DE ESTRUTURAS METÁLICAS
ESTRUTURAS METÁLICAS
LIGAÇOES SOLDADAS
As soldas de filete são as mais utilizadas em ligações soldadas devido à sua economia, sua
facilidade de execução e sua adaptabilidade. As soldas de filete têm geralmente a forma de
um triângulo isósceles reto. Normalmente os dois lados do triângulo são iguais e o ângulo
entre eles é de 90º, porém para ligações inclinadas pode-se ter um ângulo agudo entre 60º
e 90º ou um ângulo obtuso entre 90º e 135º. Permite-se um afastamento de até 5 mm
entre as peças a serem soldadas porém se este afastamento for maior do que 1,5 mm a
dimensão da solda “w” deverá ser acrescida do valor do afastamento (obs.: estas limitações
são da AWS e diferem um pouco das limitações da NBR 8800:1986).
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• Dimensões mínimas e máximas dos filetes de solda
As soldas de filete executadas ao longo de bordas das peças soldadas devem ter sua dimensão
limitada a um máximo. A dimensão máxima de uma solda de filete que pode ser usada ao longo
de bordas de partes soldadas é a seguinte: 1) Ao longo de bordas de material com espessura
inferior a 6,35 mm, não mais do que a espessura do material; 2) Ao longo de bordas de material
com espessura igual ou superior a 6,35 mm, não mais do que a espessura do material subtraída
de 1,5 mm. O objetivo desta limitação é evitar que seja fundida a borda de chapas com espessura
de 6,35 mm ou mais, o que levaria a avaliações erradas da garganta efetiva da solda (Fig. III.13).
Portanto, para chapas com espessura maior ou igual a 6,35 mm a borda da chapa deve ser
facilmente identificada.
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• COMPRIMENTO DAS SOLDAS DE FILETE (NB-14 ITEM
7..2.6.2)
O comprimento efetivo mínimo de uma solda de filete, dimensionada para uma solicitação
de cálculo qualquer, não pode ser inferior a 4 vezes sua dimensão nominal ou, então, essa
dimensão nominal não pode ser considerada maior que 25% do comprimento efetivo da
solda. Adicionalmente, o comprimento efetivo de uma solda de filete sujeita a qualquer
solicitação de cálculo não pode ser inferior a 40 mm. Quando forem usadas somente
soldas de filete longitudinais nas ligações extremas de barras chatas tracionadas, o
comprimento de cada filete não pode ser menor que a distância transversal entre eles
(Fig. III.14). O espaçamento transversal de soldas de filete longitudinais usadas em ligações
de extremidade não pode ultrapassar 200 mm, a menos que no projeto sejam tomadas
medidas para evitar flexão transversal excessiva na ligação.
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Os retornos de solda são utilizados para reforçar as soldas de filete onde elas
são mais solicitadas e assim evitar fissuras e rasgamento progressivo ao longo
do comprimento da solda. Os retornos de soldas devem contornar
continuamente os cantos numa extensão não inferior a duas vezes a
dimensão nominal da solda. Eles devem ser utilizados em soldas laterais de
consolos e de assentos de apoio de vigas submetidos a cargas cíclicas
(Fig. III.17).
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• Retornos de Soldas de Filete
x
comprimento efetivo do filete)
Sendo que a garganta efetiva de uma solda de filete é igual á menor distância medida
da raiz á face plana teórica da solda.
Raiz da solda: é a interseção das faces de fusão.
Estrutura metálicas
• ÁREA EFETIVA
Face da solda
Área afetiva Aw
Raiz
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• ÁREA EFETIVA
Rn = ( 0.6 x fm) Aw
Aw = t ΔL
Pode-se ter:
✓ Penetração total- A espessura da garganta é á
espessura da chapa de menor dimensão.
✓ Penetração parcial- A garganta corresponde a
espessura do chanfro.
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✓ Penetração total
As soldas de entalhe são utilizadas geralmente para conectar duas placas que
estão alinhadas no mesmo plano ( junta de topo). Neste caso a solda é
executada num entalhe entre as bordas das duas placas. As soldas de entalhe
podem ser utilizadas também em juntas “T” e em juntas de canto. As soldas
de entalhe podem ser de penetração total, quando executadas em toda a
espessura do metal base, ou de penetração parcial, quando executada em
parte da espessura do material. As soldas de entalhe devem se estender por
toda a largura das partes conectadas. Não são permitidas soldas de entalhe
intermitentes.
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✓ Penetração total
− Garganta efetiva, “tw” – para uma solda de entalhe de penetração total a garganta
efetiva é a menor das espessuras das chapas conectadas (para juntas de topo) ou a
espessura da chapa que recebe a solda em sua borda (para juntas “T”).
− Comprimento efetivo, “lw” – é o comprimento real da solda que, no caso da solda
de entalhe, deve coincidir com a largura da peça ligada.
− Área efetiva, “Aw” – é o produto da garganta efetiva pelo comprimento efetivo.
− Ângulo do entalhe, “α” – ângulo formado entre as duas faces de fusão
. − Profundidade do chanfro “S” – altura de preparação do entalhe.
− Abertura da raiz, “R” – afastamento entre as partes conectadas.
− Nariz do chanfro, “f” – parte da espessura que não foi chanfrada.
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✓ Penetração total
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✓ Penetração total
A soldagem para soldas de entalhe de penetração total é feita por ambos os lados
da junta ou apenas por um lado. Quando a soldagem é feita pelos dois lados, a
raiz do primeiro passe de solda deve ser limpa até eliminar todas impurezas: este
processo de limpeza da raiz do primeiro passe de solda é chamado de extração
de raiz. Após a extração de raiz pode ser executada a solda do lado oposto ao
lado onde foi executado o primeiro passe. Na execução dos demais passes de
solda deve-se sempre limpar cuidadosamente a escória na superfície do passe
anterior. Quando a solda é executada somente de um lado coloca-se uma chapa
de espera do lado oposto (backing bar). Neste caso não há extração de raiz.
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✓ Penetração total
Podem ser usadas soldas de tampão em furos ou rasgos para transmitir forças
paralelas às superfícies de contato em ligações por superposição ou para evitar
flambagem (ou separação) das partes sobrepostas, e para ligar componentes
de barras de seção composta. Estas soldas são executadas com as partes sobre
postas em contato, através da deposição do metal de solda em furos circulares
ou em rasgos em uma das partes. As aberturas podem ser parcialmente ou
totalmente preenchidas com solda, dependendo da sua profundidade. A
capacidade de carga de uma solda de tampão é dada pelo produto da área do
furo (ou do rasgo) pela tensão admissível da solda. As soldas de tampão não
devem ser submetidas à cargas de tração. A área efetiva de cisalhamento de
uma solda de tampão, em furo ou rasgo, deve ser igual à área nominal da
seção transversal do furo ou rasgo no plano das superfícies em contato.
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• SOLDA DE TAMPÃO
Seguem algumas limitações que devem ser obedecidas pelas soldas de tampão
(Fig. III.26):
− O diâmetro dos furos para soldas de tampão em furos não pode ser inferior à
espessura da parte que os contém acrescida de 8 mm, nem maior que 2,25
vezes a espessura da solda.
Estas juntas estão representadas na Fig. III.7 e a cada uma delas é associada
uma letra de identificação, de acordo com a norma AWS D1.1. Esta letra
servirá posteriormente para designar cada um dos tipos de juntas
pré-qualificadas da AWS.
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• EXEMPLOS DE APLICAÇÃO DA SIMBOLOGIA DE SOLDA
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• JUNTA DE TOPO
Junta “T” – este tipo de junta é utilizado para fabricar seções tais como perfis
I ou H e perfis “T”, assim como para ligações de enrijecedores, consoles e
demais peças que formam ângulos retos entre si. Este tipo de junta é
especialmente útil na ligação de perfis compostos por tiras de chapas planas
que podem ser unidas por soldas de filete ou soldas de entalhe.
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• JUNTA DE CANTO