EXCELENTÍSSIMO SENHOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL-REGIONAL

ELEITORAL DO ESTADO DE .....

IMPETRANTE:
IMPETRADO: Juiz Eleitoral da ...ª ZONA ELEITORAL DE ................../...

.................., (identificação completa), vem respeitosamente perante Vossa Excelência e

a este egrégio Tribunal-Regional Eleitoral, por intermédio de seu procurador, com
amparo no artigo 1º da Lei 12.016/2009, impetrar MANDADO DE SEGURANÇA
com pedido liminar, apontando como autoridade coatora o MM. Juiz Eleitoral da ...ª
Zona Eleitoral, pelos fatos abaixo narrados:

Inicialmente esclarece o impetrante que o presente mandamus é utilizado com o

objetivo da reforma da r. decisão proferida no âmbito do procedimento de providências
diversas n. ........,em trâmite perante a ...ª Zona Eleitoral de .................., à míngua do
cabimento de outra espécie recursal, com o respaldo da Súmula 267, Supremo Tribunal
Federal.
Para fins de atuação na propaganda eleitoral alusiva às Eleições 2020, a
impetrante contratou o veículo (descrição completa do veículo como marca, modelo,
placas), como carro de som e para divulgação da campanha de seus candidatos.
Contudo, em .../.../....., o veículo foi apreendido pela polícia militar, constante do
registro de ocorrência que o fora por determinação da ilustre autoridade apontada como
coatora, por estar infringindo o disposto no art. 39, § 3º, I, da Lei 9.504/97.
A impetrante, diante dessa situação, dirigiu requerimento ao impetrado,
pleiteando a liberação do veículo, ao fundamento de que o poder de polícia sobre a
propaganda eleitoral não poderia inibir aquela que se faz de maneira lícita, o que ocorre
com a circulação do veículo, obedecendo as restrições legais. Assim, não seria
pertinente a permanência da apreensão em definitivo e por prazo indeterminado,
notadamente, porque já se passaram mais de 15 dias da apreensão.
Contudo, o impetrado, nos termos do despacho cuja cópia se apresenta, indeferiu
o requerimento ao fundamento de que estava agindo preventivamente e para moralizar o
processo eleitoral.
Não obstante o respeito que se devota àquele douto magistrado, não se pode
compadecer com aquela compreensão. Isso, porque a impetrante, como responsável
pelo veículo, não respondeu a qualquer representação ou reclamação por propaganda
irregular. Mesmo que eventualmente o veículo tenha trafegado em condições não
permitidas pela lei eleitoral, o acontecimento foi instantâneo e em seguida saneado.
 Dessa maneira, não há razões para a permanência da apreensão ao veículo, em
claro prejuízo à impetrante, que se vê inibida de realizar plenamente a sua propaganda
eleitoral. As medidas inerentes ao poder de polícia não pode significar confisco ou
contenção ao direito de propriedade e mesmo de realização de todos os meios de
propaganda lícitos.
Diante desse quadro, a impetrante tem direito líquido e certo na obtenção da
devolução do veículo, para seu emprego na propaganda eleitoral.
Estão presentes os pressupostos para a concessão da liminar, em face da
relevância do fundamento invocado, considerando que o fumus boni iuris se perfaz com
a consagração da plausibilidade do que se sustenta no plano jurídico, bem assim, o
periculum in mora se mostra factível, porquanto, não havendo a restituição do veículo
nesse estágio, a fluência célere do período de autorizado para propaganda dentro do
processo eleitoral transformará o eventual provimento final a seu favor em mera
declaração de boas intenções, sem qualquer funcionalidade.
Destarte, requer seja liminarmente suspenso o ato judicial que indeferiu a
devolução do veículo à impetrante, determinando a sua restituição.
Por todo o exposto, requer, ainda, seja notificada a ilustre autoridade coatora
para prestar as informações de praxe, ouvida a Procuradoria-Regional Eleitoral e,
dando-se provimento ao recurso, concedendo-se a segurança pleiteada, para reformar a
r. decisão, determinando-se em definitivo a restituição do veículo à impetrante.
Termos em que pede e aguarda deferimento.
(Local e Data) ..................................
Advogado OAB/... – nº ............