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1.1 Assistência de enfermagem ao recém- nascido em centro obstétrico e/ou sala de parto
Estabilização da temperatura;
Administração de medicamentos;
Identificação;
Prevenção de infecções;
Cabe ao enfermeiro:
Educação continuada
3.1.1 Pele
A pele apresenta diversas características que devem ser atentamente observadas durante o
exame físico do RN.
Deve-se avaliar: textura, umidade, cor, presença de milium, presença de lanugo, presença de
vérnix, presença de mancha mongólica, presença de icterícia, presença de anomalias.
A textura da pele depende muito da idade gestacional. O RN pré-termo extremo possui pele
muito fina e gelatinosa, o RN a termo tem pele lisa, brilhante, úmida e fina, e o RN pós-termo ou
com insuficiência placentária, pele seca, enrugada, apergaminhada e com descamação acentuada.
Por esse motivo a textura da pele é um dos parâmetros utilizados na avaliação da idade
gestacional. Nos casos de hipotireoidismo congênito pode-se observar pele seca e áspera.
3.1.1.2 Cor
A pele normal do RN apresenta cor rosada, mais evidente nas crianças de pele clara.
Crianças filhas de pais negros podem apresentar pele clara no nascimento. No entanto, pode-se
detectar nesses RNs maior quantidade de melanina nos mamilos, região periungueal, na pele da
borda do umbigo e na genitália.
A palidez acentuada pode ser um dado importante para o diagnóstico de anemia (aguda ou
crônica), vasoconstrição periférica ou choque; traduz situação grave e deve ter sempre investigada
a causa de seu aparecimento.
Alguns achados comuns como presença de milium, lanugo, vérnix e mancha mongólica não
têm repercussão clínica. Outros, também comuns, como eritema tóxico, hemangiomas e icterícia
devem ser mais bem avaliados quanto ao diagnóstico diferencial e, eventualmente, à adoção de
medidas.
Milium sebáceo: está presente em 40% dos RNs. Manifesta-se por pequenos pontos brancos
(menor que 1mm), localizados na base do nariz, queixo e fronte.
Lanugo: é a denominação dada aos pelos finos que costumam recobrir a região do ombro e da
escápula, encontrados de forma mais abundante nos RNs prematuros; desaparecem em alguns
dias.
Máculas vasculares: são manchas de cor salmão que desaparecem à pressão, e estão presentes
principalmente na nuca, pálpebra superior e fronte. Não possuem importância clínica ou estética.
A fratura de clavícula, intercorrência ainda mais frequente que as paralisias, pode causar restrições
de movimentação do membro correspondente devido à intensa dor, podendo mimetizar uma
paralisia obstétrica. O diagnóstico é feito pela palpação da clavícula;
No exame dos pés deve-se estar atento a seu posicionamento. Não é infrequente a
detecçãode pés tortos. É necessário diferenciar o pé torto posicional, decorrente da posição
intrauterina, do pé torto congênito.
3.2.1 Crânio
Na palpação das fontanelas, deve-se atentar para o tamanho (medido em centímetros nas
diagonais), tensão, abaulamentos ou depressões e pulsações. A fontanela bregmática, na forma de
losango, formada na confluência dos ossos frontal e parietais, apresenta-se com tamanho variável
no RN a termo. Quando abaulada sugere aumento da pressão intracraniana, como ocorre na
meningite, hidrocefalia, edema cerebral ou hemorragia intracraniana. Quando deprimida, associa-
se à desidratação. A lambdoide, entre os ossos parietais e occipital, geralmente é pequena
(justaposta). Quando grande, pode estar associada a doenças como hipotireoidismo e síndrome de
Down.
Fazendo-se pressão suave sobre os ossos do crânio, pode-se detectar uma área
depressível, assemelhando-se à palpação de bola de pingue-pongue (craniotabes). Costuma
desaparecer nos primeiros meses de vida.
A bossa representa edema das partes moles na área da apresentação, não respeita
o limite dos ossos do crânio, é depressível e regride nos primeiros dias pós-parto.
O perímetro craniano é informação indispensável e deve ser medido com fita métrica inex-
tensível, passando pela glabela e proeminência occipital. No RN a termo varia de 33 a 37cm.
3.2.2 Olhos
Deve-se observar a distância entre os olhos, entre os cantos internos das pálpebras
(distância intercantal interna), a posição da fenda palpebral (transversal – normal, ou oblíqua –
presente em algumas anomalias congênitas) e a presença de sobrancelhas, cílios e epicanto. A
fenda palpebral oblíqua para cima, por exemplo, está presente na síndrome de Down, e para baixo
na de Apert.
3.2.3 Ouvidos
Para considerar se a forma auricular foge dos padrões normais, é preciso que haja grande
alteração do pavilhão, devido à variabilidade de formas consideradas normais.
A adequada implantação pode ser aferida traçando-se um plano imaginário que passe pela
fenda palpebral e se estenda horizontalmente em direção às orelhas. A borda superior da orelha
deve estar pouco acima dessa linha. Geralmente a implantação baixa da orelha é acompanhada de
rotação posterior do eixo do pavilhão auricular e está associada a defeitos renais, à malformação
do primeiro arco branquial e às anomalias cromossômicas.
3.2.4 Nariz
3.2.5 Boca
A cavidade oral deve ser observada cuidadosamente. O exame pode ser feito durante o
choro e, na maioria das vezes, não há necessidade de se utilizar abaixador de língua para sua
melhor visualização.
O desvio da comissura labial durante o choro pode estar associado à paralisia facial
decorrente de posturas anormais intraútero ou trauma de parto, como por exemplo na compressão
pelo fórceps.
3.2.6 Pescoço
3.2.7 Tórax
A ausculta cardíaca deve ser sistematizada, realizada com a criança calma e repetidas
vezes, avaliando-se as bulhas nos focos em que são normalmente mais audíveis. Assim, a primeira
bulha (fechamento das valvas atrioventriculares no início da sístole ventricular) é mais bem
avaliada nos focos do ápice; e a segunda, nos focos da base. A detecção de terceira e quarta
bulhas (galope) são sugestivas de cardiopatia. Na ausculta da segunda bulha detecta-se
frequentemente desdobramento inconstante por fechamento assincrônico das valvas semilunares,
aórtica e pulmonar, nessa ordem. Esse desdobramento normalmente é associado à respiração,
aumentando na inspiração e diminuindo ou desaparecendo com a expiração.
Sopro sistólico no nível do terceiro ou quarto espaço intercostal, ao longo da borda esternal
esquerda, nas primeiras 48 horas de vida, pode ser verificado em RN a termo. Quando é um
achado isolado, sem outros sinais associados, como taquicardia, taquipneia ou cianose, costuma
não ter repercussão clínica e, em geral, desaparece nos 3 primeiros meses de vida.
Sexo masculino: o pênis normal de um RN mede de 2 a 3cm. A glande não costuma ser exposta,
nem com a tentativa de retração do prepúcio, e o orifício prepucial é estreito. A visualização do
meato urinário na extremidade da glande nem sempre é possível.
A bolsa escrotal é rugosa no RN a termo. Sua palpação permite verificar a presença dos
testículos, assim como sua sensibilidade, tamanho e consistência.
Os testículos migram da cavidade abdominal para o escroto através do canal inguinal
durante o final da gestação, sendo que no RN a termo os testículos são habitualmente encontrados
dentro da bolsa escrotal. A não palpação dos testículos na bolsa pode significar criptorquidia.
Sexo feminino: no sexo feminino, o tamanho dos grandes lábios depende do depósito de gordura
e da idade gestacional da criança. Assim, nas crianças pré-termo pequenas podem ser quase
inexistentes, e nas crianças a termo os grandes lábios chegam a recobrir totalmente os pequenos
lábios.
Ânus: habitualmente faz-se apenas a inspeção, podendo-se verificar, por palpação delicada, o
tônus anal.
Deve-se evitar a realização do exame neurológico nas primeiras 12 horas de vida, para
minimizar a influência do estresse do parto, que pode mascarar algumas respostas normais, dando
falsa impressão de comprometimento.
Durante o exame, deve-se atentar para o estado de alerta da criança, que reflete a
integridade de vários níveis do sistema nervoso central. Os reflexos primitivos característicos do
RN devem ser avaliados, pois podem trazer informações importantes sobre seu estado de saúde.
São caracterizados por resposta motora involuntária a um estímulo e estão presentes em bebês
desde antes do nascimento até por volta dos 6 meses de vida. São mediados por mecanismos
neuromusculares subcorticais, que se encontram desenvolvidos desde o período pré-natal. O
desaparecimento desses reflexos durante o curso normal de maturação do sistema neuromuscular
nos primeiros 6 meses de vida é atribuído ao desenvolvimento de mecanismos corticais inibitórios.
Reflexos a serem avaliados:
Sucção: a sucção reflexa manifesta-se quando os lábios da criança são tocados por algum objeto,
desencadeando-se movimentos de sucção dos lábios e da língua. Somente após 32 a 34 semanas
de gestação é que o bebê desenvolve sincronia entre respiração, sucção e deglutição, tornando a
alimentação por via oral difícil em RN pré-termo.
Este reflexo não deve ser procurado logo após a amamentação, pois a resposta ao estímulo pode
ser débil ou não ocorrer. Está presente no bebê até os 3 meses de idade.
Preensão: A preensão palmoplantar se obtém com leve pressão do dedo do examinador na palma
das mãos da criança e abaixo dos dedos do pé.
Marcha: A marcha reflexa e o apoio plantar podem ser pesquisados segurando-se a criança pelas
axilas em posição ortostática. Ao contato das plantas do pé com a superfície, a criança estende as
pernas até então fletidas. Se a criança for inclinada para a frente, inicia a marcha reflexa.
Moro: O reflexo de Moro é um dos mais importantes a serem avaliados, devido à grande
quantidade de informações que pode trazer. É desencadeado por algum estímulo brusco como
bater palmas, estirar bruscamente o lençol onde a criança está deitada ou soltar os braços
semiesticados quando se faz a avaliação da preensão palmar. O reflexo consiste em uma resposta
de extensão-abdução dos membros superiores (eventualmente dos inferiores), ou seja, na primeira
fase os braços ficam estendidos e abertos, com abertura dos dedos da mão, e em seguida de
flexão-adução dos braços, com retorno à posição original. Tem início a partir de 28 semanas de
gestação e costuma desaparecer por volta dos 6 meses de idade. A assimetria ou a ausência do
reflexo pode indicar lesões nervosas, musculares ou ósseas, que devem ser avaliadas.
AVALIAÇÃO DO APGAR
O índice de Apgar, largamente utilizado para mensurar a vitalidade do recém-nascido, varia de 0 a
10 e avalia cinco sintomas objetivos:
Temperatura
Frequência cardíaca
Frequência respiratória
Pressão arterial
4 ALTERAÇÕES NEONATAIS
4.1 Prematuridade
4.2 Hipoglicemia
O equilíbrio da glicose no período neonatal se entende como uma leve transição entre o meio
intrauterino, com oferta alimentar contínua, ao estado de relativo jejum pós-natal. Um recém-nascido
a termo precisa se alimentar frequentemente, visto que suas reservas de glicogênio possuem
capacidade de fornecer glicose por aproximadamente 4 horas, entre as mamadas. Recém-nascidos
demonstram risco aumentado a hipoglicemia em relação aos adultos, devido à utilização elevada de
glicose em função da desproporcionalidade entre a massa cerebral e o tamanho corporal. De acordo
com a Sociedade Brasileira de Pediatria (2014), os neurônios recebem sua energia preferencialmente
pela glicose, porém, quando há déficit dessa fonte, os corpos cetônicos se transformam em substrato
energético intercalado apto a cruzar a barreira hemato-cerebral. Esses mecanismos metabólicos são
adaptativos em casos de jejum, sendo mais rapidamente durante a infância em relação a vida adulta,
especialmente na formação dos corpos cetônicos. Diante disso, a gliconeogênese oferece proteção
em combate a hipoglicemia nas primeiras horas de vida, compreendendo a utilização de aminoácidos
armazenados no músculo, exceto lisina e leucina, além do piruvato, do lactato e do glicerol como
substratos principais para a produção hepática de glicose.
Os hormônios contrarreguladores à ação da insulina como a adrenalina, o glucagon, o
hormônio do crescimento (GH) e o cortisol estimulam a glicogenólise e a gliconeogênese
apresentando ação hiperglicemiante e também lipolítica, liberando ácidos graxos livres para a
circulação, o qual podem ser utilizados como substratos energéticos por alguns tecidos como o
músculo, ou ser encaminhados ao fígado onde serão oxidados em corpos cetônicos (ácidos beta-
hidroxibutírico e acetoacético). O cérebro e o sistema nervoso podem utilizar os corpos cetônicos
como fonte energética em situações de jejum prolongado. Além de estimular a oxidação dos ácidos
graxos e a formação dos corpos cetônicos, os hormônios contrarreguladores também aumentam a
taxa de produção hepática de glicose defendendo o organismo da hipoglicemia.
O diagnóstico precoce, a introdução urgente do tratamento e a prevenção de futuros episódios
de hipoglicemia são de fundamental importância para a proteção do cérebro em desenvolvimento da
carência de glicose.
4.3 Infecção neonatal
4.3.1 As infecções neonatais se dividem em congênitas e perinatais
As Infecções congênitas são contraídas pelo feto via transplacentária durante a gestação.
Dentre elas pode-se incluir as doenças causadas por vírus (Citomegalovírus, rubéola, herpes simples,
hepatite B, HIV, varicela-zoster, enterovírus, vírus epsten-barr), protozoários (Toxoplasma gondii,
Plasmodium sp, Tripanosoma cruzi) e espiroquetas (Treponema pallidum). Já as infecções perinatais
são aquelas transmitidas durante ou logo após o parto.
4.3.2 Sepse neonatal precoce
4.3.2.1 Manifestação
Sepse neonatal precoce é a que ocorre nas primeiras 48 horas de vida e está relacionada
diretamente a fatores gestacionais e/ou do período periparto.
Muitas vezes, o diagnóstico de sepse neonatal precoce é difícil. Os sinais clínicos iniciais
podem ser mínimos ou inespecíficos, podendo ser confundidos com as manifestações clínicas de
outras doenças, como, por exemplo, cardiopatia congênita grave. Além disso, os exames
laboratoriais auxiliares apresentam sensibilidade e especificidades inferiores ao ideal esperado. A
presença do germe em culturas é considerada “padrão-ouro” para o diagnóstico, apesar de a
sensibilidade desse exame não ultrapassar 80%. Como a doença pode evoluir desfavoravelmente
de maneira abrupta, a tendência é tratar o RN quando se suspeita de sepse, especialmente o RN
pré-termo, que, por ser imunodeficiente, é mais suscetível à infecção.
Em razão desses aspectos, é muito comum o uso de antibioticoterapia em RNs que não
estão realmente sépticos. É comum o RN assintomático com alto risco para desenvolvimento de
infecção receber antibioticoterapia empírica, mesmo sem evidência de germe em hemoculturas e
demais exames de culturas. Entretanto, é importante salientar que o risco de infecção em RN
assintomático é baixo.
O diagnóstico de sepse neonatal precoce deve ser realizado o quanto antes em função da
morbimortalidade dessa condição, e baseia-se em: fatores de risco maternos e neonatais.
• Taquicardia fetal, que pode estar relacionada com sofrimento fetal secundário a quadro clínico
inicial de sepse. A presença de batimentos cardíacos fetais superiores a 180 está relacionada com
maior incidência de sepse neonatal precoce.
• Infecção do trato urinário suspeita ou comprovada. Exceto nos casos tratados no início da
gestação e resolvidos antes do início do trabalho de parto, a infecção urinária materna está
associada com maior risco de infecção neonatal, provavelmente por aumentar as chances de
trabalho de parto prematuro e nascimentos prematuros, além da frequência maior de
corioamnionite.
• Ruptura prematura de membranas amnióticas por tempo superior a 18 horas. Diversos estudos
colaborativos concluíram que a incidência de sepse em RN de mães com bolsa rota por tempo
superior a 18 horas é de aproximadamente 1%.
• Infecções do trato genital, como corioamnionite, líquido amniótico fétido, leucorreia, herpes genital
e papiloma vírus. A infecção intra-amniótica clinicamente evidente, também denominada
corioamnionite clínica, complica 1% a 10% das gestações, podendo resultar em morbidade
materna e morbimortalidade perinatal elevadas.
• Gestação múltipla. O primeiro gêmeo é mais suscetível à sepse neonatal precoce, sobretudo
quando o agente etiológico é o estreptococo. Esse fator de risco ainda é controverso.
• Prematuridade. É sem dúvida o fator de risco mais importante, responsável pela maior incidência
de sepse neonatal precoce, frequentemente associado à pré-eclâmpsia materna, baixo peso ao
nascer e asfixia perinatal. O RN prematuro apresenta deficiências imunológicas, na produção de
imunoglobulinas, no sistema complemento (frações C3 e C5) e na capacidade de opsonização e
fagocitose. O risco de infecção no RN pré-termo é 8 a 11 vezes maior que nos RNs a termo.
• Asfixia perinatal. Escore de Apgar no quinto minuto inferior a sete e presença de bolsa rota
constitui associação importante para risco de sepse neonatal precoce. A asfixia grave causa
neutropenia e redução das reservas medulares de neutrófilos.
• Sexo masculino. Meninos apresentam 2 a 6 vezes mais chances de sepse neonatal precoce que
meninas. Especula-se que a deficiência de receptores para interleucina-1 no sexo masculino
poderia predispor à infecção.
4.3.2.2 Manifestações clínicas
4.3.3.1 Taquipneia
O batimento das asas nasais representa a abertura e o fechamento cíclico das narinas
durante a respiração espontânea. O RN apresenta respiração exclusivamente nasal. Acredita-se
que a dilatação das narinas durante a inspiração diminua a resistência da via aérea superior,
reduzindo o trabalho respiratório.
4.3.3.6 Cianose
A SDR é a afecção respiratória mais frequente no RN pré-termo, sendo mais comum nos
RNs prematuros com menos de 28 semanas de gestação, do sexo masculino, em filhos de mãe
diabética e nos que sofreram asfixia ao nascimento. A deficiência quantitativa e qualitativa do
surfactante alveolar é a principal causa da SDR.
O surfactante é sintetizado a partir da 20a semana gestacional pelas células epiteliais tipo II.
Sua produção aumenta progressivamente durante a gestação, atingindo o pico por volta da 35a
semana. O RN pré-termo com idade gestacional inferior a 35 semanas apresenta, portanto,
deficiência da quantidade total de surfactante pulmonar. Tal deficiência resulta em aumento da
tensão superficial e da força de retração elástica, levando à instabilidade alveolar com formação de
atelectasias progressivas, com diminuição na complacência pulmonar e na CRF.
• Asfixia perinatal.
• Policitemia.
Todos esses processos resultam em múltiplas áreas de atelectasias alternadas com áreas
de hiperinsuflação, além do quadro de hipertensão pulmonar, que levam a alterações profundas da
relação ventilação/perfusão, com aparecimento de hipoxemia, hipercapnia e acidose.
A SAM atinge em geral RN a termo ou pós-termo com história de asfixia perinatal e líquido
amniótico meconial. Os sintomas respiratórios são de início precoce e progressivo, com presença
de cianose grave. Quando não há complicações – baro/volutrauma e/ou hipertensão pulmonar – o
mecônio vai sendo gradativamente absorvido, com melhora do processo inflamatório e resolução
do quadro em 5 a 7 dias.
Com base em todo o processo de acolhimento, classificação e exame físico realizado pelo
profissional de enfermagem, cabe ao enfermeiro como atribuição a elaboração da SAE de acordo
com o quadro clinico do RN apresentado naquele momento visando suprir essas necessidades.
5.4 – RN GIG
6 REANIMAÇÃO NEONATAL
7 CATETERISMO UMBILICAL