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Financeira II
PROF. FABIO GARRIDO LEAL MARTINS
AULA 6
Programação
6. DOAR E DFC
6.1 - Introdução
6.2 – Regime de Caixa e de Competência
6.3 – Origens e Aplicações de Recursos
6.4 – Método Direto e Indireto
Introdução
Demonstrações Financeiras das Empresas
◦ Balanço Patrimonial
◦ Demonstração do Resultado do Exercício
◦ Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC)
◦ Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos (DOAR)
◦ Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados
◦ Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido
◦ Demonstração do Valor Adicionado (DVA)
Regime de Caixa: considera o registro dos documentos quando estes foram pagos, liquidados,
ou recebidos, como se fosse uma conta bancária. O Balanço Patrimonial de certa forma
considera o regime de caixa, pois é segregado conforme o prazo de vencimento (pagamento)
dos direitos e obrigações.
◦ Ativo circulante: são as contas de direito da empresa com vencimento inferior a um período, geralmente
um ano.
◦ Ativo não-circulante / permanente: são as contas referentes aos custos dos bens de longo prazo.
◦ Passivo circulante: são todas as obrigações vencíveis no curto prazo (dentro do próximo exercício contábil)
◦ Exigível a longo prazo / não-circulante: valor das dívidas de longo prazo, a vencer em mais de um ano.
◦ Patrimônio Líquido: direito dos acionistas.
◦ Balanço Patrimonial: é uma fotografia da situação da empresa tirada no último dia do ano contábil. O
Demonstrativo de Resultados do Exercício é a representação dos resultados ao longo de todo o período
contábil.
DOAR
A DOAR avalia lucro/prejuízo a partir do Capital Circulante Líquido (CCL) e pelas disponibilidades.
A DOAR era obrigatória para as companhias abertas e para as companhias fechadas com patrimônio líquido, na
data do balanço patrimonial, superior a R$ 1 milhão. A partir de janeiro de 2018 não há mais obrigatoriedade.
A DVA substitui essas informações, junto com a DFC.
Indica as movimentações financeiras, principalmente no que tange os financiamentos, representados pelas
origens dos recursos, e investimentos, que são as aplicações (artigos 187/188 da Lei 6.404/76).
▫ A Cia. Comercial Complexa e Extensa comprou 50.000 unidades da mercadoria "Dificuldade", por
$1,50 a unidade (desconsidere os impostos). O pagamento ao fornecedor foi realizado à vista.
▫ A Cia. Comercial Complexa e Extensa vendeu 45.000 unidades da mercadoria "Dificuldade", por $
2,00 a unidade (desconsidere os impostos). A venda foi negociada a prazo.
▫ A Cia. Comercial Complexa e Extensa recebeu de seus clientes metade (1/2) das Duplicatas a Receber.
O restante das duplicatas vencerá, ainda, em 2005 (no segundo semestre).
DOAR
(SEFAZ-MS FGV 2006). Continuação
▫ No início de abril, a Cia. Comercial Complexa e Extensa obteve um empréstimo bancário no valor de $
70.000,00. O principal deverá ser pago em 2009, mas os juros mensais de $ 400,00 devem ser pagos ao
final de cada mês. A Cia. Comercial Complexa e Extensa honrou o pagamento dos juros nos prazos
acordados (inclusive no mês de abril).
▫ No início de maio, a Cia. Comercial Complexa e Extensa comprou um caminhão, à vista, por $
60.000,00. Espera-se que esse veículo tenha uma vida útil de 5 anos, ao final do qual se reduzirá a
sucata, e o método de depreciação adotado é o linear – cotas constantes. A Cia. Comercial Complexa e
Extensa reconheceu a depreciação mensalmente (inclusive no mês de maio).
Desconsidere a incidência de qualquer tributo, bem como qualquer outra variável não apresentada
neste enunciado.
Sabe-se que 25% do lucro do semestre foram provisionados como dividendos, mas ainda não pagos.
De acordo com a Lei 6.404/76, determine o valor total das Origens de Recursos da Cia. Comercial
Complexa e Extensa, apresentado na Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos, apurada em
30/06/2005.
DOAR
SOLUÇÃO:
Nesse caso, para a DOAR vai apenas os capitais integralizados: R$ 50.000,00 e R$ 30.000,00
A Cia. Comercial Complexa e Extensa comprou 50.000 unidades da mercadoria "Dificuldade", por $1,50
a unidade (desconsidere os impostos). O pagamento ao fornecedor foi realizado à vista.
A Cia. Comercial Complexa e Extensa vendeu 45.000 unidades da mercadoria "Dificuldade", por $ 2,00
a unidade (desconsidere os impostos). A venda foi negociada a prazo.
Nesse momento, já podemos calcular o custo médio, ou seja, comprei por R$1,50 e vendi 45.000
unidades (45.000 x R$1,50 = R$67.500,00). Este é o CMV
DOAR
SOLUÇÃO (CONTINUAÇÃO):
A Cia. Comercial Complexa e Extensa recebeu de seus clientes metade (1/2) das Duplicatas a Receber.
O restante das duplicatas vencerá, ainda, em 2005 (no segundo semestre).
As duplicatas a receber somavam o total de R$90.000,00 como calculamos ali em cima, se foram pagas
metade = R$ 45.000,00
No início de abril, a Cia. Comercial Complexa e Extensa obteve um empréstimo bancário no valor de $
70.000,00. O principal deverá ser pago em 2009, mas os juros mensais de $ 400,00 devem ser pagos ao
final de cada mês. A Cia. Comercial Complexa e Extensa honrou o pagamento dos juros nos prazos
acordados (inclusive no mês de abril).Recursos apurados até 30/06/2005
Aqui, o valor que entrou a título de empréstimo foi R$70.000,00 e mensalmente será pago a título de
juros R$ 400,00 x 3(abril,maio,junho) = R$1.200,00
No início de maio, a Cia. Comercial Complexa e Extensa comprou um caminhão, à vista, por $
60.000,00. Espera-se que esse veículo tenha uma vida útil de 5 anos, ao final do qual se reduzirá a
sucata, e o método de depreciação adotado é o linear – cotas constantes. A Cia. Comercial Complexa e
Extensa reconheceu a depreciação mensalmente (inclusive no mês de maio). Recursos apurados até
30/06/2005
Esse método se faz da seguinte maneira: valor do veículo / vida útil / 12 (meses) x os meses daquele
ano , ou seja, R$60.000,00/5/12 x 2(maio e junho) = R$2.000,00
DOAR
SOLUÇÃO (CONTINUAÇÃO): A Cia. Comercial Complexa e Extensa incorreu e pagou despesas
administrativas de $ 10.000,00 e despesas comerciais de $ 5.000,00. Dessas despesas, $ 8.000,00 eram
referentes a Pessoal e Encargos; e o restante, referente a Serviços Contratados de Terceiros.
Após apurar o lucro líquido do exercício, vamos apurar a DOAR, conforme era Lei 6.404/76, art. 188:
Empréstimo.....................................................R$70.000,00
Obs. Apesar de ser atividade relacionada à ativo imobilizado (arrendamento), o pagamento em caixa para redução de
passivo relativo a arrendamento é fluxo de caixa de financiamento.
DFC
Método dos recebimentos e pagamentos ou Método Direto
◦ Parte diretamente da conta caixa
É o método mais detalhado, recomendado para projeções de curto prazo
Baseia-se nos orçamentos parciais, ajustados às datas em que as transações se converterão em
dinheiro (caixa)
Saldo Inicial + Entradas – Saídas = Saldo Final
Estoque:
Saldo inicial =0
Entradas (compras para estoque) =?
Saídas (CMV da DRE) = 1.500
Saldo final = 1.500
Logo, entradas = 3.000, pois saldo inicial + entradas – saídas = saldo final
(a entrada em estoque também é entrada na conta fornecedores)
Fornecedores:
Saldo inicial =0
Entradas (total de compras) = 3.000 (calculado no anterior)
Saídas (pagamentos em dinheiro) =?
Saldo final =0
Logo, saídas = 3.000, pois saldo inicial + entradas – saídas = saldo final
Método Direto
DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA - CIA. PRESTADORA DE SERVIÇOS DE LIMPEZA LTDA.
O saldo inicial e final vem do Balanço Patrimonial. As contas de resultado representam as entradas e saídas.
CONTAS Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro
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Método Indireto
Método Indireto
No fluxo operacional, os passos são os seguintes:
◦ Passo 1: Pegar o lucro líquido do exercício
◦ Lucro Líquido 450
◦ Passo 2: Ajustar as receitas e despesas que não afetaram o caixa
◦ Lucro Líquido 450 (+) Depreciação 50 = Lucro Ajustado 500.
◦ (+) Despesas sem saída de caixa: Exaustão. - Despesas financeiras não pagas. - Perda no
método da equivalência patrimonial.
◦ (-) Receitas sem entrada de caixa: - Equivalência patrimonial. - Receita financeira não
recebida.
◦ Passo 3 Eliminar o efeito das vendas e compras a prazo do caixa. Fluxo de
Atividades Operacionais
◦ Lucro Líquido 450 (+) Depreciação 50 = Lucro Ajustado 500
(-) Aumento Duplicatas a Receber (2.000)
◦ Lucro Líquido 450 (+) Depreciação 50 = Lucro Ajustado 500
(-) Aumento Duplicatas a Receber (2.000) (-) Aumento Estoque (1.500)
= Fluxo de Caixa operacional: (3.000)
Método Indireto
No fluxo de investimentos:
Atividades de investimento são as referentes à aquisição e à venda de ativos
de longo prazo e de outros investimentos não incluídos nos equivalentes de
caixa.
◦ Houve apenas a compra da Máquina, por R$ 6.000, no Fluxo das atividades
se Investimentos.
◦ (-) Compra de máquina (6.000)
No fluxo de financiamentos:
Atividades de financiamento são aquelas que resultam em mudanças no
tamanho e na composição do capital próprio e no capital de terceiros da
entidade. É composto pelo dinheiro dos sócios (aumento de capital) e de
terceiros (empréstimos).
◦ Houve a integralização do capital dos sócios, no valor de R$ 10.000.
◦ (+) integralização do Capital 10.000
Método Indireto
Total da Demonstração de Fluxo de Caixa (Método Indireto):