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INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

FACULDADE DE NUTRIÇÃO

DANDARA LIMA SANTOS

ENTEROPARASITOSES EM CRIANÇAS RIBEIRINHAS, SEUS

DETERMINANTES SOCIAIS E PRINCIPAIS CONSEQUÊNCIAS

NUTRICIONAIS: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

BELÉM

2022
DANDARA LIMA SANTOS

ENTEROPARASITOSES EM CRIANÇAS RIBEIRINHAS, SEUS

DETERMINANTES SOCIAIS E PRINCIPAIS CONSEQUÊNCIAS

NUTRICIONAIS: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Pré-projeto de pesquisa apresentado como


requisito para obtenção de nota da disciplina
de Psicologia aplicada à nutrição.

Orientadora: Profa. Dra. Károl Vieira

Belém

2022
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO……………………………………………………………………………..5

2 JUSTIFICATIVA………...…………………………………………………………………6

3 OBJETIVO …………………………………………………………………..............……7

3.1 Objetivos geral.........………………………………………………………………..…..7

3.3 Objetivos específicos……………………………………………….............................7

4 MÉTODO……………………………………………………………………………………7

4.1 Critérios de inclusão ………………………………………………………………........8

4.2 Critérios de exclusão …………………………………………………...………………8

CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO…………………………………………………...…….8

REFERÊNCIAS………………………………………………………………………………9
Resumo

As Parasitoses intestinais apresentam ampla distribuição mundial, principalmente nos


países em desenvolvimento, caracterizando-se como um grave problema de saúde
pública. Diante da população ribeirinha, sobretudo as crianças, essas
enteroparasitoses desencadeiam diversas alterações nutricionais que podem afetar o
estado nutricional dessas e interferir no seu desenvolvimento físico. Este trabalho tem
como objetivo identificar os determinantes sociais e principais consequências das
enteroparasitoses em crianças ribeirinhas do Brasil por meio de pesquisa bibliográfica.
A fim de analisar a prevalência e as interferências dos parasitas intestinais na nutrição
das crianças ribeirinhas, procedeu-se com uma vasta revisão na literatura buscando
por pesquisas atuais sobre os determinantes sociais e agravos ao estado nutricional
das infecção enteroparasitárias na saúde das crianças.

Palavras-chave: Enteroparasitoses intestinais; nutrição; crianças.


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1. INTRODUÇÃO

Segundo a organização mundial de saúde (OMS), as doenças intestinais


caracterizam um sério problema de saúde pública no Brasil, em 2018 essas
enfermidades acometiam cerca de 3,5 bilhões de pessoas, sendo o público infanto-
juvenil o mais atingido.
As enteroparasitoses intestinais são caracterizadas como um grupo de doenças
acometidas por helmintos e protozoários, na qual a contaminação ocorre por diversas
formas, sendo a principal pela ingestão de alimentos ou água contaminada e através
da pele por ferimentos pequenos (CRISOSTOMO, B. L; LIMA, M. M; CRISOSTOMO,
L. M; 2019).
Diversos determinantes sociais influenciam na disseminação e propagação
desses parasitas, sobretudo questões como níveis socioeconômicos mais baixos que
envolvem local de moradia, nível baixo de higiene pessoal e coletiva, condições
precárias de saneamento e falta de acesso à informações sobre cuidados na
manipulação durante o preparo dos alimentos, favorecendo a transmissão
(BRAGAGNOLLO et al., 2018).
Tratando-se populações ribeirinhas outros fatores somam-se a estes deixando
esse público mais vulnerável para infecções, como o abastecimento de água, na qual
muitas vezes é proveniente de águas do próprio rio e que podem ser consumidos sem
tratamento, tendo contato com o esgoto, descarte incorreto de materiais domésticos,
além da presença de óleo de cozinha e das embarcações (SOUZA et al., 2021).
Além disso, as comunidades ribeirinhas acabam recebendo pouca visibilidade
das políticas públicas, se mantendo com escassas opções de meios e serviços de
saúde, gerando maior vulnerabilidade. No Brasil esse crescimento das
enteroparasitoses se deve principalmente à falta de programas de educação sanitária
para as populações mais carentes.
Dessa forma, com a contaminação fecal da água e dos alimentos, as crianças
caracterizam-se como um grupo com alta taxa de infecção, tendo vista que estão em
contato com o ambiente escolar, além de frequentemente colocarem as mãos e
objetos na boca, favorecendo a transmissão. Os principais sintomas diferem-se em
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leves, nos quais envolvem distúrbios no sono, diarréia, vômitos, gases e


sensação de estufamento, já os sintomas graves propiciam o desenvolvimento de
quadros de diarréia crônica, baixo desenvolvimento corporal, desnutrição, deficiência
em nutrientes, comprometimento da desenvoltura física e mental, e
consequentemente atraso no desenvolvimento escolar (TEIXEIRA et al., 2020).
Essas alterações no trato gastrointestinal promovidas pelos parasitas também
reduzem a ação de enzimas digestivas, interferindo na absorção, digestão, transporte
de nutrientes e ocasionam vários estados de desnutrição (MAIA, C. V. A; HASSUM, I.
C. 2016).
Nesse sentido, o estado nutricional da criança contaminada por um parasita
intestinal é comprometido e acarreta uma grande desordem nutricional, na qual pode-
se desenvolver má absorção de nutrientes, que pode acarretar diminuição na síntese
de hemoglobina ou deficiência em ferro sérico, causando anemia.
Frente ao exposto, o objetivo deste estudo consistiu em investigar os
determinantes sociais e principais consequências nutricionais das enteroparasitoses
intestinais em crianças ribeirinhas, buscando elucidar as seguintes questões:
alterações nutricionais que influenciam no desenvolvimento infantil e questões
socioeconômicas que favorecem a vulnerabilidade dos ribeirinhos.

2. JUSTIFICATIVA
É importante considerar que, segundo Silva (2020), as parasitoses intestinais
são doenças causadas por vermes que atingem o intestino grosso ou delgado e são
considerados um problema grave de saúde pública, haja vista que está diretamente
associada à falta de saneamento básico e maus hábitos de higiene pessoal e coletiva.
Os parasitas quando instalados no organismo encontram um ambiente
favorável para o seu desenvolvimento e nutrição, haja vista o fácil acesso aos
nutrientes dissolvidos, competindo com o hospedeiro pelos micronutrientes presentes
na dieta. Nesse sentido, essa ausência da absorção total de nutrientes altera o estado
nutricional do indivíduo, causando diversas deficiências que podem desencadear
comorbidades e afetar a qualidade de vida (ANTUNES, et al 2019).
As crianças são o público com maior incidência de infecção, pois diante da
exposição ao ambiente escolar, o ato de levar brinquedos e mãos à boca, estes estão
facilmente vulneráveis a ter maior contato com os cistos desses protozoários.
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Dessa forma, as modificações decorrentes dessa contaminação afetam o


desenvolvimento intelectual e físico da criança. Por conseguinte, quando se trata da
população ribeirinha a busca por tratamento adequado e eficaz se torna mais difícil,
já que estes, na maioria dos casos, contam com poucos recursos nas unidades de
saúde e ficam desassistidos pelas políticas públicas de prevenção e tratamento da
enteroparasitoses intestinais.

3. OBJETIVOS

3.1 Objetivo Geral

Identificar os determinantes sociais e principais consequências das


enteroparasitoses em crianças ribeirinhas do Brasil por meio de pesquisa
bibliográfica.

3.2 Objetivos Específicos


● Relacionar os principais fatores que desencadeiam a prevalência de parasitas
intestinais em crianças;
● Investigar as interferências das enteroparasitoses na nutrição e saúde das
crianças;
● Elucidar recomendações e estratégias de controle e de prevenção das
parasitoses intestinais.

4. METODOLOGIA

O presente estudo consiste em uma revisão bibliográfica, do tipo qualitativa


sistemática, por meio da busca de artigos de cunho científico publicados entre os anos
2016 e 2022 nas bases de dados: Scientific Electronic Library (Scielo), Biblioteca
Virtual em Saúde (BVS) e Ministério da Saúde (MS).

Foram utilizados para a busca do referencial os Descritores em Ciências da


Saúde (DeCS): Enteropatias parasitárias; Estado nutricional; Crianças. Nas bases de
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dados, a pesquisa foi delimitada nos idiomas português e inglês, com os


respectivos descritores traduzidos para os idiomas selecionados. A pesquisa dos
materiais foi realizada de março de 2022 a junho de 2022.

4.1 Critérios de Inclusão

Os critérios de inclusão para a seleção das referências foram: trabalhos


completos em português ou inglês, dos últimos 7 anos, cujos estudos estivessem
relacionados aos determinantes sociais e consequências nutricionais das
enteroparasitoses em crianças ribeirinhas. Além disso, foram incluídos ensaios
clínicos, revisões de literatura e estudos experimentais. Os critérios de inclusão para
a seleção das referências foram: trabalhos completos em português ou inglês, dos
últimos 7 anos, cujos estudos estivessem relacionados aos determinantes sociais

4.2 Critérios de Exclusão

Foram excluídos artigos que continham pacientes hospitalizados e que não


abordavam a temática de enteroparasitoses.

CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO

Atividades Março Abril Maio Junho

Pesquisa do tema

Pesquisa Bibliográfica

Apresentação e
discussão dos dados

Elaboração do trabalho

Entrega do trabalho
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REFERÊNCIAS

ANTUNES, R. S. Et al. Parasitoses intestinais: prevalência e aspectos

epidemiológicos em moradores de rua. Revista Brasileira de análises clínicas. Vol. 53,

2019.

BRAGAGNOLLO, G. R. Et al. Intervenção nutricional sobre enteroparasitoses: um

estudo quase experimental. Revista Cuidarte. Vol. 9, 2018.

CRISOSTOMO, B. L; LIMA, M. M; CRISOSTOMO, L. M. L. Prevalência e

caracterização de enteroparasitoses em análises de fezes em um distrito da Bahia,

Brasil. Revista Baiana de saúde pública. Vol. 43, 2019.

MAIA, C. A; HASSUM, I. C. Parasitoses intestinais e aspectos socio sanitários no

Nordeste brasileiro no século XXI:Uma revisão de literatura. Revista Brasileira de

geografia médica e saúde. Vol. 12, 2016.

OMS. Guia prático para o controle das Geohelmintíases/ Ministério da Saúde,

Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância das Doenças

Transmissíveis. – Brasília. Ministério da Saúde, 2018.

SILVA, L. C. Et al. Correlação entre o estado nutricional e a prevalência de

enteroparasitoses em crianças de uma comunidade quilombola da cidade de Caetés,

Pernambuco. Revista O mundo da saúde. Vol. 45, 2021.

SILVA. T. S; ALMEIDA, D. H. Principais parasitoses intestinais em crianças escolares:

revisão integrativa. Revista Journal diversitas. Vol. 7, 2022.

SOUZA, C. C. Et al. Enteroparasitoses em escolas do Nordeste brasileiro: uma revisão

bibliográfica. Revista pesquisa, sociedade e desenvolvimento. Vol. 10, 2021.

TEIXEIRA, P. A. Et al. Parasitoses intestinais e saneamento básico no Brasil: Estudo

de revisão integrativa. Revista Brazilian Journal of Development. Vol. 6, 2020.

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