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Tópico 3 – Resultantes tangencial e centrípeta 169

| Ft | = 2,0 · 0,50 (N)


Tópico 3 | Ft | = 1,0 N

Considere a situação seguinte, referente aos exercícios de 1 a 5. Resposta: c

No esquema abaixo aparece, no ponto P, um carrinho de massa 2,0 kg, 5


que percorre a trajetória indicada da esquerda para a direita. A acelera- Analise as proposições seguintes:
ção escalar do carrinho é constante e seu módulo vale 0,50 m/s2. I. Ao longo da trajetória, a componente tangencial da força resultan-
As setas enumeradas de I a V representam vetores que podem estar te que age no carrinho tem intensidade variável.
relacionados com a situação proposta. II. Ao longo da trajetória, a componente tangencial da força resultan-
te que age no carrinho é constante.
P III. Ao longo da trajetória, a velocidade vetorial do carrinho tem inten-
V I
sidade variável.
IV. Quem provoca as variações do módulo da velocidade do carrinho
IV II
ao longo da trajetória é a componente tangencial da força resultan-
III te que age sobre ele.
Responda mediante o código:
a) Todas são corretas. d) Somente III e IV são corretas.
1 A velocidade vetorial do carrinho em P é mais bem representa- b) Todas são incorretas. e) Somente II, III e IV são corretas.
da pelo vetor: c) Somente I e II são corretas.
a) I; b) II; c) III; d) IV; e) V.
Resolução:
Resolução: I – Incorreta.
A velocidade vetorial é sempre tangente à trajetória e orientada no | Ft | = 1,0 N (constante)
sentido do movimento. II – Incorreta.
Vetor I Ft varia em direção
III – Correta.
Resposta: a
O movimento é uniformemente variado.
IV – Correta.
2 Se o movimento for acelerado, a componente tangencial da for-
ça resultante que age no carrinho em P será mais bem representada Resposta: d
pelo vetor:
a) I; b) II; c) III; d) IV; e) V. Considere o enunciado abaixo para os exercícios de 6 a 8.
Resolução: Abandona-se um pêndulo no ponto A, representado na figura. Este
No movimento acelerado, a componente tangencial da força resultan- desce livremente e atinge o ponto E, após passar pelos pontos B, C e D.
te tem sentido igual ao de V . O ponto C é o mais baixo da trajetória e despreza-se a influência do ar.
Vetor I
Resposta: a A E

3 B D
Se o movimento for retardado, a componente tangencial da for- C
ça resultante que age no carrinho em P será mais bem representada
pelo vetor:
a) I; b) II; c) III; d) IV; e) V.
6 No ponto B, a componente da força resultante que age na esfera
Resolução:
No movimento retardado, a componente tangencial da força resultan- pendular, na direção tangencial à trajetória, é mais bem caracterizada
te tem sentido oposto ao de V . pelo vetor:
Vetor V a) c) e) Nenhum dos
anteriores.
Resposta: e
b) d)
4 A intensidade da componente tangencial da força resultante
que age no carrinho em P vale:
a) zero; b) 2,0 N; c) 1,0 N; d) 0,50 N; e) 0,25 N.
Resolução:
Ponto B: movimento acelerado.
Resolução:
Ft tem a mesma direção e o mesmo sentido de V .
| at | = | γ | = 0,50 m/s2
Resposta: a
| Ft | = m | at | = m | γ |
170 PARTE II – DINÂMICA

7 No ponto C, a componente da força resultante que age na esfera 10 (Cesgranrio-RJ) Uma nave Mariner permanece alguns meses
pendular, na direção tangencial à trajetória, é mais bem caracterizada em órbita circular em torno de Marte. Durante essa fase, as forças que
pelo vetor: agem sobre a nave são, em um referencial inercial ligado ao centro do
a) c) e) Nenhum dos planeta:
anteriores.

b) d)

Resolução:
Ponto C: local de transição de movimento acelerado para movimento
retardado.
a) c) e)
at = 0 ⇒ Ft = 0

Resposta: e
b) d)
8No ponto D, a componente da força resultante que age na esfe-
ra pendular, na direção tangencial à trajetória, é mais bem caracteriza-
da pelo vetor:
a) c) e) Nenhum dos Resolução:
anteriores.
O movimento da nave é circular e uniforme sob a ação da força gravi-
tacional que faz o papel de resultante centrípeta.
b) d)
Resposta: c

Resolução: 11 Um avião de massa 4,0 toneladas descreve uma curva circular


Ponto D: movimento retardado. de raio R = 200 m com velocidade escalar constante igual a 216 km/h.
Ft tem a mesma direção de V , porém sentido oposto. Qual a intensidade da resultante das forças que agem na aeronave?
Resposta: d
Resolução:
No movimento circular e uniforme, a resultante das forças que agem
9 Na figura a seguir, está representada uma partícula de massa no avião é centrípeta.
m em determinado instante de seu movimento curvilíneo. Nesse ins-
216
tante, a velocidade vetorial é v , a aceleração escalar tem módulo α e v = 216 km/h =
3,6
m/s = 60 m/s,
apenas duas forças agem na partícula: F1 e F2 .
m = 4,0 t = 4,0 · 103 kg e R = 200 m
m v2 40 · 103 (60)2
F1 v Fcp = ⇒ Fcp = (N)
Trajetória R 200
θ
Donde: Fcp = 7,2 · 104 N = 72 kN
F2
Resposta: 72 kN

No instante citado, é correto que: 12 Considere um carro de massa 1,0 · 103 kg percorrendo, com ve-
a) o movimento é acelerado e F1 = m α; locidade escalar constante, uma curva circular de 125 m de raio, conti-
b) o movimento é retardado e F1 = m α; da em um plano horizontal. Sabendo que a força de atrito responsável
c) o movimento é acelerado e F1 + F2 cos θ = m α; pela manutenção do carro na curva tem intensidade 5,0 kN, determine
d) o movimento é retardado e F1 + F2 cos θ = m α; o valor da velocidade do carro. Responda em km/h.
e) o movimento é retardado e F1 + F2 sen θ = m α.
Resolução:
Resolução: m v2
O movimento é retardado, pois a resultante de F1 e F2 na direção tan- Fcp = Fat ⇒ = Fat
R
gencial à trajetória tem sentido oposto a V . 3 2
1,0 · 10 v
Ft = m α = 5,0 · 103
125
F1 + F2 cos θ = m α Donde: v = 25 m/s = 90 km/h

Resposta: d Resposta: 90 km/h


Tópico 3 – Resultantes tangencial e centrípeta 171

13 Considere uma partícula de massa Graficamente, temos:


m percorrendo a trajetória espiralada es- O
boçada na figura, com velocidade escalar
F1
constante, no sentido anti-horário a partir Ft
da origem O. Admita que o raio de curva- x 1

(+)
tura da trajetória cresça uniformemente C Fcp P
1
com a coordenada de posição x. Sendo F a intensidade da resultante
das forças que agem na partícula, qual dos gráficos a seguir melhor
traduz F versus x?
a) c) e) b) No caso de o movimento ser retardado, a força resultante deve
F F F admitir uma componente tangencial (Ft ) de sentido contrário ao
2
do movimento.
Pelo fato de o movimento ser circular, a força resultante deve ad-
mitir uma componente centrípeta (Fcp ).
2

0 x 0 x 0 x A resultante total, nesse caso, é F2 , dada por:


F2 = Ft + Fcp
2 2
b) d) Graficamente, temos:
F F

Fcp P
2

0 x 0 x C
F2
Ft
2

Resolução:
A resultante das forças que agem na partícula é centrípeta.
m v2
F=
R 15 A figura abaixo mostra a fotografia estroboscópica do movi-
Mas: R = Ro + kx
mento de uma partícula:
m v2
Logo: F = Normal
Ro + kx
Sendo m, v, Ro e k constantes, F é função decrescente de x.
Tangente V P I
Resposta: c

II
14 E.R. A figura representa uma partícula em movimento circu-
IV III
lar no instante em que ela passa por um ponto P de sua trajetória.
Sabendo que o movimento acontece no sentido anti-horário, repro-
duza a figura, desenhando o vetor que representa a força resultante
sobre a partícula nos seguintes casos:
A resultante das forças que atuam na partícula no ponto P é mais bem
representada pelo vetor:
a) I; b) II; c) III; d) IV; e) V.

Resolução:
C P Admitindo-se que o movimento ocorra da esquerda para a direita, ele
será acelerado e, nesse caso, a componente tangencial da força resul-
tante será dirigida para a direita.
Por outro lado, como o movimento é curvilíneo, a força resultante de-
a) quando o movimento é acelerado; verá admitir uma componente centrípeta.
b) quando o movimento é retardado.
Ft
Resolução: P Vetor l
a) No caso de o movimento ser acelerado, a força resultante deve
admitir uma componente tangencial (Ft ) de mesmo sentido que
1
o movimento. F
Pelo fato de o movimento ser circular, a força resultante deve ad- Fcp
mitir uma componente centrípeta (Fcp ).
1
A resultante total, nesse caso, é F1 , dada por:
F1 = Ft + Fcp Vetor lll Vetor ll
1 1
172 PARTE II – DINÂMICA

Se admitíssemos que o movimento ocorra da direita para a esquerda, Resolução:


ele seria retardado, mas a resposta seria a mesma. Nos trechos curvos, a resultante centrípeta tem intensidade constante
(Fcp).
Resposta: b Ponto A: FA

16 Uma partícula percorre certa trajetória curva e plana, como a


representada nos esquemas a seguir. Em P, a força resultante que age FA = P
sobre ela é F e sua velocidade vetorial é v : P
I. II. III. Ponto B: FB

Fcp = P – FB
v v v
FB = P – Fcp
P F P P P

F Ponto C: FC
F
Fcp = FC – P

FC = P + Fcp
Nos casos I, II e III, a partícula está dotada de um dos três movimentos
citados abaixo: P
A — movimento uniforme;
B — movimento acelerado; Portanto:
C — movimento retardado. Fc > FA > FB
A alternativa que traz as associações corretas é:
a) I – A; II – B; III – C. d) I – B; II – C; III – A. Resposta: b
b) I – C; II – B; III – A. e) I – A; II – C; III – B.
c) I – B; II – A; III – C.
18 Uma pista é constituída por três trechos: dois retilíneos, AB e
Resolução: CD, e um circular, BC, conforme representa a vista aérea abaixo.
Caso I: F = Ft + Fcp
1 1
D
Ft tem o mesmo sentido de V e o movimento é acelerado.
1

Caso II: F = Fcp


2

Ft = 0 e o movimento é uniforme. O
2 C
Caso III: F = Ft + Fcp
3 3

Ft tem sentido oposto ao de V e o movimento é retardado.


3

Resposta: c A B

Admita que um carro de massa m percorra a pista com velocidade de


17 Um carrinho, apenas apoiado sobre um trilho, desloca-se para a intensidade constante igual a v. Sendo R o raio do trecho BC, analise
direita com velocidade escalar constante, conforme representa a figura as proposições a seguir:
abaixo. O trilho pertence a um plano vertical e o trecho que contém (01) No trecho AB, a força resultante sobre o carro é nula.
o ponto A é horizontal. Os raios de curvatura nos pontos B e C são (02) No trecho CD, a força resultante sobre o carro é não-nula.
iguais. (04) Em qualquer ponto do trecho BC, a força resultante sobre o carro
2
B é dirigida para o ponto O e sua intensidade é dada por m v .
R
(08) No trecho BC, a força resultante sobre o carro é constante.
(16) De A para D, a variação da velocidade vetorial do carro tem inten-
A sidade v 2 .
Dê como resposta a soma dos números associados às proposições
C corretas.

Sendo FA, FB e FC, respectivamente, as intensidades das forças de rea- Resolução:


ção normal do trilho sobre o carrinho nos pontos A, B e C, podemos (01) Correta.
concluir que: O movimento no trecho AB é retilíneo e uniforme.
a) FA = FB = FC ; d) FA > FB > FC ; (02) Incorreta.
b) FC > FA > FB ; e) FC > FB > FA. No trecho CD, a força resultante sobre o carro é nula (MRU).
(04) Correta.
c) FB > FA > FC ; No MCU (trecho BC), a força resultante sobre o carro é centrípeta.
Tópico 3 – Resultantes tangencial e centrípeta 173

(08) Incorreta. Resolução:


Fcp varia em direção ao longo do trecho BC, portanto é variável. A força F somada vetorialmente com P deve originar uma resultante
(16) Correta. centrípeta, conforme indica a figura a seguir.
ΔV = VD – VA
Teorema de F
Pitágoras:
|ΔV|2 = V2 + V2
g
VD
F + P = Fcp A
0 Fcp

VA P

|ΔV | = V 2
Teorema de Pitágoras:
Resposta: 21 F2 = P2 + F2cp
F2 = (m g)2 + (m ω2 R)2
19 Considere uma partícula de massa M descrevendo movimento F2 = (4,0 · 10)2 + (4,0 · 102 · 7,5)2 ⇒ F = 50 N
circular e uniforme com velocidade de intensidade v. Se o período do
movimento é igual a T, a intensidade da força resultante na partícula é: Resposta:
d) π M v ;
F
a) M v ;
T T
b) 2M v ; e) 2π v. A
T T 0

c) 2π M v ;
T
Resolução: |F | = 50 N
A força resultante no MCU é centrípeta; logo:
2
Fcp = M v (I) 21 A partícula indicada na f igura descreve uma trajetória circu-
R
MCU: v = Δs = 2 π R lar de raio R e centro O. Ao passar pelo ponto A, verif ica-se que
Δt T sobre ela agem apenas duas forças: F1 e F2 .
R= v T (II)
2 π A
2
Substituindo (II) em (I): Fcp = M v
v T F1
2 π θ v

Fcp = 2 π M v
T
O F2
Resposta: c
Sendo m a massa da partícula e v a sua velocidade vetorial em A, é
20 Um ponto material de massa 4,0 kg realiza movimento circular
correto que:
2

e uniforme ao longo de uma trajetória contida em um plano vertical a) F1 = m v ;


R
de 7,5 m de raio. Sua velocidade angular é ω = 1,0 rad/s e, no local, 2
b) F2 = m v ;
|g | = 10 m/s2. No ponto A indicado na figura, além da força da gra- R
2
vidade P , age no ponto material somente uma outra força, F . Carac- c) F1 + F2 = m v ;
terize F , calculando sua intensidade e indicando graficamente sua R
2
orientação. d) F1 + F2 cos θ = m v ;
R
ω 2
e) F1 + F2 cos θ + F’ = m v , em que F’ é a força centrífuga.
g R
Resolução:
Na direção radial:
2

O
A F1 + F2 = m v
r R
2
F1 + F2 cos θ = m v
P R

Resposta: d
174 PARTE II – DINÂMICA

22 Um bloco de massa 4,0 kg descreve movimento circular e uni- Desprezando o efeito do ar e supondo que E1 e E2 se mantenham
forme sobre uma mesa horizontal perfeitamente polida. Um fio ideal, sempre alinhadas com o centro, aponte a alternativa que traz o valor
de 1,0 m de comprimento, prende-o a um prego C, conforme ilustra o correto da relação T1/T2, respectivamente das forças de tração nos fios
esquema: (1) e (2):
a) 2; b) 3 ; c) 1; d) 2 ; e) 1 .
1,0 m 2 3 2
C
Resolução: T
MCU de E1: T1 = m ω2 2 L ⇒ 1 = m ω2 L (I)
2
MCU de E2: T2 – T1 = m ω2 · L (II)
De (I) e (II):
Se a força de tração no fio tem intensidade 1,0 · 102 N, qual a velocidade T1 3 T1 T1 2
angular do bloco, em rad/s? T2 – T1 = ⇒ T2 = ∴ =
2 2 T2 3

Resolução: Resposta: d
Fcp = T ⇒ m ω2 R = T
4,0 ω2 1,0 = 1,0 · 102 25 E.R. Um carro percorre uma pista circular de raio R, contida
ω = 5,0 rad/s em um plano horizontal. O coeficiente de atrito estático entre seus
pneus e o asfalto vale μ e, no local, a aceleração da gravidade tem
módulo g. Despreze a influência do ar.
Resposta: 5,0 rad/s
a) Com que velocidade linear máxima o carro deve deslocar-se ao
longo da pista, com a condição de não derrapar?
23 Na figura abaixo, uma esfera de massa m = 2,0 kg descreve so- b) A velocidade calculada no item anterior depende da massa do
bre a mesa plana, lisa e horizontal um movimento circular. A esfera está carro?
ligada por um fio ideal a um bloco de massa M = 10 kg, que permanece MCU
em repouso quando a velocidade da esfera é v = 10 m/s. Fn

m
r Orifício
C Fat

M
P

Resolução:
Sendo g = 10 m/s2, calcule o raio da trajetória da esfera, observando a a) Na figura, estão representadas as forças que agem no carro:
condição de o bloco permanecer em repouso. A reação normal da pista (Fn ) equilibra o peso do carro (P ):

Resolução: Fn = P ⇒ Fn = m g (I)
(I) Equilíbrio de M: T = M g ⇒ T = 10 · 10 (N)
Já a força de atrito ( Fat ) é a resultante centrípeta que mantém o
T = 100 N carro em movimento circular e uniforme (MCU):
2 2,0 (10)2
(II) MCU de m: T = m v ⇒ 100 = R Fat = Fcp ⇒ Fat = m v
2
(II)
R
R
R = 2,0 m
Como não há derrapagem, o atrito entre os pneus do carro e o
solo é do tipo estático.
Resposta: 2,0 m
Assim:

24 A figura representa duas esferas iguais, E e E , que, ligadas a fios Fat ≤ Fat ⇒ Fat ≤ μ Fn (III)
d
1 2
inextensíveis e de massas desprezíveis, descrevem movimento circular Substituindo (I) e (II) em (III), vem:
e uniforme sobre uma mesa horizontal perfeitamente lisa:
m v2 ≤ μ m g ⇒ v ≤ μ g R
R
L
L (2)
(1)
Logo: vmáx = μ g R
E2
E1
b) A velocidade calculada independe da massa do carro.
Tópico 3 – Resultantes tangencial e centrípeta 175

Direção inicial
26 (Unesp-SP) Numa calçada de uma rua plana e horizontal, um A
patinador vira em uma esquina, descrevendo um arco de circunfe-
rência de 3,0 m de raio. Admitindo-se g = 10 m/s2 e sabendo-se que
o coeficiente de atrito estático entre as rodas do patim e a calçada
é μe = 0,30, a máxima velocidade com que o patinador pode realizar a ma- 0
nobra sem derrapar é de:
v1
a) 1,0 m/s. c) 3,0 m/s. e) 9,0 m/s.
b) 2,0 m/s. d) 5,0 m/s.

Resolução: Direção final


A força de atrito que a calçada aplica nas rodas do patim faz o papel da B
resultante centrípeta: v2
2
Fat = Fcp = m V Considerando-se a figura, a aceleração da gravidade no local, com mó-
R
A velocidade escalar máxima ocorrerá quando a força de atrito tiver dulo de 10 m/s2, e a massa do carro de 1,2 t, faça o que se pede:
intensidade máxima: a) Caso o estudante resolva imprimir uma velocidade de módulo
m V2máx 60 km/h ao carro, ele conseguirá fazer a curva? Justifique.
µe m g = b) A velocidade escalar máxima possível, para que o carro possa
R
fazer a curva, sem derrapar, irá se alterar se diminuirmos sua
V2máx = µe g R
massa? Explique.
Vmáx = µe g R
Resolução:
Vmáx = 0,30 · 10 · 3,0 (m/s) a) Cálculo da velocidade máxima do carro na curva:
2

Vmáx = 3,0 m/s Fat ⭐ Fat ⇒ m V ⭐ µe m g


d R
V ⭐ µe g R ⇒ Vmáx = µe g R
Resposta: c
Vmáx = 0,30 · 10 · 48 (m/s)

27 Um carro deverá fazer uma curva circular, contida em um plano Vmáx = 12 m/s = 43,2 km/h
horizontal, com velocidade de intensidade constante igual a 108 km/h. O carro não conseguirá fazer a curva (irá derrapar), pois V ⬎ Vmáx
Se o raio da curva é R = 300 m e g = 10 m/s2, o coeficiente de atrito (60 km/h ⬎ 43,2 km/h).
estático entre os pneus do carro e a pista (μ) que permite que o veículo
faça a curva sem derrapar: b) Vmáx independe de m.
a) é μ ≥ 0,35;
b) é μ ≥ 0,30; Respostas: a) Não, pois a velocidade do carro (60 km/h) é maior que
c) é μ ≥ 0,25; a máxima permitida (43,2 km/h); b) Não, pois a velocidade máxima
d) é μ ≥ 0,20; independe da massa do carro.
e) está indeterminado, pois não foi dada a massa do carro.
29 E.R. Na figura seguinte, um carrinho de massa 1,0 kg descreve
Resolução: movimento circular e uniforme ao longo de um trilho envergado em
Atrito estático: forma de circunferência de 2,0 m de raio:
Fat ⭐ Fat ⇒ Fat ⭐ µ · Fn (I)
d
2
Fat = Fcp ⇒ Fat = m v (II) A
R
FN = P ⇒ FN = m g (III)
Substituindo (II) e (III) em (I), temos:
m v2 ⭐ µ m g ⇒ µ ⭓ v 2 2,0 m
R g R g
O
Sendo V = 108 km/h = 30 m/s, g = 10 m/s2 e R = 300 m, temos:
(30)2
µ⭓ ⇒ µ ⭓ 0,30
10 · 300
B
Resposta: b

28 (UFPel-RS – mod.) Um estudante, indo para a faculdade em A velocidade escalar do carrinho vale 8,0 m/s, sua trajetória pertence
a um plano vertical e adota-se |g | = 10 m/s2. Supondo que os pontos
seu carro, desloca-se num plano horizontal, no qual descreve uma A e B sejam, respectivamente, o mais alto e o mais baixo do trilho,
trajetória curvilínea de 48 m de raio, com uma velocidade constante determine a intensidade da força que o trilho exerce no carrinho:
em módulo. Entre os pneus e a pista, o coeficiente de atrito estático a) no ponto A; b) no ponto B.
é de 0,30.
176 PARTE II – DINÂMICA

Resolução: 30 (UFRJ) A figura representa uma roda-gigante que gira com ve-
Como o carrinho executa movimento circular e uniforme, em cada locidade angular constante em torno de um eixo horizontal fixo que
ponto da trajetória a resultante das forças que nele agem deve ser passa por seu centro C.
centrípeta. Calculemos a intensidade constante dessa resultante:
2
Fcp = m v
R
1,0 (8,0)2
Fcp = (N) ⇒ Fcp = 32 N
2,0
C
O peso do carrinho vale:
P = m g = 1,0 · 10 (N) ⇒ P = 10 N
a) No ponto A, o esquema das forças que agem no carrinho está
dado abaixo:
A

Numa das cadeiras, há um passageiro sentado sobre uma balança de


mola (dinamômetro), cuja indicação varia de acordo com a posição do
Fn passageiro. No ponto mais alto da trajetória, o dinamômetro indica
A
P 234 N e, no ponto mais baixo, indica 954 N.
Calcule:
O a) o peso da pessoa;
b) a intensidade da força resultante na pessoa.

Fn = força que o trilho exerce no carrinho em A Resolução:


A O passageiro descreve um MCU; por isso, a força resultante sobre ele é
A resultante de Fn e P deve ser centrípeta, isto é: centrípeta, com intensidade constante Fcp = m · ω2 · R.
A No ponto mais alto:
Fcp = Fn + P
A A
P – FN = Fcp ⇒ P – Pap = Fcp (I)
A A
Em módulo: No ponto mais baixo:
Fcp = Fn + P FN – P = Fcp ⇒ Pap – P = Fcp (II)
A A B B
Calculemos Fn : Comparando (I) e (II), vem:
A
Pap – P = P – Pap ⇒ Pap + Pap = 2 P
Fn = Fcp – P ⇒ Fn = (32 – 10) N B A A B
A A A Pap + Pap
P= A B

Fn = 22 N 2
A
Sendo Pap = 234 N e Pap = 954 N, temos:
A B

b) No ponto B, o esquema das forças que agem no carrinho está


P = 234 + 954 (N) ⇒ P = 594 N
dado a seguir: 2

b) (I) + (II):
O Pap – Pap = 2 Fcp
B A

954 – 234 = 2 Fcp


Fn
B
Fcp = 360 N

Respostas: a) 594 N; b) 360 N


B
P 31 (Unicamp-SP) A figura adiante descreve a trajetória ABMCD de
um avião em um voo em um plano vertical. Os trechos AB e CD são
Fn = força que o trilho exerce no carrinho em B retilíneos. O trecho BMC é um arco de 90° de uma circunferência de
B
A resultante de Fn e P deve ser centrípeta, isto é: 2,5 km de raio. O avião mantém velocidade de módulo constante igual a
B
900 km/h. O piloto tem massa de 80 kg e está sentado sobre uma ba-
F cp = Fn + P lança (de mola) neste voo experimental.
B B
Em módulo:
Fcp = Fn – P
B B
Calculemos Fn : g
B
O
A D
Fn = Fcp + P ⇒ Fn = (32 + 10) N
B B B 90°

Fn = 42 N Avião B C
B
M
Tópico 3 – Resultantes tangencial e centrípeta 177

Adotando-se g = 10 m/s2 e π ⯝ 3, pergunta-se: b) Ponto B:


a) Quanto tempo o avião leva para percorrer o arco BMC? T – P = Fcp
b) Qual a marcação da balança no ponto M (ponto mais baixo da tra-
T – m g = Fcp ⇒ T – 1,0 · 10 = 2,0
jetória)?
T = 12 N
Resolução:
a) Trecho BMC: MCU
Respostas: a) 2,0 N; b) 12 N
V = 900 km/h = 900 m = 250 m/s
3,6 s
Δs = 2 π r = 3 · 2 500 (m)
2 · 33 Uma moto percorre um morro, conforme ilustra a figura a se-
4 4
Δs = 3 750 m guir. Visto em corte, esse morro pode ser comparado a um arco de cir-
cunferência de raio R, contido em um plano vertical. Observe:
V = Δs ⇒ 250 = 3 750
Δt Δt
Δt = 15 s

b) Pap – P = Fcp A
2
Pap – m g = m v
R
(250)2
Pap = 80 + 10 (N)
2 500
R
Pap = 2,8 · 103 N
C

Respostas: a) 15 s; b) 2,8 · 103 N Ao passar no ponto A, o mais alto do morro, a moto recebe da pista
uma força de reação normal 25% menor que aquela que receberia se
32 O pêndulo da figura oscila em condições ideais, invertendo su- estivesse em repouso nesse ponto. Se no local a aceleração da gravida-
cessivamente o sentido do seu movimento nos pontos A e C: de vale g, qual será o módulo da velocidade da moto no ponto A?

Resolução:
g

Fn

A C
v
B
A
A esfera tem massa 1,0 kg e o comprimento do f io, leve e inexten-
sível, vale 2,0 m. Sabendo que no ponto B (mais baixo da trajetória)
a esfera tem velocidade de módulo 2,0 m/s e que |g | = 10 m/s2, de- P
termine: R
a) a intensidade da força resultante sobre a esfera quando ela passa
pelo ponto B;
b) a intensidade da força que traciona o fio quando a esfera passa pelo C
ponto B.
Ponto A:
Resolução: P – FN = Fcp
a) No ponto B, ocorre a transição entre movimento acelerado e mo- P – 0,75 P = Fcp
vimento retardado; por isso, a componente tangencial da força 2
resultante é nula. Logo, no ponto B, a força resultante na esfera é 0,25 m g = m v
centrípeta. R
2
Fcp = m v ⇒ Fcp =
1,0 (2,0)2
(N) v= 1 g R
R 2,0 2

Fcp = 2,0 N
Resposta: 1 g R
2

T 34 A f igura a seguir representa uma lata de paredes internas li-


sas, dentro da qual se encaixa perfeitamente um bloco de concreto,
cuja massa vale 2,0 kg. A lata está presa a um f io ideal, f ixo em O
B e de 1,0 m de comprimento. O conjunto realiza loopings circulares
P
num plano vertical:
178 PARTE II – DINÂMICA

O 36 A ilustração abaixo representa um globo da morte, dentro do


g qual um motociclista realiza evoluções circulares contidas em um plano
vertical. O raio da circunferência descrita pelo conjunto moto-piloto é
1,0 m igual ao do globo e vale R.

A lata passa pelo ponto mais alto dos loopings com velocidade de g
5,0 m/s e adota-se, no local, |g |= 10 m/s2. Desprezando as dimensões
da lata e do bloco, determine a intensidade da força vertical que o blo-
co troca com o fundo da lata no ponto mais alto dos loopings.
Resolução:
No ponto mais alto dos loopings, temos:
2
Fn + P = Fcp ⇒ Fn = m v – m · g
R
2
Fn = 2,0 5,0 – 10 ⇒ O ponto A é o mais alto da trajetória e por lá o conjunto moto-pi-
Fn = 30 N
1,0 loto, que tem massa M, passa com a mínima velocidade admissível
Resposta: 30 N para não perder o contato com a superfície esférica. Supondo que
a aceleração da gravidade tenha módulo g, analise as proposições
a seguir:
35 E.R. No esquema abaixo, um homem faz com que um balde (01) No ponto A, a força vertical trocada pelo conjunto moto-piloto e
cheio de água, dotado de uma alça fixa em relação ao recipiente, o globo é nula.
realize uma volta circular de raio R num plano vertical. (02) No ponto A, a força resultante no conjunto moto-piloto tem in-
A tensidade M g.
(04) No ponto A, o peso do conjunto moto-piloto desempenha a fun-
ção de resultante centrípeta.
(08) No ponto A, a velocidade do conjunto moto-piloto tem módulo
gR .
g (16) Se a massa do conjunto moto-piloto fosse 2M, sua velocidade no
ponto A teria módulo 2 g R .
Dê como resposta a soma dos números associados às proposições
corretas.
Resolução:
(01) Correta.
Sabendo que o módulo da aceleração da gravidade vale g, respon- O conjunto moto-piloto não comprime o globo.
da: qual a mínima velocidade linear do balde no ponto A (mais alto
da trajetória) para que a água não caia? (02) Correta.
A única força atuante no conjunto moto-piloto no ponto A é a
Resolução: força peso (M g), que é a resultante.
Ao passar em A com a mínima velocidade admissível, a água não troca
forças verticais com o balde. Assim, a única força vertical que nela age é (04) Correta.
a da gravidade, que desempenha o papel de resultante centrípeta: No ponto A:
Ponto A: P = Fcp Ft = 0 e Fcp = P
m v2mín
mg=
R (08) Correta.
m v2mín vmín = g R
Donde: vmín = g R =m g ⇒
R
v (16) Incorreta.
A
A velocidade no ponto A independe da massa do conjunto
moto-piloto.
P = Fcp
Resposta: 15
O R
37 (Unicamp-SP) Uma atração muito popular nos circos é o “Globo
Nota: da Morte”, que consiste em uma gaiola de forma esférica no interior da
• vmín independe da massa de água. qual se movimenta uma pessoa pilotando uma motocicleta. Considere
um globo de raio R = 3,6 m.
Tópico 3 – Resultantes tangencial e centrípeta 179

C Na figura a seguir, vemos, de cima, um antigo toca-discos apoiado


sobre uma mesa horizontal. Sobre o prato do aparelho, que em opera-
g ção gira no sentido horário, foi colocada uma pequena moeda M, que
R não escorrega em relação à superfície de apoio.
D O B
V M I

IV II
III
A

a) Reproduza a figura, fazendo um diagrama das forças que atuam


sobre a motocicleta nos pontos A, B, C e D sem incluir as forças de
atrito. Para efeitos práticos, considere o conjunto piloto + motoci-
cleta como sendo um ponto material.
b) Qual a velocidade mínima que a motocicleta deve ter no ponto C para O toca-discos é ligado e, depois de funcionar normalmente duran-
não perder o contato com o interior do globo? Adote |g | = 10 m/s2. te certo intervalo de tempo, é desligado. O gráfico a seguir mostra a
variação da intensidade v da velocidade tangencial de M em função
Resolução: do tempo t.
a) Diagrama de forças: v

C FC

FD FB
D B 0 t1 t2 t3 t
O
P P Com base neste enunciado, responda aos três testes seguintes:

FA
38 Qual das setas numeradas de I a V melhor representa a força
A
resultante em M num instante do intervalo de 0 a t1?
P
a) I. b) II. c) III. d) IV. e) V.

em que: Resolução:
F = força aplicada pelo apoio Intervalo de 0 a t1: movimento circular acelerado.
P = peso do conjunto
Ft
M Movimento
b) Ponto C: FC = 0
m V2mín
Fcp = P ⇒ =m g
R
F
Vmín = g R ⇒ Vmín = 10 · 3,6 (m/s) Fcp

Vmín = 6,0 m/s

Seta ll
Respostas: a)
FC
C Resposta: b

P 39 Qual das setas numeradas de I a V melhor representa a força


FD FB resultante em M num instante do intervalo de t1 a t2?
D B
0
a) I. b) II. c) III. d) IV. e) V.
P P Resolução:
FA Intervalo de t1 a t2: movimento circular e uniforme.
A M Movimento
P
F = Fcp
F: força aplicada pelo apoio
P: peso do conjunto
Seta III

b) 6,0 m/s Resposta: c


180 PARTE II – DINÂMICA

40 Qual das setas numeradas de I a V melhor representa a força Resolução:


resultante em M num instante do intervalo de t2 a t3? (I) MUV: v = v0 + α t
a) I. b) II. c) III. d) IV. e) V. v = 4,0 · 1,0 (m/s) ⇒ v = 4,0 m/s
2 3,0 (4,0)2
Resolução: (II) Fcp = m v ⇒ Fcp = (N)
R 3,0
Intervalo de t2 a t3: movimento circular e retardado.
Fcp = 16 N
Ft M Movimento
(III) Ft = m α ⇒ Ft = 3,0 · 4,0 (N) ⇒ Ft = 12 N
(IV) Teorema de Pitágoras: F2 = F2t + F2cp
F
Fcp
F2 = (12)2 + (16)2 ⇒ F = 20 N

Seta lV
Fcp
O
Resposta: d
F Ft

41 Na figura, está representado um pêndulo em oscilação num


plano vertical. O fio é inextensível e de massa desprezível e o ar não Resposta: 20 N
influencia significativamente o movimento do sistema. Na posição C,
o fio apresenta-se na vertical. Nas posições A e E, ocorre inversão no 43 Considere um satélite artificial em órbita circular em torno da
sentido do movimento. Terra. Seja M a sua massa e R o raio de curvatura de sua trajetória. Se a
força de atração gravitacional exercida pela Terra sobre ele tem inten-
sidade F, pode-se afirmar que seu período de revolução vale:
MR; 4π2 M R
a) d) ;
F F
b) 2π M R ; e) Não há dados para o cálculo.
A F
E
c) 2π M R F ;
B D
C Resolução: 2
F = Fcp ⇒ F = M V (I)
Reproduza o esquema do pêndulo desenhando nas posições A, B, R
C, D e E cinco setas representativas das forças resultantes FA , FB , FC , V=2 π R (II)
T
FD e FE na esfera pendular.
Substituindo (II) em (I), temos:
F= M 2 π R
2
Resolução:
Os desenhos abaixo independem do sentido do movimento do pên- R T
(2 π)2 M R2
⇒ T = (2 π) M R
2
dulo. F= 2
R·T F
M R
T=2 π
F
A E
FB FC FD Resposta: b

FA B FE
C D 44 (Unifesp-SP) Antes de Newton expor sua teoria sobre a força da
gravidade, defensores da teoria de que a Terra se encontrava imóvel
Resposta: no centro do Universo alegavam que, se a Terra possuísse movimento
FB FD
de rotação, sua velocidade deveria ser muito alta e, nesse caso, os ob-
FC
jetos sobre ela deveriam ser arremessados para fora de sua superfície,
A
FA
B C D
FE
E a menos que uma força muito grande os mantivesse ligados à Terra.
Considerando-se o raio da Terra igual a 7 · 106 m, o seu período de rota-
ção de 9 · 104 s e π2 = 10, a força mínima capaz de manter um corpo de
42 Uma partícula de massa 3,0 kg parte do repouso no instante massa 90 kg em repouso sobre a superfície da Terra, num ponto sobre
t0 = 0, adquirindo movimento circular uniformemente acelerado. Sua a linha do Equador, vale, aproximadamente:
aceleração escalar é de 4,0 m/s2 e o raio da circunferência suporte do a) 3 N. d) 450 N.
movimento vale 3,0 m. Para o instante t1 = 1,0 s, calcule a intensidade b) 10 N. e) 900 N.
da força resultante sobre a partícula. c) 120 N.
Tópico 3 – Resultantes tangencial e centrípeta 181

Resolução: b) Fat = Fcp ⇒ µA mA g = mA ω2 40


A A
A força gravitacional que a Terra aplica ao corpo faz o papel de resul-
µA = ω 40
2
tante centrípeta. (I)
g
F = Fcp ⇒ F = m ω2 R ⇒ F = m 2 π R
2

T Fat = Fcp ⇒ µB mB g = mB ω2 20
B B

F = 4 π 2m R ⇒ F = 4 · 10 · 90 ·472 · 10 (N)
2 6

µB = ω 20
2
T (9 · 10 ) (II)
g
F ⯝ 3,1 N
Dividindo-se (I) por (II), obtém-se:

Resposta: a ω2 40
µA g µA
= ⇒ =2
µB ω 20 2 µB
45 Na situação esquematizada na f igura, a mesa é plana, ho-
g
rizontal e perfeitamente polida. A mola tem massa desprezível, Observe que as velocidades angulares de A e B são iguais.
constante elástica igual a 2,0 · 102 N/m e comprimento natural (sem
deformação) de 80 cm. vA µ
Respostas: a) = 2; b) A = 2
vB µB
90 cm
47 (Ufla-MG) Um dos fatores que influem no desempenho de um
carro de Fórmula 1 é o “efeito asa”. Esse efeito, que pode ser mais ou
menos acentuado, surge na interação do ar com a geometria do car-
ro. Quando se altera o ângulo de inclinação dos aerofólios, surge uma
força vertical para baixo, de forma que o carro fica mais preso ao solo.
Considerando-se um carro com “efeito asa” igual ao seu peso, coefi-
Se a esfera (massa de 2,0 kg) descreve movimento circular e uniforme, ciente de atrito estático μe = 1,25 entre pneus e asfalto e g = 10 m/s2,
qual o módulo da sua velocidade tangencial? esse carro pode fazer uma curva plana horizontal de raio de curvatura
100 m, sem deslizar, com velocidade escalar máxima de:
Resolução: a) 90 km/h.
2
Fe = Fcp ⇒ K Δx = m v b) 144 km/h.
R c) 180 km/h.
2,0 v2
2,0 · 102 · (0,90 – 0,80) = ⇒ v = 3,0 m/s d) 216 km/h.
0,90
e) 252 km/h.
Resposta: 3,0 m/s
Resolução:
46 O esquema seguinte representa um disco horizontal que, aco- Atrito estático:
Fat ⭐ Fat
plado rigidamente a um eixo vertical, gira uniformemente sem sofrer d

resistência do ar: m v2 ⭐ µ 2 m g
R e

ω v ⭐ 2 µe g R ⇒ vmáx = 2 µe g R
Sendo µe = 125, g = 10 m/s2 e R = 100 m, temos:
B A
vmáx = 2 · 1,25 · 10 · 100 (m/s)
vmáx = 50 m/s = 180 km/h

Resposta: c

Sobre o disco, estão apoiados dois blocos, A e B, constituídos de ma- 48 (Fuvest-SP) Um caminhão, com massa total de 10 000 kg, está
teriais diferentes, que distam do eixo 40 cm e 20 cm respectivamente. percorrendo uma curva circular plana e horizontal a 72 km/h (ou seja,
Sabendo que, nas condições do problema, os blocos estão na iminên- 20 m/s) quando encontra uma mancha de óleo na pista e perde com-
cia de deslizar, obtenha: pletamente a aderência. O caminhão encosta então no muro lateral
a) a relação vA/vB das velocidades lineares de A e de B em relação ao que acompanha a curva e que o mantém em trajetória circular de raio
eixo; igual a 90 m. O coeficiente de atrito entre o caminhão e o muro vale
b) a relação μA/μB dos coeficientes de atrito estático entre os blocos A 0,30. Podemos afirmar que, ao encostar no muro, o caminhão começa
e B e o disco. a perder velocidade à razão de, aproximadamente:
a) 0,070 m · s–2.
Resolução: b) 1,3 m · s–2.
a) v = ω R ⇒ v = ω 40 vA c) 3,0 m · s–2.
A A A
=2 d) 10 m · s–2.
vB = ω RB ⇒ vB = ω 20 vB
e) 67 m · s–2.
182 PARTE II – DINÂMICA

Resolução: 50 Na figura a seguir, representa-se um pêndulo fixo em O, oscilan-


A força de atrito exercida pelo muro é a resultante externa responsável do num plano vertical. No local, despreza-se a influência do ar e adota-se
pelo freamento do caminhão. g = 10 m/s2. A esfera tem massa de 3,0 kg e o fio é leve e inextensível,
F = Fat apresentando comprimento de 1,5 m. Se, na posição A, o fio forma com
m α = µ FN (I) a direção vertical um ângulo de 53° e a esfera tem velocidade igual a
Fat
2,0 m/s, determine a intensidade da força de tração no fio.
Dados: sen 53° = 0,80; cos 53° = 0,60.
Fn

O
g
53°
Poça
de óleo

Muro
lateral
Resolução:
A força normal de contato exercida pelo muro lateral é a resultante No ponto A:
centrípeta que mantém o caminhão em trajetória circular. T – Pn = Fcp
2
A m v2A
Fn = Fcp ⇒ Fn = m v (II) T – m g cos 53° =
R L
3,0 (2,0)2
Substituindo (II) em (I), temos: T – 3,0 · 10 · 0,60 =
1,5
2
m α=µ m v T = 26 N
R
(20)2
α = 0,30 (m/s) ⇒ α ⯝ 1,3 m/s2 O
90 53°

Resposta: b T

49 (Mack-SP) Um corpo de pequenas dimensões realiza voltas ver- A


ticais no sentido horário dentro de uma esfera rígida de raio R = 1,8 m. Pn
Na figura a seguir, temos registrado o instante em que sua velocidade 53°
tem módulo igual a 6,0 m/s e a força de atrito, devido ao contato com P
a esfera, é equili-
brada pelo peso.
Nessas condições,
determine o coefi- Resposta: 26 N
ciente de atrito ci-
nético entre o cor-
C 51 (AFA-SP) Na aviação, quando um piloto executa uma curva, a
po e a esfera.
Adote g = 10 m/s 2 força de sustentação (F ) torna-se diferente do peso do avião (P ). A ra-
e não considere o R zão entre F e P é chamada fator de carga (n):
efeito do ar.
n= F
Resolução: P
Fat = P ⇒ µ FN = P
2
Um avião executa um movimento circular e uniforme, conforme a fi-
µ m v =m g gura, em um plano horizontal com velocidade escalar de 40 m/s e com
R
(6,0)2 fator de carga igual a 5 .
µ = 10 ⇒ µ = 0,50 3
1,8
F

O
Fat
O Fn

P
P

Resposta: 0,50 Supondo g = 10 m · s–2, calcule o raio R da circunferência descrita


pelo avião.
Tópico 3 – Resultantes tangencial e centrípeta 183

Resolução:

Céu
θ
F

Fcp
Mar

P Asa esquerda
do avião
Figura A

cos θ = P ⇒ cos θ = 1 (I)


F n
sen2 θ + cos2 θ = 1
Mar
sen θ + 12 = 1
2
n Rochedo

sen θ = 1 n2 – 1 (II)
n
Fcp
⇒ sen θ =
m v2 Asa esquerda
tg θ =
P cos θ R m g do avião

Donde: Figura B

2
R = cosθ v (III) Note e adote:
sen θ g π = 3; sen 30° = 0,50; cos 30° = 0,86; tg 30° = 0,60
Módulo da aceleração da gravidade: g = 10 m · s–2
Substituindo (I) e (II) em (III), temos: As distâncias envolvidas no problema são grandes em relação às
1 v2 dimensões do avião.
R=
n 1 n2 – 1 g
n a) Encontre uma relação entre θ, V, R e g para a situação descrita.
1 (40)2 b) Estime o módulo V da velocidade do avião, em m/s ou km/h.
R= · (m)
2 10 c) Estime o valor da altura H, acima do nível do mar, em metros, em
5 –1
3 que o avião estava voando.

Resolução:
Donde: R = 120 m
a) Durante a curva, o avião pode ser apresentado como fazemos a
seguir.
Resposta: 120 m
P = força da gravidade (peso)
52 (Fuvest-SP) Um avião voa horizontalmente sobre o mar com ve- Sy S = força de sustentação do ar
S
θ
locidade constante de módulo V, a ser determinado. Um passageiro,
sentado próximo ao centro de massa do avião, observa que a super- Sx R B
fície do suco de laranja, que está em um copo sobre a bandeja fixa ao θ
seu assento, permanece paralela ao plano da bandeja.
Estando junto à janela e olhando numa direção perpendicular à da
trajetória do avião, o passageiro nota que a ponta da asa esquerda do
avião tangencia a linha do horizonte, como mostra a figura A. O piloto
H
anuncia que, devido a um problema técnico, o avião fará uma curva de
180° para retornar ao ponto de partida. Durante a curva, o avião incli-
na-se para a esquerda, de um ângulo θ = 30°, sem que haja alterações Rochedo
no módulo de sua velocidade e na sua altura. O passageiro, olhando Mar
sempre na direção perpendicular à da velocidade do avião, observa C

que a ponta da asa esquerda permanece durante toda a curva apon-


tando para um pequeno rochedo que aflora do mar, como represen-
tado na figura B. O passageiro também nota que a superfície do suco A força de sustentação S , aplicada pelo ar, é perpendicular às asas
permaneceu paralela à bandeja e que o avião percorreu a trajetória do avião.
semicircular de raio R (a ser determinado) em 90 s. Percebe, então, que A componente vertical Sy equilibra o peso e a componente horizon-
com suas observações, e alguns conhecimentos de Física que adquiriu tal Sx faz o papel de resultante centrípeta. No triângulo retângulo
no seu colégio, pode estimar a altura e a velocidade do avião. destacado, temos:
184 PARTE II – DINÂMICA

m V2 De (I) e (II), vem:


Sx Fcp R
tg θ = = ⇒ tg θ = m g (2 π)2 g r
Sy P = tg θ ⇒ T=2 π
T r g tg θ
2
tg θ = V
g R b) Como T é inversamente proporcional à raiz quadrada de g, reduzin-
g
b) O avião descreve um arco de comprimento π · R (meia-volta) em do-se a intensidade da aceleração da gravidade a , T dobra.
4
90 s. Portanto:
V = Δs = π R = 3 R ⇒ V = R Respostas: a) T = 2 π r ; b) O período ficaria multiplicado
Δt Δt 90 30 g tg θ
por 2, já que ele é inversamente proporcional à raiz quadrada da
R = 30 V (SI)
intensidade da aceleração da gravidade.
Substituindo o valor de R na expressão tg θ, temos:
2
tg θ = V ⇒ 0,60 = V 54 (Mack-SP) Na figura, o fio ideal prende uma partícula de massa
g 30 V g 30
V = 0,60 10 30 (m/s) m a uma haste vertical acoplada a um disco horizontal que gira com
velocidade angular ω constante. Sabendo que a distância do eixo de
V = 180 m/s = 648 km/h rotação do disco ao centro da partícula é igual a 0,10 3 m e que
c) O valor do raio da curva fica determinado por: R = 30 · V g = 10 m/s2, calcule a velocidade angular do disco.
R = 30 · 180 ⇒ R = 5 400 m
Retomando-se a figura anterior e considerando-se o triângulo re- g
tângulo ABC, calculamos a altura H do avião. m
60°
tg θ = H ⇒ 0,60 = H
R 5 400
Donde: H = 3 240 m
ω
2
Respostas: a) tg θ = V ; b) 180 m/s ou 648 km/h; c) 3 240 m
g R

Resolução:
53 No esquema a seguir, representa-se um pêndulo cônico ope-
rando em condições ideais. A esfera pendular descreve movimento
circular e uniforme, num plano horizontal, de modo que o afasta- 60° T
mento angular do f io em relação à vertical é θ. Sendo g o módulo
Fcp
do campo gravitacional do local e r o raio da circunferência descrita
pela esfera pendular:

θ θ
g Fcp
tg 60° =
P
m ω2 R
tg 60° = m · g

r ω2 0,10 3
3=
10
ω = 10 rad/s
a) calcule o período de revolução do pêndulo;
b) discuta, justificando, se o período calculado no item anterior seria
modificado se o pêndulo fosse levado para um outro local, de ace- Resposta: 10 rad/s
g
leração da gravidade igual a .
4 55 (Unicamp-SP) As máquinas a vapor, que foram importantíssimas
Resolução: θ FT na Revolução Industrial, costumavam ter um engenhoso regulador da
a) sua velocidade de rotação, como é mostrado esquematicamente na f i-
Fcp m ω2 r gura abaixo. As duas esferas afastavam-se do eixo em virtude de sua
tg θ = = Fcp
rotação e acionavam um dispositivo regulador da entrada de vapor,
m g m g
g controlando assim a velocidade de rotação, sempre que o ângulo θ
ω =
2
tg θ (I) atingia 30°. Considere hastes de massas desprezível e comprimento
r mg
L = 0,2 m, com esferas de massas m = 0,18 kg em suas pontas, d = 0,1 m
(2 π)2
ω = 2 π ⇒ ω2 = 2 (II) e 3 ⯝ 1,8. Adote g = 10 m/s2.
T T
Tópico 3 – Resultantes tangencial e centrípeta 185

ω Donde: ω ⯝ 5,5 rad/s


Articulação
d θ

F
L
θ

Fcp

m m

Eixo de P
rotação

a) Faça um diagrama indicando as forças que atuam sobre uma das


esferas. Respostas: a)
b) Calcule a velocidade angular ω para a qual θ = 30°.
F
Resolução: P = força da
a) gravidade (peso)

F = força aplicada
pela haste
F P

em que:
P = força da gravidade (peso) b) 5,5 rad/s
F = força aplicada pela haste
P
56 Em alguns parques de diversões, existe um brinquedo chamado
rotor, que consiste em um cilindro oco, de eixo vertical, dentro do qual
b) (I) sen θ = R – d é introduzida uma pessoa:
L
R – d = L sen 30° ω
R – 0,1 = 0,2 · 1
2 R
R = 0,2 m

d
g

Suporte

De início, a pessoa apoia-se sobre um suporte, que é retirado automa-


R ticamente quando o rotor gira com uma velocidade adequada. Admita
que o coeficiente de atrito estático entre o corpo da pessoa e a parede
Fcp interna do rotor valha µ. Suponha que o módulo da aceleração da gra-
(II) tg θ =
P vidade seja g e que o rotor tenha raio R. Calcule a mínima velocidade
m ω2 R angular do rotor, de modo que, com o suporte retirado, a pessoa não
tg θ = m g escorregue em relação à parede.

Donde: ω = g tg θ
R Resolução:
Fat
Equilíbrio na vertical:
3
Sendo g = 10 m/s , tg θ = ⯝ 1,9 = 0,6
2
3 3
e R = 0,2 m, vem: Fat = m g Fn
m g ⭐ µ Fn (I)
Fat⭐ µ FN mg
ω = 10 · 0,6 (rad/s)
0,2
186 PARTE II – DINÂMICA

Mas: Para simular a presença de gravidade, a estação deve girar em tor-


Fn = Fcp no do seu eixo com certa velocidade angular. Se o raio externo da
Fn = m ω2 R (II) estação é R:
De (I) e (II), vem: a) deduza a velocidade angular ω com que a estação deve girar para
que um astronauta, em repouso no primeiro andar e a uma distân-
g g
m g ⭐ µ m ω2 R ⇒ ω ⭓ µ R ⇒ ωmin = µ R
cia R do eixo da estação, fique sujeito a uma aceleração de módulo
igual a g.
g b) suponha que o astronauta, cuja massa vale m, vá para o segundo
Resposta: µ R andar, a uma distância h do piso do andar anterior. Calcule o peso
do astronauta nessa posição e compare-o com o seu peso quando
estava no primeiro andar. O peso aumenta, diminui ou permanece
57 Considere uma superfície, em forma de tronco de cone, fixa so- inalterado?
bre uma mesa, conforme representa a figura. Seja α o ângulo formado
entre a parede externa da superfície e a mesa. Uma partícula de massa
Resolução:
m percorre a parede interna da superfície em movimento uniforme, des-
a) O peso aparente do astronauta tem valor igual ao da força normal
crevendo uma circunferência de raio R, contida em um plano horizontal.
que ele recebe do piso da estação. Essa força faz o papel de resul-
Desprezando todos os atritos e adotando para a aceleração da gravida-
tante centrípeta no MCU que o astronauta realiza em torno do eixo
de o valor g, calcule a intensidade da velocidade linear da partícula.
da estação.
Pap = Fcp ⇒ m g = m ω2 R
1 1

R g
ω=
C R
b)
α
Pap = m g
1

Pap = m ω2 (R – h)
2

Resolução: (R – h)
α Pap = m g
2 R
Fn

Como a fração R – h é menor que 1, Pap ⬍ Pap e o astronauta tem


2
Fcp R 2 1
m v seu peso aparente reduzido ao passar do primeiro para o segundo
Fcp R 2
tg α = ⇒ tg α = m g ⇒ tg α = v andar da estação.
P R g
P g (R – h)
Da qual: v = g R tg α Respostas: a) ω = ; b) m g , e o peso aparente diminui.
R R
α
Resposta: g R tg α
59 Admita que fosse possível reunir, num mesmo grande prêmio
de Fórmula 1, os memoráveis pilotos Chico Landi, José Carlos Pace,
58 (Unifesp-SP) Uma estação espacial, construída em forma cilín-
Emerson Fittipaldi, Ayrton Senna e Nelson Piquet. Faltando apenas
drica, foi projetada para contornar a ausência de gravidade no espaço. uma curva plana e horizontal para o f inal da prova, observa-se a
A figura mostra, de maneira simplificada, a secção reta dessa estação, seguinte formação: na liderança, vem Pace, a 200 km/h; logo atrás,
que possui dois andares. aparece Landi, a 220 km/h; em terceira colocação, vem Senna, a
178 km/h, seguido por Fittipaldi, a 175 km/h. Por último, surge Pi-
ω quet, a 186 km/h. A curva depois da qual os vencedores recebem a
bandeirada final é circular e seu raio vale 625 m. Sabendo-se que o
coeficiente de atrito estático entre os pneus dos carros e a pista é
igual a 0,40 e que g = 10 m/s2, é muito provável que tenha ocorrido
h o seguinte:
a) Pace venceu a corrida, ficando Landi em segundo lugar, Senna em
terceiro, Fittipaldi em quarto e Piquet em quinto.
b) Landi venceu a corrida, ficando Pace em segundo lugar, Piquet em
terceiro, Senna em quarto e Fittipaldi em quinto.
Se
gun ar c) Senna venceu a corrida, ficando Fittipaldi em segundo lugar; Pace,
do and
Landi e Piquet derraparam na curva.
Prim r d) Piquet venceu a corrida, ficando Senna em segundo lugar e Fittipal-
eiro anda
di em terceiro; Pace e Landi derraparam na curva.
2R e) Pace venceu a corrida, ficando Senna em segundo lugar, Fittipaldi
em terceiro e Piquet em quarto; Landi derrapou na curva.
Tópico 3 – Resultantes tangencial e centrípeta 187

Resolução: 3) Na direção horizontal, a força resultante é centrípeta:


vmáx = µe g R (Veja Exercício Resolvido 25.)
2,0
m
vmáx = 0,40 · 10 · 625 (m/s) 1,0 m

R 30°
vmáx = 50 m/s = 180 km/h
1,0 m
Os pilotos que entram na curva com velocidade superior a 180 km/h m
derrapam. 2,0

Resposta: c T1 cos 30° + T2 cos 30° = m ω2 R


1,0
Da figura: tg 30° =
60 (Unip-SP) Uma pequena esfera E, de massa 1,0 kg, gira em torno R
10 1,0
de uma haste vertical com velocidade angular constante de 5,0 rad/s. R= (m) = = 3 = 3
tg 30° 3 3
A esfera está ligada à haste por dois fios ideais de 2,0 m de comprimen-
3
to cada um, que estão em contato com a haste por meio de dois anéis, (T1 + T2) 3 = 1,0 (5,0)2 3
A e B, a uma distância fixa de 2,0 m um do outro. A esfera E não se 2
T1 + T2 = 50 (II)
desloca verticalmente.
Substituindo (I) em (II), temos:
Haste T2 + 20 + T2 = 50
2 T2 = 30 ⇒ T2 = 15 N
Em (II):
A Fio (1) T1 + 15 = 50 ⇒ T1 = 35 N
2,0 Esfera
m
2,0 m Respostas: T1 = 35 N; T2 = 15 N
m E
2,0
B Fio (2) 61 Um aro metálico circular e duas esferas são acoplados confor-
me a figura a seguir. As esferas são perfuradas diametralmente, de
modo a poderem se deslocar ao longo do aro, sem atrito. Sendo R
o raio do aro e m a massa de cada esfera, determine a velocidade
angular que o aro deve ter, em torno do eixo vertical EE’, para que as
esferas fiquem na posição indicada. A aceleração da gravidade tem
Adote g = 10 m/s2 e despreze o efeito do ar. intensidade g.
Determine as intensidades T1 e T2 das forças que tracionam os fios ω
(1) e (2).
E
Resolução:
1) Forças atuantes na esfera E:
R
g

60 60
60°
T1
E’
Resolução:
60°
E
ω

T2 60°

O
O triângulo ABE é equilátero. R
Fn 60°

2) Na direção vertical, a força resultante na esfera é nula: 60° Fcp r

T1 cos 60° = T2 cos 60° + P P

T1 1 = T2 1 + 10
2 2
T1 = T2 + 20 (I) E‘
188 PARTE II – DINÂMICA

(I) sen 60° = r Substituindo (I) em (II), temos:


m·g m v2máx
R (sen θ + µ cos θ) =
cos θ – µ sen θ R
r= 3 R
2
Donde: vmáx = R g (sen θ + µ cos θ)
cos θ – µ sen θ
Fcp
(II) tg 60° =
P R g (sen θ + µ cos θ)
3= m ω2 r ⇒ ω2 = 3 g Resposta:
cos θ – µ sen θ
m g r
g 2 g
ω2 = 3 ⇒ ω= 63 (Fuvest-SP) Um brinquedo consiste em duas pequenas bolas A
3 R R
2 e B, de massas iguais a M, e um fio flexível e inextensível: a bola B está
presa na extremidade do fio e a bola A possui um orifício pelo qual
2 g o fio passa livremente. Para operar adequadamente o dispositivo, um
Resposta:
R jovem (com treino) deve segurar a extremidade livre do fio e girá-la de
maneira uniforme num plano horizontal, de modo que as bolas reali-
62 Um automóvel está em movimento circular e uniforme com ve- zem movimentos circulares e horizontais, de mesmo período, mas de
locidade escalar v, numa pista sobrelevada de um ângulo θ em relação raios diferentes. Nessa situação, como indicado na figura 1, as bolas
à horizontal. Sendo µ o coeficiente de atrito estático entre os pneus e permanecem em lados opostos em relação ao eixo vertical fixo, que
a pista, R o raio da trajetória e g a intensidade do campo gravitacional, apenas toca os pontos O e Q do fio. Na figura 2, estão indicados os raios
determine o valor máximo de v, de modo que não haja deslizamento das trajetórias de A e B, bem como os ângulos que os dois segmentos
lateral do veículo. do fio fazem com a horizontal.
C

Q Q

θ α
A A

Resolução:
O
O
θ
θ B
B R1 R2
Fn
Fn Figura 1 Figura 2
y

Note e adote:
Fn
Os atritos e a influência do ar são desprezíveis.
C x
A aceleração da gravidade tem módulo g = 10 m/s2.
Fat
sen θ ⯝ 0,4; cos θ ⯝ 0,9 e π ⯝ 3.
x
P Determine:
Fat
Fat θ y
a) a intensidade F da força de tração, admitida constante em toda a
extensão do fio, em função de M e g;
b) a razão K = sen α / sen θ entre os senos dos ângulos indicados na fi-
θ
gura 2;
c) o número de voltas por segundo que o conjunto deve realizar no
caso de o raio R2 da trajetória descrita pela bola B ser igual a 0,10 m.
• Equilíbrio na vertical:
Fn = Fat + P Resolução:
y y

Fn cos θ = µ Fn sen θ + m g Esquema de forças nas bolas A e B:


m g
Do qual: Fn = cos θ – µ sen θ (I)

Carro em movimento circular e uniforme na iminência de escorregar


F
rampa acima:
α θ
Fn + Fat = Fcp A
x x

Fn sen θ + µ Fn cos θ = Fcp Mg F F


θ B
2
m v Mg
Do qual: Fn (sen θ + µ cos θ) = máx
(II) R1 R2
R
Tópico 3 – Resultantes tangencial e centrípeta 189

a) Equilíbrio de B na vertical: Para um referencial na Terra e um na Lua, os esquemas corretos são,


F sen θ = M g ⇒ F 0,4 = M g respectivamente:
a) I e II; b) I e III; c) II e III; d) I e I; e) II e II.
F = 2,5 M g

b) Equilíbrio de A na vertical: Resposta: a


F sen α = F sen θ + M g
2,5 M g sen α = 2,5 M g 0,4 + M g
66 Considere um cilindro oco de raio R, como o esquematizado a
2,5 sen α = 2,0 ⇒ sen α = 0,8 seguir, em rotação em torno de um eixo vertical com velocidade angu-
lar igual a ω. Uma pessoa de massa m está acompanhando o movimen-
sen α 0,8
K= ⇒ K= ⇒ K=2 to do sistema apenas encostada na parede interna do cilindro, porém
sen θ 0,4 na iminência de escorregar. As forças horizontais F 1 (reação normal da
c) Movimento circular e uniforme de B: parede) e F 2 (F 2 = – F 1) têm sentidos opostos e estão aplicadas no cor-
(I) Fcp = F cos θ ⇒ M ω2 R22 = 2,5 M g cos θ po da pessoa.
B

ω2 0,10 = 2,5 · 10 · 0,9 ⇒ ω = 15 rad/s ω


(II) 2 π f = ω ⇒ 2 3 f = 15
R
f = 2,5 Hz

Respostas: a) F = 2,5 M g; b) K = 2; c) 2,5 Hz


F2 F1
64 Com relação à força centrífuga, aponte a alternativa incorreta:
a) É ela que “puxa” o nosso corpo para fora da trajetória quando faze-
mos uma curva embarcados em um veículo qualquer.
b) Numa mesma curva, sua intensidade cresce com o quadrado da
velocidade do corpo.
c) Tem a mesma intensidade que a força centrípeta, porém sentido
oposto.
d) É uma força de inércia, que só é definida em relação a referenciais
acelerados.
e) É a reação à força centrípeta.
A respeito dessa situação, analise as proposições abaixo:
(01) Diminuindo-se a velocidade angular do cilindro aquém do valor ω,
Resposta: e a pessoa escorrega em relação à parede, deslocando-se para
baixo.
65 Considere a Lua (massa M) em sua gravitação em torno da Terra. (02) Aumentando-se a velocidade angular do cilindro além do valor ω,
Admita que, em relação à Terra, a órbita da Lua seja circular de raio R e a pessoa escorrega em relação à parede, deslocando-se para
que sua velocidade vetorial tenha intensidade v. cima.
Analise os esquemas abaixo nos quais estão representadas forças na (04) Em relação a um referencial externo, fixo no solo, não deve ser
Lua com suas respectivas intensidades. considerada F 1. F 2 é a resultante centrífuga, de intensidade dada
por m ω2 / R.
M v2 M v2
R R (08) Em relação a um referencial externo, fixo no solo, não deve ser
Lua Lua Lua
considerada F 2. F 1 é a resultante centrípeta, de intensidade dada
M v2 M v2 por m ω2 R.
R R (16) Em relação a um referencial interno, fixo no cilindro, devem ser
consideradas F 1 e F 2, ambas com intensidade dada por m ω2 R.
F 2 é a força centrífuga que equilibra F 1.
Terra Terra Terra
Dê como resposta a soma dos números associados às proposições
corretas.

Esquema I Esquema II Esquema III


Resposta: 25
Ilustração com tamanhos e distâncias fora de escala.

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