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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO
UNIDADE REGIONAL GOIÁS
BACHARELADO EM DIREITO

ASSÉDIO MORAL NO AMBIENTE DE TRABALHO

ISABELLY FERREIRA
LAUANE FIORAVANTE
LUÍS FELIPE DAMÁSIO
THIAGO DIAS

CIDADE DE GOIÁS - GO
2022
ISABELLY FERREIRA
LAUANE FIORAVANTE
LUÍS FELIPE DAMÁSIO
THIAGO DIAS

ASSÉDIO MORAL NO AMBIENTE DE TRABALHO

Pré-projeto de Pesquisa apresentado ao curso de Direito da Universidade


Federal de Goiás, sob a orientação da professora Andrea Abrahao Costa

CIDADE DE GOIÁS - GO
2022
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO - TEMA E PROBLEMATIZAÇÃO ....................................................... 4

1. JUSTIFICATIVA ..................................................................................................... 6

2. OBJETIVOS ..................................................................................................................... 7
3.1 GERAL ................................................................................................................
3.2 ESPECÍFICOS ....................................................................................................

2. METODOLOGIA DA PESQUISA ........................................................................ 8

REFERÊNCIAS .................................................................................................................. 9
INTRODUÇÃO – TEMA E PROBLEMATIZAÇÃO

O assédio moral no trabalho vem ganhando espaço no Brasil, pois conforme dados do
Tribunal Superior do Trabalho (TST), em 2021, houve mais de 52 mil casos relacionados a tal
crime em todo o país (TRT-13, 2022). O aumento de denúncias pode ser atribuído à pandemia
do coronavírus que prejudicou as relações no mercado de trabalho.
A definição de assédio moral provém de um estudo científico nascido no âmbito da
Psicologia e não do Direito, tendo como precursores o Dr. Klaus Niedl, da Universidade de
Viena, o alemão e acadêmico sueco Heiz Leymann; a psiquiatra, psicanalista e psicoterapeuta
francesa Marie-France Hirigoyen e o italiano Harald Ege, entre outros (ZANETTI,2008).
Vale ressaltar que o conhecimento de que o assédio moral é crime é recente nas leis
brasileiras. O primeiro estado a considerar o assédio moral no trabalho como crime foi o estado
do Rio de Janeiro, em 2002. No entanto, apesar da demora de se criar uma lei que permitiu
punir os infratores durante a época em que o abuso moral não era considerado crime no âmbito
federal, os trabalhadores podiam recorrer com outras medidas para denunciar essa prática, tal
como as leis do artigo 7, inciso XXII, inciso VI e 225. Leis essas que afirmam que o empregador
deve manter um ambiente de trabalho seguro e sadio, longe de situações e acontecimentos que
podem prejudicar o trabalhador de forma física ou psicológica (ZANETTI, 2008).
Desse modo, o assédio moral no Brasil, segundo a Constituição Federal, não era
considerado punível dentro da legislação. Esse fato mudou em março de 2019, quando a Câmara
Federal aprovou o projeto de lei N. º 4.742/2001 (CONSTITUIÇÃO FEDERAL), que definiu
a partir de então, o assédio moral no trabalho como crime. Dentro da Constituição, a infração
que conta como assédio moral, segundo essa lei, é uma pessoa que regularmente viola a
dignidade de outra, dentro do ambiente profissional, causando danos psicológicos, ou seja, a lei
só pode ser implementada caso não seja um ato único. A pena estipulada foi determinada para
detenção de um a dois anos e multa, aumentada de um terço se a vítima for menor de 18 anos.
Apesar da demora de uma lei federal, alguns municípios e estados já tinham se
comprometido a leis que condenavam o assédio moral no trabalho, no entanto, essas só eram
aplicadas quando o assedio ocorria em relação aos servidores públicos. O primeiro município
a tornar lei esse tipo de assédio foi o de Iracemápolis (SP), restrita aos servidores públicos com
a Lei n 1.163/2000 (ZANETTI, 2008).

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Além disso, o assédio moral ligado à saúde é um problema da sociedade moderna
(HIRIGOYEN, 2010), pois o psicológico das vítimas é abalado, ainda mais que não tem
demonstrações diretas reiteradamente, assim, elas não o concretizam como real. Isso gera
transtornos no presente e no futuro delas, afetando tudo ao seu redor (ZANETTI, 2008).
A concretização da lei que discorre sobre tal crime foi um importante passo para
combater esse no território nacional, porém muitas vítimas acabam passando por situações que
se caracterizam como assédio moral sem saberem identificá-las, principalmente desde o início
da pandemia do coronavírus, uma vez que os patrões não reajustaram o processo produtivo para
o modelo home-office (FILHO e SABINO, 2021, p.7). Dessa forma, o presente estudo busca
responder a seguinte questão da pesquisa: Como identificar o assédio moral no trabalho em
tempos que ele começa ser bastante abordado na mídia e no meio social?
Assim, o estudo tem como objetivo ajudar os indivíduos a identificar o assédio moral
no ambiente de trabalho. Especificamente, analisar se esse crime em um cenário de pandemia
é mais recorrente, explicar a relação existente entre o poder do patrão e o abuso que leva ao
assédio moral e observar as consequências em âmbito de saúde da vítima.

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1 JUSTIFICATIVA

O assédio moral é um tema de grande relevância social e tem sido bastante abordado na
atualidade, está presente em diversos setores da sociedade brasileira. Tem sua origem na
evolução das relações de trabalho no sistema capitalista, com grande repercussão na área
jurídica. É um fenômeno que ocorre, em grande parte, de forma imperceptível nas relações
sociais, especialmente no ambiente de trabalho. É caracterizado por comportamentos abusivos
que agridem a integridade física e psíquica de um ou mais indivíduos, ferindo a dignidade da
pessoa humana.
No âmbito jurídico, o assédio moral no trabalho constitui-se como crime segundo a Lei
N. º 4.742/2001, de março de 2019, e possui amparo na Constituição Federal em seus artigos
1º, incisos III e IV, 7º, inciso XXII, 170, inciso VI e 225. Entretanto, a legislação apenas atenua
o problema, já que falta conscientização por parte da sociedade para identificar o assédio moral,
seja da vítima, do agressor, ou mesmo dos juízes responsáveis pela definição de cada caso
concreto, gerando insegurança jurídica acerca do tema.
Como forma de solucionar a falta de conscientização social acerca do tema, o trabalho
terá como objetivo identificar e caracterizar o assédio moral no ambiente de trabalho e
apresentar os respectivos dispositivos legais que criminalizam esse fenômeno. Para alcançar tal
objetivo, foram utilizadas diversas pesquisas explicativas e bibliográficas de estudos científicos
que trazem definição acerca do tema e o caracteriza, além das consequências físicas e psíquicas
à vítima.

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2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral

• Conhecer como o assédio moral ocorre no ambiente de trabalho como um fator


prejudicial para a vítima, uma vez que essas têm sua saúde física e/ou mental
comprometida. Além disso, busca compreender as medidas legais cabíveis para esse
crime.

2.2 Objetivos Específicos

• Analisar se o assédio moral no trabalho aumentou devido a pandemia do coronavírus.


• Explicar a relação existente entre o poder do patrão e o abuso que caracteriza tal crime.
• Observar as consequências físicas e psicológicas que afetam a saúde da vítima.

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3 METODOLOGIA DE PESQUISA

Com o objetivo de se chegar a uma resposta a uma conclusão bem estruturada da


problemática aqui apresentada sendo está a de identificar o assédio moral no trabalho em
tempos que ele começa ser bastante abordado na mídia e no meio social. Foi utilizada uma
junção de pesquisas explicativa e bibliográfica.
Foi utilizado, não somente, mas como ponto principal o livro “Assédio Moral no
Trabalho” de Robson Zanetti, que trabalha fundamentalmente com a abordagem aqui tratada,
mas vai além, o autor aborda em sua obra visões esclarecedoras de como o assédio moral afeta
a vítima, e como essa fica com sequelas, às vezes, permanentes, seja fisicamente ou
psicologicamente como já mencionado anteriormente. Porém para se desenvolver melhor tal
problemática e posteriormente uma clara devolutiva, autores como Rodolfo Filho, Clarissa
Sabino, Marie – France Hirigoyen, Cyntia Silva, foram importantíssimos para tal resultado e
seus textos, artigos e livros, mediaram e nortearam o caminho para tal pesquisa. A forma como
se procede o estudo deste trabalho está estruturalmente forjada sobe fontes de pesquisas
secundarias, e um claro exemplo disso é o próprio livro de Zanetti que foi o ponto chave e
desencadeador dos demais. Utilizar a percepções de outros autores demostra a relevância do
tema abordado, fazendo com que sua definição seja difundida e discutida.
Esse método escolhido esclarece o tema e suas possíveis suposições, desmitificando
ideias errôneas.

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REFERÊNCIAS

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília,


DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988.

FILHO, Rodolfo Pamplona; SABINO, Clarissa Nilo de Magaldi. Assédio Moral em Tempos
de Pandemia. Revista LTr, São Paulo, vol.84, n.12, (p.8 a 12).

HIRIGOYEN, Marie-France. Mal-Estar no Trabalho: Redefinindo o Assédio Moral. Rio de


Janeiro: Bertrand Brasil, 2010.

MODESTO, Celina. Em 2021, Justiça do Trabalho registrou mais de 52 mil casos de


assédio moral no Brasil. TRT-13, Paraíba, 03 de maio de 2022. Link – acesso em 25/08/22:
https://www.trt13.jus.br/informe-se/noticias/em-2021-justica-do-trabalho-registrou-mais-de-
52-mil-casos-de-assedio-moral-no-brasil.

SILVA, Cyntia, BOLIS, Ivan, CÉSAR, Paulo. Assédio moral no trabalho na literatura
francesa e contribuições da ergonomia francófona. Eprepro, Paraná, 2020.
Link – acesso em 19/08/22:
Users/POSITIVO/Downloads/10102020_231019_5f82701bb361c.pdf

ZANETTI, Robson. Assédio moral no trabalho. Curitiba, 2008.Link – acesso em 10/08/22:


http://www.robsonzanetti.com.br/v1/ebook.php. Acesso em: 21 nov. 2008.

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