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Produção de Conhecimento

em Cursos de MBA: opções


metodológicas para o
desenvolvimento de
monografias
Celi Langhi*
Resumo: Abstract:
Este trabalho analisa alguns dos processos This paper analyzes some of the processes
que envolvem a elaboração de monografias used in the development of essays in lato sensu
em cursos de pós-graduação lato sensu. post‑graduation courses. It has become
Verificou-se que a grande maioria dos livros evident that the great majority of books on
sobre Metodologia Científica publicados Scientific Methodology published over the
nos últimos cinco anos se preocupa mais last five years is concerned about research
com a elaboração das pesquisas e dos structuring and the construction of the
relatórios de conclusão do que com os concluding report, as opposed to the initial
itens iniciais como a seleção do tema, a tasks, such as subject selection, problem
identificação do problema e os objetivos identification and the objectives one wishes
que se pretende atingir, ou seja, há poucas to achieve. One realizes that there are few
considerações sobre como elaborar o projeto considerations on how to elaborate the
da monografia. Por isso, são propostos project for the essay. Therefore this paper
alguns procedimentos, modelos e exercícios proposes some procedures, models and
para facilitar a elaboração das monografias e exercises in order to facilitate the elaboration
para que a produção de conhecimento seja of essays, and so that knowledge production
mais significativa para os alunos de cursos may become more significant to MBA
de MBA. courses students.

Palavras chave: MBA, produção científica Keywords: MBA, scientific knowledge


do conhecimento, metodologia científica, development, scientific methodology,
monografia. essay.

*Doutora e mestre em psicologia da aprendizagem (Universidade de São Paulo), mestre em comunicação social
(Universidade Metodista de São Paulo); especialista em didática do ensino superior (Universidade São Judas) e
pedagoga (UNIABC). Professora de metodologia científica há 20 anos em cursos de especialização e MBA. E-mail:
<clanghi@faap.br> e <celi@uol.com.br>.

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Introdução
Fazer um curso de MBA (Master Business Administration) é quase obrigatório para
todo profissional que pretende atingir cargos de gerência e direção em empresas
de vários segmentos. Os candidatos podem optar por cursos em instituições
nacionais com ou sem a presença de módulos internacionais, ou então buscar um
curso diretamente no exterior. Dada a grande quantidade de oferta, essa seleção
pode ocorrer tanto pela qualidade do curso quanto pelo valor que o candidato está
disposto a pagar por sua formação em nível de pós-graduação. A qualidade e o
preço de um MBA estão relacionados ao currículo do curso, à formação acadêmica
e profissional de seu corpo docente e à tradição da instituição. Mas, apesar da
diversidade de ofertas entre os cursos, há um item que os aproxima e os torna
vulneráveis, quase que na mesma proporção: a monografia.
É comum os alunos participarem das disciplinas com entusiasmo, buscando
a aplicação das aprendizagens adquiridas em seu dia-a-dia imediato ou almejado.
Contudo, quando chega o momento de iniciar a monografia, surgem reclamações
as mais diversas. Alguns alunos começam a dizer que o curso ficou “chato”. Outros
começam a questionar se realmente esse trabalho é essencial para sua formação.
Outros ainda se consolam com a idéia de que não vão precisar do certificado do
curso e, por isso, não farão a monografia. Esse tipo de argumentação possivelmente
faz parte da realidade da maioria dos professores de Metodologia Científica
que geralmente iniciam suas aulas na segunda parte do curso, quando diversas
disciplinas já foram dadas, e num momento em que os alunos já têm condições
de optar pelo estudo de um único tema.
Para muitos alunos, a produção de conhecimento não é vista como um
importante tipo de aprendizagem que propicia a formação de uma série de
habilidades e competências que são necessárias para a formação de um líder que
pretende atuar em cargos de gerência ou de direção. A partir do momento em
que esse aluno prepara um relatório, contendo informações que fazem parte de
sua experiência com teorias estudadas e/ou pesquisas realizadas, cruzando tais
dados e propiciando uma análise aprofundada baseada em sua percepção e nos
conhecimentos adquiridos, ele se torna mais apto a conduzir equipes e buscar
soluções inovadoras tanto para o desenvolvimento de novos produtos ou serviços,
quanto para a resolução de problemas.
Diante do que foi exposto nota-se que a produção científica do conhecimento
é relevante num curso de MBA, porém, quais são as principais causas que levam
muitos alunos a não apreciarem essa atividade, chegando até mesmo a desistir do
certificado por causa dela?
A essa pergunta pode-se atribuir uma série de respostas, sendo que a mais
comum é a falta de tempo, uma vez que a atividade profissional ocupa todos os
espaços disponíveis e isso sem levar em consideração o tempo destinado ao convívio
familiar. Outros motivos também podem ser apresentados como significativos: a
falta de um tema que seja do interesse do aluno, a falta de bibliografias atualizadas
e interessantes, a dificuldade de expor as idéias por meio da escrita e a falta de
significado que a monografia exerce sobre o aluno.

Produção de Conhecimento em Cursos de MBA: opções metodológicas para..., Celi Langhi, p. 68-81 69
Este artigo tem por objetivo apresentar soluções que auxiliem alunos e
professores na produção de monografias que sejam significativas para tais alunos,
tanto do ponto de vista pessoal como profissional e que estejam engajadas ao
objeto de estudo do curso. O objetivo geral é contribuir para que hajam mais
literaturas que demonstrem de forma prática, como os conteúdos de cunho teórico
podem ser aplicados.
Na organização geral desse artigo, são apresentados os principais conceitos
relacionados à produção de conhecimento, bem como sobre sua aplicação à
realidade corporativa. Na sequência são expostas as principais formas pelas
quais as monografias são apresentadas aos alunos e como os principais livros
de metodologia científica contribuem para essa finalidade. Finalmente são
propostas algumas sugestões para tornar a experiência de produção científica
mais significativa e mais prazerosa num curso de MBA.

1 O Conhecimento e sua Produção


O conhecimento nasce quando há uma espécie de encantamento ao se
contemplar a Natureza, o Universo e as coisas ou fatos que os cercam. Esse
encantamento leva à curiosidade e assim se estabelece o processo do conhecimento
e do discernimento. Esse processo termina com a produção do saber de forma
metódica e organizada (SANTOS, 2010).
A palavra conhecer tem origem no latim “cognascere”, que significa ter a posse
de informações, ter noção e idéias de algo que se relaciona com o mundo com o
qual convive. O conhecimento significa prática de vida, consciência de si mesmo e
“[...] ato ou efeito de saber e conhecer de forma metódica e organizada” (SANTOS,
2010, p. 46).
O conhecimento pode ser entendido como o processo de transmissão e
acumulação de informações. O ser humano herda boa parte dos conhecimentos
que foram produzidos por seus antepassados, os quais durante séculos fizeram
experiências, observações e pesquisas. A capacidade de conhecer e de pensar sobre
o próprio conhecimento é fundamental para a sobrevivência e para o progresso.
“O homem vê e conhece, conhece o que vê e pensa no que viu e no que não viu,
conhece e pensa, pensa e interpreta” (RUIZ, 2006, p. 41).
Um dos objetivos mais perseguidos pelo ser humano é o de conhecer a
realidade ou a verdade e para isso utiliza uma série de mecanismos (MARTINS,
2007). Para que tenha esse tipo de conhecimento o homem se expressa por meio
de processos cognitivos e de forma lenta e gradativa começa a dominar tanto os
fenômenos naturais, metafísicos quanto os produzidos por meio da interação com
o ambiente e também em contato com instituições públicas e privadas. “Nesse
contato, o homem passa a conhecer e compreender o real. Dada a complexidade da
vida moderna, o ato de conhecer surge de maneira natural e o ser humano nem se
dá conta da sua enorme complexidade ou cogita mesmo de saber a conceituação
ou significado do termo conhecer” (SANTOS, 2010, p. 47).
Uma das formas mais utilizadas para se compreender a realidade e adquirir
conhecimento é a leitura. Ela é o principal pré-requisito para àqueles que se sentem

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estimulados a buscar novas idéias, transformá-las e aplicá-las para, então, observar
o resultado do conhecimento que foi adquirido.

1.1 Tipos de Conhecimento


Ao se materializar, o conhecimento pode tomar a forma de senso comum,
de ciência, de filosofia e de religião. “A esse formato correspondem tipos
de conhecimentos distintos: o senso comum ou conhecimento empírico; o
conhecimento religioso; o conhecimento filosófico; e o conhecimento científico”
(SANTOS, 2010, p. 47).
Os estudo dos tipos de conhecimentos é muito frágil. Os limites entre esses
quatro tipos não são muito claros e pode-se até questionar o porquê da não-
inclusão, por exemplo, das artes como uma forma de conhecimento (MATTAR,
2008). Mas, mesmo reconhecendo as limitações dessa divisão percebe-se que ela
facilita algumas reflexões relacionadas à produção científica do conhecimento.
O conhecimento empírico também pode ser chamado de vulgar, popular,
cotidiano ou de senso comum (MATTAR, 2008). Indica o conhecimento simples
e prático das coisas. Geralmente é praticado por meio de experiências causais,
que representam erros e acertos. É desenvolvido no contato direto e diário com
a realidade e faz parte das crenças e opiniões, utilizadas em geral para objetivos
práticos, ou seja, por meio dos sentidos (RUIZ, 2006). Não emprega nenhum tipo
de metodologia para a busca de informações. É por meio dele que se constitui a
base do conhecimento. As pessoas mais comuns, que desconhecem métodos e
técnicas científicas para a busca de informações mais acertivas, têm conhecimento
de seu mundo e das pessoas com quem convive por causa do processo de interação
humana e social que estabelecem entre si. Os conhecimentos são transmitidos de
uma pessoa à outra, de uma geração à outra.
O conhecimento científico é produzido quando se vai além do empírico,
procurando conhecer, não apenas o fenômeno, mas também suas causas e leis. A
ciência tem como seu objeto principal de estudo, o universo material, naturalmente
perceptível pelos órgãos dos sentidos ou mediante a ajuda de instrumentos de
investigação. Ele resulta da investigação metódica e sistemática da realidade.
Por meio dele os fenômenos são estudados com efeitos imediatos e, através da
experimentação em laboratório, busca-se a construção das leis gerais, que os regem.
Esse conhecimento está em constante e rápida ampliação. Muitas coisas que eram
do domínio da filosofia ou da religião, hoje podem ser comprovados pela ciência.
Há algumas exceções como a matemática, que não se ocupa do universo físico e
material, mas deve ser igualmente metódica, sistemática e verificável.
O conhecimento filosófico pode ser caracterizado como um diálogo contínuo
com os filósofos precedentes, baseados em raciocínios lógicos e sem a obrigação
de aplicação direta à realidade (MATTAR NETO, 2008). Seu principal instrumento é
o raciocínio, o pensar. A filosofia procura compreender a realidade em seu contexto
mais universal. Não há soluções definitivas para grande número de questões.
Entretanto, habilita o ser humano a fazer uso de suas faculdades para ver melhor o
sentido da vida concreta. Para obter conhecimentos filosóficos deve-se partir dos
dados materiais e sensíveis (ciência) para, posteriormente, refletir sobre dados de

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ordem metafísica, não sensíveis. Em outras palavras, parte-se do concreto material
para o concreto supramaterial; do particular ao universal (CERVO e BERVIAN,
2002).
O conhecimento teológico surge com a revelação de algo divino, aceito pela fé.
Ao adotar esse tipo de conhecimento pode-se ou não utilizar a razão. Não é preciso
ver para crer, e deve-se crer mesmo que as evidências apontem para o contrário
do que a religião ensina. Esse conhecimento geralmente acontece quando há um
mistério, ou seja, algo oculto, que provoca a curiosidade e que leva à busca. São
adquiridos nos livros sagrados e aceitos racionalmente pelas pessoas, depois de
terem passado pela crítica histórica mais exigente.
O quadro a seguir sintetiza as principais características dos tipos de
conhecimento.

Conhecimento Conhecimento Conhecimento Conhecimento

Popular Filosófico Teológico Científico


Valorativo Valorativo Valorativo Real (factual)
Reflexivo Racional Inspiracional Contingente
Assistemático Sistemático Sistemático Sistemático
Verificável Não Verificável Não verificável Verificável
Falível Infalível Infalível Falível
Inexato Exato Exato Aproximadamente
exato

Quadro 1 Tipos de conhecimentos

a) Conhecimento empírico: valorativo - se fundamenta numa seleção operada


com base em estados de ânimo e emoções: os valores do sujeito impregnam
o objeto conhecido; reflexivo – estando limitado pela familiaridade com o
objeto, não pode ser reduzido a uma formulação geral; assistemático - se
baseia na “organização” particular das experiências próprias do sujeito;
verificável - está limitado ao âmbito da vida diária e diz respeito àquilo que se
pode perceber no dia-a-dia; falível e inexato - se conforma com a aparência
e com o que se ouviu dizer a respeito do objeto.

b) Conhecimento filosófico: valorativo - seu ponto de partida consiste em


hipóteses que não poderão ser submetidas à observação, pois baseiam-se
na experiência; verificável - os enunciados das hipóteses filosóficas não
podem ser confirmados nem refutados; racional - consiste num conjunto
de enunciados logicamente correlacionados; sistemático - suas hipóteses
e enunciados visam a uma representação coerente da realidade estudada,

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numa tentativa de apreendê-la em sua totalidade; infalível e exato e seus
postulados e hipóteses não são submetidos ao decisivo teste da observação
(experimentação).

c) Conhecimento teológico: valorativo – apóia-se em doutrinas que contêm


proposições sagradas; inspiracional e infalível – foi revelado pelo sobrenatural;
são exatos; indiscutíveis; sistemático – apresenta origem, significado,
finalidade e destino como obra de um criador divino; não verificável – está
sempre implícita uma atitude de fé perante um conhecimento revelado.

d) O conhecimento científico é real (factual) – lida com ocorrências ou fatos,


ou seja, com alguma forma de existência que se manifesta de algum modo;
contingente – suas proposições ou hipóteses têm a sua veracidade ou
falsidade conhecida por meio da experimentação; sistemático – trata de um
saber ordenado logicamente, formando um sistema de idéias; verificável– as
afirmações que não podem ser comprovadas não pertencem ao âmbito da
ciência; falível – não é definitivo, absoluto ou final; aproximadamente exato
– novas proposições e o desenvolvimento de técnicas podem reformular o
acervo das teorias existentes.

Estudar os tipos de conhecimentos de forma separada é importante para


que se perceba quais são as características que uma monografia deverá ter. Essa
subdivisão, embora tenha apenas cunho didático, poderá ser esclarecedora para a
produção científica uma vez que não deverão ser utilizadas idéias baseadas apenas
nos próprios conhecimentos ou tendo por base apenas as idéias próprias, sem se
levar em consideração o referencial teórico que já foi produzido sobre o assunto.
Em síntese, para que o aluno prepare uma monografia adequada para um curso
de MBA deverá ter por base as características gerais do conhecimento científico,
a concepção de que nesse mundo não há nada pronto ou acabado e reconhecer
que tudo está em constante transformação, inclusive o próprio ser humano.

2 Elaboração de monografias
Na produção de monografias é necessário ter capacidade de observação,
produção de teorias para explicar essa observação, teste dessas teorias e
aperfeiçoamento de idéias e teorias. A produção do conhecimento não deve ser
considerada como algo pronto, acabado ou definitivo, como era na época dos
filósofos gregos, em especial Aristóteles; ou na Renascença. Deve haver a busca
constante de explicações e de soluções, de revisão e de reavaliação de seus
resultados, apesar de sua falibilidade e de seus limites (CERVO e BERVIAN, 2002).
Em uma monografia o conhecimento deve ser renovado e reavaliado
continuamente. É isso que permite com que a elaboração do conhecimento seja
considerada um processo em construção. Para se aproximar cada vez mais da
verdade utiliza-se métodos que proporcionem controle, sistematização, revisão e
segurança maior do que possuem outras formas de saber não – científicas.
É nesse momento que se reconhece o papel da Metodologia Científica. Por

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meio dessa disciplina o aluno conhecerá uma série de métodos e técnicas que
poderão auxiliá-lo na produção geral de seu trabalho. Como não existem cursos
próprios para a formação de professores de Metodologia Científica, geralmente
são indicados para essas aulas profissionais que têm experiência com pesquisas
publicadas ou que desenvolveram dissertações de mestrado e teses de doutorado.
Muitas instituições separam os papéis entre os orientadores de metodologia e os
de conteúdo, uma vez que os professores de metodologia científica não dominam
todos os assuntos de um curso e nem sempre encontra-se no mercado nacional
profissionais devidamente titulados, conhecedores do conteúdo que é o objeto da
orientação e ainda com conhecimentos metodológicos suficientes para dominar
toda a cadeia da orientação e do desenvolvimento desses trabalhos. O papel do
professor de metodologia científica pode variar conforme as instituições de ensino,
mas geralmente é quem acompanha o desenvolvimento das monografias.
As aulas de Metodologia Científica, em sua grande maioria, são preparadas
conforme a experiência do professor e por meio de publicações disponíveis no
mercado. A experiência é fundamental para auxiliar os alunos na previsão de
dificuldades. Já as bibliografias especializadas auxiliam o professor a ter o suporte
teórico fundamental, que será o alicerce do trabalho científico. Aqui cabe, contudo,
um breve questionamento: será que as bibliografias disponíveis realmente auxiliam
os professores no preparo da aulas?
Para esse artigo foram estudados vinte e sete livros de metodologia científica,
publicados ou reeditados entre 2005 e 2010. Com base nesse levantamento
verificou-se que os livros de Metodologia Científica podem ser classificados de várias
formas: pelo conteúdo, formato, experiência do autor etc. Ao avaliar essa amostra,
optou-se por utilizar uma classificação própria, também fruto da experiência da
autora desse artigo, na orientação de mais de quinhentas monografias durante
sua carreira profissional.
Essa classificação comporta cinco etapas: conceitos gerais sobre ciência;
sugestões para a elaboração de projetos de pesquisa; classificação dos métodos
e técnicas de pesquisa; produção do relatório final e regras/ normalizações. Cada
uma dessas etapas será analisada a seguir.

a) Conceitos sobre ciência - dos vinte e sete livros analisados, seis fazem algum
tipo de referência aos conceitos em que se baseiam o desenvolvimento
científico como: aspectos gerais da filosofia da ciência (APPOLINÁRIO, 2006);
tipos de conhecimento, classificação da ciência, epistemologia, paradigmas e
modelos teóricos dentre outros (MARTINS e THEÓPHILO, 2009; MATTAR, 2008;
LAKATOS e MARCONI, 2007) e técnicas de aprendizagem, conhecimento,
ciência (SANTOS, 2010; BARROS e LEHFELD, 2007).

b) Projeto de pesquisa – sete publicações optaram pelo desenvolvimento do


projeto de pesquisa e suas etapas (LIMA, 2008; BRENNER e JESUS, 2007;
GULLO, 2009; LUNA, 2009; SAMPIERI, COLLADO e LUCIO, 2006; ECO, 2007).
Nota-se que não há um consenso entre quais são os principais elementos
que um projeto de pesquisa deve apresentar. Contudo, a maioria destaca a

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importância do tema, dos objetivos a serem atingidos e da justificativa. Se
um pesquisador inexperiente se apoiar apenas em publicações para definir
seu projeto de pesquisa, possivelmente terá dificuldade quanto à seleção dos
itens que seu projeto deverá ter. Esse é um dos motivos pelos quais muitas
instituições de ensino (USP, FGV, PUC, Centro Paula Souza), que solicitam
projetos de pesquisa como um dos componentes de classificação para o
ingresso em cursos de mestrado e doutorado, indicam seus próprios modelos
de projeto.

c) Métodos e técnicas de pesquisa – a maioria das publicações analisadas, ou


seja, 18 publicações se preocupam com os métodos e técnicas de pesquisa
(VERGARA, 2008; VERGARA, 2009; ROESCH e FERNANDES, 2007; LIMA, 2008;
BOOTH, COLOMB e WILLIAMS, 2005; MARTINS, 2007; YIN, 2009; CASTRO,
2006; APPOLINÁRIO, 2006; MARTINS e THEÓPHILO, 2009; SANTOS, 2010; GIL,
2009; MATTAR, 2008; SILVERMAN, 2009; BARROS e LEHFELD, 2007; SAMPIERI,
COLLADO e LUCIO, 2006; LAKATOS e MARCONI, 2007). Aqui também não há
consenso sobre quais são os métodos e técnicas de pesquisa mais indicados
para o estudo de determinados assuntos ou áreas do conhecimento. São
apresentados vários tipos de classificações para esses métodos e técnicas,
com foco principalmente em como adotá-los. Contudo, falta uma análise
mais aprofundada de cada um para que auxilie o pesquisador a fazer suas
opções.

d) Relatório final – avaliou-se ainda que treze das publicações analisadas se


preocupam mais com o relatório final que será apresentado no formato de
uma monografia (LIMA, 2008; AQUINO, 2008; ANDRADE, 2007; MARTINS,
2007; MARTINS e THEÓPHILO, 2009; SANTOS, 2010; BERTUCCI, 2009;
MATTAR, 2008; MORAES e AMATO, 2006; BARROS e LEHFELD, 2007; SAMPIERI,
COLLADO E LUCIO, 2006; ECO, 2007; RUIZ, 2006). A preocupação central está
na forma que o documento deverá apresentar. Supõe-se, portanto, que
todas as decisões sobre o tema a ser abordado, o problema da pesquisa, as
hipóteses, os objetivos, a fundamentação teórica e a coleta de dados já estão
resolvidos e aguardam apenas o processo de registro.

e) Regras e normalizações – dos vinte e sete livros analisados, todos indicaram


como aplicar as principais regras para a escrita de citações, referências
bibliográficas, quadros, tabelas, figuras etc. Todas elas se baseiam na
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) para propor seus modelos.
É interessante notar que não mencionam que pode haver outros tipos de
normalizações como, por exemplo, a proposta pela American Psychological
Association – APA. Também não explicam que as normalizações internacionais
é que deverão ser adotadas caso se decida fazer algum tipo de publicação
em periódicos estrangeiros.

Produção de Conhecimento em Cursos de MBA: opções metodológicas para..., Celi Langhi, p. 68-81 75
Após essa análise fica evidente que se o professor de Metodologia Científica
optar pelar adoção um único livro, não oferecerá ao aluno uma visão global do
processo de produção científica do conhecimento. Algumas instituições de ensino
como a FAAP, o Mackenzie, o Instituto de Psicologia da USP e a PUCSP preferem
adotar seus próprios “Manuais de Monografias”. Mas, mesmo esses manuais
contemplam mais as questões de formatação e normalizações do que o processo
criativo, iniciando-se pelo tema do trabalho.

3 Sugestões para tornaras aulas de metodologia científica mais didáticas


Diante da dificuldade dos alunos de cursos de MBA elaborarem suas
monografias, propõe-se que a organização das aulas sejam revistas e que a
monografia seja parte integrante de todo o curso, e não apenas um dos pré-
requisitos para aprovação e cuja preocupação advém somente ao término das
disciplinas programáticas. Para isso, se propõe os seguintes passos:
1º Passo: Nas primeiras aulas do curso o aluno deverá ser informado a respeito
da importância da produção de uma monografia para a sua formação no curso.
Isso poderá ocorrer numa aula específica de metodologia científica ou então fazer
parte de aula inaugural quando o coordenador do curso geralmente apresenta a
proposta do programa e as especificações do curso. Nessa aula o aluno poderá ser
instrumentalizado para utilizar algum tipo de ferramenta que o auxilie a detectar um
possível tema de estudo. Sugere-se, por exemplo, o uso da seguinte ferramenta:
EXERCÍCIO: TEMAS PARA MONOGRAFIAS
Siga as instruções indicadas em cada atividade:
Atividade a. Elabore uma relação individual de palavras chave que te
motivou a realizar o curso de MBA.
Atividade b. Selecione cinco dessas palavras chave e numere-as de
acordo com seus interesses particulares (ordem decrescente).
Atividade c. Escreva uma frase contendo mais de três palavras
contidas no quadro elaborado anteriormente.
Atividade d. Transforme essa frase em uma pergunta.
Atividade e. Avalie se você realmente tem interesse em estudar esse
assunto.

Quadro 2 Exercício para a seleção de temas de monografias

Por meio dessa ferramenta o aluno será convidado a pensar nos motivos
que o levaram a realizar um curso de MBA e a manter o foco em seus próprios
objetivos.
Sabe-se que a decisão por um tema de monografia não é algo simples. Isso
envolve uma tomada de decisão que, se for errônea, o aluno poderá ter que gastar
muito mais horas de estudos do que realmente esperava consumir para essa
atividade e ainda ficar satisfeito com o trabalho final. A apresentação da ferramenta
no início do curso visa permitir com que o aluno reveja várias vezes suas opções
para, então, tomar a decisão definitiva. Essa decisão geralmente é finalizada no

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transcorrer de, pelo menos, metade do programa do curso. Dessa forma, o aluno
terá vários meses para optar por um tema e, tendo uma ferramenta de apoio, poderá
se sentir mais confortável em seu delineamento.

2º Passo: Elaboração do Projeto de Pesquisa, caracterizado por um documento


preliminar que deverá indicar como o aluno pretende desenvolver sua monografia.
Ele poderá conter os seguintes elementos:
a) Capa - A capa deverá conter: nome da instituição de ensino e departamento
ao qual o curso pertence, título do documento elaborado, turma e curso,
título do trabalho, nome dos alunos, nome do coordenador do curso e dos
orientadores técnico e de metodologia, local e ano.
b) Título -. Deve ser breve e já dar alguma idéia do tema da pesquisa.
c) Tema/Problema - Indicação do tema geral que será pesquisado. Informar
qual é o caso específico e concreto que se quer pesquisar, ou seja, a questão
principal que a pesquisa procurará descobrir.
d) Introdução e Justificativas – Essa parte é basicamente um balanço
bibliográfico introdutório e justificativo sobre o tema. O aluno deverá elaborar
um texto que introduza o tema e apresente as informações mais importantes
sobre o que já foi escrito sobre o tema escolhido ou, ao menos, sobre os
assunto(s) aos quais o tema se relaciona (pelo menos três obras). Isso permite
organizar melhor as idéias necessárias para começar a pesquisar e mostra
que se está preparado para isso. Devem ser apresentados os argumento
que justificam a relevância do tema e os motivos que levaram a essa escolha
para estudá-lo. Ele vem antes dos itens objetivos e hipóteses uma vez que,
detalhando melhor o tema, permite ao leitor entendê-los melhor.
e) Hipóteses - É a suposição (explicação) inicial que orienta o trabalho de
investigação. Aqui o aluno deve redigir as explicações preliminares e
provisórias que ele quer testar com a pesquisa e a análise. O uso da teoria
é fundamental e deve-se lembrar que, para cada problema é possível mais
de uma hipótese.
f) Objetivos - São as questões / desafios que o trabalho terá que resolver para
responder a questão maior formulada pelo problema. Em outras palavras, é
o problema formulado mais detalhadamente. É ele que irá informar se uma
pesquisa será quantitativa ou qualitativa ou ambos. Assim, os objetivos
devem, em primeiro lugar, estar coerentes com o problema formulado pela
pesquisa, sob o risco do projeto perder o foco. Quanto mais claros e precisos
forem os objetivos maior clareza e foco terá o projeto e mais eficiente será
o trabalho.
g) Metodologia - Deve-se definir em detalhes os procedimentos e os critérios de
cada etapa da pesquisa. Primeiro deve-se indicar quais são os procedimentos
para a busca de fontes secundárias (dados já publicados, teorias, conceitos,
contextualizações realizadas por outros e que necessárias para que se analise
adequadamente os dados primários). A pesquisa dessas fontes é chamada
de pesquisa bibliográfica. Posteriormente deve-se definir como serão
feitas as coletas de dados relacionadas às fontes primárias (que oferecem

Produção de Conhecimento em Cursos de MBA: opções metodológicas para..., Celi Langhi, p. 68-81 77
informações sobre o tema específico com o qual se pretende trabalhar). Essas
fontes podem ser obtidas por meio de: Entrevistas pessoais - é uma boa
opção quando a fonte é muito rica e não muito numerosa e pode oferecer
informações não previstas. São classificadas em 3 tipos: estruturada (usa
questionário); semi-estruturada: (usa roteiro ou pauta) e não-estruturada
(conversa livre); Questionários - é bastante interessante quando as fontes
são numerosas e já se sabe bem as informações que se quer, ou seja, é
o mais adequado à pesquisa quantitativa e podem ter 2 tipos questões:
abertas (respostas livres), fechadas (com alternativas já estabelecidas, como
alternativas fixas (sim/não), múltipla escolha, com escala); Observações -
são os registros de comportamentos e atitudes que são importantes para o
assunto estudado. Estas podem ser: sistemática (sempre que a observação
for regulada por horários, intervalos de tempos, repetições e alternância de
estratégias e locais de observação todos anteriormente definidos em detalhe)
e assistemática (sempre que a observação não seja regulada por intervalos,
horários, repetições já definidos).
h) Sumário Preliminar - aqui deve-se apresentar a relação dos capítulos (quer,
dizer, o que será o títulos destes) e partes do trabalhos na ordem em que irão
se suceder. A sugestão é de que os capítulos sejam organizados passando
dos assuntos mais gerais para chegar à situação concreta analisada.
i) Plano de Trabalho - é a descrição das fases e do cumprimento das metas de
pesquisa durante o período de vigência e desenvolvimento da monografia. É
uma tabela onde se define, mês a mês, as atividades gerais desde a realização
da monografia até sua conclusão.
j) Breve Currículo do autor da pesquisa – esse documento é importante para
que os orientadores saibam qual é a experiência profissional e acadêmica
do aluno. O conhecimento desses dados facilita a orientação dos temas da
monografia bem como o seu desenvolvimento. O orientador poderá citar
exemplos, teorias e bibliografias que já são do conhecimento do aluno para
que, a partir daí, possam sugerir novos materiais. Deve-se escrever itens
como: nome completo, contato, local de trabalho e cargo, cursos que já fez,
perspectivas de futuro.
k) Referências Bibliográficas - indicar as referências bibliográficas que
foram utilizadas para a elaboração desse projeto: livros, sites, periódicos,
monografias, dissertações, teses, documentos técnicos etc., para que desde
a apresentação do projeto o aluno já siga um tipo de normalização, o texto
poderá ser formatado de acordo com os seguintes critérios propostos
pela ABNT: letras Arial ou Times New Roman, letra tamanho 12, com
espacejamento de 1,5 cm entre linhas.

3º Passo: Registro de leituras realizadas durante o curso, ou seja, ao participar


das várias leituras os alunos verificam vários tipos de conteúdos, fazem leituras e
participam de trabalhos individuais ou em grupo. As leituras que fazem para essas
atividades podem ser aproveitadas para a realização do referencial teórico das
monografias. Para isso, basta o aluno elaborar um sistema próprio para o registro

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dessas informações. Sugere-se que as informações lidas e consideradas relevantes
para a elaboração da monografia sejam classificadas por palavras chave, digitadas
e organizadas em arquivos exclusivos num editor de texto como o Microsoft Word
ou o Open Office. Nesse caso deve-se tomar o devido cuidado para sempre registrar
o sobrenome do autor, o ano da publicação e a página onde se encontra a citação
selecionada. Deve-se também organizar uma pasta exclusiva para a indicação
completa das referências bibliográficas como: sobrenome(s) do(s) autor(es), título
da obra, local da publicação, editora e ano. Ao término do curso o aluno terá uma
série de informações colecionadas às quais poderá unir com as demais informações
coletadas sobre as leituras que fizer sobre assuntos específicos de seu tema de
pesquisa. Dessa forma, terá um grande rol de informações para iniciar o registro
da fundamentação teórica.

4º Passo: Pesquisas e Relatos de casos – nesse momento o aluno deverá voltar


sua atenção para a coleta de dados que deverá fazer para verificar quais são as
possíveis respostas para seu problema de pesquisa. Deverão ser elaborados os
roteiros para as entrevistas, os questionários ou os roteiros para observação. Na
sequência deverá selecionar sua amostra e fazer a coleta de dados. Posteriormente
deverá fazer o relatório sobre essas descobertas, o qual deverá conter itens como:
método empregado para o desenvolvimento da pesquisa, participantes (amostra),
material utilizado para a coleta de dados, procedimentos adotados durante a coleta
(por exemplo, como se chegou até aquele sujeito, como ele foi abordado, qual sua
localidade etc), apresentação dos dados. Os resultados deverão ser apresentados
conforme o tipo de pesquisa que foi realizado.
Cabe lembrar que diante de pesquisas quantitativas pode-se apresentar o
relatório no formato de tabelas e gráficos. No caso de pesquisas qualitativas os
dados são apresentados no formato de dissertação.

5º Passo: Análise dos dados e discussão, considerações finais e introdução – para


finalizar a pesquisa deve-se analisar os dados obtidos e compará-los com o que o
referencial teórico diz a respeito dessas informações. É elaborado um cruzamento
entre o que os dados da pesquisa dizem com o que o referencial teórico apresenta,
de forma a indicar suas semelhanças e suas diferenças. Na sequência se apresenta
a opinião do aluno/ pesquisador a respeito dos dados encontrados. Após finalizar
os capítulos deve-se elaborar a introdução, para a qual deve-se elaborar um
texto dissertativo, explicando os motivos que deram origem à monografia (tema,
problema, hipóteses e demais itens que constam no projeto de pesquisa). O término
do trabalho ocorre com a produção das considerações finais, na qual deve-se
reapresentar o problema, as hipóteses e os objetivos da pesquisa e indicar se há
uma possível resposta para esse problema, se as hipóteses foram ou não verificadas
e se os objetivos forma atingidos. Pode-se também sugerir a realização de futuras
pesquisas nessa área de conhecimento.

Produção de Conhecimento em Cursos de MBA: opções metodológicas para..., Celi Langhi, p. 68-81 79
6º Passo: Análise final do trabalho – ocorre quando o trabalho está praticamente
pronto. Nesse momento se faz as devidas verificações ortográficas e metodológicas
para a entrega final e avaliação do trabalho.
Com esses seis passos propostos para a realização das monografias e tendo-
se em vista os conteúdos apresentados nos livros de Metodologia Científica,
verifica-se que tais publicações são pertinentes para auxiliar o aluno em algumas
das etapas da produção das monografias, mas geralmente uma única publicação
não é suficiente para esse tipo de orientação.

Considerações Finais
A produção de conhecimento científico é fundamental para a inovação
tecnológica e para o desenvolvimento das pessoas e das nações. A elaboração de
monografias nos cursos de MBA tem por função auxiliar na busca dessa inovação
e desse desenvolvimento. Contudo, sua imposição, e a falta de livros didáticos que
facilitem o desenvolvimento do trabalho, têm levado muitos alunos a desistirem
de cursos desse porte antes mesmo de iniciá-los.
Nesse trabalho se pretendeu apresentar os elementos que envolvem a
produção de uma monografia e promover uma reflexão a respeito de como os
livros poderão auxiliá-los tanto na orientação quanto na execução de monografias.
Cabe lembrar que não se teve o interesse de defender um modelo único para a
elaboração dessas monografias. Mas foram apresentados os principais itens que as
compõem e dentre esses itens quais são os mais trabalhados nos livros específicos
dessa área.
Espera-se que essa contribuição permita com que os alunos se sintam menos
angustiados no processo de elaboração de seus trabalhos quer pela visualização
global do que deverão elaborar, quer pela análise dos livros específicos que deverão
fazer e optar, com segurança, sobre como tais materiais poderão auxiliá-los.

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