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Gestão Sustentável

do Negócio
Capítulo 6 | Avaliação
Ferramentas...

• Mapas financeiros fundamentais


• Análise de rácios
• Mapas previsionais
• Análise do ponto crítico
Mapas financeiros

• Balanço
• Demonstração de resultados
• Mapa de origem e aplicação de fundos
Para uma correta elaboração de mapas é importante:

• É importante o conhecimento dos princípios fundamentais da contabilidade


• Dominar as ferramentas básicas da gestão
• Usar dados fiáveis na elaboração dos mapas financeiros e conhecer as técnicas de análise destes
mapas (rácios, mapas comparativos, etc.)
• Analisar a sua situação financeira
Balanço

BENS E DIREITOS - Os bens da empresa (tangíveis e intangíveis) e o que é exigível sobre esses
ativos pelos credores e proprietários da empresa.
OBRIGAÇÔES - O Passivo, ou o que é exigível à empresa, isto é, o que os credores podem exigir
sobre os ativos da empresa.
CAPITAL PRÓPRIO - O capital próprio da empresa ou o
capital investido pelos proprietários da empresa.
Demonstração de resultados

A demonstração de resultados, compara os custos com os proveitos de um ciclo de atividade normal


da empresa.
Serve para calcular o resultado líquido, registam-se:
• Os proveitos resultantes das vendas de bens e serviços decorrentes da atividade principal da
empresa.
• O custo das existências vendidas representa o custo total dos bens e serviços vendidos, durante um
determinado ciclo de exploração.
Mapa de Origens e Aplicação de Fundos

Para este mapa devem ser reunidos os balanços e as demonstrações de resultados, correspondentes ao
período que se pretende analisar.
• Origem e aplicação de fundos: As amortizações são consideradas origens de fundos porque
representam custos de exploração aos quais não correspondem saídas de fundos.
• As aplicações ou utilizações destas origens de fundos, por exemplo na compra de instalações e
equipamentos.
• A diferença entre o total das origens e o total das aplicações representará o aumento ou a
diminuição do fundo de maneio da empresa.
Análise de Rácios

• A análise de rácios é um método de expressar as relações entre dois elementos contabilísticos


quaisquer, com base numa técnica que seja significativa para a análise financeira.
• Estas comparações ajudam a determinar, por exemplo, se existem valores muito elevados de
existências, ou custos operativos elevados.
• Permitem ver se está a ultrapassar os limites de crédito que lhe foram concedidos, ou para responder
a quaisquer outras questões relativas à sua eficiência
Rácio de Liquidez Corrente

RLC = AC / PC

Rácio de Liquidez Corrente é igual ao Ativo Corrente a dividir pelo Passivo Corrente
Este rácio é normalmente usado para medir a solvência de curto prazo da empresa
Rácio de Liquidez Imediata

LI = (AC - E) / PC

Liquidez Imediata é igual ao resultado da subtração do Ativo


Corrente pelas Existências, a dividir pelo Passivo Corrente
Rácios de Leverage

Estes identificam as fontes de capital da empresa.


• Baixos rácios de risco financeiro são menos afetadas em períodos de recessão económica, mas os
retornos destas empresas também são menores em períodos de crescimento.
• Inversamente, empresas com rácios de risco financeiro elevado são mais vulneráveis em períodos
de derrapagem económica, mas têm um elevado potencial para maiores lucros.
Endividamento

• Rácio de Endividamento - Endividamento = ET / AT


Endividamento é igual ao Exigível Total a dividir pelo Ativo Total
Rácios de Rentabilidade

• Rentabilidade do Investimento Total

R.O.I. = RL / AT
Rentabilidade do Investimento Total é igual aos Resultados Líquidos a dividir pelo Ativo Total

• Rentabilidade do Capital Próprio ou Retur on Equity

R.O.E. = RL / CP
Rentabilidade do Capital Próprio é igual aos Resultados Líquidos a dividir pelo Capital Próprio
Mapas Previsionais

• Muitas vezes o insucesso das empresas deve-se surge porque não constroem planos para as suas
necessidades financeiras.
• Nenhum empreendedor deve lançar uma empresa sem primeiro criar um plano de negócios bem
estruturado
Plano Financeiro

Vendas + Prestações de Serviço do Projeto


Neste quadro são apresentados os pressupostos do projeto.
Convém assim, salientar que o separador projeção de vendas deverá ser elaborado tendo em
consideração a análise de mercado e a estratégia de marketing.
Desta forma, pretende-se que a projeção seja o mais realista possível. É ainda possível apresentar o
volume de negócios da empresa, quer em termos de vendas, quer em termos de prestação de
serviços
Plano Financeiro

• CMVMC - Custo das Mercadorias Vendidas e das Matérias Consumidas


do Projeto
custo das mercadorias vendidas traduz-se através da margem de contribuição bruta e corresponde,
tal como o seu nome indica, ao custo associado à venda.

• FSE – Fornecimentos de Serviços Externos do Projeto


O fornecimento de serviços externos representa um conjunto de custos para a empresa e
corresponde a serviços/produtos prestados por entidades externas.
Plano Financeiro

• Custos com o Pessoal do Projeto

De acordo com os standards previstos para uma prestação de serviços de excelência e com
qualidade, apresenta-se a equipa de colaboradores que se considera ser eficaz para o negócio
respeitando aquelas que são as remunerações previstas na lei.
Plano Financeiro

• Investimento em Fundo de Maneio Necessário


Neste mapa define-se o valor mínimo de disponibilidades a manter ao longo do projeto. Em
consequência, obtêm-se as necessidades de fundos de tesouraria que o projeto necessitará
para poder progredir sem estrangulamentos do ponto de vista de Tesouraria.

• Investimento do Projeto
Para que este projeto se torne uma realidade é necessário investir algum capital em Imobilizado.
Neste mapa deverão ser descritos todos esses investimentos
Plano Financeiro

• Financiamento do Projeto
Aqui apresentamos qual irá ser o capital social da empresa, pelo que, face às necessidades do
negócio, a empresa poderá recorrer ao um financiamento externo, através do sistema
bancário.
Poderá, quando possível, se existir a previsão de resultados negativos nos primeiros anos de
atividade, ser solicitado aos sócios um reforço de capital por via da constituição de prestações
suplementares.
Plano Financeiro

• Ponto Crítico Operacional Previsional


Neste quadro, é apresentada a Margem Bruta de Contribuição (MBC) que representa o valor das
receitas de vendas e serviços prestados que excede os custos variáveis (Vendas e Serviços
Prestados - CMVMC - FSE Variáveis) e com a qual pode cobrir os seus custos fixos. Por outro lado,
o Ponto Crítico Operacional representa o valor das vendas e serviços prestados para o qual a MBC
cobre os custos fixos (FSE Fixos + Custos com Pessoal + Custos de Amortização) / (MBC / Vendas e
Serviços Prestados).
Plano Financeiro

• Demonstração de Resultados
Este parâmetro indica a proveniência e composição do resultado do exercício e constitui a primeira
abordagem à viabilidade do projeto.

• Cash Flow
Este mapa apresenta uma estimativa da posição líquida de tesouraria do projeto evidenciando os
valores libertos e as necessidades de financiamento.
Plano Financeiro

• Plano Financeiro
Este plano define as Origens e Aplicações de Fundos do projeto e que constitui uma componente
importante na análise do mesmo

• Balanço Previsional
O balanço seguinte é uma fotografia da situação patrimonial previsional do projeto num determinado
momento no tempo.
Plano Financeiro

• Principais Indicadores
Este quadro evidencia os principais indicadores económicos e financeiros, que complementa a análise
do projeto. De realçar os indicadores de risco de negócio, nomeadamente:
- Taxa de Crescimento do Negócios: representa a percentagem de aumento do volume de
negócios.
- Rentabilidade Liquida das Vendas: representa a relação entre os resultados e as vendas e
serviços prestados (Resultado Líquido/Venda e Serviços Prestados).
Plano Financeiro
• Principais Indicadores cont...

Return on Investment (ROI): representa o retorno do ativo total empregue (Resultado


Líquido/Total de Ativos). Mede o valor ganho em relação ao investimento.

Return on Equity (ROE): representa o retorno do capital próprio empregue (Resultado


Líquido/Total Capital Próprio). Mede a eficiência de uma empresa a gerar lucros a partir do ativo
líquido, e mostra o potencial da empresa aplicar investimentos no sentido de aumentar os resultados.
Plano Financeiro

• Principais Indicadores cont...


Autonomia Financeira: representa a proporção dos ativos que são financiados com capital próprio
(Resultado Liquido/Total de Capital Próprio). Sendo tudo o resto igual, quanto mais elevado este rácio,
maior a estabilidade financeira da empresa. Quanto mais baixo, maior a vulnerabilidade.

Cobertura de Encargos Financeiros: representa uma medida de risco quanto à capacidade de


uma entidade conseguir satisfazer os seus compromissos financeiros (Resultado Operacional/Juros
Financeiros). Quanto mais elevado o rácio, maior a probabilidade de que o resultado operacional gere
dinheiro suficiente para cumprir as obrigações financeiras.
Plano Financeiro

• Principais Indicadores cont...


Margem Bruta: representa a real entrada anual de dinheiro na empresa proveniente das vendas e
serviços prestados (Vendas e Serviços Prestados - CMVMC - FSE).

Grau de Alavanca Operacional: representa a sensibilidade do resultado operacional às variações


do volume de vendas e serviços prestados (Margem Bruta/Resultado Operacional).
Descreve a variação percentual dos resultados operacionais face a uma variação do volume de
atividade. Quanto mais elevado for o rácio, maior será o risco de negócio.
Plano Financeiro

• Principais Indicadores cont...

Grau de Alavanca Financeira: representa o impacto dos custos financeiros nos resultados
correntes (Resultado Operacional/Resultado Antes de Impostos). À medida que diminui a dimensão dos
custos fixos do financiamento na estrutura de custos, diminui a probabilidade de falência.
Plano Financeiro

Avaliação do Projeto- Valor Atual Liquido (VAL)


• Caso o valor do investimento seja inferior ao valor atual dos cash-flows futuros, o VAL é positivo o
que significa que o projeto apresenta uma rentabilidade positiva.

• Para atualizar os cash-flows futuros é aqui usado o processo de atualização, utilizando o Fator de
Atualização. Este fator é obtido pelo cálculo do WACC (Custo Médio Ponderado do Capital) que
representa o cálculo da média ponderada dos custos das diversas fontes de financiamento, em que o
peso de cada um é ponderado em cada situação.
Plano Financeiro

Avaliação do Projeto - Taxa Interna de Rentabilidade (TIR)


Representa a taxa de rentabilidade gerada por um investimento.
Ou seja, é a taxa que o investidor obtém, em média, em cada ano, sobre os capitais investidos no
projeto, enquanto o investimento inicial é progressivamente recuperado.
É a taxa de atualização que torna nulo o VAL do projeto, ou seja, representa a taxa de juro que, se o
capital investido tivesse sido colocada no banco a essa taxa obteríamos exatamente a mesma taxa de
rendibilidade final.
Plano Financeiro

Avaliação do Projeto - Payback Period


Representa o prazo de recuperação do investimento, ou seja, é o período de tempo que um projeto leva
a recuperar o capital inicialmente investido
MUITO OBRIGADO!
J

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