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ALIANÇAS ESTRATÉGICAS

Num cenário de globalização e competição acirrada entre as organizações que o mundo


observa nos dias atuais, as alianças estratégicas surgem como alternativas para criar vantagem
competitiva.

Alianças estratégicas são acordos entre organizações, que visam facilitar a entrada em outros
mercados, diminuir os custos de produção, aumentar o acesso a recursos que são cada vez
mais escassos e compartilhar técnicas ou conhecimentos para alcançar objetivos
compartilhados.

Essas alianças podem se materializar de três diferentes formas:

Como joint ventures, que numa tradução literal significa “arriscar juntos” e faz notar que
alianças são também o compartilhamento do risco. As joint ventures são caracterizadas pela
união entre duas ou mais empresas que criam uma nova entidade jurídica separada das
predecessoras;

Como aliança estratégica acionária, onde os sócios de uma empresa adquirem ações de outra
organização. Esse tipo de aliança propicia a transferência de know-how entre as empresas por
ter uma proximidade do controle hierárquico;

E como aliança sem participação acionária, que são acordos em que não há compartilhamento
do capital social e são realizados por oferecer menor grau de formalidade. Aqui as empresas
buscam se aliar para ter acesso a uma outra estrutura que forneça, produza ou distribua seus
produtos, bens ou serviços.

As críticas a estes modelos giram em torno da diminuição da autonomia e da independência da


organização para a tomada das decisões pois a partir da aliança, os interesses de uma outra
empresa precisam ser considerados. Alguns autores pontificam ainda que alianças estratégicas
são ferramentas de difícil manejo pois lidam com a confiança e o receio que as empresas têm
de ver sua vantagem competitiva ser absorvida por um concorrente. Gomes-Casseres observa
que os conflitos se sobreporão a qualquer vantagem oriunda da aliança, corroborando com a
noção de Hamel e Doz que diz que os conflitos gerados a partir de uma aliança podem desafiar
“qualquer proposta de modelagem organizacional alternativa”.

Ainda assim, alianças estratégicas são ferramentas indispensáveis no ambiente volátil dos dias
de hoje principalmente para garantir acesso a mercados antes inalcançáveis à organização, e
por outras facilitações já expostas neste texto.

VANTAGEM COMPETITIVA

Uma empresa ou organização consegue obter uma vantagem competitiva quando apresenta
uma performance econômica acima de suas concorrentes. Quando oferece algo diferenciado,
novo, único ou que garanta valor ao seu consumidor e que a concorrência não conseguiria
suplantar ou igualar em qualidade ou preço.

Uma estratégia distintiva, criativa, é o meio mais confiável que uma empresa tem para
desenvolver uma vantagem competitiva. Existem quatro abordagens para obter uma
vantagem competitiva:
Desenvolver vantagem baseada nos custos – a diminuição dos custos é uma forma da empresa
garantir sua permanência no mercado. Mantendo a qualidade do produto ou serviço oferecido
a concorrência terá problemas para sobressair a quem conseguir unir essas duas
características da empresa.

Criar vantagem baseada no diferencial – empresas de sucesso podem seguir por este caminho
buscando acrescentar aos seus produtos e serviços, características diferenciadas daqueles
oferecidos pela concorrência. Empresas que optam por esta forma de criar vantagem
competitiva devem inovar continuamente agregando prestígio à marca e buscando oferecer
serviços superiores aos da concorrência.

Concentrar-se em um nicho de mercado - a empresa pode se especializar em nichos do


mercado em que atua e com isso criar vantagem competitiva.

Desenvolver recursos e competência competitiva de difícil superação pelos concorrentes –


esta estratégia pode ser usada combinada com qualquer das outras três abordagens
mencionadas anteriormente. Muitas vezes obter vantagem competitiva sobre os concorrentes
depende mais do desenvolvimento de recursos valiosos e da capacidade de competição do
que de se ter um produto diferenciado.

Michael Porter elaborou um estudo em que avalia a vantagem competitiva das nações e
propôs quatro elementos decisivos para a garantia de vantagem competitiva. Esse modelo foi
cunhado de Diamante de Porter, pois ele posiciona os quatro elementos em cada ponta
sugerindo o formato de um diamante.

Esses elementos cruciais são: estratégia da empresa, estrutura e rivalidade, indústrias de


suporte relacionadas, condições de demanda e condições de fatores. Onde a estratégia, a
estrutura e a rivalidade seriam motores da busca de inovação e melhora da produção para a
competição das empresas; as indústrias de suporte funcionariam como motores de inovação
com a troca de conhecimentos; as condições de demanda são relativas ao potencial do
consumidor e as condições de fatores seriam a vantagem natural de cada país, como mão de
obra qualificada ou matérias primas e insumos únicos presentes em seu território.

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