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EXAME FILOSOFIA 11º ANO

LÓGICA

· Proposições

Simples/Atómicas- não se podem dividir

Ex: Vou à praia.

Complexas/Moleculares- podem-se dividir

Ex: Vou à praia e vou jantar fora.

· Proposições categóricas

A- Todos os quadros são pretos (universal afirmativa) AfIrmo

I- Alguns quadros são pretos (particular afirmativa)

E- Nenhum quadro é preto (universal negativa) nEgO

O- Alguns quadros não são pretos (particular negativa)

Regra das contraditórias (A-O; I-E) - duas proposições contraditórias não podem ser ambas
verdadeiras, nem podem ser ambas falsas ao mesmo tempo.

Regra das contrárias (A-E) - duas proposições contrárias não podem ser ao mesmo tempo
verdadeiras, podendo no entanto ser as duas falsas
Regra das sub-contrárias (I-O) - duas proposições sub-contrárias podem ser ao mesmo tempo
verdadeiras mas não podem ser ao mesmo tempo falsas.

Regra das sub-alternas (A-I;E-O) - duas proposições sub-alternas não podem ao mesmo tempo
ser ambas falsas ou ambas verdadeiras.

Se o suspeito do crime hesitar no interrogatório, então esconde alguma coisa. Como o suspeito
hesitou no interrogatório e ficou em silêncio, logo, podemos concluir que ele esconde alguma
coisa.

dicionário: P – O suspeito hesitou no interrogatório

Q – O suspeito esconde alguma coisa

R – O suspeito ficou em silêncio

formalização: (P →Q); (PɅR) ∴Q


ou...ou _V_ disjunção Será verdadeira quando as proposições

exclusiva forem diferentes ( uma V e outra F)

· Verdade e Validade

Verdade - Valor lógico que diz respeito ao conteúdo material, à relação com a realidade

Validade – Valor lógico que diz respeito ao cumprimento de regras da Lógica

A validade ou invalidade de um argumento prende-se com a relação entre as premissas e a


conclusão: é inválido se as premissas forem verdadeiras e a conclusão for falsa

Um argumento com conclusão verdadeira pode ser válido e sólido;

A validade não implica a verdade;

Argumento sólido ou correcto: aquele que, possuindo forma válida, apresenta também
conteúdo verdadeiro.

· Regras que é sempre válido

Negação dupla :Não é verdade que o conhecimento não vem da experiência. Logo, o
conhecimento vem da experiência.

¬¬P

∴P

Modus ponens :Se Deus existir, a vida tem sentido. Ora, Deus existe. Logo, a vida tem sentido.

P→Q
P

∴Q

Modus tollens :Se Deus existir, a vida tem sentido. Dado que a vida não tem sentido, segue-se
que Deus não existe.

P→Q

¬Q

∴ ¬P

Contraposição :Se Deus existir, a vida tem sentido. Portanto, se a vida não tiver sentido, Deus
não existe.

P→Q

∴ ¬Q → ¬P

Silogismo disjuntivo: Deus existe ou a vida é absurda. Ora, Deus não existe. Daí que a vida seja
absurda.

P∨Q

¬P

∴Q

Silogismo hipotético: Se a arte agrada, então é bela. Se é bela, tem valor. Logo, se a arte agrada,
tem valor.

P→Q

Q→R

∴P→R
Leis de De Morgan:

Não é verdade que a arte é bela ou provocatória. Logo, a arte não é bela nem é provocatória.

¬(P ∨ Q)

∴ ¬P ∧ ¬Q

Não é verdade que a democracia e a ditadura sejam boas. Assim, ou a democracia não é boa ou
a ditadura não é boa.

¬(P ∧ Q)

∴ ¬P ∨ ¬Q

FALÁCIAS

Uma falácia é um erro de raciocínio ou de argumentação

· Falácias formais

Falácia da afirmação da consequente: Se Deus existir, a vida tem sentido. Dado que a vida tem
sentido, segue-se que Deus existe.

P→Q

∴P

Falácia da negação da antecedente: Se Deus existir, a vida tem sentido. Dado que Deus não
existe, segue-se que a vida não tem sentido.

P→Q

¬P

∴ ¬Q
· Falácias informais

Falácia da ignorância

Argumento que consiste em refutar um enunciado, só porque ninguém provou que é verdadeiro, ou em
defendê-lo, só porque ninguém conseguiu provar que é falso.

Ex: Ninguém conseguiu provar que Deus existe. Logo, ele não existe.

Falsa relação causal

Concluir que há uma relação de causa-efeito, só porque dois acontecimentos ocorreram


simultaneamente por exemplo.

Ex: O gato miou quando eu abri a porta. Logo, o gato miou porque abria porta

Falácia da petição de principio ou raciocinio circular

consiste em adoptar, para premissa de um raciocínio, a própria conclusão que se quer demonstrar e não
acrescentar conhecimento.

Ex: Tudo o que a bíblia diz é verdade, porque foi escrita por inspiração divina. A bíblia diz que Deus
existe. Logo, Deus existe.

Falácia do falso dilema:

apresentação de duas alternativas como sendo as únicas existentes em dado universo, ignorando ou
omitindo outras possíveis.

Ex: Ou estudas muito ou serás um fracassado na vida. Não estudas muito.

Logo, serás um fracassado na vida.

Falácia da derrapagem:
Consiste em mostrar que uma proposição é inaceitável, extraem-se consequências dela e consequências
das consequências... chegando-se a uma consequência inaceitável.

Ex: Se eu abrir uma excepção ao João, depois o André também vai querer. E se abrir uma excepção ao
João e ao André, a Luísa também vai querer. E tenho de abrir excepções a todos. Logo, não posso abrir
qualquer excepção.

Falácia do espantalho:

Ridicularizar o argumento para ser mais fácil refutá-lo

Ex: Maria:É preciso repensar a política de combate às drogas. Pedro: Lá vem esse pessoal dizer que o
melhor é liberar as drogas.

Falácia contra a pessoa/ Ad hominen

Insultar a pessoa para mostar que as suas citações são falsas

Falácia Ad Populum:

Consiste em apelar à opinião da maioria (ou ao povo, do nome latino) para defender que uma dada
afirmação é verdadeira.

Ex: A maioria das pessoas pensa que só o que é natural é bom para a saúde. Logo, só o que é natural é
bom para a saúde.

Falácia da Generalização Precipitada:

Generalizar

Ex: Concluir que os portugueses são antipáticos depois de se conhecer três portugueses e de estes
serem antipáticos.

Falácia da Amostra não Representativa:

É a mesma cena que generalização mas em termos estatisticos


Falácia da Falsa analogia:

Analogias sem sentido de semelhança

Ex: Os empregados são como pregos...

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