O documento discute o papel da polícia em relação à lei de drogas no Brasil. Apresenta como a lei define a atuação da polícia no combate ao tráfico de drogas, produção e uso, além de fiscalização em rodovias e fronteiras para conter o tráfico.
O documento discute o papel da polícia em relação à lei de drogas no Brasil. Apresenta como a lei define a atuação da polícia no combate ao tráfico de drogas, produção e uso, além de fiscalização em rodovias e fronteiras para conter o tráfico.
O documento discute o papel da polícia em relação à lei de drogas no Brasil. Apresenta como a lei define a atuação da polícia no combate ao tráfico de drogas, produção e uso, além de fiscalização em rodovias e fronteiras para conter o tráfico.
À LEI DE DROGAS DISCIPLINA: Segurança pública e a polícia Módulo: O PAPEL DA POLÍCIA EM RELAÇÃO À LEI DE DROGAS
Sílvia Cristina da Silva
Disciplina: O papel da polícia em relação à lei de drogas – Faculdade Campos Elíseos (FCE) – São Paulo – 2017. Guia de Estudos – Faculdade Campos Elíseos SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
1. A LEI DE DROGAS E A POLÍCIA
2. FISCALIZAÇÃO NAS RODOVIAS
3. O CONTROLE DAS REGIÕES FRONTEIRIÇAS
Conversa Inicial
Neste módulo abordaremos o papel da polícia em relação a Lei de Drogas.
Portanto, num primeiro momento, nos ateremos ao texto da Lei nº 11.343, buscando explicar o que ela prevê como incumbência da polícia nesse assunto das drogas ilícitas, ou seja, como ela deve lidar com o usuário, o traficante, as plantações ilegais, entre outros trâmites previstos. Em seguida, será apresentado, ainda que resumidamente, como ocorre a fiscalização do tráfico de substâncias ilícitas nas rodovias do país e os instrumentos utilizados nessas operações. Por último, será abordada a questão das regiões fronteiriças do território brasileiro, que é vizinho de grandes produtores de drogas, e representa um enorme desafio – aliás, um desafio de quase 17.000 km de extensão!
Ótimos estudos. INTRODUÇÃO
O papel da polícia em relação a questão das drogas no Brasil é motivo
de muita controvérsia. Há quem seja um admirador e apoiador entusiasmado, enquanto outro abomina e reprova quase tudo o que ela faz. É bem verdade que muito dessa dualidade de opiniões acontece em decorrência da existência tanto de profissionais sérios, comprometidos e devidamente capacitados e especializados para o dever que lhes é incumbido, bem como, por outro lado, de tantos exemplos negativos de corrupção, abuso de autoridade, discriminação e desrespeito. Em relação à eficiência e resultados mensuráveis de seu trabalho, a polícia também tem recebido duras críticas, que quase sempre rebatem no problema da escassez de recursos, financeiro e humano. Contudo, nosso intuito aqui não será adentrar nesse tipo de discussão e juízo. Apresentaremos o que a Lei de Drogas (Lei nº 11.343/06) prescreve como competência da polícia em relação a esse assunto. E, em seguida, entraremos, ainda que introdutoriamente, na questão da fiscalização nas rodovias e fronteiras do país, para contenção do tráfico. Nosso objetivo é que, após conhecer melhor o que, por lei, cabe à polícia, o aluno seja mais bem capacitado para avaliar o trabalho que se observa na prática, questionar as estratégias adotadas e levantar novas propostas.
1. A LEI DE DROGAS E A POLÍCIA
A Lei nº 11.343/06 traz diretrizes para a atuação da polícia em relação a
presença de entorpecentes na sociedade. Quanto a sua produção não autorizada e ao tráfico ilícito, a Lei de Drogas, em seu art. 32, diz que as plantações sem autorização devem ser destruídas imediatamente pelas autoridades policiais, que colherão uma porção suficiente do material para perícia, fazendo registro das condições encontradas, com as delimitações do local, garantindo que haja preservação do ambiente para comprovação posterior, caso haja necessidade. Após separar as provas, as drogas deverão ser incineradas em até trinta dias pela polícia judiciária competente, mediante autorização judicial, ouvido o Ministério Público, com representantes da autoridade sanitária competente e do Ministério Público presentes no momento da incineração, contando com auto circunstanciado e posterior à perícia do local do plantio ilícito. A polícia compreende duas funções básicas previstas em sua estrutura. Uma função administrativa que se relaciona com seu papel de vigilância, de prevenção e combate ao crime, e uma função judiciária, que trataria de investigar as denúncias de um crime levando fatos e provas que orientam o trabalho da Justiça no julgamento dos prováveis culpados. A função administrativa compreende uma maior autonomia de ação e é em virtude dela que a polícia recebe seus poderes discricionários. Já na função judiciária, o seu papel está rigidamente definido dentro do inquérito policial e está sob controle da ação do juiz para realizar seu trabalho – depende de ordem judicial para dar busca em um dado domicílio, por exemplo. (MAGALHÃES, 1994) Quando alguém for identificado como usuário de drogas ilícitas, nos padrões do art. 28, a polícia não poderá prendê-lo em flagrante, mas encaminhá-lo ao juízo competente, ou, se houver alguma impossibilidade, assumir o compromisso de a ele comparecer, com o devido relatório da situação e providenciando as requisições dos exames e perícias que forem necessários. Após a polícia tomar tais providências, por ausência de autoridade judicial, o usuário poderá ser submetido a exame de corpo de delito, se a polícia judiciária julgar necessário. Então, o indivíduo será liberado. Da mesma forma, ao ocorrer uma prisão em flagrante, caberá à polícia judiciária comunicar imediatamente ao juiz competente por meio de documento por ela registrado. O Ministério Público também deverá receber o auto lavrado, em até 24 horas. O documento elaborado pela polícia sobre a prisão em flagrante deverá conter a natureza e quantidade da droga, sendo firmado por um perito oficial ou, em sua ausência, por pessoa idônea (cf. Art. 50). Caberá, então, ao juiz, num prazo de 10 dias, certificar-se da regularidade do processo e determinar a destruição das drogas apreendidas – exceto de uma amostra para a elaboração de um laudo definitivo. A destruição das drogas, determinada pelo juiz, será de responsabilidade do delegado da polícia competente, dentro de um prazo de 15 dias, contando com a presença do Ministério público e da autoridade sanitária (incluído pela Lei 12.961 de 2014, Art. 50, parágrafos 3 e 4). Caberá ao delegado da polícia registrar documento de vistoria realizada, antes e depois, no local onde as drogas foram destruídas, tomando o cuidado de avaliar se houve completa destruição do material (incluído pela Lei 12.961 de 2014, Art. 50, parágrafo 5). A conclusão do inquérito policial será de 30 dias, quando o indiciado estiver preso, ou de 90 dias, quando o indiciado estiver solto (art. 51). Após esse prazo, a autoridade de polícia judiciária, deverá remeter os relatórios do inquérito ao juízo descrevendo resumidamente a situação ocorrida, as justificativas para a classificação do delito, a quantidade e natureza da droga, o local e as condições em que tudo aconteceu, as circunstâncias da prisão, o comportamento, a qualificação e os antecedentes do indiciado (cf. Art.52). Cabe também a polícia investigar a produção, venda e uso indevidos de drogas. Nesse quesito, o indiciado que voluntariamente cooperar na identificação dos envolvidos e na recuperação do produto do crime, ainda que parcialmente, poderá ter sua pena reduzida de um a dois terços, segundo o art. 41. No decorrer de uma investigação criminal, relativa aos crimes previstos na Lei de Drogas, a polícia poderá, além do que já previsto por lei, mediante autorização judicial e ouvido o Ministério Público, realizar a infiltração de agentes em tarefas formadas pelos órgãos especializados pertinentes (cf. Art. 53). Segundo o Art. 62, a polícia também será responsável por manter sob custódia os veículos ou meios de transporte (de qualquer espécie), maquinários, utensílios e instrumentos de qualquer tipo, utilizados na execução dos crimes previstos na Lei de Drogas, após apreensão regular, com exceção das armas, que devem ser recolhidas segundo a legislação específica. A polícia poderá fazer uso de qualquer bem apreendido, sob sua responsabilidade, tendo o dever de garantir sua conservação, caso seja comprovado o interesse público dessa utilização. A permissão precisa vir mediante autorização judicial, ouvido o Ministério Público. Quanto as amostras guardadas para contraprova, o juiz, de ofício, com os devidos registros, determinará sua destruição mediante representação do delegado de polícia ou a pedido do Ministério Público, após o encerramento do processo penal, ou caso o inquérito policial seja arquivado (cf. Art. 72). Ademais, pode-se notar que o papel na polícia em relação às drogas não é só mencionado na Lei 11.343/06. Segundo o Art. 144 da Constituição (1988), consta que:
§ 1º A polícia federal, instituída por lei como órgão permanente, organizado e
mantido pela União e estruturado em carreira, destina-se a: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998). […]
II – prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o
contrabando e o descaminho, sem prejuízo da ação fazendária e de outros órgãos públicos nas respectivas áreas de competência;
Dessa forma, percebe-se que, a problemática do tráfico ilícito de
entorpecentes e drogas é abordado no âmbito da segurança pública, e sob a perspectiva do caráter preventivo das ações da polícia federal.
Aqui cabe lembrar o papel da Polícia Militar. A PM é responsável pelo
policiamento ostensivo, e assim depara com uma grande quantidade de flagrantes de rua. Somem-se a esses casos os flagrantes que resultam das buscas sistemáticas da Polícia Militar em veículos, bares, rodoviárias, favelas e demais locais onde ela possa julgar que é um ponto adequado para a apreensão de armas, tóxico e averiguação de indivíduos desprovidos de documentos de identidade. Não tendo competência original para tratar dos problemas de tóxico, que são da alçada da Polícia Federal, e, por delegação, dos departamentos de tóxicos das polícias civis estaduais, a Polícia Militar encaminha capturados a essas duas instituições.(MAGALHÃES, 1994) 2. FISCALIZAÇÃO NAS RODOVIAS
De acordo com o Tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo,
Felipe Felix dos Santos (2014), “o combate ao tráfico de drogas ilícitas é a principal vertente de atuação policial em regiões de divisa entre estados e fronteiriços com países notadamente produtores de drogas”. Para ele, o combate ao consumo de drogas tem seu valor como esforço pela proteção individual, física e psicológica do usuário, que deve ser considerado um doente quando no estágio da viciação. Como aponta o Major Nuncio Aparecido Chiampi (2014), a rota aérea do narcotráfico no Brasil foi substituída pelos caminhos terrestres e fluviais, principalmente em decorrência da aprovação da Lei nº 7565/86, regulamentada pelo Decreto Federal nº 5144/2004, referente ao Código Brasileiro de Aeronáutica, que permite o abatimento de aviões não identificados que entrem no território. O tenente Felipe Felix dos Santos, por sua vez, aponta outros motivos, mas que corroboram à conclusão do major: O Policiamento Rodoviário, como atividade especializada da Polícia Militar, também se dedica ao combate às drogas, mais especificamente na vertente repressiva (repressão imediata), inibindo o tráfico das substâncias consideradas ilícitas no trânsito entre cidades, estados e até mesmo países. A importância desse trabalho repressivo nas rodovias […] é clara na medida em que, como se observa, os traficantes preferencialmente se deslocam por via terrestre, já que as vias fluviais não alcançam todos os municípios e o transporte aéreo é caro (e ambos chamam muita atenção). Assim, o meio mais dissimulado para transitar entre países, estados e municípios é mesmo o rodoviário. (SANTOS, 2014). A experiência dos policiais em atuação ao longo dos últimos anos tem registrado modificações e, por assim dizer, sofisticações na dinâmica do transporte de drogas, com intuito da dissimulação do conteúdo ilícito transportado. Na década de 1990 e início dos anos 2000, por exemplo, eram utilizados veículos velhos, de passeio ou de carga, guiados por pessoas simples e sem instrução, que ficavam nervosas ao serem abordadas e logo confessavam transportarem algo ilícito, ou em ônibus de viagens, onde a mesma situação se repetia. Nessa época, era comum que a droga fosse transportada em menor quantidade, de modo que o que chamava a atenção da suspeita policial era realmente o comportamento dos sujeitos (SANTOS, 2014). Recentemente, a droga ilícita começou a aparecer dissimulada de diversas formas: em pneus, no motor ou tanque de combustível do veículo, no painel, forração dos assentos, lataria, chassi, entre outros. Além disso, o perfil do traficante que realiza o transporte mudou, são indivíduos mais instruídos e habilidosos no diálogo com os policiais, sendo que, em alguns casos, a droga fica escondida neles mesmos, afixada no abdome, costas, panturrilhas, e até internamente, no estômago, intestino e genitálias. Como relata Santos (2014), “foram realizadas prisões em que a droga estava dissolvida nas fibras de edredons, dissolvida em combustível, de forma líquida em preservativos ingerida pelo traficante, dentro de brinquedos, de cosméticos, de sacos de carvão, chá, café e outros produtos”. Outro recente recurso utilizado pelos criminosos nas rodovias é o envio de veículos que vão à frente, sem carregamento de drogas, para realizar uma espécie de varredura, tentando localizar a ocorrência de patrulhamento ou pontos de bloqueio da polícia – são os chamados “batedores”, “coiotes” ou “escoltas”. Os “olheiros” são também os indivíduos colocados em pontos fixos às margens das estradas para observarem o trânsito de viaturas e comunicarem aos traficantes transportadores. Dentre as últimas inovações, apareceu, ainda, a tática do “cavalo doido” ou “kamikase”. Potentes carros, carregados com muita droga, sem nem estar muito bem escondida, que não obedecem a ordem de parada efetuada pelos policiais nos pontos de fiscalização, seguindo em alta velocidade, muitas vezes conseguindo boa vantagem em relação às viaturas no momento da perseguição policial. É comum, nesses casos, que, ao verem-se sem saída, os criminosos abandonem o carro com o carregamento ilícito em algum ponto e fujam a pé. Essas circunstâncias representam grande risco de acidentes envolvendo policiais e civis e, portanto, exigem cautela reforçada por parte dos agentes da lei (SANTOS, 2014). O cenário até aqui descrito, quanto ao tráfico rodoviário de drogas, revela uma desafiadora tarefa para o papel da polícia nessa área de atuação. Faz-se necessário treinamento especializado e versatilidade no momento da busca, além do emprego de ferramentas tecnológicas, como o Boroscópio, o Fibroscópio, trena eletrônica, scanner e espectrômetro de massa. Os dois primeiros são instrumentos de imagem para visualização de compartimentos fechados, de difícil acesso, tais quais o ar-condicionado ou tanque de combustível. A trena eletrônica, por sua vez, é útil para a identificação de fundos falsos, por exemplo, no compartimento de cargas, que pode estar equipado de compartimento camuflado para transporte irregular. Já o scanner (ou raio-X), é interessante pois realiza varredura de veículos de carga ainda em movimento, facilitando a triagem dos que serão parados para fiscalização. O espectrômetro de massa, por um processo físico-químico, analisa as partículas que da carga, distinguindo os materiais que a compõem, de modo a identificar drogas com base em amostras ou até mesmo pelas partículas dispersas no ambiente.
Para a contínua obtenção dos resultados positivos nessa luta árdua,
matém os agentes do Policiamento Rodoviário a preocupação com a permanente especialização. […] Também o emprego de novas tecnologias para auxiliar e potencializar a atuação do efetivo especializado é recurso que propicia a manutenção do mesmo patamar de enfrentamento às quadrilhas que buscam continuamente novas formas de ingressar com drogas ilícitas […]. (SANTOS, 2014)
Chiampi (2014) apresenta, ainda, um outro importante recurso
operacional à disposição da Polícia Militar, que vale a pena destacar: a utilização dos cães de faro para a rápida localização de drogas. Segundo ele, o emprego destes “pode ampliar ainda mais as apreensões, além de reduzir o tempo gasto pelas equipes de fiscalização”. Os cães farejadores são treinados para as modalidades de faro de drogas, de explosivos, para localização de pessoas foragidas, perdidas ou soterradas em escombros, dentre outras, sendo que cada cão é treinado para uma modalidade específica. Normalmente, são utilizadas as raças Retriever do Labrador, Golden Retriever, Cão de Santo Humberto (Bloodhound), Springer Spaniel Inglês e Beagle, embora haja relatos de casos de raça indefinida. O uso de cães treinados para farejar drogas é cada vez mais comum nas instituições policiais, especialmente, em apoio ao Policiamento Rodoviário nas operações voltadas para a fiscalização ao longo da malha viária, para combate ao tráfico.
Como preceitua os artigos 42 e 43 do Capítulo V das I-19-PM, a capacitação
dos policiais militares para atuar com cães se tornará possível somente mediante curso específico de Cinotecnia coordenado pelo Canil Central e, uma vez capacitados, os policiais devem executar as atividades policiais sempre acompanhados do respectivo cão. (CHIAMPI, 2014)
3. O CONTROLE DAS REGIÕES FRONTEIRIÇAS
O Brasil, por sua posição estratégica no continente, é o caminho
preferido dos traficantes de cocaína da América Latina, sendo importante também para fazer com que a droga chegue até a Europa, por meio de voos com destino à África. Mesmo diante dos esforços conjuntos entre os governos do Brasil, Bolívia e Colômbia, o tráfico de substância ilícitas continua intenso. Obviamente, um dos agravantes é o tamanho da extensão territorial brasileira, que torna quase impossível um patrulhamento eficaz em todos os pontos. Além disso, os maiores produtores de cocaína do mundo são nossos vizinhos próximos, o que torna as fronteiras do Brasil ainda mais permeáveis. A fiscalização das fronteiras é um trabalho de competência da Polícia Federal e do Exército Brasileiro. No entanto, para os 16.886 km de fronteiras terrestres do país, há cerca de mil servidores da Polícia Federal, entre agentes, escrivães, peritos, delegados e papiloscopistas. Comumente, a título de comparação, costuma-se citar que na fronteira dos Estados Unidos e México há cerca de 20 vezes mais efetivos em operação para vigiar uma extensão de 3.140 km, e mesmo assim a região ainda é permeável às drogas (SENADO, 2011). No entanto, apesar dessa deficiência, o trabalho da polícia em relação a cocaína tem andado, como mostra o gráfico a seguir:
A ação de apreensão de drogas nas regiões fronteiriças, bem como em
todo território nacional, embora muito significativo para minar o comércio e tráfico ilegal de substâncias ilícitas, é insuficiente e não pode ser o único foco da atuação policial, como este depoimento demonstra:
“Nós priorizamos não só a apreensão de droga. Não
adianta você só ficar apreendendo a carga na estrada, você prender entorpecentes, porque isso vai fazer parte do risco do negócio do traficante. Então priorizamos identificar quem são os traficantes e desarticular toda a organização criminosa”, explicou Oslain, que apresentou as iniciativas atuais da PF de repressão às drogas. (SENADO, 2011) Considerações Finais
Tendo chegado ao final de nosso estudo, esperamos que o papel da
polícia em relação à Lei de Drogas tenha ficado mais claro por meio da apresentação daquilo que o texto da lei descreve sobre suas atribuições em cada caso. Além disso, que as questões que tangem a fiscalização rodoviária do tráfico de drogas ilícitas também se tenham feito conhecidas, bem como os desafios do controle das fronteiras do país. Observamos que, ao passo que a polícia procura evoluir em suas táticas e aparatos tecnológicos, os traficantes, na mesma proporção ou, às vezes, muito além, fazem o mesmo em relação aos subterfúgios para escaparem do radar policial. Por mais que a polícia se empenhe nas operações de busca e apreensão de drogas e nas investigações para identificar a “nascente” do tráfico e do comércio de substâncias ilícitas, as drogas continuam se alastrando por todos os cantos, aqui e no mundo. Por essa e outras razões, os debates da área estão longe de acabar. Incentivamos o aluno a dar continuidade em seus estudos, procurando conhecer opiniões de todos os polos, enquanto formula suas próprias concepções e levanta sua voz de maneira consciente na sociedade. BIBLIOGRAFIA
CHIAMPI, Nuncio Aparecido. Policiamento rodoviário com emprego de cão de
faro nas regiões de divisas com os estados do mato grosso do sul e paraná. In: NASSARO, Luís Franco (org.). Policiamento rodoviário: cenário e perspectivas. Assis: Triunfal Gráfica e Editora, 2014.
Guia narcotráfico. 1 ed. – São Paulo: On Line, 2016.
LEI Nº 11.343, DE 23 DE AGOSTO DE 2006. Disponível em: