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Segundo Rezek, “o acordo formal entre Estados é o ato jurídico que produz a
norma, e que, justamente por produzi-la, desencadeia efeitos de direito, gera
obrigações e prerrogativas, caracteriza enfim, na plenitude de seus dois
elementos, o tratado internacional”, Rezek (2011, p. 43)
(https://embassus.gov.il)
..”antes dos tratados de Westfália não existia uma sociedade internacional com
poder político para sujeitar os Estados ao cumprimento de suas regras de
conduta. Portanto, a Paz de Westfália pode ser considerada como um
verdadeiro ‘divisor de águas’ na história do Direito Internacional Público,
momento em que se desprenderam as regras fundamentais que passaram a
presidir as relações entre os Estados europeus, reconhecendo ao princípio da
igualdade absoluta dos Estados o caráter de regra internacional fundamental”.
(Mazzuoli, 2011, p.53)
- 1989 queda do muro de Berlim, com a ideia de globalização. Com uma ideia
universal. Sociedade global.
Além dos Estados ao longo dos tempos outras entidades ganharam força e
passaram a integrar esse rol, pela sua capacidade postulatória dentro das
organizações internacionais, ou por conta da proteção aos direitos humanos ou
pela atuação em órgãos de solução de controvérsias. Vejamos o caso de
organizações internacionais, enquanto o Estado é formado por um território,
pelo povo e tem um governo soberano e personalidade jurídica internacional,
as organizações internacionais são formadas por Estados. O caso da Santa Sé
é a organização que representa a Igreja Católica Apostólica Romana no
mundo, diferente do Estado do Vaticano, que por si já naturalmente é um
Estado com toda a característica de Estado, se discute a entrada de Empresas
e indivíduos participarem dessas relações. Discute-se também a entrada de
Beligerantes, é o movimento que atua contra a forma de regime em vigor, são
organizados e podem ate ocupar territórios temos como exemplo o Estado
Islamico, os insurgentes, é um beligerante em menor grau, e os movimentos de
libertação Nacional, como o caso do movimento para libertação da Palestina.
Eles possuem o reconhecimento da necessidade de estabelecer um
relacionamento que trate de tratados que os atendam. Destaca-se que apesar
da possível postuação em tribunais internacionais por indivíduos, apenas
Estados e Organização Internacionais podem assinar tratados Internacionais.
- Soberania
- Manutenção da Paz
- Hugos Grocios direito internacional onde não prevalece o mais forte, para
reger as relações
- Corrente Dualista, trabalha com a ideia de que temos dois ordenamentos que
convivem entre si, porém são sistemas independentes, distintos e válidos. O
direito interno que vale dentro do Estado com prevalência da constituição
interna sobre a Internacional, e, o Internacional que vale para as relações entre
Estados fora dos limites internos. Existem duas vertentes, o radical e o
moderado. No caso de dualismo radical, para que uma norma internacional
valha dentro do estado, é preciso que ela seja aprovada com a criação de uma
lei que traga o texto do tratado para dentro das normas constitucionais.
Somente com uma lei exatamente igual ela terá validade no âmbito interno. No
caso do Dualismo moderado, que hoje é o sistema adotado no Brasil, onde as
normas internacionais formam um ordenamento e as normas internas formam
outro ordenamento, segundo essa vertente entendesse que é possível que a
norma internacional seja utilizada no âmbito nacional, desde que ela passe por
um procedimento de incorporação a constituição interna. È o que trataremos
mais detalhadamente nesse trabalho.
No âmbito Internacional não existe uma hierarquia, como no nosso caso que no
topo da pirâmide encontramos a Constituição Federal, porém existem dois tipos
de normas que prevalecem sobre a demais, a primeira é chamada de Jus
Cogens, são normas dotadas de superioridade inderrogável, que são as regras
imperativas, são as normas que impõem aos Estados obrigações objetivas, que
prevalecem sobre quaisquer outras. Assim, o jus cogens compreende o
conjunto de normas aceitas e reconhecidas pela comunidade internacional, que
não podem ser objeto de derrogação pela vontade individual dos Estados, de
forma que essas regras gerais só podem ser modificadas por outras de mesma
natureza. Essas normas não são mais questionadas, já foram amplamente
discutidas, foram pacificadas, um consenso a aceitou, não cabe mais
nenhuma discussão a cerca das mesmas, como é o caso por exemplo da
proibição da escravidão, foi uma conquista da humanidade que não cabe mais
nenhum questionamento.