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CONTROLES COLETIVO E INDIVIDUAL PARA TRABALHOS COM


INFLAMÁVEIS

Definição de EPI

O Equipamento de Proteção Individual - EPI é todo dispositivo utilizado pelo


trabalhador, destinado exclusivamente à proteção, reduzindo os riscos que ameaçam a
segurança e a saúde no trabalho.

O uso de EPI é uma determinação do Ministério do Trabalho e Emprego, por meio de


suas Normas Regulamentadoras. Para regulamentação do EPI, a Norma Regulamentadora 6,
contida na Portaria 3.214/78 do Ministério do Trabalho e Emprego, estabelece que o
descumprimento da NR poderá implicar aos infratores ações de responsabilidade cível e penal,
além de multas, portanto, cabe ao empregador e empregado, adotarem as determinações da
referida norma.

Objetivo dos EPIs

O EPI tem a finalidade de proteger o colaborador de possíveis lesões quando da


ocorrência de acidentes de trabalho ou não e doenças ocupacionais, para tanto, o EPI não
evita os acidentes em si, mas, sim protege o colaborador contra os agentes agressivos
presentes no ambiente de trabalho e/ou situações emergenciais.

Considerações gerais sobre os EPIs

Os EPIs devem ser comprados pelo empregador e utilizados pelo colaborador:

 Sempre que as medidas de proteção coletiva (Equipamento de Proteção Coletiva -


EPC) não oferecerem total proteção contra os riscos de acidentes no trabalho ou de doenças
profissionais. São exemplos de EPC: sistemas de exaustão ambiental, proteção contra
incêndio e explosão, porta corta-fogo, dique de contenção para tanques, chuveiro de
emergência, lava-olhos, supressão de vapores ou gases ou poeira, etc.;
 Enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem em fase implantação;
 Em situações de emergência;
 Quando a atividade do colaborador apresentar risco ocupacional em função das
características dos agentes (químico, físico ou biológico), quantidade e tempo de exposição do
colaborador ao agente, sensibilidade individual do colaborador a toxicidade do agente.

Alguns exemplos de riscos no ambiente de trabalho:

 Físicos: ruídos, radiações ionizantes e não-ionizantes, frio, calor, pressões


anormais, umidade;
 Químicos: poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases, substâncias, compostos ou
produtos químicos em geral;
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 Biológicos: bactérias, fungos, vírus, etc.;
 Ergonômicos: movimentos repetitivos, postura inadequada, etc.;
 Mecânico: contato com partes móveis, uso de ferramentas impróprias, etc..

Esses riscos podem estar relacionados diretamente ou indiretamente com algumas das
situações abaixo:

 Arranjo físico inadequado;


 Máquinas e equipamentos sem proteção;
 Iluminação inadequada;
 Eletricidade;
 Probabilidade de incêndio ou explosão;
 Armazenamento de produtos de forma inadequada, como os agentes tóxicos ou
resíduos químicos;
 Presença de animais peçonhentos;
 Uso inadequado de produtos químicos;
 Deficiência no sistema de exaustão ou ventilação;
 Processo produtivo obsoleto.

As substâncias inflamáveis ou combustíveis, pelas suas características físicos


químicas, apresentam riscos importantes para os colaboradores, processos e meio ambiente,
razão pela qual, requer investimento significativos em Equipamentos de Proteção Coletiva -
EPCs e Equipamentos de Proteção Individual – EPIs, esse conjunto de medidas, devidamente
implementadas será a garantia de proteção aos colaboradores, cabendo ao empregador
fornecer informações aos colaboradores sobre:

 Riscos ou danos que pode sofrer caso não use o EPI;


 Conhecer as finalidades e a maneira de uso de cada EPI recomendado;
 Conhecer os procedimentos de limpeza e conservação do EPI;
 Conhecer o tempo de vida útil do EPI;
 Conhecer outras especificações determinadas pelo fabricante sobre o EPI;
 Falta de EPI no local de trabalho, a não utilização ou a má utilização por parte dos
empregados.

Certificado de aprovação - CA

Como os EPIs existem para proteger a saúde e integridade do trabalhador, devem ser
testados e aprovados pela autoridade competente para comprovar sua eficácia. O Ministério do
Trabalho e Emprego, através dos laboratórios credenciados, por exemplo a Fundacentro,
realiza os testes no EPI, atesta a qualidade por meio da emissão de laudo, sobre este
documento, o Ministério do Trabalho e Emprego, expedi o “Certificado de Aprovação” (C.A.).
Outro certificado emitido pelo Ministério do Trabalho e Emprego, visando cadastrar os
fabricantes de EPIs é o “Certificado de Registro de Fabricante” (C.R.F.).
O Ministério do Trabalho e Emprego permite a importação e comercialização de EPIs
no Brasil, por meio do Certificado de Registro de Importação (C.R.I.).

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Toda empresa deve cobrar esses certificados como forma de garantia da qualidade do
EPI adquirido e da seriedade do fabricante. Os certificados expedidos pelo Ministério do
Trabalho e Emprego, tem validade pré definida, cabendo ao empregador e empregado
monitorar essa validade.

Responsabilidades do empregador

Cabe ao empregador a responsabilidade pelos seguintes temas:

 Indicar o EPI adequado ao risco existente em cada atividade;


 Elaborar instrução operacional sobre o uso correto do EPI por cargo/ função/setor;
 Avaliar o estado geral do EPI por função/setor;
 Ministrar treinamentos sobre o uso de EPI;
 Investigar os acidentes de trabalho, relacionados à falta de EPI ou a sua não
utilização;
 Implementar medidas administrativas e outras intervenções realizadas no âmbito
da segurança dos colaboradores acerca do EPI;
 Identificar e mapear os principais riscos e comunicar aos colaboradores;
 Implementar EPC Equipamento de Proteção Coletiva adequado as características
dos riscos;
 Realizar inspeções de segurança nos processos;
 Investir na melhoria dos seus processos;
 Substituir imediatamente o EPI danificado ou extraviado, inclusive em caráter
emergencial, se necessário;
 Exigir o uso do EPI de forma correta, aplicando as sanções previstas em leis para
os trabalhadores que não cumprirem a ordem;
 Fornecer ao empregado, gratuitamente, EPI aprovado pelo Ministério do Trabalho
e Emprego;

 Comunicar ao Ministério do Trabalho e Emprego qualquer irregularidade


observada no EPI adquirido.

Responsabilidades do empregado

 Utilizar o EPI apenas para a finalidade a que se destina durante a jornada de


trabalho;
 Receber os EPIs recomendados, assinar a ficha de controle individual de
distribuição de EPIs;
 Responsabilizar-se pela guarda e conservação do EPI;
 Cumprir as determinações da Segurança do Trabalho sobre o uso adequado,
guarda e conservação do EPI;
 Comunicar ao Supervisor imediato e/ou a Segurança do Trabalho qualquer
intercorrência com o uso de EPI;
 Solicitar ao Supervisor imediato a requisição para efetuar a troca do EPI impróprio
para uso;
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 Responsabilizar-se pela higienização do EPI;
 Descartar corretamente o EPI.

Penalidade pelo não uso do EPI

Caso o trabalhador se recuse, sem justificativa, a usar o EPI, este estará sujeito à
punição estabelecida em lei (Consolidação das Leis do Trabalho – CLT).
A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA deve orientar o colaborador
quanto à obrigatoriedade do uso de EPI e comunicar o supervisor a falta da utilização do
mesmo. Cabe ao Supervisor imediato orientar o colaborador e tornar obrigatório o uso do EPI,
bem como tomar ações corretivas, se necessário.

Tipos de EPIs

Existem diversos tipos de EPIs, cada modelo com sua finalidade e aplicação especifica,
dependendo do projeto de construção do fabricante e aprovação do Ministério do Trabalho e
Emprego, segue alguns exemplos:

 Luvas: destinadas à proteção das mãos, dedos e braços contra riscos mecânicos,
térmicos e químicos, ambas confeccionadas em diversos materiais, dependo da proteção
desejada;
 Calçados: destinados à proteção dos pés, dedos, e pernas contra riscos térmicos,
umidade, produtos químicos, quedas e animais peçonhentos;
 Aventais, capas, calças e jaquetas: destinados à proteção do corpo em geral
contra calor, frio, produtos químicos e umidade;
 Óculos de segurança: destinados à proteção dos olhos contra partículas, luz
intensa, radiação e respingos de produtos químicos;
 Cintos de segurança: proteção contra quedas com diferença de nível;
 Máscara facial: proteção da face contra partículas, respingos de produtos químicos
e ainda proteção respiratória contra poeiras, névoas, gases e vapores;
 Capacetes: proteção do crânio contra impacto, choque elétrico e projeções de
partículas volantes;
 Gorros: proteção dos cabelos contra respingos de produtos químicos e proteção do
ambiente contra partículas do cabelo;
 Capuz: proteção do crânio contra riscos térmicos, respingos de produtos químicos
e contato com partes móveis de máquinas;
 Creme protetor: proteção da pele contra a ação de produtos químicos em geral.

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Periodicidade de troca dos EPIs

Os fabricantes não definem datas para trocas ou substituição dos EPIs, a vida útil do
EPI está relacionada diretamente com as condições do ambiente e atividade na qual está
submetido, por exemplo, o filtro químico (carvão ativado) do respirador de um colaborador que
utiliza apenas 30 minutos por dia para manusear uma pequena quantidade de solvente,
saturará bem menos que o filtro de um colaborador que utiliza o mesmo respirador num
ambiente mais agressivo e por um tempo maior. Neste caso, o usuário deve ficar atento às
condições dos filtros, notando que o filtro já está próximo de saturar, deve providenciar a sua
substituição.

Grande parte dos EPIs, tais como luvas, calçados, aventais, capas de chuva, óculos de
segurança, capacete, cinto de segurança, permite facilmente verificar seu estado de
conservação, nestes casos, o próprio usuário consegue avaliar a integridade do EPI.

Mangote e avental
Aplicação: Proteção do trabalhador contra contato ou respingo de produtos químicos
não aquecidos

Calçado de segurança
Aplicação: Proteção dos braços e tórax do trabalhador contra contato com produtos
químicos e objetos perfuro cortantes.

Capacete
Aplicação: Proteção da cabeça do trabalhador contra batida ou projeção de objetos

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Conjunto para combate a incêndio (calça, camisa e capuz)
Aplicação: Proteção do Bombeiro contra a exposição a temperaturas, contato com
substância química e objetos perfuro cortantes.

Conjunto para aplicação de defensivos (calça, camisa, avental e capuz)


Aplicação: Proteção contra contato com produtos químicos de baixo e alto risco para o
trabalhador e Bombeiro

Cinto de segurança, talabartes e mosquetões


Aplicação: Proteção do trabalhador contra queda de diferente nível

Roupas (calça, camisas, jalecos, aventais, macacões ebonés)


Aplicação: Proteção do trabalhador contra o contato e respingo de produtos químicos

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Luvas (nitrílicas, malha de aço, látex, kevlar, nitrilon, neopreme, grafatex, malha
algodão, vaqueta e raspa de couro)
Aplicação: Proteção do trabalhador contrato o contrato com produtos químicos e objetos
cortantes

Óculos de proteção
Aplicação: Proteção do trabalhador contra projeção de líquidos e objetos nos olhos

Perneira
Aplicação: Proteção das pernas do trabalhador contra respingo de produtos químicos
ou contato com objetos aquecidos ou perfuro cortante.

Protetor auricular tipo concha


Aplicação: Proteção do trabalhador contra exposição a ruído

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Protetor auricular tipo plug de inserção
Aplicação: Proteção do trabalhador contra exposição a ruído

Protetor facial em plástico transparente


Aplicação: Proteção facial do trabalhador contra projeções de líquidos e material
particulado

Respirador semi facial


Aplicação: Proteção do trabalhador contra exposição de vapores e\ ou gases e\ ou
material particulado.

Respirador peça facial sem manutenção


Aplicação: Proteção do trabalhador contra exposição de vapores e\ ou gases e\ ou
material particulado.

Definição de equipamento de proteção coletiva - EPC

Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC), são dispositivos implementados visando à


proteção de trabalhadores durante realização de suas tarefas. O EPC é projetado para
neutralizar a ação dos agentes agressivos, evitando acidentes, protegendo os trabalhadores
contra danos à saúde e a integridade física, uma vez que o ambiente de trabalho não deve

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oferecer riscos à saúde ou à segurança do trabalhador. Ao pensar em proteção do trabalhador,
é de fundamental importância adotarmos medidas de engenharia que neutralize a ação do
agente agressor na fonte, quando não há condições segura de trabalho, por razões diversas,
adota-se o EPI. Os equipamentos de proteção coletiva ao contrário do que se pensa é um
investimento relativamente barato, e produz resultados extremamente significativos, é evidente
que há EPC de alta qualidade e de alta tecnologia como os sistemas sofisticados de detecção
e queima de gases / vapores, por exemplo: os incineradores.

Como exemplos de EPC podem ser citados:

 Sistema de exaustão tipo coifa, eólico, insufladores de ar


 Sinalizadores de segurança (placas e cartazes de advertência, fitas zebradas)
 Porta corta-fogo
 Lava olhos
 Chuveiro de emergência
 Kit de primeiro socorros
 Extintores
 Sistema de hidrantes
 Bomba de incêndio
 Dique de contenção
 Proteções de partes móveis
 Incineradores de gases / Vapores

Manutenção preventiva no EPC

É de extrema importância que haja um sistema de manutenção preventiva capaz de


garantir a funcionalidade dos equipamentos, caso contrário, sua função é afetada, momento
em que a saúde e integridade do trabalhador está exposta a agressividade do agente. Esses
equipamentos devem ser identificados e catalogados com informações das datas (atual e
futura) de manutenção preventiva, permitindo ao trabalhador saber a todo tempo, quais as
condições do EPC.

Manutenção corretiva no EPC

Tendo em vista a importância do EPC, conforme dito, nos processos produtivos, estes
equipamentos devem fazer parte da relação de equipamentos críticos, sendo assim, o
responsável pela manutenção dos equipamentos necessita ter um plano de contingência para
equacionar problemas emergenciais. Enquanto os equipamentos estejam inoperantes para
reparos emergenciais, os EPIs devem ser adotados, neste caso, faz necessário que um
profissional de segurança avalie a intensidade do agente agressor, objetivando saber se os
EPIs adotados atendem as necessidades de proteção.

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Treinamento técnico sobre o EPC

Todos os trabalhadores envolvidos neste processo devem receber treinamentos do


fabricante sobre a operação do equipamento, manutenção preventiva e corretiva. É claro que
uma proteção de partes móveis ou sinalização de um perigo, pela sua simplicidade, não requer
todo esse investimento, mas agora os sistemas de ventilação / exaustão, requerem esses
cuidados, caso contrário, uma ineficiência neste equipamento, pode afetar diretamente a saúde
do trabalhador.

Em ambientes onde haja agentes agressivos, tais como por exemplo: poeiras, vapores/
gases, temperaturas, emissão de radiações, etc., é necessário realizar periodicamente
avaliações ambientais e exames específicos nos trabalhadores, na tentativa de saber se as
medidas adotadas estão de fato protegendo os trabalhadores.

Armazenamento e estocagem de inflamaveis e combustíveis

As substâncias inflamáveis e combustíveis devem ser armazenadas em ambiente


projetado para essa finalidade, respeitando as exigências legais, técnicas e operacionais,
segue abaixo pontos importantes a serem adotados em locais onde são armazenadas e
estocadas substâncias inflamáveis e combustíveis:

 Conheça o Mapa de Riscos do seu local de trabalho;


 Não entre em locais de risco desconhecido;
 Não permita a entrada de pessoas alheias aos trabalhos;
 Não fume em ambiente onde há produtos químicos armazenados;
 Não se alimente e nem ingira líquidos em local onde é armazenado produtos
químicos;
 Não armazene substâncias incompatíveis no mesmo local;
 Não abra qualquer recipiente antes de reconhecer seu conteúdo pelo rótulo,
informe-se sobre os símbolos que nele aparecem;
 Não pipete líquidos diretamente com a boca; use pipetadores adequados;
 Não tente identificar um produto químico pelo odor nem pelo sabor;
 Não retorne reagentes aos frascos de origem;
 Não execute reações desconhecidas em grande escala e sem proteção;
 Não adicione água aos ácidos, mas sim os ácidos à água;
 Não dirija a abertura de frascos na sua direção ou na de outros;
 Não trabalhe de sandálias ou chinelos, os pés devem estar protegidos com
sapatos fechados;
 Aprenda a usar, e use corretamente os EPI‘s e EPC‘s (equipamentos de proteção
individual e coletiva) disponíveis: luvas, máscaras, óculos, aventais, sapatos, capacetes,
capelas, etc.;
 Mantenha os solventes inflamáveis em recipientes adequados e longe de fontes de
calor;
 Utilize a capela para efetuar uma reação ou manipular reagentes que liberem
vapores;

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 Conheça o funcionamento dos equipamentos, antes de operá-los;
 Mantenha uma lista atualizada de telefones de emergência;
 Comunique qualquer acidente, por menor que seja ao responsável pelo pela
segurança ou processo.

Classificação produtos perigosos

A classificação adotada para os produtos considerados perigosos, feita com base no


tipo de risco que apresentam e conforme as recomendações para o Transporte de Produtos
Perigosos das Nações Unidas e Agencia Nacional de Transporte Terrestre - ANTT, conforme
segue:

Classe 1 - EXPLOSIVOS

Classe 2 - GASES, com as seguintes subclasses:


Subclasse 2.1 - Gases inflamáveis;
Subclasse 2.2 - Gases não-inflamáveis, não-tóxicos;
Subclasse 2.3 - Gases tóxicos.

Classe 3 - LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS

Classe 4 - Esta classe se subdivide em:


Subclasse 4.1 - Sólidos inflamáveis;
Subclasse 4.2 - Substâncias sujeitas a combustão espontânea;
Subclasse 4.3 - Substâncias que, em contato com a água, emitem gases inflamáveis.

Classe 5 - Esta classe se subdivide em:


Subclasse 5.1 - Substâncias oxidantes;
Subclasse 5.2 - Peróxidos orgânicos.

Classe 6 - Esta classe se subdivide em:


Subclasse 6.1 - Substâncias tóxicas (venenosas);
Subclasse 6.2 - Substâncias infectantes.

Classe 7 - MATERIAIS RADIOATIVOS

Classe 8 - CORROSIVOS

Classe 9 - SUBSTÂNCIAS PERIGOSAS DIVERSAS.

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