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As relações internacionais existem desde o surgimento das civilizações,

baseando-se em duas grandes primícias que eram: o comércio e a guerra.


Sendo assim, para que houvesse uma interação entre os povos se fazia
necessário a implementação de regras mínimas de relacionamento. A partir da
idade média o direito internacional é consolidado dando origem assim ao
chamado tratado.

O Direito Internacional nasce da necessidade de mediar conflitos que surgem


fora dos limites territoriais internos, criando um conjunto de normas próprias
para lidar com diferentes comunidades ao redor do mundo.

O professor Mazzuoli diz: Esse sistema de norma jurídicas (dinâmico por


excelência) que visa disciplinar e regulamentar as atividades exteriores da
sociedade dos Estados (e também atualmente, das organização interestatais e
dos próprios indivíduos) é o que se chama de Direito Internacional Publico ou
Direito das Gentes MAZZUOLI, Valério de Oliveira. Curso de Direito
Internacional Público. 5ª ed. São Paulo: LTr, 2009. P. 178.

Como característica do Direito Internacional Publica, temos a cooperação;


inexistências de subordinação entre os membros internacionais têm a
horizontalidade; normas sem hierarquia entre si, sem norma fundamental, e,
temos a voluntariedade, inexistência de atos jurídicos unilaterais obrigatórios,
conservando-se a soberania.

E o que seria tratado?

Todo acordo formal e escrito, celebrado entre Estado ou organização


internacional, que busca produzir efeitos numa ordem jurídica internacional, ou
seja, é um pacto formal firmado entre as nações após entrarem em um
consenso comum tomando assim decisões que beneficiem ambos. Podemos
dizer que convenção internacional, pacto internacional, acordo internacional
carta, todas são sinônimos.

Segundo Rezek, “o acordo formal entre Estados é o ato jurídico que produz a
norma, e que, justamente por produzi-la, desencadeia efeitos de direito, gera
obrigações e prerrogativas, caracteriza enfim, na plenitude de seus dois
elementos, o tratado internacional”, Rezek (2011, p. 43)

(https://embassus.gov.il)

“O primeiro registro seguro da celebração de um tratado, naturalmente


bilateral, é o que se refere à paz entre Hatusil III, rei dos hititas, e Ramsés II,
faraó egípcio da XIXª dinastia. Esse tratado, pondo fim à guerra nas terras
sírias, num momento situado entre 1280 e 1272 a.C., dispôs sobre paz
perpétua entre os dois reinos, aliança contra inimigos comuns, comércio,
migrações e extradição. Releva observar o bom augúrio que esse antiquíssimo
pacto devera, quem sabe, ter projetado sobre a trilha do direito internacional
convencional: as disposições do tratado egípcio-hitita parecem haver-se
cumprido à risca, marcando seguidas décadas de paz e efetiva cooperação
entre os dois povos.” ([3] Rezek, José Francisco. Direito internacional público:
curso elementar. 15. ed. rev. e atual. – São PAULO: Saraiva, 2014. P. 36.)

O Tratado de Tordesilhas (1494), teve um papel fundamental na história do


nosso país. Firmado entre os reis de Portugal e Espanha, pondo fim à guerra
dos sete anos., onde os duas potencias disputavam o controle sobre várias
colônias. O objetivo desse tratado foi demarcar terras a serem exploradas,
porém em 1750 houve um novo tratado, firmado na capital da Espanha entre
os reis João V e Fernando VI, o Tarado de Madri oficializou o fim das disputas
territoriais pelas colônias sul-americanas, estabeleceu o princípio uti
possidentis, onde determinou que os territórios pertenciam a quem os
ocupasse. Logo Portugal expandiu consideravelmente sua colônia na América
e consequentemente houve a expansão territorial do Brasil

O Tratado de Westfália, também conhecido como a “Paz de Westfália”, foi um


tratado de paz que teve como resultado o fim da Guerra dos Trinta Anos. Essa
guerra durou de 1618 a 1648. Em 1641, 7 anos antes do fim do conflito, os
representantes dos três principais atores desse conflito, o Sacro Império
Germânico, a França e a Suécia – concordaram que a Europa precisava de
paz, durante esse período vários acordos foram ocorrendo dentro de diversas
cidades alemãs, ate que todos os envolvidos concordassem com a paz da
cristandade, o que só ocorreu no tratado entre as cidades alemãs de Münster e
Osnabrück, em 1648. O objetivo foi cumprido com a assinatura dos tratados
principais, que declaravam “paz e a amizade cristã, universal, perpétua,
verdadeira e sincera”. Esse tratado colocou fim dos impérios ou dinastias e o
nascimento do Estado Moderno. Para instaurar a paz na Europa, algumas
regras passaram a existir, a equidade de poderes para todos os países,
assegurando a anti-hegemonia, e a garantia de diplomacia permanente,.

..”antes dos tratados de Westfália não existia uma sociedade internacional com
poder político para sujeitar os Estados ao cumprimento de suas regras de
conduta. Portanto, a Paz de Westfália pode ser considerada como um
verdadeiro ‘divisor de águas’ na história do Direito Internacional Público,
momento em que se desprenderam as regras fundamentais que passaram a
presidir as relações entre os Estados europeus, reconhecendo ao princípio da
igualdade absoluta dos Estados o caráter de regra internacional fundamental”.
(Mazzuoli, 2011, p.53)

Em 1899, O tzar Nicolau II da Rússia convocou a Primeira Conferência com


viés pacifista.. O imperador sugeriu utilizar como sede a cidade de Haia, na
Holanda, por sua neutralidade no cenário internacional. O apelido “Conferência
da Paz” foi usado por conta de seu ideal pacifista, essa conferencia propunha
a contenção da corrida armamentista, o fortalecimento diplomático entre as
nações, e, a igualdade entre nações soberanas. Considerada uma importante
convenção, teve grande êxito e aprovação na proposta para a resolução
pacífica de conflitos internacionais através da arbitragem, criando o Tribunal
Permanente de Arbitragem, com sede também em Haia, com o intuito de
facilitar e motivar a articulação de países conflitantes com “juízes” fixos e
neutros.

O Tratado de Versalhes foi um tratado de paz assinado em 1919 pelos países


europeus e que estabeleceu o fim da Primeira Guerra Mundial, porém esse
tratado não continha um dos fundamentos básicos para um tratado
Internacional de sucesso, não continha a vontade e aceite de todos os
envolvidos. A Alemanha sofreu severas punições e não pode se defender. As
sanções sofridas foram a perda de territórios e altas indenizações por conta
dos prejuízos de guerra, fazendo o país ter sérios problemas financeiros. A
revolta da Alemanha foi tamanha que originou a ascensão ao poder do Partido
Nazista, de Adolf Hitler, que, por fim, causou a Segunda Guerra Mundial.

A Carta das Nações Unidas foi um acordo assinado em 1945 por


representantes nacionais que estabeleceu a Organização das Nações Unidas
(ONU). A organização, como consequência da Segunda Guerra Mundial,
estabeleceu a Declaração Universal dos Direitos Humanos em 1948, em uma
tentativa de evitar que as atrocidades da guerra se repetissem. Até hoje, a
ONU é a entidade máxima em direito internacional. A carta das Nações foi
internalizada em nosso ordenamento jurídico pelo Decreto Executivo nº
19.841/1945. Hoje a ONU conta com mais de 193 países-membros, os
mesmos dialogam sobre questões internacionais para criar leis e tratados, os
acordos firmados tem por finalidade garantir interesses em comum, como paz,
segurança, preservação ambiental ou desenvolvimento social. Para
desempenhar seu papel a ONU se utiliza de diversas ferramentas de apoio
como os tribunais internacionais, os  tratados multilaterais entre nações e
pelo Conselho de Segurança. Esse conselho pode aprovar missões de
manutenção da paz, impor sanções ou autorizar o uso da força quando há uma
ameaça à paz e à segurança.

  Em 1948, foi assinado o Tratado de Bruxelas, que estabeleceu a Organização


do Tratado Atlântico Norte, a OTAN. A OTAN é uma aliança militar
intergovernamental criada após o final da Segunda Guerra Mundial no contexto
da bipolaridade formada entre os Estados Unidos e a União das
Repúblicas Socialistas Soviéticas, no período da Guerra Fria. O objetivo da
aliança é baseado em três pilares: A organização tem como objetivo trabalhar
com missões de gestão de crise e estabelecer assistência militar mútua entre
seus membros.
Existia a necessidade de disciplinar e regular o processo de formação dos
tratados internacionais, e com esse objetivo a Comissão de Direito
Internacional das Nações Unidas (CDI) organizou a  Convenção de Viena de
1969. A Convenção foi responsável por definir os procedimentos para a
assinatura e aplicação de um tratado internacional, definindo-o como um:
“acordo internacional concluído por escrito entre Estados e regido pelo Direito
Internacional”. Um dos elementos básicos: Os tratados internacionais apenas
serão aplicados entre os Estados que consentiram expressamente com a sua
adoção no livre e pleno exercício de sua soberania, ou seja, os tratados não
criam obrigações aos Estados que com eles não consentiram, mas apenas
para os Estados partes; os tratados são, portanto, expressão do consenso,
evitando problemas como os que aconteceram com a Alemanha. Outro
elemento importante é a capacidade de produzir efeitos jurídicos.

As fases de elaboração e efeito de um tratado internacional também foram


determinadas pela Convenção de Viena. O processo de formação dos tratados
internacionais se inicia com os atos de negociação entre as autoridades
nacionais das partes interessadas, sendo de competência do Poder
Executivo do país.

É na fase de negociação que o texto do tratado é elaborado, incluindo o


preâmbulo que expressa os motivos de sua celebração e seus dispositivos que
estipulam os direitos e os deveres das partes envolvidas.

Concluída a fase de negociação, realiza-se a etapa de assinatura do


documento, por meio da qual os representantes do Poder Executivo das partes
aceitam de maneira provisória o seu conteúdo, que ainda precisa ser apreciado
e aprovado em um processo legislativo interno.

Trata-se da fase de ratificação do tratado, processo que representa a


confirmação e validação internacional, tornando-o obrigatório em âmbito
internacional. É o ato no qual o Estado manifesta o seu consentimento em
submeter-se ao tratado.

Após ratificado em plano internacional, ocorre a promulgação e publicação do


tratado, ato jurídico pelo qual o Estado afirma a validade interna do documento,
passando a fazer parte do direito interno do país. Como etapa final, o
instrumento de ratificação deve ser depositado para custódia pela ONU.

Os tratados internacionais de Direitos Humanos, portanto, seguem essa lógica


conceitual e de elaboração, adquirindo efeito jurídico no direito internacional.
Dessa forma é válido explorarmos os principais tratados internacionais de
Direitos Humanos existentes hoje

O Brasil assinou a Convenção em 23 de maio de 1969, mas, até a present e


data, ainda não a ratificou na nossa constituição através do Decreto nº
7.030/2009- Promulga a Convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados,
concluída em 23 de maio de 1969, com reserva aos Artigos 25 e 66. (entender
melhor isso)

Abaixo tudo previsto que sera melhor trabalhado:

- 1989 queda do muro de Berlim, com a ideia de globalização. Com uma ideia
universal. Sociedade global.

Sujeito das Relações Internacionais que possuem aptidão para direito e


deveres na ordem internacional

Segundo a teoria clássica positivista, somente os Estados pode ser sujeito do


Direito Internacional. Na convenção de Viena de 1969 a possibilidade de os
Estados criarem tratados internacionais, assinarem tratados internacionais.

Segundo o Professor Varella, sujeitos de direito são aqueles capazes de ser


titulares de direitos e obrigações. No direito internacional, ainda centrado no
Estado, apenas os Estados e Organização Internacionais formadas por
Estados têm essa capacidade

O estado é um sujeito dentro das relações internacionais. A convenção de


Montevideo trata do que é um Estado, e dos direitos e deveres que um Estado
tem. O mais conhecido é o artigo 1, que estabelece os quatro critérios para a
condição de Estado, que algumas vezes foram reconhecidos como uma
declaração precisa do direito internacional consuetudinário: O Estado como
uma pessoa de direito internacional deve possuir as seguintes qualificações:
(a) uma população permanente, que é o povo naturalizado juridicamente no
território, diferente da população que pode conter estrangeiros essa referencia
não inclui essas pessoas; (b) um território definido; (c) governo; e (d)
capacidade de entrar em relações com os outros estados. Além disso, a
primeira frase do artigo 3 declara explicitamente que "A existência política do
Estado é independente do reconhecimento por parte dos outros Estados". Isto
é conhecido como a teoria declarativa da existência do Estado.

Além dos Estados ao longo dos tempos outras entidades ganharam força e
passaram a integrar esse rol, pela sua capacidade postulatória dentro das
organizações internacionais, ou por conta da proteção aos direitos humanos ou
pela atuação em órgãos de solução de controvérsias. Vejamos o caso de
organizações internacionais, enquanto o Estado é formado por um território,
pelo povo e tem um governo soberano e personalidade jurídica internacional,
as organizações internacionais são formadas por Estados. O caso da Santa Sé
é a organização que representa a Igreja Católica Apostólica Romana no
mundo, diferente do Estado do Vaticano, que por si já naturalmente é um
Estado com toda a característica de Estado, se discute a entrada de Empresas
e indivíduos participarem dessas relações. Discute-se também a entrada de
Beligerantes, é o movimento que atua contra a forma de regime em vigor, são
organizados e podem ate ocupar territórios temos como exemplo o Estado
Islamico, os insurgentes, é um beligerante em menor grau, e os movimentos de
libertação Nacional, como o caso do movimento para libertação da Palestina.
Eles possuem o reconhecimento da necessidade de estabelecer um
relacionamento que trate de tratados que os atendam. Destaca-se que apesar
da possível postuação em tribunais internacionais por indivíduos, apenas
Estados e Organização Internacionais podem assinar tratados Internacionais.

3 grandes princípios do Direito Internacional:

- Soberania

- Manutenção da Paz

- Ideia do consentimento necessário

-O respeito a soberania nacional, busca pela paz e o consentimento. (celso


lafer –Maquiavel )

- Hugos Grocios direito internacional onde não prevalece o mais forte, para
reger as relações

-Paradgma Kantiano, desenvolver a ideia de uma sociedade que coopera, os


estados não vivem sozinhos, não basta reconhece-los como soberanos, e
necessário que eles cooperem para o bem comum. No artigo 4 da CF fala do
cooperativismo como base para uma sociedade global

A relação entre o Direito Internacional e o Direito Interno.

- Correntes Monista e Corrente Dualista

- Corrente Monista entende que o ordenamento jurídico interno e o externo tem


a mesma força. Uma vez que a norma exista no âmbito internacional, ela
também existe no âmbito interno. As leis internacionais saem do patamar de
ideais a serem atingidos para efetivamente incorporar o direito interno,
podendo realmente ser cobradas, exigidas com força de lei. Possuindo três
vertentes para lidar com os conflitos: Internacionalista, onde prevalece o
ordenamento internacional. O Nacionalista onde a constituição interna
prevalece sobre as normas Internacionais e a moderada, que ira analisar o
caso concreto, em caso de conflito de normas ele ira utilizar as ferramentas
conhecidas, como o critério cronológico, o critério da especialidade entre
outros, para definir qual e a norma mais adequada para o caso em questão.

- Corrente Dualista, trabalha com a ideia de que temos dois ordenamentos que
convivem entre si, porém são sistemas independentes, distintos e válidos. O
direito interno que vale dentro do Estado com prevalência da constituição
interna sobre a Internacional, e, o Internacional que vale para as relações entre
Estados fora dos limites internos. Existem duas vertentes, o radical e o
moderado. No caso de dualismo radical, para que uma norma internacional
valha dentro do estado, é preciso que ela seja aprovada com a criação de uma
lei que traga o texto do tratado para dentro das normas constitucionais.
Somente com uma lei exatamente igual ela terá validade no âmbito interno. No
caso do Dualismo moderado, que hoje é o sistema adotado no Brasil, onde as
normas internacionais formam um ordenamento e as normas internas formam
outro ordenamento, segundo essa vertente entendesse que é possível que a
norma internacional seja utilizada no âmbito nacional, desde que ela passe por
um procedimento de incorporação a constituição interna. È o que trataremos
mais detalhadamente nesse trabalho.

Fonte do Direito internacional Publico Internacional

No âmbito Internacional não existe uma hierarquia, como no nosso caso que no
topo da pirâmide encontramos a Constituição Federal, porém existem dois tipos
de normas que prevalecem sobre a demais, a primeira é chamada de Jus
Cogens, são normas dotadas de superioridade inderrogável, que são as regras
imperativas, são as normas que impõem aos Estados obrigações objetivas, que
prevalecem sobre quaisquer outras. Assim, o jus cogens compreende o
conjunto de normas aceitas e reconhecidas pela comunidade internacional, que
não podem ser objeto de derrogação pela vontade individual dos Estados, de
forma que essas regras gerais só podem ser modificadas por outras de mesma
natureza. Essas normas não são mais questionadas, já foram amplamente
discutidas, foram pacificadas, um consenso a aceitou, não cabe mais
nenhuma discussão a cerca das mesmas, como é o caso por exemplo da
proibição da escravidão, foi uma conquista da humanidade que não cabe mais
nenhum questionamento.

Um paralelo que podemos traçar entre o Tratado Internacional e nossa doutrina


é expresso no artigo 38 do Estatuto da Corte Internacional de Justiça (CIJ), de
1920, que trás quais são as fontes do Direito Internacional, que são as
convenções internacionais, os costumes internacionais, os princípios gerais de
direito, tendo decisões judiciarias e doutrina como meios auxiliares, não
constituindo fontes em sentido técnico, por exemplo, em um caso de
jurisprudência, se no órgão de soluções de controvérsias da ONU um caso
tenha sido resolvido onde um dos agentes descumpriu o acordo entre as
partes, o mesmo não serve como fonte de direito para um caso posterior e sim
como fonte auxiliar, pode inspirar, dar ideia de como solucionar, mas não pode
servir de embasamento ou lei ou jurisprudência para a solução de outros
casos. Podemos traçar um paralelo com a LINDB, suas fontes são tratados,
costumes, princípios, jurisprudência e doutrina. Os dois preocupam-se com o
principio da equidade.
As classificações também se assemelham fontes materiais, fontes estatutárias,
entre outras. Os tratados tem um conceito que nos diz ser um acordo por
escrito entre estados, que regem o direito internacional. Além dos Estados
temos outros sujeitos envolvidos, como Al-Qaeda é uma organização
fundamentalista islâmica internacional, que tem sua atuação principalmente
baseada em ataques terroristas.

Como já mencionado o Brasil adota o sistema dualista moderado para lidar


com os tratados internacionais, somos um estado soberano e nossa
constituição prevalece sobre os tratados internacionais. A Constituição Federal
regula os tratados Internacionais conforme o disposto no inciso segundo do
artigo 84 da constituição federal, que dispõe que compete á União, tendo na
pessoa do nosso presidente, que é o nosso chefe de Estado, que é quem tem
competência para celebrar, assinar tratados Internacionais, convenções ou
atos internacionais, sujeito a referendo do congresso nacional. manter relações
com Estados estrangeiros e participar de organizações internacionais. Esta
disposição reserva ao governo federal a competência em matéria de política
externa e faz deste o único sujeito de direito internacional capaz de representar
o Brasil. Em consequência, os estados e municípios não estão autorizados a
celebrar tratados internacionais – somente a União pode fazê-lo. O Presidente
pode assinar esses tratados, porem antes esse tratado passa pela aprovação
do Congresso Nacional, conforme o artigo 49 da CF. A partir de sua aprovação
ele passar a ser um decreto legislativo, uma vez feito isso o Presidente da
Republica pode ou não internalizar o decreto. Esse decreto passa a ter forca da
lei. Já para o caso de Tratados Internacionais de direitos Humanos é
internalizado com o rito e procedimento utilizados para as emendas, ele tem
força de lei. Trocando em miúdos, o nosso ordenamento jurídico é escalonado
como uma pirâmide, a constituição esta no topo da pirâmide, logo em seguida
vem as normas infraconstitucionais, como as leis ordinárias e as leis
complementares, na sequencia temos as normas infra legais, como decretos,
resoluções imediatamente superiores a ela. A lei só será valida se tiver
fundamentada na Constituição Federal, o decreto só será valido de compatível
com a lei. No que se refere aos tratados internacionais, a hierarquia depende
do tipo de tratado, caso seja um tipo de tratado internacional comum, que não
trata dos direito humanos este adquire a mesma hierarquia que as leis
ordinárias, caso o tratado internacional seja sobre direitos humanos poderá ter
hierarquia constitucional, desde que seja aprovado pelo congresso no mesmo
rito das emendas constitucionais, ou seja, que seja aprovado em dois turnos
em cada casa do congresso contendo por 3/5 dos membros. A suprelegalidade
atua sobre os tratados internacionais sobre os direitos humanos que não foram
aprovadas com o rito das emendas. Esse tipo de tratado se localiza logo abaixo
da constituição federal e acima das normas infraconstitucionais, possui eficácia
paralisante em relação as leis que lhe sejam contrarias impedindo a sua
aplicação, como exemplo podemos citar a prisão do depositário infiel segundo
o nosso ordenamento e possível, porem segundo o pacto de San Jose da
Costa Rica sem status de norma supralegal que não permite a prisão de
depositário infiel invalida a norma tornando a prisão do depositário infiel ílicita,
em virtude da eficácia paralisante da norma supralegal sobre as demais leis.

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