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VICE-REITORIA ACADÊMICA

FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS


CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIA POLÍTICA E RELAÇÕES
INTERNACIONAIS

Módulo de Teoria de Relações Internacionais

Iº Ano

TEMA

O PROCESSO ELEITORAL NOS PAÍSES AFRICANOS DE LÍNGUA


OFICIAL PORTUGUESA (PALOP)

Abdul Zacarias

Chimoio, de Agosto de 2022

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Índice
INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 3
PARA QUE SERVEM AS ELEIÇÕES ........................................................................... 3
O papel Genérico das Eleições ..................................................................................... 4
O Papel das Eleições no Caso dos países da CPLP ...................................................... 4
Alicerces do Sistema Eleitoral nos PALOP .................................................................. 6
Composição das assembleias dos Países Africanos de Língual Oficial Portuguesa
(PALOP) e algumas constatações ................................................................................. 6
CONCLUSÃO ................................................................................................................ 11
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................... 12

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INTRODUÇÃO
Este artigo, tem como propósito discutir o processo eleitoral nos países africanos de
língua oficial portuguesa (PALOP) A escolha desta questão prende pelo facto de, das
quatro questões colocadas nomeadamente: 1. Qual é o tipo de governação de que os
PALOP precisam hoje para o seu bom funcionamento? 2. O que eleger e para quê? 3.
Qual é o papel da politica num país democrático? 4. Que leitura podemos fazer com
vista às eleições gerais, legislativas e presidenciais?

A motivação para a consumação deste trabalho não circunscreve-se exclusivamente no


simples interesse como estudante de Ciência Política em contribuir com uma parte das
respostas das questões, mas também ao nível teórico, reside a necessidade de testar a
partir do contexto africano os postulados segundo os quais as eleições servem por um
lado, “para seleccionar boas políticas ou políticos que sustentam determinadas políticas,
(por outro lado), para manter o governo responsável pelos resultados de suas acções
passadas”. (Manin, Przeworski, e Stokes 2006).

Ao nível da Ciência Política, é de suma importância estudar eleições dado que, esta área
de saber, a “grosso modo” interessa-se em compreender as actividades que visam
conquistar, exercer e manter o poder, portanto, nos estados democráticos como dos
PALOP, as eleições constituem o veículo para o alcance do poder político.

PARA QUE SERVEM AS ELEIÇÕES


A eleição é “um dispositivo para preencher um cargo ou posto através de
escolhas feitas por um corpo designado de pessoas: o eleitorado” (Heywood 2002). “No
fundo, as eleições são o mecanismo através do qual o povo soberano legitima o
exercício do poder legislativo, e – directa – ou indirectamente – do poder executivo para
um tempo determinado” (Universidade Católica de Angola, Faculdade de Direito 2002).
Portanto, pode se perceber nestas duas definições que as eleições constituem
mecanismos de delegação do poder, delegação essa, que é o acto pelo qual “uma pessoa
dá poder, como se diz, a outra pessoa, a transferência de poder pela qual um mandante
autoriza um mandatário a assinar em seu lugar, a agir em seu lugar, a falar em seu lugar,
pela qual lhe dá uma procuração […]” (Bourdieu 1987).

Na concepção de Bourdieu, pode se perceber que o mandatário, o delegado ou o eleito


age em representação do mandante, do delegante ou do eleitor respectivamente, o que

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significa que na impossibilidade de todo o povo governar, surge a alternativa de se
eleger representantes do povo, a chamada democracia representativa. Esta, numa
concepção marxista serviria apenas para camuflar a tomada do poder por certas classes
sociais, concretamente a classe burguesa, ou seja, as eleições são o mecanismo através
do qual se permite aos oprimidos manter ou alterar os opressores. É esta última
concepção das eleições que mais se adequa para compreender o papel das eleições em
Moçambique.

O papel Genérico das Eleições


Seguindo a linha de pensamento de Manin, Przeworski, e Stokes (2006), no ponto de
vista do mandato, as eleições servem para seleccionar boas políticas ou políticos que
sustentam determinadas políticas, portanto, os partidos ou os candidatos fazem
propostas políticas durante a campanha e explicam como essas propostas poderiam
afectar o bem-estar dos cidadãos, os quais escolhem as propostas que gostariam de vê-
las implementadas, bem como das pessoas que se encarregarão de as emplementá-las. É
esta lógica que leva o campo político a ser descrito como sendo

“o lugar em que se geram, na concorrência entre os agentes que


nele se acham envolvidos, produtos políticos, problemas,
programas, análises, comentários, conceitos, acontecimentos,
entre os quais os cidadãos comuns, reduzidos ao estatuto de
«consumidores», devem escolher, com probabilidades de mal-
entendido tanto maiores quanto mais afastados estão do lugar de
produção” (Bourdier 1989).

No ponto de vista de prestação de contas, as eleições servem para “manter o governo


responsável pelos resultados de suas acções passadas” (Manin, Przeworski, e Stokes
2006,), nesta linha de pensamento, as eleições servem para sancionar (não votar no
mesmo candidato ou partido) os governantes que não satisfizeram os seus eleitores
durante o seu mandato, ou premiar (votando de novo no mesmo governo) os
governantes que tiveram bom desempenho durante o seu mandato. Seguindo esta linha
de pensamento os incumbents, bem como os eleitores são racionais. Portanto, uma vez
que os eleitores são racionais “ cada um deles concebe as eleições estritamente como
meios de selecção de governo que mais o beneficiará” (Downs 1957).

O Papel das Eleições no Caso dos países da CPLP


O primeiro postulado segundo o qual as eleições servem para seleccionar boas políticas
ou políticos que sustentam determinadas políticas, é problemático nos países africanos

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dos PALOP, primeiro porque nestes, está subjacente a ideia de que os eleitores recebem
os manifestos eleitorais dos diversos candidatos ou partidos políticos, analisam-nos e
finalmente escolhem o candidato ou partido político que apresenta o melhor manifesto,
este que posteriormente seria transformado num programa de governação.

Este postulado é problemático primeiro, porque no sentido radical, os partidos dos


PALOP não são programáticos, segundo, porque a maioria dos africanos não se
interessa em analisar os programas políticos. No caso específico em Mocambique, na da
campanha para as eleições de 2014, nos distritos de Chibuto, Macia, Chókwè e Xai-Xai
em Gaza, as comitivas da Renamo foram fortemente dificultadas de fazer a sua
campanha, o que significa que a população local está tão formatada que nem tão pouco
quer saber de um outro partido, muito mais do seu programa de governação.

Votar na base do programa significa que os eleitores votam no candidato ou partido que
apresenta um programa que melhor satisfaz os seus interesses.

Também na África há um fosso abismal entre a sua vida diária e a formulação de


políticas e tomada de decisões” (Marc de Tollenaere 2002). Os autores Brennan e
Lomasky propuseram uma explicação alternativa, defendendo que o eleitor não possui
nenhum instrumento de controlo dos resultados eleitorais, o que significa que as suas
preferências estão totalmente desligadas dos resultados eleitorais. Portanto, eles
advogam que a votação é nada mais e nada menos do que uma “expressão de um desejo
sem nenhuma implicação necessária para o resultado desejado” (Brennan e Lomasky
1993).

No ponto de vista de prestação de contas, as eleições servem para “manter o governo


responsável pelos resultados de suas acções passadas, isto significa que os eleitores
fazem um voto retrospectivo. Portanto, este postulado não se encaixa no contexto dos
PALOP africanos onde até hoje ainda existem crianças a estudar em baixo das árvores e
sem carteiras embora muitos destes países sejam exportadores da madeira, e outros
recursos naturais de altos valores transaccionais no mercado internacional, carência ou
falta de transporte, sobretudo terrestre, morosidade na tramitação de certos
procedimentos administrativos, fraca cobertura da rede de abastecimento da água
potável e da corrente electiva, casos de corrupção que envolve funcionários públicos em

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fim uma série de problemas que inclui o mau provimento de bens e serviços básicos à
população.

Este postulado é problemático dado que embora existam esses problemas, verifica-se
que o mesmo muitos desses países são governados por partidos libertadores, isso é,
desde que adquiriram a independência, nunca outro partido que governou. Este
fenómeno não só é observável em todos esses paises dos PALOP africanos, e também
noutros países africanos como constatado por Wall (2003), ao avançar que um padrão
marcante das transições africanas tem sido a ausência de alternância, portanto, o ex
partido único que conseguiu sobreviver à mudança para a política multipartidária com
seu poder intacto, foi capaz de usar todos os seus recursos para marginalizar a oposição
e reconsolidar o poder em todas eleições multipartidárias.

Alicerces do Sistema Eleitoral nos PALOP


O sistema eleitoral destes países, advogava que a lei eleitoral estabelecerá um sistema
eleitoral que consagra os princípios de voto directo, igual, secreto e pessoal; as eleições
da Assembleia da República e do Presidente da República serão realizados
concomitantemente.

O direito a voto ficou reservado aos cidadãos moçambicanos maiores de 18 anos


excepto os incapacitados mentalmente ou dementes, bem como os detidos e condenados
à prisão por crimes dolosos. Este direito ficou condicionado à inscrição nas listas
eleitorais.

Muitas das vezes a lei eleitoral destes países não assenta numa base estratégica, ficando
vulnerável à alterações circunstanciais na base de interesses dos “grandes partidos” e
nas constatações de cada eleição. Outro aspecto não menos importante relaciona-se com
a composição das Comissões de Eleições que tendem cada vez mais a partidarizar-se
comprometendo a profissionalização da mesma. Uma outro dilema relaciona-se com os
círculos eleitorais que são muito grandes as vezes com uma densidade populacional
muito baixa.

Composição das assembleias dos Países Africanos de Língual Oficial Portuguesa


(PALOP) e algumas constatações
Cabo Verde – o seu parlamento, denominado Assembleia Nacional, é unicamaral e é
composto por um mínimo de 66 e um máximo de 72 deputados, eleitos pelo sistema de

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representação proporcional. Aos partidos políticos cabe a exclusividade de apresentação
de candidaturas. Na eleição das autarquias é usado o mesmo sistema eleitoral.

Guiné Bissau - A Assembleia Nacional Popular, unicamaral, é composta por 102


deputados eleitos em 29 círculos eleitorais, sendo adoptado o sistema eleitoral de
representação proporcional (método de Hondt) obedecendo-se ao critério de distribuição
dos restos às listas partidárias que tenham obtido menor número de votos. Os partidos
políticos têm o exclusivo de apresentação de candidaturas para o parlamento.

Moçambique – A Assembleia da República é unicamaral, sendo composta por um


mínimo de duzentos e um máximo de duzentos e cinquenta deputados. Os deputados
são eleitos em círculos eleitorais que correspondem um a cada um dos distritos do país,
um à cidade de Maputo e outro, com três deputados, para a comunidade moçambicana
residente no exterior do país. A conversão de votos em mandatos parlamentares é feito
de acordo com o método de representação proporcional de Hondt, seguindo-se um
critério de limitação no qual se determina que cada lista de candidaturas só pode
estabelecer mandato se do apuramento receber 5% dos votos expressos à escala
nacional.

São Tomé e Príncipe – A Assembleia Nacional deste país é unicamaral tem 55


deputados sendo o sistema eleitoral adoptado o de representação proporcional, não
existindo claúsulasbarreira à conversão de votos em mandatos. Mostrando preocupações
com a representatividade do parlamento o legislador estabeleceu a obrigatoriedade de
todos os círculos eleitorais, que são coincidentes com os distritos, elegerem
obrigatoriamente um mínimo de quatro deputados.
Uma particularidade do sistema eleitoral de São Tomé e Príncipe é a possibilidade de
existência de candidaturas independentes, paralelas às apresentadas pelos partidos
políticos. Este carácter inovador num país de democracia jovem rompeu com o
princípio que vigora em muitos países que atribuem aos partidos políticos a
exclusividade de domínio e de representação nos parlamentos.
Angola – A Assembleia Nacional, unicamaral, tem 223 deputados, eleitos pelo sistema
de representação proporcional, obedecendo-se ao seguinte critério: 1 – cada uma das 18
províncias constitui-se em círculo eleitoral, elegendo 5 deputados cada uma, num total
de 90 deputados (método de Hondt); 2 – 130 deputados são eleitos num único círculo

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eleitoral nacional (método integral); 3 – a comunidade angolana no exterior elege 3
deputados. A complexidade e as razões da adopção deste complexo sistema eleitoral
serão analisados nesta Conferência, numa outra comunicação que terei a honra de
apresentar.
A apresentação deste pequeno quadro dos sistemas eleitorais nos PALOP leva-se a
questionar quais as razões que levaram a que, de forma coincidente, todos eles
adoptassem os mesmos critérios de eleição dos titulares dos cargos políticos. As razões
podem ser várias mas parece-nos que se podem sintetizar nas seguintes:
1. Todos eles têm uma história comum de colonização e de luta pelas
independências;
2. Os Cinco conheceram os mesmos sistemas de governo pós-independência,
monopartidário e de orientação socialista;
3. Os processos de transição democrática foram feitos nos mesmos períodos de
tempo, sofrendo todos eles as mesmas influências resultantes da perestroika e da
glassnot, na ex- URSS e do final da guerra fria;
4. De forma mais ou menos directa todos estes países sofreram influências do
sistema político e eleitoral de Portugal, que de antiga potência colonial passou a
principal colaboradora nos processos de democratização destes países,
particularmente, no que diz respeito à elaboração da legislação constitucional e
de democratização.
Estes vários factores conduziram a que, sem que tivesse havido qualquer decisão de
ordem política, houvesse uma clara coincidência nas opções seguidas nas escolhas quer
dos sistemas eleitorais quer dos sistemas de governo.

No dizer do Professor Jorge Miranda “o sistema eleitoral de representação


proporcional revela sociedades ideologicamente mais fragmentadas, com maior
conflitualidade política e social, a que se procura responder com um espírito
compromissório” ao contrário dos sistemas de representação maioritária que
normalmente “se podem adequar a democracias há muito estabilizadas, sem grandes
fracturas ideológicas ou com despoliticização generalizada.
Ora, não subsistem dúvidas que qualquer um dos cinco países dos PALOP está ainda
em processos embrionários de afirmação e construção de estados democráticos de
direito em que, não poucas vezes, se quer fincar o carácter democrático do Estado, com

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a realização de eleições gerais, e se esquece, por vezes, dos pressupostos subjacentes a
um estado de direito.
Os sistemas eleitorais enquanto formas de expressão da vontade eleitoral são a
manifestação da soberania do povo que confere aos eleitos o direito de governar em seu
nome e de acordo com a sua vontade.
No dizer de Jean Jacques Rosseau o processo eleitoral resulta de um contrato social
entre os cidadãos, titulares da soberania, e os governantes em que estes têm o direito de
exercer o poder em nome do povo e em seu benefício e o povo tem o direito de depor os
governantes se estes não corresponderem às suas expectativas. Apesar do caracter
polémico desta afirmação não deixa de ser justo afirmar que os governantes devem ser
titulares do que se chama de legitimidade de título e de legitimidade de exercício, isto é,
devem exercer o poder de acordo
com a vontade do povo expresso no pleito eleitoral e, simultaneamente, devem governar
de acordo com as aspirações e a vontade da maioria da população.
Ora, se é certo que deve ser através da luta política pacífica e por via das eleições que se
deve fazer o jogo político democrático, de alternância ou confirmação do poder pelas
forças políticas também é incontroverso afirmar que os eleitos não devem nem podem,
após os processos eleitorais, agirem como se tivesse havido uma transmissão plena da
titularidade da soberania do povo para eles, na base de como que um pacto de sujeição,
à semelhança do que se defendia nos finais do século XVIII, com a chamada teoria do
poder popular alienável.
Infelizmente vimos constatando que a experiência de democratização nos PALOP não é
uniforme e que apesar de quase todos, com excepção de Angola, já terem realizado mais
de uma eleição para escolha dos titulares para os cargos de Presidente da República e de
Deputados aos parlamentos, em alguns países a convivência com a democracia não tem
sido liquida e tranquila. Só assim se pode compreender os atropelos às respectivas leis
fundamentais que em alguns países estão a conduzir a situações de instabilidade política
e social.
Um outro aspecto a considerar na apreciação dos sistemas eleitorais dos PALOP é o de
que todos estes países optaram por sistemas eleitorais em que predomina o princípio da
maioria.
De acordo com este princípio o povo elege os seus representantes de acordo com o
critério da maioria e, uma vez eleitos, estes governam e decidem de acordo com esta
mesma regra. A maioria é sem dúvida o critério da democracia uma vez que sendo os

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cidadãos iguais, com os mesmos direitos e o mesmo grau de participação política na
vida pública a vontade política do maior número entre iguais converte-se em vontade
geral e esta fica juridicamente imputada ao Estado. A maioria resulta da
autodeterminação dos membros da comunidade política e deve assentar num
fundamento axiológico: sem ele não se explicam nem o consentimento nem a própria
obrigatoriedade da decisão decorrente do voto. E ele encontra-se na conjugação da
igualdade e liberdade, pelo que a regra da maioria deve ser o corolário ou uma exigência
de uma igualdade livre ou de uma liberdade igual para todos.

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CONCLUSÃO
O papel das eleições em países dos PALOP, pode se dizer em viva voz que elas não
servem para escolher boas políticas, nem para premiar ou sancionar os governante, mas
sim para intitular o regime de democrático e permitir aos oprimidos manter os
opressores.

A esmagadora maioria dos eleitores não vota para maximizar os seus ganhos, pelo
contrário, existe uma multiplicidade de factores que leva esses paises a votarem e que
esses factores não são uniformes podendo variar de região para outra, de etnia para
outra, de grau de instrução dos indivíduos portanto pode variar de indivíduo para outro,
assim sendo, os determinantes do comportamento eleitoral nos PALOP encontram suas
raízes na paz, na guerra, na historia local, na pobreza, no analfabetismo, na etnia, no
clientalismo, nas campanhas eleitorais, no desempenho político de um partido, raras
vezes no programa de um partido, no carisma do líder, etc. o que significa que a
geografia política é tão diversa e que o peso de cada factor parece relativo e nenhum
deles absolutamente é dominante.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Araújo, R.(2000), Os sistemas de governo de transição democrática nos PALOP,
Coimbra Editora, Coimbra.
Bourdier, P. (1989). “A representação política: elementos para uma teoria do campo
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Bourdieu, P. (1987). “La délégation et le fétichisme politique.” In Choses dites, 185–


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Wall, N. van de. (2003). “Presidentialism and Clientelism in Africa‟s Emerging Party
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