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Aterramento elétrico 8
Capitulo VII
Medigao da resisténcia de aterramento
e dos potenciais de superficie
Quando da ocorrencia de uma falta
para terra em uma instalagio, a correntes
dispersas pelo sistema de aterramento
provocam surgimento de diferengas de
potencial entre pontos da superficie do
solo (tensio de passo), partes metalicas
aterradas da instalagio e 0 solo (tensio
de toque), ircuitos que, de alguma forma
‘steam ligados ao sistema de aterramento
pontos distantes da superficie do solo ou
‘outros sistemas de aterramento afastados
(por potencial transferido).
A medizao no campo éoprocedimento
mais eficaz para a verificagdo dos valores
da resisténcia Shmica do detrodo de
aterramento ¢ dos valores dos potenciais
de passo e toque calculados em projeto,
pire determincio de valores
Finalidade de pesquisa, verificagio de
niveis de seguranca em instalagSes antigas,
‘ou sinda, em ensaios de comissionamento
dd instalagdes nova.
A norma ABNT NBR 15749 - Medico
de resiséncia de aterramento © dos
potenciais na superficie do solo apresenia
dois mé&odos de medigio: método da
{queda de potencial e métado da queda ée
potencial cor
Sao apresentadas as _medidhs de
segut
jevdo de alte corrente,
nga que devem ser tomadas para
diminui 0 risco de acidentes reativos a
Parte 1
potenclais perigos que possam ocorrer nas
proximidades de sistemas de aterramento
fou em estruturas condutoras aterradas
espociicedes também os requisites
aplicéveis aos aparelhos destinados a
‘medir a resistencia de aterramento,
Anorma abords osprosedimentes para,
se avaliar sistemas interligados, onde haja
Inceresseem se verifcar o comportamento
do sistema de aterramento como um
todo, envolvendo ndo s6 a malha, como
também os cabos para-raios de linhe de
transmissdo, neutros de alimentadores,
Dlindagem de cabos de potencia isoledes.
fe outros que, por ventars, a ela estjam
Tigados em condigaes operativas normsis.
De modo a manter a continuidade do
servigo, cada ver mais énecessirio realizar
medicdes com instalagbes energizadas
Esta situasio tem m
‘maior foro impacto da descontinuidade do
servige. A norma aborda as providincias
que devem ser adotadas para que seja
possivel realizar as medigdes sob diversos
ccondicionantes, incluinde a escolha do
métedo de medigio, os rafdos e tensBes
espliriss ou de desequilibrio a que esto
importincia quanto
sujltas, os sspectos de seguranga dos
profissionais, 0s cuidados operatives
durante a medigdo, a posibilidade de
‘energizagio remota, 4 priticidade de
medigdo e 0 seu escepo, sea ele voltado
a0 estude de fendmenos em frequéncia
industrial ou de transitrios.
Neste primeiro artigo trataremos da
medigo da resistencia de sterramento.
Mérovo Da QUEDA DE POTENCIAL
© metodo da queda de potencial &
recomendado para medigio de resistencia
de aterramento através de equipamento
specifica (terrometro).
© método consiste basicamente em
fazer circular uma corrente através dt
mulha de aterramento sob enssie por
intermédio de um eletrodo ausiliar de
corrente ¢ medi a tensdo entie a malha
de aterramento e 0 terra de referencia
(terra remoto) por meio de uma sonda ou
cletrodo ausiiar de potencial, conforme
indicado na Figura 1, em que () & 2
corrente de enssio, (5) © borne para a
sonda ou eletrodo auxiiar de potencial,
(H) 0 borne para o eletrodo auxiliar de
corrente € (E) 0 borne pars a malha de
aterramenta sob medicio.
Os eletrodos de corrente ¢ de potencisl
so constitudes, cada um, de uma ou mais
hhastes metilicas interligadas.¢ cravedas
firmemente no soo, afi de garantira menor
resistencia de aterramento do conjunto, 23
Figura 1~ Método da quede de potensiak
No processo de medigio, o eletrodo de potencial deve ser deslocado ao longo de
uma dregio pré-deiinida, a partir da periferia do sistema de aterramento sob ensaio, em
intervalos regulares de medigio igual a 5% da distincia "A " (periferia do aterramento,
até letrodo de corrente), fazendo-se a Ieitura do valor da resisténcia em cada posicio,
Otcém-se, assim, a curva de resisitucla em funcdo da distancia conforme indicado na
2) s0 0 deslocamento do eletrodo de poten: lone com a dizecio &
sentido do eletrodo de conrente(H), este sikimo estiver a uma distancia satisfatéria
luéncia do sistema ensaiado (E)), € obtida uma curva
(maior que a zona de i
somelhante & curva "a" da Figura 3; <
ofcIGe
NOVEL
Aterramento elétrico &
b) se 0 deslocamento do eletrodo de
potencial (S) for coincidente com a
diregio e sentido do eletrodo decorrente
(11) e este dltimo estiver a uma distancia
inouficiente (menor que a zona de
influencia do sistema enstiado (E)), €
cobtida uma curva semelhantea curva "b*
da Figura 35
) pare efeitos de
acoplamento entre os circuitos de
cortente e potencial, ou ainda, se for a
linica alternativa pritica vidvel, caso 0
letrodo de potencial (S) se destocar na
mesma diregio e em sentido contritio
40 eletrodo (H), pera o outro lado do
sistema sob ensaio (E), partindo do
principio de que o espagamento entre
(H) ¢(E) seja satisftério, & obtida uma
‘curva semelhante curva c" da Pigura 3
0 trecho horizontal (patamar) das
ccurvas “t"¢ °c" da Figura 3 representa 0
valor da resisténcia de aterramento do
sistema sob ensaio,
Teoricamente, o valor da resisténcia
de alerramento obtido com o eletrodo de
pote
contrério ao eletrodo (H) € ligeiramente
menor que 0 reel, conforme indica a
Figura 3.
No método da queda de potencial,
© eletrodo de corrente (H) deve estar a
‘ume distancia "d” da periferia do sistema
de sterramento sob enssio (E) de pelo
(S) deslocanda-se em sentido
menos teés vezes a maior diagonal (d)
deste sistema. No entanto, devem ser
feltes verificagoes, mudando a posicto
do cletrodo de potencial (8), 5% de “é”
para a diet (S1) e para esquerda (S2)
a posigio intial (8), para garantir que
as medigBes estio sendo exeeutadas sem
sobreposigio as areas de influéncia
do sistema de aterramento sob ensalo
€ © eletrodo de corrente, Nio hi
sobreposigio entre as reas de influéncia
se a porcentagem entre a diferenca dos
valores medidos com 0 eletrodo de
potencial em (SI) ¢ ($2) eo valor medido
em (5) nao ultrapassar 10%,
Para um solo homegéneo, com
sistemas de aterramento pequencs ¢
afastamento (d) adequado entre (HH)
fe (E), teoricamente, 0 deslocamento
do eletrodo potencial (S) no mesmo
sentido do eletrodo de corrente (1)
apresents, para um determinado ponto
(Sn), distante de (E) 61,89 da distancia
(@),0 valor verdadeiro da resistencia do
sistema de aterramento sob enssi.
Para solos nio homogéneos e/ou
sistemas de aterramento complexos,
toma-se muite dificil
ego Pd wn
‘oadequada de (Sn). A Figura 4
presenta, para sistemas de ateramento
Pequenos, um grafico relacionando p/d
(em valores percentuais) com hid (Sendo
ha profundiade dh primeira camads
do solo ndo homogéneo) para diversos
valores do coeficiente de reflexao (K),
dade pela relagio entre diferenga e 4
soma das resistividades da segunda (p2)
€ da primeira (pl) camades do solo [k=
(p2- pI (62+e)]
Figura 4 Posigio do eletrode auxliar de potencial para um solo de das camadas (ivene|
Aterramento elétrico &
ERROS DE MEDICKO
A fim dese evitar | minimizar
erros nos valores medides alguns
procedimentas devem ser adotados, ais
A Iocalizagio do dletvodo de
corrente (H) deve ser tal que, a0
longo do caminhamento até o sistema
de ®),
condutores “elétricas” enterrados como,
sramento existam
por exemplo, tubulagdes, contrapesos
continuos de linhas de transmissio, ete
= As medigies devem ser execuladas
com os eletrodos de corrente e potencial
alinhados ena mesma diregio e sentido;
= Devem-se afastar fisicamente 0s cabos
de interigagao dos eircuttos de corrente
poten
acoplamento, notadamente quando se
tratar de medigoes ce resistencia de
reduzindo © feito de seu
aterramento com valores muito baixos,
€ particularmente envolvendo sistemas
de aterramento de grande porte, 0s quais
cexigem grandes comprimentos de cabot
para a realizagio das medigdes:
A comente de ensaio € fungl0 da
resisténcia de sterramenta do eletrode
de corrente. Eletrodos com poucas hastes
em paralelo ou em solos de resistividades
akas podem
Daixas de ensaio incompativeis com as
ccortentes Indicadas pelos. fabricantes
dos instrumentos de medisio, quando
definem as precisbes dos _mesmos.
Como regra pritica, a resistencia de
aterramento do eletrodo de corrente
propiciar correntes
uusualmente deve ser inferior a 5000,
devendo a relagio entre & resistencia de
aterramento do eletroda de corrente ¢
a resisténcia do sistema de aterramento
10 exceder 1000: 1, sendo
preferiveisrelagdes abaixo de 100: I;
Potenciais galvanicos, polarizagao ¢
seb ensaio
les continuas parasites podem
interfer seriamente nss medicdes feitas
com instrumentos de corrente continua.
De modo geral, 05 iastrumentos usados
devem operam em corrente alternada
(nao necessariamente senoidal);
Realizar osensaios com uma frequincia
diferente das
parasites presente, circulando no solo,
correntes _alternadas
no sistema de atezramento seb ensaio
ou nos circuites de ensaio. Instrumentos
que pecmitem yariar 2 frequency da
tensdo aplicada +80 perticularmente
sdequados para o caso; 2 utilizacio
de fitros efou instrumentos de banda
‘streitas3o também alternativasvidveis.
LimrTagGes Na APLICAGAO DO
aéropo
[Em determinadas situagies torna-se
muito dificil ou mesmo impossivel
2 aplicagio do método di queda
dle potencial. Entre estas situagses,
destacam.se as seguintes:
Nas instalagdes urbanas em regides
densamente povoadas, frequentemente,
& impossivel langar 0s circuitos de
contente © de potencial nas distincias
necessiries para se fazer uma medicio
confiivels
Na medisio da resisténcia de
aterramento de sistemas de grande
porte existe a necessidade de se estender
los de corrente © potencial
4 distancias muito grandes. as yeres
de varios quilometros, 0 que dificuta
enormemente a medigio. Outro
sspecto importante & que estes sistemas
apresentam, usualmente, resistencias de
sterramento muito baisas (inferiores a
1,0 0). Nestes casos, a incerteza quanto
20s resultados obtidosem decorréncia de
virios fatores abordados (acoplamento,
impedincias de circuito de ensaio,
sensibilidide do instrumento e outros)
pode ser apreciével
Além disso, em sistemas de
sterramento de grandes dimensies, @
reatincia pode ser significativa quando
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