A escolha da peça afetiva foi esse casaco de tricot usado pela minha mãe durante a lua de mel dela e meu pai. Naquela época ambos não tinham um poder aquisitivo muito favorável, mas conseguiram fazer do que era possível a eles naquele momento, belo. Hoje em dia, o casaco é usado por mim e eu sempre amei a história por trás dele. Cada filósofo segue uma linha de raciocínio sobre o que de fato é o belo, e se eles podem definir de tantas formas, por que nós não poderíamos? O belo é o que nos inspira, mas também é fazer o que está ao nosso alcance. É conseguir tirar de um momento ruim, boas risadas. É conseguir tirar de um armário antigo, bons looks. E acima de tudo, é sentir prazer no que te rodeia. “Do possível, o belo” é um conceito próprio de beleza que traz harmonia com a realidade das mulheres que vivem nas classes mais baixas da sociedade, mas ainda assim, enxergam beleza. Como diz Johann Goethe “Quem tem bastante no seu interior, pouco precisa de fora.” Um projeto que vem desafiar a desigualdade social, mostrando para o mundo a força da mulher de classe D/E. Sexo: Feminino Faixa etária: Jovens entre 20-30 anos Localidade: Periferia do Rio de Janeiro Classe: D/E Interesses: Que buscam se sentir bem sem precisar gastar muito e que conseguem enxergar o que é belo por trás das dificuldades. Estilo de vida: Mulheres que batalham por um lugar na sociedade e que muitas vezes trabalham para pagar seus estudos.