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Manual

CIF em Laudos,
Pareceres e
Relatórios

EDITORA
CIF BRASIL
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta edição pode ser utilizada
ou reproduzida sem a expressa autorização dos autores. Copyrigth© 2022

MANUAL - CIF em Laudos, Pareceres e Relatórios

ISBN: 978-65-998149-0-7

Capa, Arte e Diagramação: Pedro Víctor

Editora: CIF Brasil


Sumário

04 O que é uma Causa


Trabalhista?

06 Como Usar a CIF em Ações


Trabalhistas

08 Um Exemplo (Modelo) de Uso


da Tabela ESC

21 A CIF na Seguridade Social


MANUAL - CIF em laudos, pareceres e relatórios
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Introdução
Esta é uma seção para ajudar você leitor a usar a CIF na elaboração de
laudos,aaaaaa
pareceres e relatórios técnicos. Normalmente, o ato de “usar a CIF” tem
sido confundido com “codificar com a CIF”. A CIF não apenas codifica a
situação de pessoas, traduzindo a descrição textual para um sistema
alfanumérico, mas, ela também transforma o jeito de pensar, visto que é
norteada pelo modelo biopsicossocial. Assim, ela também guia o modo de se
falar e de se escrever.

Na prática, a CIF fornece um arcabouço de conceitos, de nomenclaturas


e de linguagem.
aaaaaaa Em casos judiciais, por exemplo, ela pode e deve ser usada
tanto por advogados quanto pelos assistentes técnicos e peritos.

O texto desta seção foi elaborado de forma simples e clara, com um


enfoqueaaaaaaa
em instrumentos baseados na CIF, como é o caso da Tabela ESC,
usada para quantificação e qualificação da funcionalidade laboral, e em
critérios para objetivos específicos, como a inclusão de pessoas nas reservas
(ou cotas) legais no Trabalho.

Boa leitura a todos!

Agradecimentos
Especiais agradecimentos à Agamenon Sociedade de Advogados que,
de maneira
aaaaaa inteligente, vislumbrou a CIF como um caminho para ajudar seus
clientes de forma mais justa e eficaz.

03
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CAPÍTULO O que é uma Causa


01 Trabalhista?
Em princípio, é necessário esclarecer que cada país tem suas regras nas
relações
aaaaaa
de trabalho. No Brasil, vigora a CLT - Consolidação das Leis do
Trabalho. Algumas normativas paralelas ditam a Lei naquilo que se refere à
saúde e à segurança do trabalhador.

Contudo, cada vez mais, os tratados internacionais têm determinado


essas aaaaaa
relações quando se trata de normas relativas à saúde e a sistemas de
compensação. Podemos tomar como exemplo as Convenções da Organização
Internacional do Trabalho - OIT.

Uma causa trabalhista é uma ação judicial movida pelo empregado (ou
ex-empregado)
aaaaaaa contra o empregador. Nessas ações judiciais, a empresa é
chamada de “reclamada” e o autor é chamado de “reclamante”. Há vários
assuntos que podem levar a um processo como esse, mas, para o nosso foco,
vamos considerar um caso em que um reclamante considera que perdeu
funcionalidade para o trabalho, ou seja, encontra-se com algum grau de
incapacidade laborativa graças a um problema de saúde adquirido por causa
do próprio trabalho que exercia na empresa.

Os principais atores nessa situação são:


O reclamante, representado por seu advogado;
A reclamada, representada por seu advogado;
O Juíz.

Cada ente pode nomear um assistente técnico e o Juiz deverá nomear


um perito
aaaaaaajudicial. Esses profissionais auxiliares ajudarão a responder,
especialmente às perguntas abaixo:
O Trabalho foi de fato o causador direto (ou indireto) da perda da
funcionalidade laborativa?
Se sim, em que grau?
Qual a indenização, compensação ou pensão será devida pela reclamada
ao reclamante?

Essas perguntas são genéricas e um tanto quanto óbvias nesse tipo de


ação. aaaaaaa
Porém, é importante lembrar que mais quesitos podem ser elaborados
ao perito pelo Juiz ou pelo reclamante, visto que esse último é a parte maior
interessada. Normalmente, a quesitação consta no pedido inicial, também
chamado de petição inicial ou exordial.

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Mas, nesses casos, qual é o papel das classificações internacionais?

As classificações utilizadas nessas ocasiões são as versões atualizadas


da Classificação
aaaaaa Estatística Internacional de Doenças e Problemas
Relacionados à Saúde (CID) e da Classificação Internacional de
Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF). O uso de ambas é inerente ao
processo descritivo de qualquer um dos auxiliares da Justiça, sejam os peritos
ou os assistentes técnicos. Obviamente que não se trata de um uso obrigatório.
No entanto, são classificações internacionais das quais todos os países
vinculados à Organização Mundial da Saúde (OMS) são signatários. A CIF
descreve a funcionalidade e a incapacidade, enquanto que a CID, a morbidade.
A CID também tem uso nos dados de mortalidade, mas esse uso não é
aplicável nas ações trabalhistas, a não ser que esses dados sejam usados
como complementares ou para descrever algum risco, por exemplo.

Ainda existe uma terceira classificação, a International Classification of


Healthaaaaaa
Interventions - ICHI. Essa é para uso prioritário em sistemas assistenciais,
o que também aqui não é o caso.

O primeiro passo é o uso das classificações?

Na verdade, o que deve ser apurado em princípio é se o Trabalho foi


realmente
aaaaaaa
o causador do dano. Nós chamamos isso de nexo. Ou seja, deve
ficar comprovada a ligação entre o Trabalho e o dano no caso concreto.
Havendo nexo, trata-se de uma ação trabalhista na qual a reclamada deverá
compensar o reclamante.

A comprovação do nexo é fundamental para dar sentido à ação judicial e


ele pode
aaaaaaa
ser dividido em dois tipos: nexo causal e nexo concausal. Chama-se
de nexo causal quando o Trabalho é o único responsável pelo dano. Por
exemplo, ao explodir uma mina, um minerador perde parte de um membro do
corpo. De outro lado, chama-se de nexo concausal quando o Trabalho é parte
da geração do dano, mas não é o único causador. Uma lesão no ombro pode
ter sido causada, por exemplo, parte pelo Trabalho, parte por uma prática
esportiva sem orientação profissional.

É incumbência dos auxiliares da Justiça estabelecerem o nexo. Em caso


de seraaaaaaaa
um nexo concausal, além do grau de influência, ainda existe uma sub-
classificação relativa ao tempo: pré-existente, concorrente ou superveniente. O
estudo do nexo de causalidade merece uma atenção especial (um estudo
específico) e precede a qualificação e quantificação da incapacidade laboral.

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CAPÍTULO Como Usar a CIF em


02 Ações Trabalhistas
O primeiro passo é o uso das bases do modelo biopsicossocial na
exordial.
aaaaaa
É importante descrever o que a CIF chama de fatores ambientais. Uso
constante de medicamentos, necessidade de uso de órteses ou próteses,
necessidade de adaptações no trabalho, necessidade de apoio familiar para
desempenho das atividades de vida diária ou até mesmo como o ambiente
natural afeta a vida do reclamante são coisas interessantes para iniciarem a
descrição do caso.

Detalhar as restrições de participação, como a eventual dificuldade de se


colocar
aaaaaa
no mercado de trabalho ou de abrir o próprio negócio fazem parte da
descrição, bem como, as limitações da vida diária, que vão desde a aplicação
do conhecimento até a vida doméstica, o cuidado pessoal e a mobilidade.

O mais importante de tudo, é que o advogado fique atento à quesitação.


De forma
aaaaaaa
ampla e considerando a legislação atual, fica cada vez mais claro
que a complexidade dos casos exige também uma perícia complexa. Então,
não pode faltar a petição por uma perícia biopsicossocial que descreva não só
os problemas funcionais e estruturais (fisiológicos e anatômicos), mas
também as limitações, as restrições e as barreiras ambientais.

Com a CIF à sua disposição, o advogado deve usar os seus conceitos


disponíveis
aaaaaaaespecialmente no Anexo 01, ao final do livro. O mesmo deve ser
observado pelo advogado da outra parte.

No caso dos assistentes técnicos e peritos, um aprofundamento adicional


no Anexo
aaaaaaa
02 é muito importante. Ou seja, a descrição do ambiente, da
participação, das atividades seguem junto com a descrição do estado
fisiológico e anatômico.

Esses profissionais naturalmente têm pela frente a tarefa de ajudar o


Magistrado
aaaaaaa
a definir a magnitude da compensação, o que deverá estar
proporcionalmente ligado à extensão do dano. Na prática, o Juiz precisa saber
o quão incapacitado para o Trabalho está o reclamante.

Aqui temos que ter especial atenção visto que dois trabalhadores com o
mesmo aaaaaa
problema funcional ou estrutural podem ter graus de incapacidade
laborativa diferentes, tendo em vista que isso depende da profissão exercida
por cada um. Essa é uma das várias justificativas técnicas que afasta qualquer
aaaaaa

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probabilidade de mensurações genéricas, como a oferecida pela Tabela da


SUSEP (Superintendência de Seguros Privados), serem usadas em causas
trabalhistas. Um grande equívoco técnico permitiu esse uso em algum
momento. No entanto, é claro que não se trata de uma mensuração justa, já
que é limitada ao corpo e não tem enfoque na extensão do dano, o que de fato
deveria ser medido.

Então, como os auxiliares da Justiça podem determinar a extensão do


do dano?
aaaaaaa
Ou seja, como podem qualificar e quantificar a incapacidade
laboral?

Aí entra mais uma possibilidade da CIF. Um dos usos da CIF é voltado aos
sistemas
aaaaaa.
de compensação. A própria CIF diz isso na sua introdução, Item 2.1 -
Aplicações da CIF. O anexo 08 fala em identificar algoritmos para determinar
direitos para benefícios sociais e pensões.

Já existem no Brasil instrumentos que qualificam e quantificam a


incapacidade
aaaaaa laboral com base na CIF e um deles é a Tabela ESC1, do Inglês,
escape. Essa tabela é calibrada para determinar a magnitude da incapacidade
laboral específica e ela considera todos os componentes do modelo
biopsicossocial.

A sua fórmula e um exemplo de caso estarão demonstrados no próximo


capítulo.
aaaaaa.

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CAPÍTULO Um Exemplo (Modelo)


03 de Uso da Tabela ESC

Nome do Profissional
ASSISTENTE TÉCNICO PERICIAL
Conselho Profissional

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA xxx VARA DO TRABALHO DE xxxx/XX

PROCESSO Nº: xxxxxxxxxxxxxx


REQUERENTE: xxxxxxxxxxxxxxxxxx
REQUERIDA: xxxxxxxxxxxxxxxxx

Eduardo Santana Cordeiro, fisioterapeuta, doutor pelo Departamento de


Epidemiologia
aaaaaaada Faculdade de Saúde Pública da USP, membro do Functioning
& Disability Reference Group da OMS e Advisor do ICF Education, sido indicado
na qualidade de Assistente Técnica do Autor Reclamante, vem, mui
respeitosamente, perante Vossa Excelência apresentar o presente Parecer
Técnico de qualificação e quantificação da incapacidade laboral do Autor,
solicitando a sua inclusão nos autos em questão.

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APRESENTAÇÃO

O presente Parecer Técnico consiste na descrição do processo diagnóstico


para detecção das alterações estruturais ou funcionais em comento, bem
como das limitações e restrições na vida cotidiana do Autor, além da análise
pertinente à legislação adjetiva e de todos os demais dispositivos legais
correlatos à matéria, para efetiva análise da existência de graus de
incapacidade laborativa, eventual inaptidão completa, cronicidade ou sequelas
relacionadas ao trabalho, conforme alegação pelo Autor.

DA COMPETÊNCIA LEGAL DA ATUAÇÃO DO


ASSISTENTE TÉCNICO

Em primeiro momento insta destacar que a Constituição Federal garante o livre


exercício profissional através da edição do artigo 5º em seu inciso XIII:

Artigo 5º. XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão,


atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer;

As Perícias e Assistências Técnicas Judiciais possuem regramento no Código


de Processo Civil Brasileiro e no que tange ao Perito Judicial e aos Assistentes
Técnicos, o Novo CPC em seu artigo 466 preconiza:

Art. 466. O perito cumprirá escrupulosamente o encargo que lhe foi cometido,
independentemente de termo de compromisso.

§ 1º - Os assistentes técnicos são de confiança da parte e não estão sujeitos a


impedimento ou suspeição.

§ 2º - O perito deve assegurar aos assistentes das partes o acesso e o


acompanhamento das diligências e dos exames que realizar, com prévia
comunicação, comprovada nos autos, com antecedência mínima de 5 (cinco)
dias.

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Portanto, o CPC não faz restrição de natureza profissional quanto à escolha


dos Assistentes Técnicos, sendo estes escolhidos profissionais de confiança
das partes, não havendo previsão legal acerca de sua recusa.

Como também, é garantido por lei o acesso integral dos Assistentes das
partes às diligências e exames praticados pelo perito do juízo, não cabendo
impedimento ou suspeição.

E ainda, em se tratando de realização de Perícia Técnica para apuração do


nexo de causalidade e possível extensão do dano, pode ser necessária a
atuação multiprofissional e interdisciplinar para avaliação no contexto
biopsicossocial.

1. PREÂMBULO

A consulta ocorreu no dia às h, no endereço


aaaaaa , realizada pelo pelo seguinte
profissional (ou equipe): .

2. IDENTIFICAÇÃO DO AUTOR

[Nome do reclamante], brasileiro, casado, portador da cédula de


identidade
aaaAAaaa
RG nº , devidamente inscrito no CPF/MF sob
o nº , residente e domiciliado no seguinte endereço:
. .

2.1. RELAÇÃO DOS OUTROS VÍNCULOS


EMPREGATÍCIOS
CTPS (carteira de tabalho) nº xxxxx - Série xxxxx

Empresa: xxxx
Atividade profissional: xxxxx
Período: xxxxx

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Empresa: xxxxx
Atividade profissional: xxxxx
Período: xxxxx

Empresa: xxxxx
Atividade profissional: Auxiliar de expedição
Período: xxxxxxx

3. HISTÓRICO

Ao longo do pacto laboral, foi necessária intervenção terapêutica para


condições
aaaaaapatológicas nos joelhos, mas não houve melhora completa do
quadro, sendo necessária posterior intervenção cirúrgica.

Alega-se que o Reclamante, quando admitido na Reclamada gozava de


plena aaaaaa
saúde, e em virtude das agressivas condições laborais às quais foi
submetido durante os anos de labor, desenvolveu alterações funcionais e
estruturais em ambos os joelhos, e pleiteia nesta ação indenização por danos
físicos, materiais e morais.

O autor refere que iniciou com dores de intensidade leve em meados de


2003. aaaaaaa
Sentia dores localizadas em região anterior de joelho esquerdo, seguidas
de dormência, sensação de peso e cansaço (fadiga) e piora do quadro álgico
ao dormir. Na época não procurou ajuda profissional para averiguação do
caso, somente fazia uso de medicamentos por conta própria. Em 2004 as dores
se intensificaram tornando-se de intensidade leve a moderada, com
dificuldade ao movimentar o segmento.

Por tal fato, procurou suporte da saúde suplementar, onde realizou


exames
aaaaaaaa
e, após averiguação, fora diagnosticado com meniscopatia. Foi
encaminhado para um fisioterapeuta. Ressalta-se que nesta época, devido
piora do quadro, ficou afastado por aproximadamente 10 dias para
recuperação.

Mesmo afastado, teve piora e foi submetido a tratamento cirúrgico em


26/05/2004,
aaaaaaa
permanecendo afastado por mais 5 meses, aproximadamente.
Retornou às atividades normais, porém em serviço compatível com sua
condição, sem impacto nos joelhos, fazendo conferência dos pneus e
etiquetando-os.

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Em julho de 2006, novamente houve piora do quadro álgico. Percebeu que


ao correr
aaaaaa
ou mesmo ao brincar com seu filho (menor) sentia dores associadas
a limitações da mobilidade articular. As dores novamente se intensificavam ao
dormir. Em um encontro com familiares, foi movimentar os espetos de
churrasco na churrasqueira, quando percebeu que teve dificuldade na
movimentação e falta de força no segmento. Foi repreendido por diversas
vezes pela esposa, devido a não auxiliá-la nos afazeres domésticos.

Novamente procurou ajuda profissional, realizou novos exames, sendo


constatada
aaaaaaruptura do menisco do joelho esquerdo. Foi encaminhado
novamente para realização de nova cirurgia, sendo esta em dezembro de 2006,
permanecendo afastado por mais 4 meses.

De acordo com as limitações apresentadas, começou a se adaptar em


algumas
aaaaaaa
situações como:

Começou a dormir sob o joelho direito;


Diminuiu a frequência de praticar esportes;
Não andou mais de bicicleta;
Começou a adaptar as brincadeiras com o filho.

Eventualmente passava em consulta para averiguação do caso. Em 2010,


relata aaaaaaa
ter sentido fortes dores novamente, quando procurou ajuda profissional
mais uma vez, realizou novos exames, sendo orientado a realizar tratamento
conservador com medicamentos (injetáveis à época) e com fisioterapeuta.

Em 2011, as dores persistiram. Passou novamente por ajuda profissional,


sendoaaaaaaaaa
orientado a não mais jogar futebol, bem como não se deitar sobre o
joelho. Até o momento, faz acompanhamento para controle do quadro. Sendo a
última ressonância realizada em 2019, onde o autor estava em tratamento até
data de sua demissão.

Recentemente, devido às dores, procurou a UPA municipal, fazendo uso


de medicamento
aaaaaaa injetável. Refere sentir dores de intensidade leve, porém
constante, associada a sensação de “peso” no local, formigamento, e limitações
na mobilidade articular. As dores pioram ao dirigir.

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4. FATORES PESSOAIS

Casado;
Tem 3 filhos – 18 anos/ 13 anos / 3 anos;
Mora em casa alugada;
Desempregado no momento;
Nega quedas ou acidentes graves;
Nega hipertensão ou diabetes;
Nega tabagismo;
Nega etilismo;
Realiza caminhada 3x na semana por 30 minutos;
Possui CNH Categoria “B” validade em 09/05/2023, sem observações.

5. ESTRUTURAS E FUNÇÕES DO CORPO

Apresenta-se para realizar a consulta em bom estado geral, devidamente


asseado
aaaaaa
e trajado, com aparência normal, sem sinais evidentes de desânimo,
fala normal e articulada, vocabulário espontâneo.

Estatura – 1,75 mt
Massa Corporal Total – 88 kg
Destro.

5.1. MANOBRAS PROPEDÊUTICAS

a)Teste de Compressão - positivo em ambos os joelhos;


b)Goniometria - perda de mobilidade articular do joelho esquerdo.
c)Estabilometria - sem alterações.

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6. REGISTROS FOTOGRÁFICOS DAS MANOBRAS

Xxxxxxxx

HÁ PERDA DA FUNÇÃO DE MOBILIDADE DO joelho ESQUERDO ESTIMADA EM 12,2 % -


Laudo da fotogoniometria anexo

6.1. OUTROS EXAMES COMPLEMENTARES

Imagens de ressonância nuclear magnética e descrições cirúrgicas.

7. RELATÓRIOS DE INTERVENÇÕES
TERAPÊUTICAS
Laudos de fisioterapeutas assistentes.

8. DISCUSSÃO

Após análise de todos os documentos supracitados, verificamos que o


autor fora
aaaaaa
diagnosticado com meniscopatia. Vejamos referências bibliográficas
referentes a esta condição:
http://www.scielo.br/j/rbort/a/ttf37DkLx33tCBNBCggxC7x/?lang=pt

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9. APLICAÇÃO DA TABELA ESCape

Para determinação da magnitude de eventual incapacidade laborativa


foi aplicada
aaaaaaa Metodologia ESC. Conhecida como Tabela ESC (do inglês
Escape), ela foi desenvolvida por meio de um método de consenso
multicêntrico entre especialistas com a finalidade de ser útil para a
padronização da linguagem e para auxiliar a quantificação e qualificação da
incapacidade laboral. Seu desenvolvimento se deu a partir de sua
apresentação no 3° Simpósio de Ensino da Classificação Internacional de
Funcionalidade, realizado em Hamburgo, Alemanha, em 2018. A tabela voltou a
ser discutida no Encontro Anual da Organização Mundial da Saúde, realizado na
Coreia do Sul, por meio da apresentação n° 504, publicado na página 73 do
Poster Booklet – WHOFIC NetWork Annual Meeting 2018, com o título Functioning
Status and Indemnities in Brazil. Três artigos foram publicados sobre a tabela,
incluindo a divulgação da fórmula de cálculo: (1) Cordeiro ES, Bramante IC.
Funcionalidade para o trabalho e perícias biopsicossociais: a nova Tabela ESC.
Revista Empório do Direito. (2) Cordeiro ES. Tabela ESC: como calcular? Revista
CIF Brasil. (3) Cordeiro ES. Quantificando e qualificando a incapacidade laboral:
a nova Tabela ESC. Revista Imersão.

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TABELA ESCape:

1. Fatores Ambientais (Normas Regulamentadoras) Sim Não

1. O trabalhador era submetido a ruído contínuo, intermitente ou ruídos de



X
impacto acima dos níveis recomendados (categoria CIF e2500)?

2. O trabalhador era exposto ao calor ou ao frio acima dos níveis



X
recomendados (categoria CIF e2250)?

3. O trabalhador era exposto a radiações ionizantes ou a agentes químicos



X
invariavelmente insalubres (categoria CIF e298)?

4. O trabalhador era exposto a poeiras minerais (categoria CIF e2601)?


X

5. Era exposto a vibrações (categoria CIF e255)?


X

6. Era exposto a umidade acima dos níveis recomendados (categoria CIF



X
e2251)?

2. Fatores Ambientais (Aspectos Ergonômicos) Sim Não

1. A empresa possui descrições das tarefas e das atividades do reclamante?


Possui descrição dos graus de funcionalidade exigidos ou possíveis para cada X

posto de trabalho (categorias CIF de d1 a d9)?

2. Há descrição das características e vulnerabilidades do trabalhador


X

(categorias CIF de d1 a d9 associadas às categorias de e1, e2 e e4)?

3. Em caso de adaptações, a empresa comprova que fez considerando a


descrição das atividades e não das tarefas (categorias CIF de d1 a d9 X

associadas às categorias de e1, e2 e e4)?

4. Há laudos ergonômicos baseados nas atividades individuais que


comprovam que havia conforto no trabalho (categorias CIF de d1 a d9 X

associadas às categorias de e1, e2 e e4)?

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Qualificador
SIL - Selecione de 03 a 07 categorias da CIF que
de
representam a incapacidade laboral
capacidade

d4501 - andar longas distâncias 4

d4101 - agachar-se 4

d4102 - ajoelhar-se 4

d4154 - permanecer em pé pelo tempo necessário 4

d451 - subir e descer escadas 4

SOMA 20

SPS - Preencha as informações relativas à participação


Sim Não
social atual - responda com o número "1"

Facilidade para conseguir um emprego (d8450)?


1

Facilidade para manter um emprego (d8451)?


1

Facilidade para trabalho autônomo (d8500)?


1

Facilidade para trabalho em tempo parcial (d8501)?


1

Facilidade para trabalho em tempo integral (d8502)?


1

TOTAL (-1)
4

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Responda
DF - Vida cotidiana e déficit funcional com "1" para
indicar "SIM"

Há algum grau de alteração sensorial (visão/audição)?

Há algum grau de alteração nas funções musculoesqueléticas? 1

Há algum grau de alteração nas estruturas musculoesqueléticas? 1

Há algum grau de alteração nas estruturas nervosas? 1

Há alguma dificuldade na comunicação?

Há alguma dificuldade no cuidado pessoal? 1

Há alguma dificuldade nas interações pessoais?

SOMA 4

FA - Informe sobre outros fatores ambientais relacionados


Sim Não
ao trabalho - responda com o número "1"

Tinha tecnologia para o trabalho adequada (e135)?


1

O ambiente atitudinal era satisfatório (e4)?


1

TOTAL
2

18
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Fórmula:

Até 12% = Incapacidade Leve


PIL = CF + {[(SIL.3).3]+SPS+DF+(FA.2)} Até 24% = Incapacidade Moderada
. 7 Até 40% = Incapacidade Grave
Até 100% = Incapacidade Completa

PIL = 4,9 + {[(20.3).3]+4+4+(2.2)


. 7

PIL = 32,33%

Quantificação da incapacidade laboral: 32,33%


Qualificação da incapacidade laboral: Grave.

Marque a
8. Defina o tipo de nexo -
opção

responda com o número "1"


Correta

Causal X

Grau I Grau II Grau III


Concausal
(25%) (50%) (75%)

Pre-existente

Concorrente

Superveniente

Recomendação de percentual de indenização: 32,33%

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10. CONCLUSÃO

De acordo com o processo diagnóstico, incluindo avaliação dos


documentos
aaaaaados autos, da anamnese e do exame físico, concluo que o
Reclamante, durante seu labor na Reclamada, desempenhou atividades anti-
ergonômicas, desenvolvendo meniscopatia em ambos os joelhos, com nexo
direto, ou seja, causal não só pelo NTEP quanto pela avaliação in loco. Apesar
dos tratamentos realizados, o Reclamante não obteve remissão de suas
queixas, apresentando dor crônica incapacitante e limitações em suas
atividades pessoais e laborais. Há incapacidade parcial e permanente para as
atividades laborais que exercia na Reclamada. Conforme aplicação dos
conceitos da Tabela ESC baseada na Classificação Internacional de
Funcionalidade, o grau de incapacidade é grave e a quantificação da
incapacidade é de 32,33%. Por tratar-se de nexo causal, a recomendação da
indenização / compensação também é de 32,33%.

Nada mais tendo a relatar, o Assistente Técnico Pericial subscreve o


presente
aaaaaaa
parecer, o qual se apresenta impresso no anverso de xx páginas,
sendo a última datada e assinada.

LOCAL, DATA

ASSINATURA DO PROFISSIONAL
[INCLUIR REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AO FINAL DO RELATÓRIO]

No exemplo acima, fica claro que o problema funcional (12,20%) é


diferente
aaaaaa
da incapacidade laboral (32,33%). Obviamente que é o Juiz, no caso
concreto, é quem vai fazer a determinação final da compensação. No próximo
capítulo, abordaremos outros usos da CIF.

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CAPÍTULO A CIF na Seguridade


04 Social
Quando falamos em Seguridade Social, estamos nos concentrando em
Saúde,aaaaaa
Previdência e Assistência Social. Neste campo, o uso da CIF é muito
amplo. Contudo, nesta seção, vemos similaridades naquilo que se refere à
emissão de laudos, pareceres e relatórios. E é nessa similaridade que nos
concentraremos

Ao nos voltarmos para área da Saúde, normalmente o uso clínico da CIF é


preponderante.
aaaaaa Ou seja, ela ajuda na descrição dos casos e na determinação
de intervenções, segundo as necessidades individuais e com objetivos
centrados na pessoa, neste caso, paciente. A CIF também é usada no
esclarecimento dos critérios de alta. Por isso, neste capítulo, apresentaremos
um exemplo de relatório nesse sentido.

Um dos usos mais recorrentes da CIF é para o diagnóstico


biopsicossocial.
aaaaaaaaaaaa
Considerando o significado da palavra dia (dividir) e gnose
(conhecer), entendemos que diagnóstico é um processo. Durante uma
avaliação biopsicossocial, o processo de “dividir para conhecer” fica claro e
palpável quando temos que estabelecer as relações entre os fatores
ambientais com as potenciais restrições de participação e com as limitações
de atividades, o que gera a diferenciação entre capacidade e desempenho. O
modelo biopsicossocial ainda aborda o corpo do ponto de vista funcional e
estrutural, além dos fatores pessoais e dos eventuais problemas de saúde
identificados com o uso da versão atualizada da Classificação Estatística
Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde - CID.

Assim, a visão ampliada oferecida por CIF e CID acaba por exigir que a
avaliação
aaaaaaa
biopsicossocial também seja multiprofissional e interdisciplinar, bem
como, as conclusões a respeito de cada caso.

Para a exposição, usaremos três modelos, sendo o primeiro uma


descrição
aaaaaaa
clínica, o segundo um relatório de inclusão nas reservas legais e o
terceiro, a solicitação de um benefício social.

É importante entender que, com base na Lei nº 13.146/2015, podemos


estabelecer
aaaaaaa
critérios para os casos de inclusão nas reservas legais, conforme
os itens apresentados. A pessoa precisa ter sua situação enquadrada nos
seguintes termos:

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1. Ter uma alteração fisiológica ou anatômica permanente ou de longa


duração;
2. O ambiente (fatores ambientais) causa dificuldades de desempenho, ou
seja, o primeiro qualificador de “d” não é ZERO naturalmente. Nesses casos,
sempre é necessário retirar barreiras, incluir facilitadores, como fazer
adaptações nos postos, ou até mesmo alterar a atividade, como ampliar as
pausas.
3. A situação pode colocar a pessoa em “pé de desigualdade” com as demais,
no que se refere a manter ou crescer na empresa, por causa da sua
situação de saúde, conforme versa a Convenção nº 159 da Organização
Internacional do Trabalho - OIT.

Já no caso de requerimento de benefícios financeiros temporários (como


o Benefício
aaaaaaaaaaaa
de Prestação Continuada - BPC) ou permanentes (como a
aposentadoria por invalidez), deve ser comprovada a incapacidade laborativa,
temporária ou permanente.

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Modelo 01 - CIF para Uso Clínico


Fatores Pessoais
Nome / Idade / Sexo / Etnia / Profissão / Escolaridade / Outros

Descrição das:
1. Limitações do desempenho nas atividades de
vida diária, das
2. Restrições da participação social e da influência
dos fatores ambientais (tecnologias, ambiente
natural ou social, tais como, órteses, próteses,
cuidadores, etc), conforme a linguagem e
conceitos da Classificação Internacional de
Funcionalidade - CIF:
Dificuldade para levantar e carregar objetos (d430), de permanecer sentado
(d4153) por longos períodos, de permanecer agachado (d4151) e de permanecer
em pé (d4154). Tem necessidade de gerenciar o nível de atividade pessoal
(d2303), de permanecer em acompanhamento profissional (e355) e de produtos
e tecnologias de assistência para o trabalho (e1351).

Descrição detalhada das alterações nas funções


e estruturas do corpo, conforme a linguagem e
conceitos da Classificação Internacional de
Funcionalidade - CIF:
Presença de alteração da mobilidade articular (b710) e da estabilidade (b715) da
região lombar, com dor crônica (b28013) e perda de força (b7301) do membro
inferior direito.

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Codificação da conclusão do processo


diagnóstico após 1ª consulta:
Fatores ambientais: e355+4, e1351+2
Atividades e Participação: d430.13, d4153.12, d2303.12, d4151.12, d4154.12.
Funções e estruturas: b710.3, b715.2, b28013.3, b7301.2.
Radiculopatia lombar CID-10 M51.1 | CID-11 8B93.0

Objetivos terapêuticos:
Diminuir a dificuldade para levantar objetos, carregar objetos, permanecer
sentado, permanecer agachado, permanecer em pé

Critérios de alta:
Autonomia e independência para levantar objetos, carregar objetos, permanecer
sentado, permanecer agachado, permanecer em pé. Tornar desnecessário o
gerenciamento do nível de atividade pessoal.
Observação: avaliar a necessidade de tecnologias assistivas no Trabalho.

Intervenções (condutas ou prescrições, etc):


[DESCREVER AS INTERVENÇÕES].

Codificação na alta:
Fatores ambientais: e1351+8.
Atividades e Participação: d430.00, d4153.00, d2303.00, d4151.00, d4154.00.
Funções e estruturas: b710.0, b715.0, b28013.0, b7301.0.

Assinatura do Profissional

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Modelo 02 - CIF para Inclusão no Trabalho /


Reserva (ou cota) Legal

LAUDO CARACTERIZADOR - LEI DE COTAS


De acordo com os dispositivos da Lei n° 13.146/2015, da Lei
n° 12.764/2012, do Decreto n° 3.298/1999 e da Instrução
Normativa SIT/MTE n° 98 de 15/08/2012

Fatores Pessoais
Nome / Idade / Sexo / Etnia / Profissão / Escolaridade / Outros

Fibromialgia - CID-10: M79.7 | CID-11: MG30.01


Origem: ( )Congênita ( )Acidente ou doença do trabalho ( )Acidente comum
(X)Doença comum ( )Adquirida em período pós-operatório ( )Outra origem.

Cargo
COORDENADORA DE DIVERSIDADE E INCLUSÃO.
Atua na liderança de pessoas e de processos, necessitando de altas habilidade
de concentração, atenção e planejamento, além de estratégias assertivas de
comunicação para contemplar as necessidades de seus liderados. Faz uso
constante de computadores e meios de comunicação digital, necessitando
permanecer sentada pela maior parte do tempo e de usar os, com frequência, os
movimentos finos das mãos na digitação. Também tem necessidade de
deslocamentos para reuniões e visitas nas diferentes unidades da instituição.

Dados adicionais
Documentos anexos: laudos de exames de imagem e relatórios técnicos de
especialistas.
Comorbidades: K07.6 Disfunção temporomandibular | R52.2 Síndrome de dor
crônica | J38.2 Nódulos em cordas vocais | M22.4 Condromalácia bilateral Grau
IV | S93.2 Ruptura ligamentar do tornozelo direito | K58 Síndrome do intestino
irritável | N30.1 Cistite intersticial crônica.

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Descrição das:
1. Limitações do desempenho nas atividades de
vida diária, das
2. Restrições da participação social e da influência
dos fatores ambientais (tecnologias, ambiente
natural ou social, tais como, órteses, próteses,
cuidadores, etc), conforme a linguagem e
conceitos da Classificação Internacional de
Funcionalidade - CIF:
O quadro fibromiálgico apresenta flutuação da gravidade, havendo momentos de
agravamento e de alívio dos sintomas. Na exacerbação dos sintomas com a
associação de altas demandas e permanência na posição sentada por tempos
prolongados, tem a necessidade de esforços adicionais para concentrar atenção
(d160), concentrar-se para ler (d166), realizar cálculos complexos (d1721), realizar
múltiplas tarefas (d220), para resolução de problemas (d1750), para tomada de
decisões (d177) e para ser compreendida pela totalidade da equipe de trabalho
(d310) . Devido à complexidade das limitações impostas pelas comorbidades,
trabalhar a tempo inteiro (d8502) exige maior atenção às pausas tanto em
termos quantitativos quanto qualitativos, bem como, lidar com estresse e outras
exigências psicológicas (d2408) exigem meios emocionais para driblar a
presença dos sintomas. Deve evitar permanecer sentada por longos períodos
(d4153), permanecer em pé por longos períodos (d4154), levantar e transportar
objetos (d430). Em alguns momentos, tem dificuldades para gerenciar a rotina
diária (d2301) e o nível de atividade pessoal (d2303). Tem ainda como barreiras
ambientais níveis altos de intensidade de som (e2500), níveis altos de intensidade
de luz de equipamentos – como computadores – (e1350), nível alto de
intensidade de luz ambiente natural ou artificial (e2400), mudanças temporais
periódicas, tais como baixas e altas temperaturas (e2250). Como facilitadores
ambientais tem o uso de medicamentos (e1101) e assistência de profissionais de
saúde (e355).

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Descrição detalhada das alterações nas funções


e estruturas do corpo, conforme a linguagem e
conceitos da Classificação Internacional de
Funcionalidade - CIF:
Presença de alterações nas funções da motivação (b1301), da mobilidade
articular (b710) têmporo-mandibular, além de hipermobilidade em todas as
outras articulações. Tem lesão ligamentar no tornozelo direito (s75023), gerando
instabilidade articular (b715) e torções recorrentes, além de condromalácia
bilateral (s75011), causando dor (b280) e edema local.

Codificação para fins de enquadramento:


Fatores ambientais: e355+8, e1101+8, e2500.8, e1350+0, e2400.8, e2250.8.
Atividades e Participação: d160.03, d166.03, d1721.03, d220.03, d1750.03, d177.03,
d310.03, d8502.03, d2408.03, d4153.13, d4154.13, d430.13, d2301.03, d2303.13.
Funções e estruturas: b1301.2, b710.3, s75023.451, b715.8, s75011.373, b280.8.

Enquadramento
FÍSICO.

Conclusão
A trabalhadora apresenta alterações de ordem anatômica e funcional crônicas
que, no impacto com barreiras ambientais geram restrições de desempenho nas
suas atividades profissionais, na presença da exacerbação dos sintomas, quando
há exigência de atenção, concentração, memória, realização de cálculos
complexos, ou quando é necessário permanecer longos períodos sentada, fazer
movimentos contínuos para a digitação. Outros aspectos demandam o
gerenciamento do nível de atividade e o esforço para a manutenção da
motivação para comunicar-se com clareza, dirimir pressão e estresse
característico do atendimento aos clientes, presença em toda jornada horária ou
com pausas comuns e permanecer muito tempo à frente da luz do computador
ou submetida à luz artificial do ambiente. Salienta-se que suas condições de
saúde são de caráter crônico e algumas com risco de caráter progressivo, como
é o caso da condromalácia. Necessita de acompanhamento biopsicossocial,
multiprofissional e interdisciplinar, contudo, ainda tem acesso a profissionais que
atuam separadamente, mas que mesmo assim auxiliam na manutenção da sua
qualidade de vida. Ademais, necessita abster-se de ambientes, atividades e
aaaaaa

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relacionamentos estressores, sob pena de regressão dos avanços obtidos nos


tratamentos, bem como de exacerbação dos sintomas já existentes ou até
mesmo o surgimentos de novos, o que é característico da síndrome
fibromiálgica.

Conforme descrição da funcionalidade e dados complementares documentais


anexos, a colaboradora tem sua situação enquadrada nas definições do artigo
2º da Lei n° 13.146/2015, a saber:

Art. 2º - Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de


longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em
interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e
efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.
§ 1º A avaliação da deficiência, quando necessária, será biopsicossocial,
realizada por equipe multiprofissional e interdisciplinar e considerará:
I - os impedimentos nas funções e nas estruturas do corpo;
II - os fatores socioambientais, psicológicos e pessoais;
III - a limitação no desempenho de atividades; e
IV - a restrição de participação.

Dessa forma, indicamos a inclusão da mesma na reserva legal conforme


proporções estabelecidas pela Lei nº 8213/1991, nas recomendações da IN n°
98/SIT/2012 e nos dispositivos relativos do Decreto n° 6.949/2009.

Profissional 1 Profissional 2

“Estou ciente de que sou parte do programa [NOME DO PROGRAMA DE


INCLUSÃO] (que inclui reservas legais) e autorizo a apresentação deste laudo e
exames anexos aos órgãos competentes”.

Assinatura da Trabalhadora

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Modelo 03 - CIF para Requisição de Benefício


Relatório de Assistente Técnico Judicial


Fatores Pessoais
Nome / Idade / Sexo / Etnia / Profissão / Escolaridade / Outros

CID Burnout
O autor refere que iniciou atividade laboral de radialista há 19 anos como
iluminador na televisão brasileira onde nos últimos dois anos, pelas condições de
trabalho, não obteve direito a folgas planejadas, horários fixos e sofreu com
ameaças frequentes de demissão ocasionando sobrecarga física e mental. Tal
situação o levou a usar medicamentos para controlar sintomatologia que
evoluíram com dores musculares generalizadas, alterações urinárias, intestinais,
gástricas, taquicardias, dispnéias, apatia, ansiedade entre outros sintomas físicos
e mentais como a ideação suicida até a exaustão, e pânico.

Em 02/08/201, procurou auxílio médico do convenio e fora diagnosticado de


acordo com a Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas
Relacionados à Saúde (também conhecida como Classificação Internacional de
Doenças – CID 10) com: F41 - Outros transtornos ansiosos e F43 - "Reações ao
"stress" grave e transtornos de adaptação". Recebeu então como tratamento a
indicação para se afastar por 07 (sete) dias das atividades laborais, além da
prescrição dos medicamentos Escitalopram 5mg/ dia e Trazodona 50mg/dia foi
orientado a realizar exames laboratoriais e cuidar dos hábitos como manter
atividade física regular, evitar álcool e manter-se ocupado. Mesmo afastado e
seguindo a prescrição teve piora do quadro entrando em contato telefônico após
uma semana, quando foi esclarecido sobre os horários mois adequados poro as
medicações, pois estava tendo sonolência matinal, e retornou ao trabalho
sofrendo as mesmas violências de forma repetitiva sem a melhora da
sintomatologia.

Em Julho/2018, completamente esgotado procurou o Centro de Referencia em


Saúde do Trabalhador-Lapa e então foi estabelecido nexo causal com a
formalização daComunicação de Acidente de Trabalho para os CID10: F06.6 -
Transtorno de labilidade emocional (astênico) orgânico com observação para:
Z56.6-Outras dificuldades físicas e mentais relacionadas ao trabalho e sem
condições do trabalho. Encaminhado então para psicoterapia e auxílio acidentário
para melhor elucidação diagnóstica e medicado com carbamazepina 200mg a
noite para alívio da sintomatologia.

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Em Julho/2018, completamente esgotado procurou o Centro de Referencia em


Saúde do Trabalhador-Lapa e então foi estabelecido nexo causal com a
formalização daComunicação de Acidente de Trabalho para os CID10: F06.6 -
Transtorno de labilidade emocional (astênico) orgânico com observação para:
Z56.6-Outras dificuldades físicas e mentais relacionadas ao trabalho e sem
condições do trabalho. Encaminhado então para psicoterapia e auxílio acidentário
para melhor elucidação diagnóstica e medicado com carbamazepina 200mg a
noite para alívio da sintomatologia.

Ainda com a persistência do sofrimento físico e mental, em setembro de 2018


passou por outro especialista, realizou novos testes quando identificado
entãosSíndrome de Burnout, CID 10:F43.2 -Transtornos de adaptação, Z56.6-
Outras dificuldades físicas e mentais relacionadas ao trabalho e Z73.0 –
Esgotamento.

De acordo com as limitações apresentadas, começou a identificar que muito


antes do diagnóstico procurou a se adaptar algumas situações como:
Sono irregular, com despertar de 8 a 10 vezes por noite;
Episódios de taquicardia, dispneia, disfunção gástrica, urinária e intestinal;
Cansaço e falta de energia que levaram a momentos de “ausência” durante as
atividades diárias;
Afastamento das atividades física, de lazer;
Abandono das comemorações na vida familiar e comunitária;
Não cumprimento de tarefas simples por esquecimento das mesmas;
Aumento do consumo de álcool e tabaco; e
Não está dirigindo.

Desde então mantém acompanhamento médico associado psicoterapia


individual e de grupo e terapia medicamentosa, porém ainda sem controle e com
pouca remissão dos sintomas. As experiências traumáticas vividas no contexto do
trabalho ainda provocam sintomas que podem permanecer por tempo
indeterminado e até mesmo por toda a vida. Mesmo quando consideradas as
dimensões social, dinâmica e políticas do sofrimento, neste caso, há a
complicação do autor ter sido lesado, inclusive, na dimensão existencial e esta
afirmação pode ser confirmada pelos sintomas crônicos que provocam
sensações como as apresentadas pela paciente (vida roubada, sequestrada,
entre outras).

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1. ANTECEDENTES PESSOAIS E FAMILIARES


Ser solteiro;
Mora em casa alugada;
Afastado das funções laborais;
Nega quedas ou acidentes graves;
Nega hipertensão ou diabetes;
Etilista social; e
Possui CNH Categoria “B”.

2. EXAME FÍSICO- FUNCIONAL


Apresenta-se para realizar a perícia em bom estado geral, devidamente asseado
e trajado, com aparência normal, com sinais evidentes de desânimo, fala
monótona e repetitiva, choro espontâneo, apatia, postura antálgica e astênica
com musculatura cervical e dos ombros característicos quadros de tensionais por
stress. A sintomatologia está registrada conforme recurso terapêutico do
tratamento psiquiátrico, o que permite a avaliação temporal do quadro clínico.
Relata que deseja sua cura para poder retornar à sua rotina familiar e trabalho
que no momento sente que foi roubada. O tratamento integra a psicoterapia,
medicamentos, e os afastamentos do trabalho que até o momento foram
insuficientes para o controle da sintomatologia exigido para o retorno e
desenvolvimento da vida doméstica e áreas principais da vida, assim como as
atividades de interação social.

Perfil Metabólico:
✔Estatura – 1,75 mt
✔Massa Corporal Total – 88 kg
✔Destro

2.1. Testes Realizados


Questionário de Sensibilização Central-BP-CSI (2012);
Inventário Breve de Dor (1983);
Shirom-Melamed Burnout Measure-SMBM (2012);
Inventário de Maslach para detecção de Burnout ([MB|-HSS), voltado para
profissionais de recursos humanos; e
Questionário de atos negativos revisado (NAQ-R), para detecção de assédio
moral no ambiente do trabalho.

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REGISTROS FOTOGRÁFICOS DOCUMENTADOS


DOCUMENTOS APRESENTADOS COMO CONVERSAS DE WHAT APP, EMAILS E OUTROS
REGISTROS COMO FOTOS do local de trabalho e de agressões recebidas ETC.

3. EXAMES COMPLEMENTARES
Neste item seriam outros exames clínicos e diagnóstico que não foi houveram
neste caso.

3.1. RELATÓRIO MÉDICOS E TRATAMENTOS


REALIZADOS
.

32
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4. DISCUSSÃO
Após análise de todos os documentos supracitados, verificamos que o autor fora
diagnosticado com Síndrome De Burnout (vide laudos médicos acima). Vejamos
referencias bibliográficas referentes a esta patologia.

Síndrome de Burnout

Há registros da expressão “burn out” em estudos descritos desde 1953, porém


somente em 1974 houve uma definição do processo gradual de desgaste no
humor e ou desmotivação frequentemente acompanhado de sintomas físicos e
psíquicos de trabalhadores voluntários, que denotavam um particular estado de
estar "exausto". Após mais de quatro décadas de estudos a respeito ao redor do
mundo observou-se uma explosão do número de casos desta síndrome que tem
sido investigada sistematicamente os sintomas do burnout podem ser de cunho
psicossomático, psicológico e comportamental e geralmente produzem
consequências negativas nos níveis individual, profissional e social.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) está prestes a iniciar o desenvolvimento


de diretrizes baseadas em evidências sobre o bem-estar mental no local de
trabalho. A síndrome de burnout está incluída na 11ª Revisão da Classificação
Internacional de Doenças (CID-11) como um fenômeno ocupacional. A definição
na CID-11 é: “burnout é uma síndrome conceituada como resultante do estresse
crônico no local de trabalho que não foi gerenciado com sucesso”. É caracterizada
por três dimensões: sentimentos de exaustão ou esgotamento de energia;
aumento do distanciamento mental do próprio trabalho, ou sentimentos de
negativismo ou cinismo relacionados ao próprio trabalho; e redução da eficácia
profissional. A síndrome se refere especificamente a fenômenos no contexto
ocupacional e não deve ser aplicada para descrever experiências em outras
áreas da vida .

Etiologia e Fisiopatologia

Para compreender essa patologia é necessário ter conhecimento de como


funciona a reposta do organismo ao estresse. O corpo humano possui dois
sistemas reguladores do estresse, o eixo simpático-adrenal-medular (SAM) e o
eixo hipotálamo-pituitária-adrenal (HPA). O SAM é responsável por uma resposta
imediata a um agente estressor e entre os fenômenos decorrentes da ativação
desse eixo ocorre o aumento do ritmo cardíaco, da pressão sanguínea e a
secreção de catecolaminas (epinefrina e norepinefrina) . O eixo HPA é o elo entre
o cérebro e o sistema endócrino e desencadeia uma resposta mais lenta do
organismo a estímulos internos e externos dentre eles os estressores psicológicos
e a sua ativação envolve a secreção de corticosteroides, hormônio
adrenocorticotrófico e cortisol, e provoca imunossupressão.

33
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A exposição do organismo ao estresse induz o hipotálamo a secretar o hormônio


liberador de corticotropina (HLC) e vasopressina que ativam a pituitária a
secretar o hormônio adrenocorticotrófico (ACTH). O ACTH, no sangue, por sua vez
estimula a secreção de glicocorticoides pelo córtex adrenal principalmente o
cortisol. Ao exceder o limite homeostático o cortisol inibe a secreção de HLC e
ACTH em uma reação negativa por feedback.

Os níveis de cortisol no organismo variam no decorrer do dia, há uma baixa


secreção durante a primeira metade da noite e uma elevação durante a segunda
metade da noite com pico no amanhecer ao acordar, decaindo durante o dia. A
resposta do cortisol ao despertar ou CAR (cortisol awakening reponse),
representa a maior e mais rápida elevação do cortisol em condições normais e
acontece em média 30 minutos após o despertar. Esta resposta independe da
hora do despertar, de quanto tempo decorreu o ato de dormir, da qualidade do
sono, de atividade física ou da rotina matinal e seus níveis alteram-se de acordo
com exposição a um estressor .

Outro hormônio liberado durante o mesmo processo do cortisol é o


desidroepiandrosterona (DHEAS), precursor dos hormônios sexuais. Possui ações
opostas ao cortisol, está envolvido no aperfeiçoamento do funcionamento do
sistema imunológico, na recuperação muscular, recuperação da massa óssea e
diminuição dos níveis de colesterol. Uma alteração em um desses hormônios
pode causar um desiquilíbrio entre eles, suspeita-se que isto possa desencadear
as síndromes relacionadas ao estresse.

A disfunção do eixo HPA está associada a manifestações desreguladas


psicossomáticas e psiquiátricas, pode ser resultante de uma resistência adquirida
pelo organismo com a continuidade a exposição ao estresse, neste caso a
tentativa de recuperação da homeostase é fracassada e o organismo entra em
estado crônico. A SÍndrome de Burnout pode ser confundida com outras
patologias podendo gerar falsos diagnósticos e sua fisiopatologia não está de
toda esclarecida, sua relação com o cortisol é arduamente estudada, pois as
alterações provocadas no eixo HPA podem alterar a secreção de cortisol
provocando um estado de sobrevivência onde as respostas se tornam
automáticas nas formas de Fuga ou Ataque.

Esta reação hormonal à tensão emocional crônica é um construto formado por


três dimensões relacionadas, mas independentes:
1. Exaustão Emocional: caracterizada pela falta ou carência de energia e
entusiasmo e sentimento de esgotamento de recursos. A estes sentimentos
soma-se o de frustração e tensão, pois o trabalhador passa a perceber, ou
não que já não possuem condições de despender mais energia para o
atendimento de seu cliente ou demais pessoas como faziam anteriormente.
2. Despersonalização: ocorre quando o profissional passa a tratar os clientes,
colegas e a organização de forma distante e impessoal. O trabalhador passa a
desenvolver insensibilidade emocional frente às situações vivenciadas por sua
clientela.

34
3. Baixa Realização no Trabalho: é caracterizada pela tendência do trabalhador
em se auto-avaliar de forma negativa. Ele torna-se insatisfeito com seu
desenvolvimento profissional e experimenta um declínio no sentimento de
competência e êxito.
entusiasmo e sentimento de esgotamento de recursos. A estes sentimentos
soma-se o deMANfrustração
U A L - C I F ee m
tensão,
l a u d opois
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c e r e s e r e l apassa
t ó r i o s a perceber, ou
não que já não GRUPO
possuem condições
CIF BRASIL de despender mais energia para o
- portaldacif.com.br
atendimento de seu cliente ou demais pessoas como faziam anteriormente.
2. Despersonalização: ocorre quando o profissional passa a tratar os clientes,
colegas e a organização de forma distante e impessoal. O trabalhador passa a
desenvolver insensibilidade emocional frente às situações vivenciadas por sua
clientela.
3. Baixa Realização no Trabalho: é caracterizada pela tendência do trabalhador
em se auto-avaliar de forma negativa. Ele torna-se insatisfeito com seu
desenvolvimento profissional e experimenta um declínio no sentimento de
competência e êxito.

Todas as definições já propostas para esta síndrome, embora com algumas


questões divergentes, ressaltam, no mínimo, cinco elementos comuns: (a) a
predominância de sintomas relacionados à exaustão mental e emocional, fadiga
e depressão; (b) ênfase nos sintomas comportamentais e mentais e não nos
sintomas físicos; (c) os sintomas são relacionados ao trabalho; (d) manifestação
em pessoas que não sofriam de distúrbios psicopatológicos antes do surgimento
da síndrome; (e) diminuição da efetividade e do desempenho no trabalho
decorrente de atitudes e comportamentos negativos.

Sinais e sintomas

Em geral, os indivíduos apresentam-se emocional e fisicamente exaustos, estão


frequentemente irritados, ansiosos ou tristes. Além disso, as frustrações
emocionais podem desencadear entre outras patologias estruturais as úlceras,
insônia, dores de cabeça e hipertensão, viroses e infecções recorrentes, além de
abuso no uso do álcool e medicamentos, promovendo problemas familiares e
conflitos sociais. Entretanto, diante da quantidade e complexidade podemos ainda
classificar a sintomatologia em três eixos:
1. Sinais e sintomas físicos: são sintomas e sinais físicos similares aos do estresse
ocupacional gerando assim a dificuldade de diagnóstico, entre els a fadiga, a
sensação exaustão (cansaço crônico), indiferença ou frieza, sensação de
baixo rendimento profissional, frequentes dores musculares e de cabeça,
distúrbios gastrintestinais, urinários, alterações do sono (insônia) e
dificuldades respiratórias, taquicardia, tontura, náuseas, choro espontâneo,
pânico.
2. Sintomas de conduta: existem graves alterações no comportamento que
usualmente afetam aos colegas, clientes, colaboradores, parceiros, a
comunidade e inclusive seus próprios familiares.
3. Sintomas psicológicos: podem aparecer mudanças, tais como, trabalhar cada
vez de forma mais intensa, sentimento de impotência frente a situações de
vida ocupacional, sentimento de confusão e inutilidade, irritabilidade, pouca
atenção a detalhes, aumento do absenteísmo ocupacional, aumento do
sentimento de responsabilidade exagerada ou fora de contexto frente à
situação, atitude negativa, rigidez, baixo nível de entusiasmo, e levar para casa
os problemas do trabalho. Além disso, o aumento no consumo de álcool e
drogas, como uma forma de amortecer os efeitos do cansaço e esgotamento.

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5. APLICAÇÃO DA TABELA ESCape


Como forma complementar, foi aplicada a Metodologia ESC. Conhecida como
Tabela ESC (do inglês Escape), ela foi desenvolvida por meio de um método de
consenso multicêntrico entre especialistas com a finalidade de ser útil para a
padronização da linguagem e para auxiliar a quantificação e qualificação da
incapacidade laboral. Seu desenvolvimento se deu a partir de sua apresentação
no 3° Simpósio de Ensino da Classificação Internacional de Funcionalidade,
realizado em Hamburgo, Alemanha, em 2018. A tabela voltou a ser discutida no
Encontro Anual da Organização Mundial da Saúde, realizado na Coreia do Sul, por
meio da apresentação n° 504, publicado na página 73 do Poster Booklet – WHOFIC
NetWork Annual Meeting 2018, com o título Functioning Status and Indemnities in
Brazil. Três artigos foram publicados sobre a tabela, incluindo a divulgação da
fórmula de cálculo: (1) Cordeiro ES, Bramante IC. Funcionalidade para o trabalho e
perícias biopsicossociais: a nova Tabela ESC. Revista Empório do Direito. (2)
Cordeiro ES. Tabela ESC: como calcular? Revista CIF Brasil. (3) Cordeiro ES.
Quantificando e qualificando a incapacidade laboral: a nova Tabela ESC. Revista
Imersão.

Aplicação ao caso em questão:

1. Fatores Ambientais (Normas Regulamentadoras) Sim Não

1. O trabalhador era submetido a ruído contínuo, intermitente ou ruídos de



X
impacto acima dos níveis recomendados (categoria CIF e2500)?

2. O trabalhador era exposto ao calor ou ao frio acima dos níveis



X
recomendados (categoria CIF e2250)?

3. O trabalhador era exposto a radiações ionizantes ou a agentes químicos



X
invariavelmente insalubres (categoria CIF e298)?

4. O trabalhador era exposto a poeiras minerais (categoria CIF e2601)?


X

5. Era exposto a vibrações (categoria CIF e255)?


X

6. Era exposto a umidade acima dos níveis recomendados (categoria CIF



X
e2251)?

36
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2. Fatores Ambientais (Aspectos Ergonômicos) Sim Não

1. A empresa possui descrições das tarefas e das atividades do reclamante?


Possui descrição dos graus de funcionalidade exigidos ou possíveis para cada X

posto de trabalho (categorias CIF de d1 a d9)?

2. Há descrição das características e vulnerabilidades do trabalhador


X

(categorias CIF de d1 a d9 associadas às categorias de e1, e2 e e4)?

3. Em caso de adaptações, a empresa comprova que fez considerando a


descrição das atividades e não das tarefas (categorias CIF de d1 a d9 X

associadas às categorias de e1, e2 e e4)?

4. Há laudos ergonômicos baseados nas atividades individuais que


comprovam que havia conforto no trabalho (categorias CIF de d1 a d9 X

associadas às categorias de e1, e2 e e4)?

Qualificador
SIL - Selecione de 03 a 07 categorias da CIF que
de
representam a incapacidade laboral
capacidade

d630 – preparação de refeições 4

d730 – interações interpessoais complexas 4

d160 – concentrar a atenção 4

d177 – Tomar decisões 4

d2400 – lidar com responsabilidades 4

d640 – realização de tarefas domésticas 4

d350 - conversação 4

SOMA 28

37
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SPS - Preencha as informações relativas à participação


Sim Não
social atual - responda com o número "1"

Facilidade para conseguir um emprego (d8450)?


1

Facilidade para manter um emprego (d8451)?


1

Facilidade para trabalho autônomo (d8500)?


1

Facilidade para trabalho em tempo parcial (d8501)?


1

Facilidade para trabalho em tempo integral (d8502)?


1

TOTAL (-1)
4

Responda
DF - Vida cotidiana e déficit funcional com "1" para
. indicar "SIM"

Há algum grau de alteração sensorial (visão/audição)?

Há algum grau de alteração nas funções musculoesqueléticas? 1

Há algum grau de alteração nas estruturas musculoesqueléticas?

Há algum grau de alteração nas estruturas nervosas?

Há alguma dificuldade na comunicação? 1

Há alguma dificuldade no cuidado pessoal?

Há alguma dificuldade nas interações pessoais? 1

SOMA 3

38
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FA - Informe sobre outros fatores ambientais relacionados


Sim Não
ao trabalho - responda com o número "1"

Tinha tecnologia para o trabalho adequada (e135)? 1

O ambiente atitudinal era satisfatório (e4)?


1

TOTAL
1

Fórmula:

Até 12% = Incapacidade Leve


PIL = CF + {[(SIL.3).3]+SPS+DF+(FA.2)} Até 24% = Incapacidade Moderada
. 7 Até 40% = Incapacidade Grave
Até 100% = Incapacidade Completa

PIL = 4,9 + {[(28.3).3]+4+3+(1.2)


. 7
.

PIL = 42,19%

Quantificação da incapacidade laboral: 42,19%


Qualificação da incapacidade laboral: Completa.

Marque a
8. Defina o tipo de nexo -
opção

responda com o número "1"


Correta

Causal X

Grau I Grau II Grau III


Concausal
(25%) (50%) (75%)

Pre-existente

Concorrente

Superveniente

Recomendação de percentual de indenização: 42,19%

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6. CONCLUSÃO
Do anteriormente exposto no presente parecer concluímos:

O AUTOR APRESENTA INCAPACIDADE LABORAL COMPLETA

Apresenta as seguintes alterações funcionais:


Impedido para dirigir e utilizar forno e fogão (medicamentos utilizados);
Dificuldade de manter e controlar as interações com outras pessoas, de
maneira contextual e socialmente apropriada;
Dificuldade para concentrar a atenção nas atividades diárias, ou de leitura e
estudo em geral;
Relutância em tomar decisões;
Esforço intenso para controlar as exigências psicológicas necessárias para
realizar tarefas que exigem responsabilidades importantes;
Atrapalha-se para manter e terminar a análise de um assunto, com
argumentos a favor ou contra;
Vida doméstica: confusão em organizar e realizar tarefas domésticas,
estabelecer e cumprir uma rotina de forma sistemática;
Vida comunitária: relutância para participar em todos os aspectos da vida
social comunitária; e
Recreação e lazer: sem resistência para atividades física.

7. ENCERRAMENTO
Nada mais tendo a relatar, a Assistente Técnica Pericial subscreve o presente
parecer, o qual se apresenta impresso no anverso de 20 páginas, sendo a última
datada e assinada. .

São Paulo, xx DE xxxxx DE 2021


ASSINATURA

PROFISSIONAL

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ALGUNS INSTRUMENTOS BASEADOS NA CIF


No âmbito internacional, os dois maiores exemplos de instrumentos baseados na
CIF são o WHODAS 2.0 (World Health Organization Disability Assessment Schedule)
e o MDS (Model Disability Survey).

O primeiro é um instrumento de avaliação genérico desenvolvido pela OMS para


fornecer um método padronizado para medir a saúde e a incapacidade entre
culturas. Foi desenvolvido a partir de um conjunto abrangente de itens da CIF que
são suficientemente confiáveis e sensíveis para medir a diferença feita por uma
determinada intervenção. Isso é conseguido avaliando o mesmo indivíduo antes e
depois da intervenção. Uma série de estudos de campo sistemáticos foi usada
para determinar a aplicabilidade, confiabilidade e validade transcultural do
cronograma, bem como sua utilidade na pesquisa de serviços de saúde. O
WHODAS 2.0 foi considerado útil para avaliar os níveis de saúde e funcionalidade
na população em geral por meio de pesquisas e para medir a eficácia clínica e os
ganhos de produtividade das intervenções. É uma espécie de inquérito de saúde
voltado para a funcionalidade. Sua aplicação é em estudos populacionais para
melhorar ou criar políticas públicas de acessibilidade e de proteção da
funcionalidade humana.

O segundo, da mesma maneira, é um instrumento geral que fornece informações


detalhadas e diferenciadas sobre como as pessoas com ou sem deficiências
conduzem suas vidas e que dificuldades encontram. O MDS ajuda as lideranças
governamentais a identificar barreiras ambientais, o que ajuda na potencialização
ou criação de políticas públicas.

Tanto o WHODAS 2.0 quanto o MDS são questionários elaborados com linguagem
coloquial. As questões são baseadas em categorias da CIF, especialmente as do
componente Atividades & Participação. Elas servem para mensurar os graus de
dificuldade que as pessoas enfrentam em seu dia a dia.

Abaixo é possível encontrar links interessantes sobre os dois instrumentos:


Uma validação do WHODAS 2.0 para a Língua Portuguesa; e
A versão original do MDS em Inglês.

Alguns instrumentos brasileiros, no formato de índices, também foram criados. Um


deles é o conhecido como MPAV: movimento para a vida. É também baseado no
componente Atividades & Participação e dividido em duas partes: dados gerais e
índice. Quanto maior a pontuação, maior o grau de funcionalidade. Esse índice foi
criado para abordar a situação de pessoas com mais de 35 anos.

Um outro índice muito conhecido é o IFBr – Índice de Funcionalidade Brasileiro. A


versão mais atual é a chamada de IFBrM ou “Índice de Funcionalidade Brasileiro
Modificado”. As normas atuais o consideram um instrumento adequado para
aaaaaaa

41
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avaliação, conforme previsto no Parágrafo 2º do Artigo 2º da Lei nº 13.146/2015. Ele


tem o intuito de graduar a perda da funcionalidade para fins de direitos sociais.
Segundo a norma, é um instrumento a ser utilizado pelo Governo Brasileiro para os
fins a que se destinam, considerando a necessidade de mudança de uma
abordagem biomédica para uma abordagem biopsicossocial.

Publicação do CONADE no DOU;


Manual do IFBrM.

É importante ressaltar que esses inquéritos e índices não são a CIF, mas
instrumentos baseados nela com o intuito de ampliar a abordagem para
aspectos que envolvam as atividades humanas, a participação e os fatores
ambientais.

Já no âmbito da qualificação e quantificação da incapacidade (ou


funcionalidade) laboral, também vamos abordar dois instrumentos: a Tabela ESC
e a Metodologia VILE.

A Tabela ESC (do inglês, escape) é baseada na CIF e tem a intenção de


quantificar e qualificar a incapacidade laboral por meio de uma fórmula
dependente, essencialmente, das categorias de Atividade & Participação que
representam as atividades (e não as tarefas) exercidas numa prática profissional
específica. Ela ainda contém questões baseadas nos componentes “funções” e
“estruturas do corpo”, além dos fatores ambientais. Algumas questões acrescem
informações a respeito do cumprimento de normas regulamentadoras. Entretanto,
essas não fazem parte do cálculo. Um artigo importante sobre ela foi publicado
em 2019:

Funcionalidade para o trabalho e perícias biopsicossociais: a nova Tabela ESC.

Abaixo está a Tabela ESC com seu respectivo cálculo.

FATORES AMBIENTAIS (NORMAS REGULAMENTADORAS) - RESPONDA COM O


NÚMERO "1" SIM NÃO

1. O trabalhador era submetido a ruído contínuo, intermitente ou ruídos de


impacto acima dos níveis recomendados (categoria CIF e2500)?
2. O trabalhador era exposto ao calor ou ao frio acima dos níveis recomendados
(categoria CIF e2250)?
3. O trabalhador era exposto a radiações ionizantes ou a agentes químicos
invariavelmente insalubres (categoria CIF e298)?
4. O trabalhador era exposto a poeiras minerais (categoria CIF e2601)?
5. Era exposto a vibrações (categoria CIF e255)?
6. Era exposto a umidade acima dos níveis recomendados (categoria CIF e2251)?

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FATORES AMBIENTAIS (ASPECTOS ERGONÔMICOS) - RESPONDA COM O NÚMERO


"1" SIM NÃO

1. A empresa possui descrições das tarefas e das atividades do reclamante?


Possui descrição dos graus de funcionalidade exigidos ou possíveis para cada
posto de trabalho (categorias CIF de d1 a d9)?
2. Há descrição das características e vulnerabilidades do trabalhador
(categorias CIF de d1 a d9 associadas às categorias de e1, e2 e e4)?
3. Em caso de adaptações, a empresa comprova que fez considerando a
descrição das atividades e não das tarefas (categorias CIF de d1 a d9
associadas às categorias de e1, e2 e e4)?
4. Há laudos ergonômicos baseados nas atividades individuais que comprovam
que havia conforto no trabalho (categorias CIF de d1 a d9 associadas às
categorias de e1, e2 e e4)?

O quadro acima tem conteúdo informativo que não altera o cálculo final da
tabela.

SIL - Selecione de 03 a 07 categorias da CIF que representam a incapacidade


laboral Qualificador de capacidade

Categoria de "d" a escolha do avaliador


Categoria de "d" a escolha do avaliador
Categoria de "d" a escolha do avaliador
Categoria de "d" a escolha do avaliador
Categoria de "d" a escolha do avaliador
Categoria de "d" a escolha do avaliador
Categoria de "d" a escolha do avaliador
Soma

Acima está o quadro mais importante da Tabela ESC. O preenchimento depende


do conhecimento da CIF e das atividades específicas do profissional avaliado.

SPS - Preencha as informações relativas à participação social atual -


responda com o número "1" SIM NÃO

Facilidade para conseguir um emprego (d8450)?


Facilidade para manter um emprego (d8451)?
Facilidade para trabalho autônomo (d8500)?
Facilidade para trabalho em tempo parcial (d8501)?
Facilidade para trabalho em tempo integral (d8502)?

Total (-1) ---

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A Tabela ESC desconsidera 01 ponto devido à proximidade de conceitos entre as


questões do quadro acima.

DF - Vida cotidiana e déficit funcional Responda com "1" para indicar "SIM"

Há algum grau de alteração sensorial (visão/audição)?


Há algum grau de alteração nas funções musculoesqueléticas?
Há algum grau de alteração nas estruturas musculoesqueléticas?
Há algum grau de alteração nas estruturas nervosas?
Há alguma dificuldade na comunicação?
Há alguma dificuldade no cuidado pessoal?
Há alguma dificuldade nas interações pessoais?
Soma

FA - Informe sobre outros fatores ambientais relacionados ao trabalho -


responda com o número "1" SIM NÃO

Tinha tecnologia para o trabalho adequada (e135)?


O ambiente atitudinal era satisfatório (e4)?
Total

Fórmula:

Quantificação da incapacidade laboral:


Qualificação da incapacidade laboral:

Nem sempre, o percentual de incapacidade laboral é o mesmo para


recomendação do percentual indenizatório, pois, isso depende do grau do nexo,
conforme quadro abaixo.

8. Defina o tipo de nexo - responda com o número "1" Marque a opção correta

Causal
Concausal Grau I
(25%) Grau II (50%) Grau III (75%)
Pre-existente
Concorrente
Superveniente

Recomendação de percentual de indenização: _____ .

O valor é determinado pelo percentual de SIL, conforme grau do nexo, quando este
for concausal.

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A última metodologia abordada será a VILE.

Sabemos que não é apenas o Brasil que iniciou o uso da CIF na valoração do
dano, a Associação Médica Americana também adota o modelo há alguns anos,
como podemos ver neste ARTIGO.

Esta necessidade existe porque a Justiça, no decorrer dos anos, tem utilizado
tabelas inespecíficas para este fim, como é o caso da SUSEP. Já os Baremos
internacionais acabam avaliando apenas a alteração funcional de forma
genérica, independente da profissão. Assim, a intenção do Método VILE é
identificar, usando a CIF e a Classificação Brasileira de Ocupações para
quantificar e qualificar a incapacidade laboral.

Para conhecer mais, acesse:


https://www.youtube.com/watch?v=FDLmi382qmU&feature=youtu.be

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. Cordeiro, ES. Tabela ESC: como calcular? Revista CIF Brasil. 2019;11(1):1-3.

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