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Equações de Conservação

 Teorema de Transporte de Reynolds

 Equação de Massa (continuidade)

 Equação de Quantidade de Movimento Linear


(2a Lei de Newton)
 Equação de Navier-Stokes

 Equação de Energia Mecânica

 Equação de Quantidade de Movimento Angular

 Equação de entropia
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Teorema de Transporte de Reynolds
 permite transformar as equações para sistema
(massa fixa) para volumes de controle (volume fixo)
Variação total = taxa de variação + fluxo líquido saindo
com o tempo de da grandeza grandeza específica
de uma grandeza específica no VC através da SC
de um sistema
VC

sistema dm = r d V2
dm = r d
SC
V1

 f = grandeza específica ; r = massa específica ;


 d  = volume infinitesimal
 d m = massa infinitesimal ; d m = r d  ;
 d F = grandeza no volume infinitesimal ; d F = f d m = f r d 
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 taxa de acumulação de uma grandeza específica
VC
 
dm = r d  f dm   f r d
V2  t VC  t VC

SC
V1

quantidade da grandeza que cruza a superfície:


 
f d m = f r dA L= = f r dA Vn dt = f r V  n dA

fluxo líquido de massa cruzando a SC


Vn
 
 f r V  n d A
V SC
d m=r dA L= =r dA Vn dt

dF   
   f r d   f r V  n d A
V Vn d t sistema  t VC SC
Vn
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Equação de Conservação de Massa
 Sistema:
d dm
 r d  0  0
sistema
dt dt
dm = r d sistema

 Volume de controle:

 
 r d rV n d A0
t  
VC SC
A B
Variação com o tempo da Fluxo líquido de massa
da massa do volume de controle através da superfície de controle
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Aplicando o teorema de Leibnitz
b(t ) b( t )
  f ( x) dx  db f (b)  da f (a )
t  f (x) dx   t dt dt
a(t ) a(t )

 
ao termo A , temos t  r d   t
r d
V.C V.C

Aplicando o teorema de divergência de Gauss ao termo B, temos


  
 r V n d A   div ( r V ) d 
SC VC

 r  
Somando A com B    t  div ( r V )d  0
VC 

Queremos que está equação seja válida para qualquer volume, portanto, dividindo por d  e
aplicando o limite d  tende a zero, obtemos a equação de conservação de massa diferencial,
válida para qualquer ponto

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r 
 div ( r V )  0
t (I)

Variação da massa Fluxo líquido de massa


com o tempo por por unidade de volume
unidade de volume
      
A equação acima pode ser rescrita sabendo que div (ρV) (ρV)ρ V Vρ
r    
como  V  r  r  V 0
t
A  
 V A
DA
Definido o operador : derivada material, ou total ou substantiva D t 
t
variação local variação
temporal convectiva
Dr  
temos  r V 0 ( II )
Dt

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Equação de Conservação de Massa ou

Continuidade
r  r ( r u i ) Dr 
 div ( r V )  0  0 ou  r div ( V )  0
t t  xi Dt

Casos Particulares

1. Regime Permanente: div ( r V )  0

2. Incompressível: div ( V )  0

 Coordenadas cartesianas: r    ru    rv    rw  0


t  x y z 

 Coordenadas curvilíneas:
r  r ( r u j ) ej r ( r u i ) ej
0  ei  e j (r u j )   ei  e j  ( r u j ) ei     ( r u j ) ei 
t  xi t  xi  xi t  xi  xi

 Coordenadas cilíndricas: r    rr u    r u    r u   0


 r  z 
t  r r r  z  7
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Equação de Quantidade de Movimento
Linear (2a Lei de Newton)
 
   DV   DV
 Fext  ma   d f ext  r d  f S  fc  r
Dt Dt

força de corpo: fC
 
força volumétrica,ex: força gravitacional fg  r g
  
força de superfície: fS  f p  f

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f p - força de pressão: força normal compressiva

dy

P( x )dydz ( x, y, z ) P( x  dx)dydz

dz
dx
dFp,x= P dy dz - (P dy dz +  P/x dx dy dz) = -  P/x d

 fp,x = -  P/x logo fp,y = -  P/y e fp,z = -  P/z


 P  P  P   
f p  i j k  f p   P
x y z
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f força viscosa: força definida por um y
 yy
tensor, em cada face possui 3 componentes, dois
tangenciais e um normal
 xx  xy  xz   yz  yx
   zy
 xy

   yx  yy  yz   xx
   xz
 zx  zy  zz   zx x
  zz

 Força de superfície viscosa resultante na direção x 


n
convenção

 
n
dz
dx
      yx    
F , x    xx y z   xx  xx dx y z   yx xz   yx  dy xz   zx xy   zx  zx dz xy
 x   y   z 
 
   xx   yx   zx     xx   yx   zx 
F , x    xyz
f  , x    
 x y  z   x 
 y z  10
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 Procedendo de forma análoga para as outras direções

   xx   yx   zx 

f  , x    
  z 
 x y 

   xy
f  , y   
  yy   zy




f    
 x y z 

   xz   yz   zz 

f  , z    
  z 
 x y 

  xx  xy  xz 
  
     
f         yx  yy  yz  
 x  y  z  
  zx  zy  zz 

   xx   yx   zx   xy   yy   zy   xz   yz   zz 
f        
 x  y z x y z x y  z11 

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Equação diferencial de quantidade de
movimento na forma vetorial

DV 
ρ  ρ g   P  
Dt

 coordenadas cartesianas
 u u u u   P τ xx τ yx τ zx
ρ  u  v  w   ρ g x    
 t x y z  x x y z
 v v v v   P τ xy τ yy τ zy
ρ  u  v  w   ρ g y    
 t  x  y  z  y x y z
 w w w w   P τ xz τ yz τ zz
ρ u v  w   ρg z    
 t x y z  z x y z

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Casos Particulares:

•Equação de Euler (fluido perfeito, não viscoso)



DV 
ρ  ρg  gradP
Dt
•Equação da Hidrostática:

ρ g  grad P

Para fluidos viscosos, precisamos de uma informação


adicional: relação entre a tensão cisalhante e a taxa de
deformação do elemento de fluido
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pode-se demonstrar pelo uso  xx  yx  zx 
da equação conservação de 
quantidade de movimento    yx  yy  zy 
angular que o tensor  é  
 zx  zy  zz 
simétrico 

   
Equação Constitutiva para fluidos Newtonianos
 y  x x 3
xy yx  
        ,   2     V
xx
u v u 2 
 z  x  y 3
 xz   zx      ,  yy  2    V
u  w v 2 
 z  y  z 3
 yz   zy      ,  zz  2    V
v  w w 2 

    T 2  
f  = div  div   div  [grad V  (grad V ) ]   div V I 
 3  14

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Equação de Navier-Stokes: Equação de
conservação de quantidade de movimento linear para
fluido Newtonianos (coordenadas cartesianas)
u u u u  p 2     u  v  w 
r  u v  w   r g x        
  t  x  y  z  x 3  x    x  y  z 
  u    u    u    u    v    w
          
 x   x   y   y   z   z   x   x   y   x   z   x 

v v v v  p 2     u  v  w 
r  u v  w   r g y        
  t  x  y  z  y 3  y    x  y  z 
   v    v     v    u    v    w
           
 x   x   y   y   z   z   x   y   y   y   z   y 

w w w w p 2     u  v  w 
r  u v w   r g z       x   y   z  
  t  x  y  z  z 3z  
 w   w   w   u    v    w
            
 x   x   y   y   z   z   x  z   y   z   z   z 
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 A equação de Navier-Stokes simplifica bem se a massa
específica e a viscosidade foram constante f   μ 2 V
  fluidos
A maioria dos líquidos podem ser considerados como
incompressíveis   V  0
 A viscosidade da maioria dos gases é aproximadamente constante

DV  
Navier-Stokes (propriedades constantes) ρ  ρ g   P  μ 2 V
Dt
coordenadas cartesianas

 u u u u  P  2u 2u 2u 


ρ  u  v  w   ρg x   μ 2  2  2 
 t x y z  x  x  y z 

 v v v v  P  2 v 2 v 2 v 
ρ  u  v  w   ρg y   μ 2  2  2 
 t x y z   y  x  y z 

 w w w w  P  2 w 2 w 2 w 
ρ u v  w   ρg z   μ 2  2  2 
 t x y z  z  x y z 
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Navier-Stokes (propriedades constantes) em coordenadas cilíndricas

 2
Direção     u P
ρ  r  u r r  uθ r  u z r  θ  ρ g r 
u u u u
radial 
 t  r r θ  z r  r
 
 1   u r  u r  2 ur  2 ur 2 uθ 
μ  r    2 2 2  
 r  r   r  r 2 r θ z r 2 θ 

 u u u u u u  P
Direção ρ  θ  u r θ  uθ θ  u z θ  r θ  ρ g θ  
 t  r r θ  z r  rθ
angular
 1   uθ  uθ  2 uθ  2 uθ 2 u r 
μ  r    2 2 2  
 r  r   r  r 2 r θ z r 2 θ 

u u u u P
Direção ρ  z  u r z  uθ z  u z z  ρ g z  
axial  t  r r θ  z  z
 1   u z  2uz 2uz 
μ  r    2 
 r r  r 2
 r θ
2  z  17
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Equação de Quantidade de Movimento
Angular
 Esta equação pode ser obtida com o produto vetorial do vetor
posição r com a equação de conservação de quantidade de
movimento linear

  r V
r 

   
  
   r V V   r  r g   P   τ 
 t 
 
 r [r  V ]
t
  
    
   r V [r  V ]  r  r g    [r  P I]    [r   ]  [ε :  ]

 e é o tensor de 3ª. ordem com componentes eijk (símbolo de


permutação) e ijk  1 se ijk  123, 231 ou 312
 1 se ijk  321, 132 ou 213
 0 se quaisquer dois índices forem
diferentes 21
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 Produto vetorial de dois vetores:
e1 e 2 e3
v  w  e ijk ei v j wk v  w  det v1 v 2 v3
w1 w2 w3

 Produto vetorial de um vetor e tensor:



r    ri e i  e j  jk e k  e l e k e ijl ri  jk

 Se  é simétrico: [ε :  ]  0
 não existe conversão de momentum angular macroscópico em
momentum angular interno, i.e, as duas formas de momentum se
conservam separadamente.

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Equação de Energia Mecânica
 A energia mecânica de um sistema não se conserva, porém esta
equação é muito útil em diversas situações.
 Pode ser obtida através do produto escalar do vetor velocidade com
a equação de conservação de quantidade de movimento linear

  DV  
V  r   V  r
g   P   τ 
 D t 
   2 2  
 Obs: (1) V V  V V ou V  V  Vi Vi
  
(2) r
DV 
 r 
V    
 V   V   V [
r 
   ( r V )] 
 rV
  
  rVV 
Dt  t  t
  
t
zero
continuidade
 Então, operando o produto escalar
 
  DV 
V  r 
  r V
V   
     1
  rVV  
 1  
 r V 2      r V 2 V 
 Dt    t    t  2  2 
 
  
 
  
V  P   P V  P V V          V   : V
23
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 Produto escalar de dois tensores (produto duplo):

σ : τ  ei  ij e j : ek  kl el  ei  el e j  ek  ij  kl   il  jk  ij  kl   ij  ji

 Para fluido Newtoniano


   T 2  
 : V   [V  (V ) ]     V  : V
 3 
  u uj  2  uk  u

 :V   F    i     ij  i
   x j  xi  3  xk
   x j

  u u uj u  2 u u  F é sempre positivo, é a


F   i i  i  k 
   x j  x j  xi  x j  3  xk  x  função dissipação

  
2 2

   2   uk  
u
F   i 
1 u j
 x 
 2   x j  xi  3  k  
   

Para fluidos Não-newtonianos  : V pode ser negativo 24
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Equação de Energia Cinética
 1
t 2
2  1 2 
 rV  rV V 
 
rV

 
   
g    P V  P   V    (  V )   : V
  
   2 
  taxa de
 
taxa de taxa de taxa de taxa de
taxa de fluxo trabalho trabalho conversão trabalho conversão
aumento de líquido de devido a devido a reversível devido a irrever 
energia energia força pressão a forças sível a
cinética cinética gravita energia viscosas energia
cional interna interna

 PV pode ser positivo ou negativo, dependendo se o fluido está
sofrendo expansão ou compressão. As mudanças de temperatura
podem ser grandes em compressores, turbinas ou na presença de
ondas de choque.

  : V é sempre positivo para fluidos Newtonianos. Este termo pode
ser significativo em sistemas com viscosidades e gradientes de
velocidades elevados, como ocorre em lubrificação, extrusão rápida
e vôos de alta velocidade.

25
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Equação de Energia Mecânica
 
 Trabalhando o termo r V  g podemos reescrever a equação para
a soma da energia cinética e potencial, gerando a equação de
energia mecânica
 Introduzindo a definição

de energia potencial por unidade de massa
Y, definida com g   Y , temos que
    
r V  g   r V  Y    ( r V Y ) Y   ( r V ) 
 r  ( rY )
    ( r V Y ) Y    ( r V Y ) 
t t

 
 1   1     
 r V  r Y      ( r V )  r Y ) V      P V  P   V    (  V )   : V
2 2
t 2   2 

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Equação de Energia

Wout
 E   Qin   Wout
Q in
E  
 Qin  W out
t
convenção

    
Qin  Wout   e r d   e r u  n d A
 t VC SC

A B
27
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 Aplicando o teorema de Leibnitz

b(t ) b( t )
  f (x) dx  db f (b)  da f (a )
t  f (x) dx   t dt dt
a(t ) a(t )

 er d    er d 
ao termo A , temos
t  t
V C V C
 Aplicando o teorema de divergência de Gauss ao termo B, temos
  
 e r u  n d A   div ( r u e ) d 
SC VC

 Somando A com B

  r e   
  t  div ( r u e)  d   Q in  Wout
VC  

28
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Queremos que esta equação seja válida para qualquer volume, portanto, dividindo por d  e
aplicando o limite d  tende a zero, obtemos a equação de conservação de massa diferencial,
válida para qualquer ponto

 (r e )  Q in Wout
 div ( r u e )  

t

   d d (****)
fluxo  
taxa de liquido saindo taxa de taxa de
acumulação de energia adição de trabalho feito
de energia calor pelo sistema
nos arredores

29
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O calor pode entrar no volume de controle de duas formas: por difusão relativo ao movimento
de mistura do escoamento devido a movimento molecular aleatório e por conversão de energia
química, eletromagnética, atômica, etc em energia térmica como fonte de calor. Portanto

 
Qin    q  n d A   q d  ;
SC VC

 é a taxa que energia térmica é liberada por unidade de
onde q é o fluxo difusivo de calor e q
volume.

Aplicando novamente o teorema de divergência de Gauss,

 Q in 
Q in    q  div q  d    q  div q
VC d

30
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Trabalho feito pelo elemento de fluido nos arredores

    
W d Fd r  potência:  W  d F  u  dr
(u  )
dt

    
d F  d Fc  d Fs onde d Fc é força de corpo e d Fs é força de superfície

trabalho entrando é negativo, trabalho realizado contra o elemento de fluido é negativo

  
força de corpo, força volumétrica, igual a força gravitacional d Fc  d Fg  r g d 
potência devido ao trabalho realizado contra a força gravitacional:
   

 W g   d Fg  u  W g   r g  u d 

31
Angela Nieckele – PUC-Rio
  
Força de superfície, possui contribuição de pressão e viscosa: d Fs  d F p  d F

   
potência contra a força de pressão:  W p   d F p  u    p d A  n  u

     

potência contra a força viscosa:  W   d F  u   t n d A  u   n   d A  u

Combinando todos os termos:


     
Wout   p u n d A     u n d A  r g u d 
SC SC VC

Aplicando o teorema de divergência de Gauss,


Wout     r g  u  div  p u   div    u  d 
  
VC

Wout
 div    u 
   
  r g  u  div  p u 
d
Substituindo todos os termos na equação (****) 32
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Equação de energia
 (r e )  
 div ( r u e )  q  div q
t  


 fluxo geração taxa de
taxa de líquido de entrada de
variação saindo energia energia por
de energia de energia p/  condução
p/  p/  p/ 


 
rgu
 

 div  p u  
 div   u


taxa de taxa de taxa de
trabalho trabalho trabalho
contra as contra as contra as
forças forças forças
gravitacionais de pressão viscosas
p/  p/  p/ 
33
Angela Nieckele – PUC-Rio
A equação da energia pode ser rescrita com o auxílio da
equação da continuidade como

 div    u 
    
 div  p u 
De
r  q  div q  r g u
Dt

• Iremos considerar que a energia e é formada de


interna e energia cinética .
1 2
ei V
2
• outras formas de energia, como nuclear, radiativa e
eletromagnética, podem ser consideradas no termo de
geração de energia, q
34
Angela Nieckele – PUC-Rio
• Energia interna, i, é a energia associada com o
movimento aleatório de translação e interno das
moléculas, além da energia de interação entre
moléculas. A energia interna depende da temperatura
e massa específica do fluidos.

• Energia cinética, ½ V2 é a energia associada com o


movimento observável do fluido.

• Substituindo a definição da energia como a soma da


energia interna e cinética na equação de conservação,
temos que a equação de conservação de energia
interna e cinética é

D  1 2
 div    u 
    
r  i  V   q  div q
  r g  u  div  p u 
Dt  2 
35
Angela Nieckele – PUC-Rio
• A energia potencial não será considerada
explicitamente na equação acima. A energia
potencial devido a localização no campo de força de
corpo é considerada como o resultado do trabalho
realizado pela força de corpo.

• Considere a energia potencial como Y. A força externa g

pode ser expressa em termos do gradiente de um escalar



g   Y
   DY Y
então r u  g   r u   Y    r r
Dt t
Se Y independe do tempo, o último termo desaparece, e
  DY
rug r
Dt 36
Angela Nieckele – PUC-Rio
• Pode-se agora escrever a equação
1 2
de conservação de energia total e  i  V Y
2
D  
 div    u 
  
 div  
1 2
r  i  V  Y   q  div q pu
Dt  2 
Combinando esta equação de conservação de energia interna
e cinética com a equação de conservação de energia
mecânica, derivada anteriormente, e repetida aqui

D 1 
 r V   r u  g  div  p u   p div u  div    u    :  u
     
r 2
Dt 2 

obtém-se a equação de conservação de energia térmica

Di   
r  q  div q  p div u   : u
Dt
37
Angela Nieckele – PUC-Rio
Di   
r  q  div q
 
 p div u   :  u
Dt 
 geração taxa de conversão de
taxa de entrada de trabalho mecânico
aumento de energia por em
energia interna condução energia interna

38
Angela Nieckele – PUC-Rio
A equação da energia térmica apresentada em termo de energia interna,
apresenta do lado esquerdo termos na forma de energia térmica e do lado
direito na forma de energia mecânica. É conveniente, reescrever a equação
somente em função de termos de energia térmica. Para isso, utilizaremos a
entalpia, cuja definição é p
hi
r
Di Dh 1 D p p Dr
então   
Dt Dt r Dt r2 D t

substituindo a equação acima na equação de conservação de energia térmica e


utilizando a equação da continuidade

Dr 
  r div u
Dt

Dh  Dp 
temos r  q  div q    : u
Dt Dt
39
Angela Nieckele – PUC-Rio

O termo Dp/Dt é mais simples que o termo p div u
porque é mais comum um fluido escoar em um processo a pressão quase
constante (i.e., Dp/Dt 0) do que em um processo com volume quase
constante (div u  0).
Para a maioria das aplicações de engenharia, é mais conveniente trabalhar com
a equação de energia térmica em função da temperatura e calor específico do
que da energia interna ou entalpia.

Sabemos que para uma substância pura, na ausência de movimento, tensão


superficial e efeitos eletromagnéticos, o estado termodinâmico fica determinado
com somente duas propriedades independentes.

Considerando i  i T , v  1 i i 
v di  d v   d T
r  v T  T 

Porém sabemos que d i T d s pdv

logo i  s
   T p
 v T  v T
40
Angela Nieckele – PUC-Rio
Relembrando as relações de Maxwell

s v T   p
       
 p T  T p  v s  s v

 s  p T  v
     
 v T  T v  p s  s p

i  s  p
então    T  p   p  T 
 v T  v T  T v
i 
e utilizando a definição de calor específico a cv  
volume constante  T 

i i    p 
tem-se di  d v   d T d i    p T   d v  c d T
 v T  T    T  v 
41
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Di   p  Dv DT
então r    p T   r  r c
D t   T v  Dt Dt

Dv D 1/ r 1 Dr 
mas r r  u
Dt Dt r Dt

Então a equação da energia

Di   
r  q  div q  p div u   : u
Dt

pode ser escrita em função da temperatura como

DT   p  
r cv  q  div q  T  div u   : u
Dt  T v
42
Angela Nieckele – PUC-Rio
A equação da energia pode agora ser simplificada com as
equações constitutivas vistas.

Utilizando a lei de Fourier para avaliar o fluxo da calor de


condução

q   k T

considerando um fluido Newtoniano, temos

    u  uj  2  u k   ui
 :  u   F     i    
 3  x ij   x
   x j  xi  k  j

 p 
 q  div k grad T 
D T
r cv  T  div u  F
Dt  T v
43
Angela Nieckele – PUC-Rio
Uma outra forma conveniente da equação da energia em
função da temperatura pode ser a partir da equação de energia
em função da entalpia.
Dh  Dp 
r  q  div q    : u
Dt Dt

Considerando h  h T , p d h
h
 dT 
h
 d p

 T p  p T

Com a definição de calor h


cp  
específico a pressão constante  T p

h
d h  cp d T   d p
 p T
44
Angela Nieckele – PUC-Rio
Para reescrever a variação da entalpia com a pressão de forma
mais conveniente, vamos utilizar novamente a 1ª. Lei da
termodinâmica:

T d sdi pd v
p d id h pd vvd p
mas ih h pv 
r
então T d sd hvd p  d h T d s  v d p

diferenciando a entalpia com relação a p

h s
  T   v
 p T  p T

45
Angela Nieckele – PUC-Rio
s v
Utilizando a relação de Maxwell    
 p T  T p

v  1/ r  1  r
onde      
 T p  T p r  T p
2

1 r
Utilizando a definição de coeficiente de   
expansão térmica r  T p

 s 1
Tem-se      v logo
 p T r

h h
  v  T  v
 p T
  
1
1  T  
 p T r
46
Angela Nieckele – PUC-Rio
De forma alternativa, a variação da entalpia com a pressão pode
ser escrita utilizando o coeficiente de Joule Thompson

T 
coeficiente de Joule Thompson  JT  
p  h

Sendo h=h(p,T) em um processo isoentalpico, tem-se

h h h  h T 


dh   dT   dp  0 logo     
 T p  p T  p T  T  p  p h

h
   c p  JT  JT 
1  T 
 p T r cp

Note que para um fluido incompressível, o coeficiente de Joule


Thompson é sempre negativo 47
Angela Nieckele – PUC-Rio
Reescrevendo a entalpia em função de temperatura e pressão
tem-se

d h  cp dT
1  T
d p
r
 1   T 
Dh DT Dp
r  r cp
Dt Dt Dt

ou

d h  c p d T  c p  JT d p

Dh DT D p
r  r cp    JT 
Dt  Dt Dt 

Angela Nieckele – PUC-Rio


substituindo r
Dh
 r cp
DT

 1  T  Dp
Dt Dt Dt
na equação da energia

Dh  Dp 
r  q  div q    : u
Dt Dt

DT  Dp 
r cp  q  div q   T   : u
Dt Dt

Utilizando a lei de Fourier e considerando um fluido Newtoniano

 q  div k grad T 
DT Dp
r cp  T  F
Dt Dt
49
Angela Nieckele – PUC-Rio
Dh DT D p
substituindo r  r cp    JT 
Dt  Dt Dt 
na equação da energia

Dh  Dp 
r  q  div q    : u
Dt Dt

DT  Dp 
r cp  q  div q  (1  r c p  JT )   : u
Dt Dt

Utilizando a lei de Fourier e considerando um fluido Newtoniano

 q  div k grad T   (1  r c p  JT )
DT Dp
r cp  F
Dt Dt

50
Angela Nieckele – PUC-Rio
Vamos analisar agora quatro casos particulares que são muito
utilizadas. Desprezaremos a dissipação viscosa, fontes e
consideraremos a condutividade térmica k constante.

RT
1 - Para gases ideais p  r RT 
v
 p p 1 r 1
     
 T v T r  T p T

DT 
r cv  k  2T  p u
Dt

DT Dp
r cp kT
2
Dt Dt

51
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2 - Fluido a pressão constante

DT
r cp  k  2T
Dt

3 - Fluidos com massa específica r independente de T ( = 0)

DT
r cp  k  2T
Dt

4 - Sólidos: A massa específica é em geral constante e u 0
DT
rc  k  2T
Dt
52
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Equação de Conservação para uma Mistura
A equação de conservação de massa utiliza valores médios em massa, não
fornecendo informações sobre como uma espécie se difunde na outra.

Definições:
mi = massa da espécie i
n
m = massa total da mistura = m   mi
i 1
mi
ri = concentração em massa  r i  = massa da espécie i por unidade de volume


m n
r = massa específica total da mistura  r   r   ri
 i 1

ri
ci = concentração molar  ci  = número de moles da espécie i por unidade de volume
Mi
53
Angela Nieckele – PUC-Rio
  massa molecular da espécie i
r
i = fração em massa  i  i = concentração em massa da espécie i dividida pela
r
densidade de massa total da solução
c
xi = fração em moles  xi  i concentração molar da espécie i dividida pela densidade de
c
molar total da solução

ui = velocidade da espécie i em relação a um eixo estacionário

  n r i ui
u = velocidade média em massa  u  
i 1 r
  
ui  u  velocidade de difusão da espécie i em relação a u
  
ji = fluxo de massa da espécie i em relação a velocidade média em massa  ji  r i ui  u  , sendo que
n 
 ji  0
i 1

54
Angela Nieckele – PUC-Rio
 ri 
Equação da continuidade para a espécie i:  div r i ui  ri
t
 ri
= taxa de acumulação de massa da espécie i por unidade de volume
t

div r i ui = fluxo líquido saindo da espécie i por unidade de volume
ri = taxa de criação ou destruição de massa da espécie i, por unidade de volume. As
espécies podem ser criadas, por exemplo, por reação química.

Cada componente do fluido possui uma equação análoga


Somando estas equações

 i ri 
 div  i r i ui    i ri
t

a massa específica da mistura e o fluxo de massa da mistura são definidos como


r  i ri ; r u   i r i ui 
55
Angela Nieckele – PUC-Rio
Logo a velocidade média da mistura é
  r u 
u i i i
r

 i ri  0 pois quando uma espécie é criada, outra é destruída

r 
 div r u  0 equação da continuidade da mistura
t

Usando a definição de fluxo de massa específico

 ri  
 div r i u  ri  div ji
t

56
Angela Nieckele – PUC-Rio
Para analisar uma mistura precisa-se satisfazer:

 Equação da continuidade da mistura

r 
 div r u  0
t

 n – 1 equações da continuidade das espécies

 ri  
 div r i u  ri  div ji
t

57
Angela Nieckele – PUC-Rio
r
Utilizando agora a definição de fração em massa i  i , tem-se
r
 r i  
 div r i u   ri  div ji
t

ou com o auxílio da equação da continuidade da mistura


D i 
r  ri  div ji
Dt

Para uma mistura binária, vimos que a lei de Fick relaciona o fluxo de massa difusivo da
espécie 1 em relação a mistura com a fração em massa como


j1   r D12  1

58
Angela Nieckele – PUC-Rio
Finalmente, a equação de difusão de massa para uma mistura
binária é

D 1
r  r1  div r D12  1 
Dt

Para uma mistura binária, não é necessário escrever uma


equação para o segundo componente, uma vez que a

r 2  r  r1  1  1  r r2
ou   2  1  1 
r

59
Angela Nieckele – PUC-Rio
Equação de Entropia (2ª lei da Termodinâmica)

Para sistema temos T S Q


onde S é a entropia e Q é a calor transferido.
= corresponde a um processo reversível
> corresponde a um processo irreversível

S Q
A variação com o tempo nos fornece  
 t  sistema T
S Q
  s  
t T 
 geração de
taxa de entropia
calor total
sob temperatura
convertendo a equação acima para um volume de controle e aplicando em
um volume infinitesimal 60
Angela Nieckele – PUC-Rio

 r s  q
 div r u s   div    s
t    
T 
 
 fluxo líquido   geração de
taxa de saindo de fluxo líquido entropia por
acumulação de entropia por de calor sobre unidade de volume
entropia por unidade de volume a temperatura
unidade de volume unidade de volume


Ds q
r   div    s
Dt T 

61
Angela Nieckele – PUC-Rio
Vamos quantificar a geração de entropia

Considere a 1ª lei da termodinâmica  T ds = di + p dv



Ds Di Dv D v D 1/ r 1 D r div u
T  p   
Dt Dt Dt Dt Dt 2
r Dt r

Ds 1 Di p  
   div u 
Dt T Dt r 

relembrando a equação da energia

Di   
r  q  div q  p div u   : u
Dt

substituindo na equação anterior, temos


 
Ds q  q
  : u
r   
Dt T T T 62
Angela Nieckele – PUC-Rio
   
q q  q q T
mas div         
T  T  T T2

  
 q q q T
    
T T  T2
  
Ds q  : u q q T
então r      
Dt T T T  T2

comparando com a equação de Ds q
conservação de entropia
r        s
Dt T 

 
q   :  u q T
Conclui-se que s  
T T2
63
Angela Nieckele – PUC-Rio
 
q   :  u q T
s  
T T2

Utilizando a lei de Fourier e considerando um fluido Newtoniano, a


geração de entropia é

2
q   F k T
s  
T T2

Nota-se que o fluxo de calor, sempre causa geração de entropia,


assim como o atrito viscoso de um fluido Newtoniano, já que a
função dissipação F também é sempre positiva.
64
Angela Nieckele – PUC-Rio
Derivação das relações de Maxwell

1 - Função de Helmhots: a = i – T s

Variação d a  d i T d s  s d T
1ª lei da termodinâmica di T d s p dv
logo d a  pdv sdT
Comparando com a  a a
da  d v   d T
regra da cadeia  v T  T v

 a a
concluimos  p  s 
 v T  T v
;

65
Angela Nieckele – PUC-Rio
 a a
 p  s 
 v T  T v
.

Diferenciando novamente cada termo acima

 p   2 a  s   2 a 
     
T  v  T  v  v T  v  T 

E finalmente igualando, tem-se uma das relações de Maxwell

 s  p
  
;
 v T  T v
66
Angela Nieckele – PUC-Rio
Derivação das relações de Maxwell

2 - Função de Gibbs: g = h – T s ou g = i – p v – T s ou

Variação d g  d i  v d p  p d v T d s  s d T
1ª lei da termodinâmica di T d s p dv
logo d g vd p sdT

Comparando com a g g 


dg  d p   d T
regra da cadeia  p T T p

concluimos
 g g 
v  s 
 p T T p
67
Angela Nieckele – PUC-Rio
 g g 
v  s 
 p T T p
.

Diferenciando novamente cada termo acima

v   2 g  s   2 g 
    
 T P  T  p   p T  p  T 
 

E finalmente igualando, tem-se outra das relações de Maxwell

s v
   
 p T T p
;

68
Angela Nieckele – PUC-Rio
CONDIÇÕES DE CONTORNO
• Fronteiras livres

• Fronteiras limitadas (parede)

Balanços interfaciais
1
n2

A1

n1

Ai
A2 2

69
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Balanços interfaciais
1
 ui velocidade da interface ui  u ni  u ti
n2

A1
 uni velocidade de deslocamento da 
n1
interface 
Ai
A2 2
 Posição da interface S(x, t)
S / t
u ni  ui  n k  
S

 Fluxo de massa interfacial m k  r k n k  (u k  u i )


(mudança de fase)

 Balanço de massa interfacial


2 2
 r k n k  (u k  u i )  0  m k  0
k 1 k 1
70
Angela Nieckele – PUC-Rio
Balanços interfaciais
1
n2

A1

n1

 Balanço de quantidade de Ai
A2 2
movimento interfacial

 r n k  (u k  u i ) u k  n k  k   M i  0
2

k
k 1

 Tensor de tensões: k   pk I  τ k

 Fluxo de superfície interfacial: M i  2 k  n  t F

 Parcela normal representa o efeito líquido da curvatura


da interface, onde k é a curvatura média da superfície,
 é tensão superficial.

 Força tangencial devido ao gradiente da tensão


superficial.
71
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CONDIÇÕES DE CONTORNO
 Interface fluido-sólido:
 a velocidade do líquido é igual a velocidade do sólido
 condição de não deslizamento: velocidades tangenciais iguais
ut  u t  ut1  ut2  uti

 condição de impenetrabilidade: velocidades normais iguais

un=ûsólido n em S
(parede fixa impermeável, û=0)

 A condição de não deslizamento ocorre na maioria dos fluidos


Newtonianos (moléculas pequenas), e também em muitas
situações dos fluidos complexos

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Condição de contorno
 Salto de quantidade de movimento:

 Tensão viscosa n k  τ k  τ nk  τ tk  n k τ nmk  τ tk


2
 Tangencial τ
k 1
tk  t F

2  m k2 
 Normal  n k  n k p k  τ nk   2 k 21 n1 
k 1  rk 
 

 Interface plana líquido-líquido: as velocidades e tensões são contínuas


através da interface

 Interface plana líquido-gás: a tensão cisalhante é nula na interface, uma vez


que os gradientes do lado do gás são pequenos. Esta é uma boa aproximação
porque gases << liquidos.

 Interface curvas líquido-gás ou líquido-gás: a tensão normal não é mais


contínua através da interface, e a tensão superficial torna-se importante
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Balanços interfaciais
1
n2

A1

n1

 Balanço de energia Ai
A2 2

1 1
 Energia interna por unidade de área interfacial: ia   i d
 
2

2  
 uk2 
 ia  s  u i  M i  u i    r k n k  (u k  u i ) ik    n k   k  u k  q k 
d s ia
dt k 1   2 

taxa de trabalho transferência de energia do fluido de


variação da realizado pela cada lado da interface
energia da tensão
superfície superficial

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Condição de contorno
 Condição de contorno de equilíbrio térmico
T1i  T2i  Ti

 Interface fluido-sólido: n k  q k  n solido  q solido


 k T  n  k sol Tsol  n sol

 Interface com mudança de fase


l = calor latente
 k1 T1  n1  k 2T2  n 2  m l l

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Escoamento internos ×
Escoamentos externos
O escoamento e transferência de calor apresentam características
diferentes dependendo se o escoamento é externo ou interno.

Escoamento externo: caracterizado pela região com gradiente


acentuado de velocidade (camada limite hidrodinâmica) e gradiente
acentuado de temperatura (camada limite térmica)

Escoamento interno:
Entrada: comportamento análogo à camada limite externa
Longe da entrada, em tubulações longas: escoamento
desenvolvido:
• Hidrodinâmicamente desenvolvido: u/x=0 ; dp/dx=cte
•Termicamente desenvolvido: forma do perfil de temperatura
não varia (/x=0)
 é temperatura adimensional   =(T-Tref)/ Tref 76
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ESCOAMENTOS EXTERNOS: em geral desejamos
determinar as forças que atuam no corpo, isto é, força de arraste e
sustentação, e o calor trocado entre o corpo e fluido

Região afetada pela


presença do corpo

CAMADA LIMITE

Fora da camada limite, o Quando o escoamento na camada limite é


escoamento não é afetado desacelerado devido a uma diferença de
pela presença do corpo  pressão, pode ocorrer uma reversão do
forças viscosas não são escoamento e a camada limite separa-se da
importantes superfície do corpo, formando a esteira 77
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ESCOAMENTOS EXTERNOS
 A velocidade característica é a velocidade de
aproximação do corpo U e temperatura da corrente
livre T
 A dimensão característica é o comprimento do corpo
na direção do escoamento, L

T

r U  L
 O número de Reynolds Re  
que caracteriza a
transição neste caso é
Re  5 x 105  laminar
Re > 5 x 105  turbulento
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Camada Limite Hidrodinâmica:
região do fluido que sofre os efeitos da parede (u ≤ U∞)

U U
(x)

u(y)
 
y

x
Fluidos u  s ( x)
s   Cf ( x ) 
Newtonianos:
y y 0
(1 / 2) r U 2

u/yy=0 cai com x  s (Cf) cai com x Coeficiente de atrito

Espessura da camada limite, 


 Cresce com x
 Depende da viscosidade
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Camada Limite Térmica:
região do fluido que apresenta variações no campo de temperatura
devido a presença da parede
Ts  T
T0  0,99
T0 Ts  T0
U t(x)
T
qs"  k f  hTs  T0 
T(y) y y 0
y t Ts
T
kf
x y y 0
h
Ts  T0 
• Coeficiente de transferência de calor h é função da distribuição de
temperaturas
• t cresce com x  T/yy=0 cai com x  h cai com x
• Espessura da camada limite térmica depende de Prandtl =  cp/k
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 ESCOAMENTOS INTERNOS: em geral desejamos buscar
a relação entre vazão e queda de pressão, variação de
temperatura entre entrada e saída e fluxo de calor trocado

• Em um escoamento interno, longe da região de entrada, observa-se que o


escoamento não apresenta variações na sua própria direção, e a pressão varia
linearmente ao longo do escoamento. O escoamento é considerado como hidro
dinâmicamente desenvolvido.

• O comportamento na região de entrada de uma tubulação apresenta o mesmo


comportamento que o escoamento externo. Portanto, estudaremos escoamentos
externos e depois aplicaremos os resultados obtidos para analisar a região de
entrada de uma tubulação.

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ESCOAMENTOS INTERNOS
 Considerando que o escoamento como hidrodinâmicamente
desenvolvido.

 A velocidade característica é a velocidade média um


 A dimensão característica é o diâmetro hidráulico, Dh
Q 1
um 
AT

AT u dA
At é a área transversal do
escoamento e Pm é o perímetro
4 At
Dh  molhado, o fator 4 é introduzido por
conveniência.
Pm
O número de Reynolds que caracteriza a transição neste caso é

r um Dh Re  2300  laminar
Re 
 Re > 2300  turbulento

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ESCOAMENTOS INTERNOS
 Considerando que o escoamento como termicamente
desenvolvido.
T  Tref 
 0
Tref x

 A temperatura característica é a temperatura de mistura Tm

Tm 
E

 r u e dA  r u c p T dA

m c p c p  r u dA c p r um At

Tm 
 u T dA Propriedades
constantes
um At
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