é a vibração e a


métrica a medida

Compasso; é a pulsação rítmica da música que se repete regularmente, dividindo-


a em partes iguais, em sequências de 2 tempos (binário), 3 tempos (ternário), 4
tempos (quaternário) ou mais tempos

Unidade de tempo; é a junção de dois compassos quaternários = 8 tempos


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Frase Musical; é a junção de 4 unidades de tempo = 32 tempos

Força; é o vigor máximo que um músculo ou grupamento muscular pode gerar


(Wilmore-Costill)

Força Máxima; é a capacidade máxima que o desportista é capaz de manifestar


na presença de uma contração voluntária máxima (Platonov 2005)

Tempo de Água

A velocidade dos exercícios na água é diferente da velocidade dos exercícios no


solo (resistência da água).

Frequência apropriada de velocidade utilizada no ambiente aquático permitindo


tempos de reação menores e realizar todo o arco de movimento durante a
coreografia.

A música é motivante e determina a intensidade da aula.

Forças Energéticas responsáveis pela Resistese do ATP

✓ Fontes Anaeróbias – Metabolismo Anaeróbio

ATP-CP (creatina fosfato)

Glicólise Anaeróbia

✓ Fontes Aeróbias – Metabolismo Aeróbio

Oxidação dos Carboidratos

Oxidação das Gorduras

Oxidação das Proteínas

Aula - 45 min-
Volume % Objetivos Metabolismo F.C. utos
Nomes
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HO 5 – 20% Regenerar ou aque- oxidativo 100 3 a 9 minutos


cer

H1 50% manter oxidativo 120-160 23 minutos


aeróbica

H2 40% resistência aeróbica oxidativo 140-160 18 minutos

H3 30% Transição Oxidativo e 160-180 13 minutos


Aeróbica/Anaeróbica glicolítico

Programas

✓ Nível I - Azul

3 aulas semanais

Baixa intensidade aeróbica

Características; 3 semanas de baixa intensidade, 3 semanas de média


intensidade, 2 semanas de alta intensidade
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Semana 1ª Aula 2ª Aula 3ª Aula Intensidade

01 H1 H1 H1 Baixa
continuo Continuo Continuo

02 H1 H1 H1 Baixa
continuo continuo continuo

03 H2 H1 H2 Média
intervalado circuito intervalado

04 H2 H1 H2 Média
intervalado contínuo intervalado

05 H2 H2 H2 Alta
circuito intervalado circuito

06 H1 H1 H1 Baixa
contínuo continuo continuo

07 H2 H2 H2 Alta
intervalado intervalado intervalado

08 H2 H1 Avaliação Média
circuito continuo

✓ Aquecimento

Facilitar a transição do repouso para o exercício.

Alongar a musculatura estabilizadora da postura.

Aumentar o fluxo sanguíneo e a taxa metabólica.

Aumentar a mobilidade das articulações.

Melhorar o desempenho.
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PODERÁ SER DIVIDIDO EM ATÉ 3 PARTES

Descrição e Regras dos Nados Peito e


Borboleta

Nado Peito

1. Avaliações da Técnica

✓ Análise dos gestos Mecânicos

a) Posição do corpo
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b) Respiração
c) Movimentos das pernas e braços
d) Coordenação pernas, braços e respiração
e) Saídas e viradas

2. Perfis Específicos dos Nadadores

3. Peculiares do Nado Peito

I. Posição do corpo com variações: horizontal e vertical


II. O momento de maior resistência frontal é o da respiração, portanto deverá
ser o mais breve possível. A aceleração do cotovelo no momento do início da
recuperação da braçada, auxilia o nadador a incrementar a velocidade
III. Dependendo da individualidade, durante a recuperação da braçada as
mãos poderão ficar abaixo ou acima da superfície da água.
- cuidado com os exageros, caso as mãos elevem exageradamente, o
nadador despenderá um maior custo energético
IV. Os movimentos da pernada deverão ser realizados em todas as direções -
no início - lateral, no meio - para trás, no final – baixo
V. Ultimamente os aspectos da resistência do ar também estão sendo
estudados, devido ao momento da respiração - os nadadores aproveitam as
forças de sustentação e ascendência para levar o corpo para a frente e esta
posição ocasiona também a resistência do ar
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4. Regras

Durante o percurso o nadador deverá realizar um ciclo de braçada e


pernada e uma parte da cabeça deverá “aflorar” a superfície da água;

Durante o percurso o nadador não poderá descaracterizar o nado, como


movimentos alternados de pernas e braços, propulsão das pernas de golfinho
ou a elevação dos cotovelos acima da superfície da água;

Durante os procedimentos das viradas e chegada o nadador deverá tocar a


borda com as mãos simultaneamente e no mesmo nível;

Durante o procedimento da saída e viradas o nadador poderá realizar


apenas um ciclo de braçada – filipina – e pernada e uma parte da cabeça
deverá “aflorar” a superfície da água, sendo permitida apenas uma pernada
de golfinho durante a filipina.

Nado Borboleta
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1. Peculiaridades do Nado

Propulsão de Pernas (golfinhada)


Consiste em uma batida para cima e uma batida para baixo, semelhante a
cauda de um golfinho.
Capacidade de flexão plantar dos pés é essencial para a execução de
eficientes e rápidas golfinhada.
✓ Batida para cima (parte ascendente);
o A maior parte deverá ser executada com as pernas estendidas.
o Pernas e pés relaxados.
o Ao final, flexionar suavemente os joelhos para começar a batida para
baixo.
✓ Batida para baixo (parte descendente);
o Movimento de “chicotadas” (propulsivo)
o Pressão da água (baixo para cima) faz com que as pernas se
flexionem inicia-se uma extensão ondulatória que se desloca até os
pés, que não vigorosamente estendidos.
o Termina quando as pernas e pés ficam completamente estendidos,
em posição ligeiramente baixo do tronco.

Propulsão de Braços
A braçada é iniciada na horizontal e estendida. Logo após haverá um
pequeno afastamento lateral dos braços acompanhados de um movimento de
antebraços e mãos para baixo, para trás, para dentro e para fora denominada
de fase propulsiva. O retorno dos braços a posição inicial deverá ser realizado
fora da água (fase de recuperação) o mais relaxado possível.
Pedagogicamente. Podemos orientar esses movimentos com a seguinte
frase: “afasta, aproxima, afasta e eleva os cotovelos”.

Coordenação de Pernas, Braços e Respiração Específica


Para cada ciclo de braçada o nadador deverá realizar dois ciclos de
pernada; o primeiro ciclo de pernada deverá ser no início da fase propulsiva e
o segundo ciclo do meio para o final da fase propulsiva. A cabeça do nadador
é elevada durante a fase propulsiva da braçada e retorna a agua na fase de
recuperação da braçada.

2. Regras do Nado Borboleta


✓ Saída;
Durante a saída, o nadador após o mergulho poderá realizar um movimento
denominado ondulação.
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O nado borboleta não poderá ultrapassar a distância de 15 metros durante


a saída.
O ponto de referência do nadador para os 15 metros deverá ser a cabeça
(nuca).

✓ Percurso;
O nadador devera, a cada ciclo de braçada e pernada, elevar uma parte do
corpo acima da superfície da agua.
Durante o transcorrer da distância, o nadador não poderá descaracterizar o
nado. São consideradas descaracterizações; pernas alternadas, braçadas
alternadas, braçada do nado peito.

✓ Viradas e Chegadas;
As mãos deverão estar simultâneas no momento do toque na borda.
Após as viradas, o nadador poderá realizar ondulações.
Durante a virada poderá realizar a fase submersa até a distância de 15m.
Após essa distância, uma parte do corpo deverá estar fora da água.

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