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Introdução

Os motores CA, em sua maioria, têm características de funcionamento


semelhantes às dos motores CC, embora o seu funcionamento esteja menos
sujeito a defeitos. Isto porque os motores CC apresentam problemas na
comutação que envolve as escovas, os porta-escovas, o plano neutro etc.
Muitos tipos de motores CA nem mesmo usam anéis coletores, e assim podem
proporcionar um funcionamento livre de defeitos durante períodos bastante
longos. Contudo, os motores CA só trabalham bem dentro de uma faixa estreita
de velocidades.
Os motores CA apresentam características excelentes para a operação
a velocidades constantes, porque a velocidade é determinada pela freqüência
da rede de alimentação e o número de pólos do motor.
Os motores CA podem ser trifásicos ou monofásicos. O princípio de
funcionamento é o mesmo em todos os casos, isto é, o de um campo
magnético girante que provoca a rotação do rotor da máquina.
Os motores CA são classificados geralmente em dois tipos principais:
(1) motores de indução;
(2) motores síncronos.
O motor síncrono é um alternador funcionando como motor; aplica-se
CA ao estator e CC ao rotor. O motor de indução difere do motor síncrono por
não ter o seu rotor ligado a qualquer fonte de alimentação, sendo o seu rotor
alimentado por indução magnética.
Nisto, nós preferimos destacar o motor de indução como argumento
principal para a nossa tese.

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No decorrer deste trabalho serão apresentadas as características do
motor de Indução.

Objectivos

Geral

 Estudar as características do motor de indução trifásico.

Específicos

 Estudar sobre a constituição e contrução do motor de indução.


 Descrever as vantagens e desvantagens.
 As zonas de aplicação do motor de indução.

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CAPITULO I- PESQUISA BIBLIOGRÁFICA

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I.1- Motor de indução
Motores elétricos trifásicos

A maior parte da energia elétrica produzida industrialmente é gerada em


corrente alternada (CA) e isso justifica o amplo uso desses motores.
Motor Elétrico é uma máquina destinada a transformar energia elétrica
em energia mecânica. Assim ao ligarmos um motor á rede elétrica, ele irá
absorver uma dada quantidade de energia elétrica e, em troca, acionará uma
carga.
Motor de indução é um motor elétrico construído de tal maneira que se
têm dois campos magnéticos girantes.

I.2- Constituição

A estrutura e construção de um gerador de indução é a mesma que a de


um motor. Um motor de indução é composto basicamente de duas partes:
Estator e Rotor.

 Rotor: que é a parte móvel


 Estator ou Carcaça: que é a parte fixa

O espaço entre o estator e o rotor é denominado entreferro. O estator


constitui a parte estática e o rotor a parte móvel. O estator é composto de
chapas finas de aço magnético tratadas termicamente para reduzir ao mínimo
as perdas por correntes parasitas e histerese. Estas chapas têm o formato de
um anel com ranhuras internas (vista frontal) de tal maneira que possam ser
alojados enrolamentos, os quais por sua vez, quando em operação, deverão
criar um campo magnético no estator. O rotor também é composto de chapas
finas de aço magnético tratadas termicamente, com o formato também de anel
(vista frontal) e com os enrolamentos alojados longitudinalmente.

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I.2.1- Estator

Estator de motor trifásico de corrente alternada.

Estator é a parte de um motor ou gerador


elétrico que se mantém fixo à carcaça e
tem por função conduzir energia elétrica,
nos motores para rotacionar e nos
geradores para transformar a energia
cinética do induzido. Nas máquinas
assíncronas e nas máquinas síncronas
pequenas é nele que, assim como nas
bobinas, é formado o campo magnético
capaz de induzir no rotor uma corrente.

É formado basicamente por ferro tratado termicamente e dotado de


ranhuras (também chamados de canais) no seu interior onde sao alojados as
bobinas, e na sua face externa observa-se que possui aletas para melhor
dissipação do calor.

I.2.2- Rotor

O rotor é o componente que gira (rota) em uma máquina elétrica, seja


esta um motor ou um gerador elétrico.

O rotor é formado por um eixo que


suporta um conjunto
de bobinas enroladas sobre um núcleo
magnético que pode girar dentro de
um campo magnético criado tanto por
um imã ou pela passagem por outro
conjunto de bobinas, enroladas sobre
umas peças polares, que permanecem
estáticas e que constituem o que se
denomina estator de uma corrente
contínua ou alternada, dependendo do
tipo de máquina do qual se trate.

I.2.3- Entreferro
O entreferro (também conhecido como air gap) é o termo utilizado, em
circuitos magnéticos, para denominar o espaço entre o indutor e o circuito
ferromagnético a que está acoplado.

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Por exemplo num motor, chama-se entreferro ao espaço entre o rotor e
o estator. Num indutor com núcleo ferromagnético, chama-se entreferro ao
espaço entre os enrolamentos e o núcleo.

Apesar de ser inevitável, o entreferro nem sempre é uma característica


parasita dos circuitos ferromagnéticos. Por exemplo, num indutor, o aumento
do entreferro evita a saturação do núcleo, e diminui o efeito de Histerese
magnética. Por outro lado, diminui a permeabilidade magnética (tipicamente
para gases, uma vez que depende da substância que preenche o entreferro).

Por outro lado, em motores, o entreferro é indesejado, uma vez que


obriga a criação de um campo magnético mais intenso, para se induzir a
mesma potência no rotor.

I.3- Construção
O motor de indução é o motor de construção mais simples. Estator e
rotor são montados solidários, com um eixo comum aos “anéis” que os
compõem. O estator é constituído de um enrolamento trifásico distribuído
uniformemente em torno do corpo da máquina, para que o fluxo magnético
resultante da aplicação de tensão no enrolamento do estator produza uma
forma de onda especialmente senoidal. A onda eletromagnética produzida pelo
enrolamento é uma função senoidal do espaço e do tempo.

I.4- Tipos
Existem dois tipos de motores de indução trifásicos:

• Motor de indução trifásico, rotor tipo gaiola (rotor curto-


circuitado):
Neste tipo de motor, a gaiola é composta por barras geralmente de alumínio,
latão ou cobre, e anéis de curto circuito. As barras e os anéis formam uma
peça única, ligadas com o pacote magnético do rotor. Por causa destas
características, a união entre as barras e os anéis acabam formando uma
espécie de gaiola, justificando a referência de sua denominação. Não há
necessidade de isolamento entre as barras e o núcleo pois as tensões
induzidas nas barras do rotor são muito baixas.

• Motor de indução trifásico, rotor tipo bobinado (motor de anéis):


No rotor tipo bobinado, o rotor é envolvido por um enrolamento isolado
semelhante ao enrolamento do estator. Os enrolamentos de fase do rotor são
conduzidos para o exterior através de três anéis coletores montados sobre o

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eixo do rotor. O enrolamento do rotor não é ligado a nenhuma fonte de
alimentação.

Os anéis coletores e as escovas tem a função de ligar o rotor com as


resistências variáveis externas, que possuem o objetivo aumentar a resistência
do rotor durante a sua partida. Além disso, as resistências variáveis permitem o
controle de corrente no rotor e a velocidade do motor. Ao atingir a sua
velocidade normal, os enrolamentos são curto-circuitados e então, o
funcionamento passa a ser semelhante ao de um rotor tipo gaiola. Por essas
razões, o motor possui um conjugado de partida elevado e baixa corrente de
partida.

O motor de indução é o motor de construção mais simples. Estator e


rotor são montados solidários, com um eixo comum aos “anéis” que os
compõem. O estator é constituído de um enrolamento trifásico distribuído
uniformemente em torno do corpo da máquina, para que o fluxo magnético
resultante da aplicação de tensão no enrolamento do estator produza uma
forma de onda espacialmente senoidal. A onda eletromagnética produzida pelo
enrolamento é uma função senoidal do espaço e do tempo.

I.5- Princípio de funcionamento

Campo magnético girante como a soma de três vectores

A aplicação de tensão alternada nos enrolamentos do estator irá


produzir um campo magnético variante no tempo que devido à distribuição
uniforme do enrolamento do estator irá gerar um campo magnético resultante
girante na velocidade proporcional à frequência da rede trifásica. O fluxo
magnético girante no estator atravessará o entre-ferro e por ser variante no
tempo induzirá tensão alternada no enrolamento trifásico do rotor. Como os
enrolamentos do rotor estão curto circuitados essa tensão induzida fará com
que circule uma corrente pelo enrolamento do rotor o que por consequência ira
produzir um fluxo magnético no rotor que tentará se alinhar com o campo
magnético girante do estator.

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Como o valor das tensões induzidas no rotor no caso de rotor bobinado
dependem da relação de espiras entre o rotor e o estator, o estator pode ser
considerado como o primário de um transformador e o rotor como seu
secundário.
Este tipo de motor quando acionado por uma turbina e operando com
uma rotação acima da síncrona pode gerar potência ativa e entregá-la ao
sistema onde está conectado, passando então a funcionar como gerador.

I.5.1- Velocidade de sincronismo


Velocidade de sincronismo, também chamada de velocidade síncrona, é
a velocidade de rotação do campo girante. O valor desta velocidade depende
da maneira como estão distribuídas e ligadas as bobinas no estator do motor,
bem como a frequência da corrente que circula no enrolamento do mesmo. É
calculada pela seguinte expressão: Ns= (120.f) / P
Onde:
Ns = velocidade do campo girante, em rpm.
f = frequência da rede de alimentação em hertz.
P = número de pólos.

I.5.2- Escorregamento
O escorregamento é definido como a diferença entre a velocidade
síncrona e a velocidade real do motor, expressa pela fração da velocidade
síncrona. ou SLIP, é a diferença entre a velocidade do campo girante e a
velocidade do rotor, expresso em percentagem. É calculado pela seguinte
expressão: S (%) = (Vs-Vr) / Vs
Onde:
Vs é a velocidade síncrona (Velocidade do C.M.G - Campo Magnético
Girante).
Vr é a velocidade do rotor.

O escorregamento tem influência direta na frequência da força


eletromotriz induzida na barra do rotor. No instante da partida, ou seja, quando
o rotor está parado, o escorregamento é máximo, ou seja, S=1 e a frequência é
igual a da tensão de alimentação.Sabemos que a frequência rotórica depende
da velocidade de corte das linhas de força do campo girante, e como o
escorregamento é diretamente proporcional a essa velocidade, conclui-se que
a frequência rotórica é diretamente proporcional ao escorregamento.

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I.6- Vantagens e Desvantagens dos Motores de Indução

Vantagens:

 Baixo custo e máxima eficácia com manutenção mínima.


 Rendimento elevado para carga média e máxima e pode ser obtido um
bom fator de potência.

Desvantagens:

 Alto custo na perda de produção, grande preocupação com


segurança e risco ambiental se o motor falhar;
 Importante , custo alto de reparo, perda da redundância ou impacto
ambiental se o motor falhar;

I.7- Aplicação dos Motores de Indução:

Aplicações de Motores de Indução de Rotor com Ranhura Polifásica

 Motores de rotor enrolado são adequados para cargas que exigem


alto torque de partida e onde uma corrente de partida menor é
necessária.
 Os motores de indução de rotor enrolado também são usados para
cargas com alta inércia, o que resulta em maiores perdas de
energia.
 Usado para as cargas que exigem um acúmulo gradual de torque.
 Usado para as cargas que exigem controle de velocidade.
 Os motores de indução de rotor enrolado são utilizados em
transportadores, guindastes, bombas, elevadores e compressores.
 O torque máximo está acima de 200% do valor de carga total,
enquanto o escorregamento de carga total pode ser tão baixo
quanto 3%. A eficiência é de cerca de 90%.

Aplicações de Motores de Indução de Rotor de Gaiola Polifásica

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Muitos motores de indução de gaiola polifásica sãodisponível no
mercado para atender a demanda das diversas aplicações industriais e vários
requisitos de condição de partida e funcionamento. Eles são classificados de
acordo com a classe:

Motores Classe A
Os motores Classe A possuem torque de partida normal, altapartida
atual e baixo deslizamento operacional (0.005-0.015). O design tem rotor de
gaiola simples de baixa resistência. A eficiência do motor é alta a plena carga.
Aplicações de motores Classe A são ventiladores, sopradores, bombas
centrífugas, etc.

Motores Classe B
Motores classe B têm torque de partida normal,começando corrente e
baixa corrente de partida e baixo deslizamento operacional. O motor é
projetado, de forma a suportar a alta reatância de fuga, como resultado, a
corrente de partida é reduzida. O torque de partida é mantido pelo uso de um
rotor de gaiola dupla ou de barra funda.

Os motores da classe B são o motor mais comumente usado e usado


para partida de voltagem completa. As aplicações e o torque de partida são os
mesmos dos motores Classe A.

Motores Classe C
Os motores da classe C têm alto torque de partida ebaixa corrente de
partida. Tais motores são da dupla gaiola e barra profunda e possuem maior
resistência ao rotor. As cargas são compressores, transportadores, bombas
reciprocantes, trituradores, etc.

Motores Classe D
Motores da classe D têm o maior torque de partidaem comparação com
todas as outras classes de motores. As barras da gaiola do rotor são feitas de
latão. Estes tipos de motores têm baixa corrente de partida e alto deslizamento
operacional. O valor do escorregão operacional de carga total varia entre 8 e
15%. Assim, a eficiência do motor é baixa.

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I.8- CARACTERÍSTICA DE ALGUNS MOTORES DE INDUÇÃO
TRIFÁSICO DE MARCA "WEG"

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CAPITULO II – CONCLUSÃO

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II.1- Conclusão

Em resumo concluímos que o motor de indução é o mais usado de


todos os tipos de motores, pois combina as vantagens da utilização de energia
elétrica; baixo custo, facilidade de transporte, limpeza e simplicidade de
comando - com sua construção simples, custo reduzido, grande versatilidade
de adaptação às cargas dos mais diversos tipos e melhores rendimentos,
sendo adequado para quase todos os tipos de máquinas acionadas,
encontradas na prática.

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BIBLIOGRÁFIA

https://museuweg.net/blog/a-historia-do-motor-eletrico/

https://pt.wikipedia.org/wiki/Motor_de_indu%C3%A7%C3%A3o

https://www.if.ufrgs.br/~lang/Textos/Motor_induc_ant.pdf

http://www.monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10003840.pdf

https://paginas.fe.up.pt/maquel/AD/MI_sel&aplic.pdf

https://www.feis.unesp.br/Home/departamentos/engenhariaeletrica/catalogo_weg_motores-
eletricos_4-44.pdf

https://edisciplinas.usp.br/mod/resource/view.php?id=1820261

https://static.weg.net/medias/downloadcenter/h32/hc5/WEG-motores-eletricos-guia-de-
especificacao-50032749-brochure-portuguese-web.pdf

https://riverglennapts.com/pt/three-phase-induction-motor/857-classification-of-squirrel-
cage-induction-motor.html

https://pt.slideshare.net/lcfarkas/apresentao-motores-de-induo

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ANEXO

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