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JESUS
FONTE DE ÁGUA VIVA
1ª Edição
JESUS, FONTE DE ÁGUA VIVA
© 2019 Raimundo Pereira de Sousa
Todos os direitos reservados
ISBN 978-85-5512-602-4
CDD ― 220,7
SIGLAS.....................................................................................9
APRESENTAÇÃO.....................................................................11
PREFÁCIO..............................................................................15
INTRODUÇÃO.........................................................................17
CAPÍTULO I............................................................................23
1 O MIDRASH COMO EXEGESE DA ESCRITURA......................23
1.1 Escritura e Tradição Oral – Torá Oral e Torá Escrita........23
1.2 O Midrash.....................................................................26
1.2.1 Dois tipos de Midrash.............................................28
1.2.2 O Midrash como processo de formação da Escritura. .31
1.2.3 O Midrash como exegese da Escritura.....................34
1.3 Resumo: resultados e perspectivas................................38
CAPÍTULO II...........................................................................41
2 O MIDRASH COMO EXEGESE DO NOVO TESTAMENTO.........41
2.1 O Midrash como formação do Novo Testamento............43
2.2 O Midrash como exegese do Novo Testamento..............45
2.3 O Midrash no Evangelho segundo João..........................55
2.4 Resumo: resultados e perspectivas...................................59
CAPÍTULO III..........................................................................62
3 EXEGESE MIDRÁSHICA DE JO 7,37-39................................62
3.1 Texto Grego...................................................................62
3.2 Delimitação do Texto.....................................................62
3.1 Tradução e Segmentação..............................................65
3.4 Estudo Midráshico da perícope......................................67
3.5 A relação da perícope com as Escrituras........................68
3.5.1 O simbolismo da Água e o Espírito nas Escrituras. . .69
3.5.2 O simbolismo da Água e Espírito na Tradição Rabínica..77
3.5.3 O simbolismo da Água e Espírito nos Padres da Igreja...81
3.5.4 O simbolismo da Água e Espírito no Evangelho segun-
do São João 7,37-39.......................................................85
3.6 Resumo: resultados e perspectivas................................89
CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................90
GLOSSÁRIO............................................................................95
REFERÊNCIAS........................................................................99
SIGLAS
Documentos
NA – Nostra Aetate
PCB – Pontifícia Comissão Bíblica
Livros Bíblicos
• Gn – Gênesis • Mt – Mateus
• Ex – Êxodo • Mc – Marcos
• Lv – Levítico • Lc – Lucas
• Nm – Números • Jo – João
• Dt – Deuteronômio • At – Atos dos Apóstolos
• 2 Sm – 2º Livro de Samuel • Rm – Romanos
• 1 Rs – 1º Livro de Reis • 1 Cor – Coríntios
• 2º Livro de Crônicas = 2 Cr • Gl – Gálatas
• Esd – Esdras • 1 Ts – Tessalonicenses
• Sl – Salmos • 1 Tm – Timóteo
• Pr – Provérbios • Hb – Hebreus
• Ecl – Eclesiastes • 1 Pd – Pedro
• Is – Isaías • Ap – Apocalipse
• Jr – Jeremias
• Ez – Ezequiel
• Jl – Joel
• Am – Amós
• Jn – Jonas
• Mq – Miquéias
• Zc – Zacarias
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APRESENTAÇÃO
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INTRODUÇÃO
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CAPÍTULO I
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mo tempo quando a lei (Torá) foi dada no Sinai, esta deve ter
sido acompanhada por uma Tradição Oral.
A partir do momento em que as Escrituras, Palavra de
Deus, são reconhecidas como norma para a vida de Israel, ela
é incessantemente lida, comentada e atualizada em vista da
prática. Portanto, ela é objeto de pesquisa, estudo e interpre-
tação. É neste processo de estudo da Torá que situamos o mi-
drash como um dos métodos típicos utilizados pelos rabinos
para investigação, interpretação e aplicação da Torá.
1.2 O Midrash
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a) Midrash halakah
b) Midrash haggadah
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Pela simples razão que é no Pentateuco que se encontram os manda-
mentos. Os cinco primeiros livros da Torá: Gênesis, Êxodo, Levítico,
Números, Deuteronômio.
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Os membros da “Grande Assembleia” são representados pelas fontes
rabínicas, como os Sábios de Israel. Constituem na prática um corpo
legislativo. Receberam o título de “Grandes” porque eles, de fato,
reinstalaram a Torá no lugar que a ela correspondia na vida do povo.
A eles se devem as promulgações das diversas tacanót (decretos ra-
bínicos) referentes ao serviço religioso, a leitura pública da Torá, ob-
servâncias adicionais durante o Shabat e outras práticas rituais pró-
prias. (Cf. BUNIM. A Ética do Sinai..., p. 16).
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A expressão hebraica – sdrp – PaRDeS significa literalmente horta,
pomar, ou jardim. Esta tradução simboliza a riqueza de pensamento e
inspiração que poderá surgir dos textos sagrados, se soubermos como
cultivá-los e como colher os frutos mais difíceis de alcançar. (Cf. BU-
NIM. A Ética do Sinai..., p. 5).
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Para uma melhor compreensão sobre o PaRDeS, enquanto leitura e in-
terpretação da Escritura, recomendo a leitura do terceiro capítulo – A
Sagrada Escritura: um jardim (PARDES) a ser conhecido.(RA-
MOS. Por trás das Escrituras – uma introdução à exegese judaica e
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Filho do Homem (Mt 13, 36-43; 24, 30; 25, 31; Mc
8, 38;13, 26-27; Atos 7, 56; Ap 1, 13), aplicado por
Jesus mesmo, tirado da tradição apocalíptica por meio
de um procedimento Pêsher; 11
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Pêsher (hebr. Plural “pesharim”): interpretação de uma passagem do
AT, dos livros proféticos ou Salmos, relacionando-o com
acontecimentos ou personagens da época escatológica que o intérprete
crê estar vivendo. TREBOLLE BARRERA. A Bíblia Judaica e a
Bíblia Cristã. p. 697.
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Jesus é proclamado o Messias segundo o messianis-
mo davídico (2 Sm7; Is 6-12; 7, 10-16; 9, 1-7 ; 11, 1-
9; Mq 5, 1-4; Lc 1, 32-33; Mt 21,9);
Filho de Abraão (Mt 1, 1), bem como, os textos que
afirmam a prefiguração de Cristo na figura do Servo
Sofredor do Dêutero-Isaías (Is 42, 1-7; 49, 1-6; 50, 4-
9; 52, 13; 53, 12).
A tradição do Melquisedec, Sumo Sacerdote, é usada
como tipologia da carta aos hebreus para expor o sa-
cerdócio de Cristo (Hb 7; remonta o Targum Ne-
ophyth I Gn 14, 18);
A serpente de bronze elevada por Moisés no deserto,
como prefiguração da elevação de Cristo na Cruz
(Nm 21, 4-9; Jn 3, 14-15, 8, 28ss; 12, 32-24; 19, 37).
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CAPÍTULO III
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Ven de. Th/| evsca,th| h`me,ra| th/| mega,lh| th/j e`orth/j ei`sth,kei o`
Vihsou/j kai. E;kraxen le,gwn\ eva,n tij diya/| evrce,sqw pro,j me
kai. Pine,twÅ
38
o` pisteu,wn eivj evme,( kaqw.j ei=pen h` grafh, (potamoi. Evk th/j
koili,aj auvtou/ r`eu,sousin u[datoj zw/ntojÅ
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tou/to de. Ei=pen peri. Tou/ pneu,matoj o] e;mellon lamba,nein
oi` pisteu,santej eivj auvto,n\ ou;pw ga.r h=n pneu/ma( o[ti Vihsou/j
ouvde,pw evdoxa,sqhÅ
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Sukkot significa em hebraico “cabanas” ou “tabernáculos”, é plural de
Suká, cabana, tabernáculo. As cabanas são uma referência às moradias
temporárias dos hebreus no deserto durante os quarenta anos de cami-
nhada à Terra Prometida. Essa festa comemora esse período da vida
do povo de Israel. (Lv 23,42).
Sukkot, a Festa das Tendas, tem a duração de sete dias, iniciando no
décimo quinto dia do mês de Tishrê (setembro/ outubro), quatro dias
após o Yom Kipur. Como Pessach e Shavuot, é uma festa de peregri-
nação em ação de graças pela última colheita antes do inverno.
Como as outras festas de peregrinação, esta possui dois sentidos: a
agrícola e o religioso. No sentido agrícola comemorar a última colhei-
ta, antes do período de inverno no hemisfério norte. (Sukkot também é
conhecida por Hag Há Assif, Festa da Colheita, Ex 34,22; Dt 16, 13-
15). Já no sentido religioso, lembra um período de transição na histó-
ria do povo hebreu, entre o êxodo do Egito e a Terra Prometida. Suge-
re a fragilidade e a instabilidade da vida de Israel, os períodos árduos,
como aqueles do deserto, em que habitavam como nômades em caba-
nas. (cf. COELHO Antônio Carlos. Encontros marcados com Deus:
Expressão da Unidade do povo de Deus/ As festas judaica e o cristia-
nismo, p.79-80).
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CD-ROM.
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deus (19,19-22).
Mas midrashicamente, João apresenta Jesus como o
Novo Templo situado sobre as águas do Abismo (4,6); Como
o verdadeiro Templo que faz jorrar a água viva do Espírito
(2,21) e como o Manancial prometido (7,38). Isto nos mos-
tra que o evangelista utilizou do contexto da festa das Tendas
para nos falar da pessoa de Jesus.
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nessa passagem.
Em Provérbios 3,20 e 8,29, a Sabedoria dá início à cria-
ção das águas. Pode-se perguntar se não estamos diante de
uma releitura do tema do Espírito sobre as águas primordiais.
A literatura sapiencial também se utilizou do símbolo
água – Lei, como foi visto acima, em particular no Livro de
Eclesiástico 24,23-27. Em outros lugares, a Sabedoria é fre-
quentemente comparada à água de tal modo que criará a me-
táfora da água da Sabedoria (Eclo 15,3).
Pode-se ainda perguntar: mas qual é a origem do símbo-
lo água e Espírito?
Foi visto que o termo ruah pode estar aplicado no senti-
do cosmológico e designar o vento. Nas Sagradas Escrituras,
muitos textos aproximam os termos da água e do vento.
Citaremos apenas um texto para nos ajudar: “Quando ele
fez ressoar o trovão, há um bramido de água no céu; ele faz
subir as nuvens do extremo da terra, produz os raios para a
chuva e faz sair o vento de seus depósitos” (Jr 10,13). Claro
que as narrações do Êxodo, em particular, haviam associado
o vento e a água como elementos entre as mãos de Deus. Mas
é mesmo a partir do Exílio que o símbolo água – Espírito en-
trou nas Sagradas Escrituras. Todos os textos que o utilizam
são posteriores ao Exílio, Isaías 32,15 também. O símbolo
aparece imediatamente com uma valência escatológica. Isaías
44,2-5 o retoma, unindo-o ao tema da invocação do Nome do
Senhor. Ezequiel parece ter exercido uma influência determi-
nante sobre os profetas posteriores no que diz respeito ao
símbolo. É o retorno do povo à sua terra, recebendo a benção,
a fertilidade, a crença que, em geral, são evocadas pelo sím-
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BLOCH. Escritura e Tradição..., p. 12.
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PCB. O povo judeu..., p. 214.
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AGUA PÉREZ. El Método Midráshico..., p. 293.
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PCB. O povo judeu..., p. 241.
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REFERÊNCIAS
1) SAGRADA ESCRITURA:
2) DICIONÁRIOS:
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3) OBRAS:
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4 ) ARTIGO
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