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Educação Física
3° ano
Seria o conjunto de procedimentos e meios utilizados para se conduzir um atleta ou equipe à sua
plenitude física, técnica, tática e psicológica, dentro de um planejamento racional, visando executar
uma performance máxima em um período determinado.
1.2. OBJETIVOS
O Treinamento Desportivo é uma ciência que busca estudar métodos cada vez mais eficazes que
possam levar um homem ao máximo de seu rendimento físico para a prática do esporte. Visa,
portanto, a excelência no método de treinamento, o máximo rendimento e alcançar o limite orgânico
de um atleta.
Inúmeros fatores são importantes para que o atleta possa conseguir o rendimento esperado através
do seu treinamento. Existem fatores que são intrínsecos, ou seja, que dependem da motivação
particular do atleta como a personalidade, a vontade, a garra e o objetivo, e fatores considerados
extrínsecos, que são aqueles que dependem de situações independentes da vontade única do
atleta, como o seu biótipo, o meio ambiente, as habilidades, o treinamento e a herança genética.
Para um atleta de ponta escolher a sua modalidade é necessário aliar todos esses fatores, sob
pena de fracasso no treinamento, caso não tenha esse cuidado.
São seis os princípios do Treinamento Desportivo, que são variáveis necessárias ao máximo
rendimento do atleta e que precisam ler levados em conta na organização e aplicação de um plano
de treinamento desportivo. Seguem abaixo as descrições desses princípios.
Esse princípio nos apresenta o entendimento que cada ser humano é diferenciado por natureza.
Não existe ser igual (lembrando que atualmente já existe pesquisas com clones) e, portanto, a
individualidade de cada pessoa deve ser respeitada. O indivíduo forma-se por duas partes:
Significa dizer que o organismo humano reage a um estímulo com uma resposta. Esse estímulo
vem do ambiente em que vivemos de modo voluntário ou mesmo involuntário. Habitualmente
encontramo-nos em Homeostase, que significa o estado de equilíbrio mantido entre nosso sistema
orgânico e o meio ambiente, mas esse estado é quebrado quando nosso corpo é submetido a uma
carga de exercícios maior que o habitual. Dessa forma o corpo demora certo tempo para adaptar-
se à nova situação.
Esses estímulos levam à ocorrência de Stress, que podem aparecer de três formas:
1) Stress físico: é causado pelo aumento da atividade física;
2) Stress bioquímico: ocorre a partir da ingestão ou aplicação no organismo de substâncias
artificiais ou naturais que excitem e melhorem o desempenho, como por exemplo, a insulina, os
hormônios, o fumo, o álcool e os anabolizantes;
3) 3) Stress mental: que é provocado pela ansiedade, pela angústia, pelas fortes emoções, que
causam situações estressantes, e que são controladas pelo cérebro. Para o treinamento
desportivo no que se refere ao princípio da adaptação, a única forma que interessa é o stress
físico. Apesar do atleta quando da competição estar sujeito às três formas de stress.
Está intimamente ligado ao princípio anterior, e significa a recuperação do organismo que, após a
aplicação de uma carga de trabalho visa (objetiva) restabelecer a homeostase (estado de equlíbrio).
Segue o seguinte raciocínio: 1) Aplicação de cargas progressivas; 2) Recuperação metabólica
(estímulo próprio do organismo); 3) Fase de exaltação (adaptação inicial); 4) Carga assimilada
(adaptação consolidada); e 5) Aumento da capacidade de resistência orgânica (sobrecarga com
eficiência).
Significa dizer que primeiro deve-se aumentar o volume (quantidade) para depois aumentar a
intensidade (qualidade). Ou seja, o volume (quantidade) expressa a quantidade total da carga de
trabalho, que pode ser medida em quilômetros, repetições, séries, horas de treinamento, ao passo
que a intensidade (qualidade) expressa o tipo de carga aplicada, como por exemplo, o peso em
quilogramas, a velocidade, o ritmo, a diminuição do intervalo entre as séries do treinamento, o
aumento da amplitude de movimentos.
Então se deve primeiramente aumentar a quantidade de trabalho corporal do atleta, para depois
aumentar a perfeição dos exercícios e atividades executadas. Para exemplificar, no caso do
atletismo, primeiro deve-se treinar por bastante tempo a força, velocidade, reação e depois
aperfeiçoar a passada, a respiração e a saída.
1) A interrupção do treinamento; e
Pode-se repassar um pequeno quadro com o tempo necessário para obter um rendimento
satisfatório em algumas das valências (capacidades) físicas humanas: 1) Força máxima: obtida de
12 a 18 meses de treinamento; 2) Força explosiva: após 6 meses de treinamento; 3) Resistência
anaeróbica (sem a presença de oxigênio): obtida após 7 meses de treinamento; 4) Resistência
aeróbica (com a presença de oxigênio): após 3 meses de treinamento; 5) Hipertrofia (aumento)
muscular: após 3 meses de treinamento.
1) Velocidade: tem por característica ser uma atividade de altíssima intensidade (qualidade) e
curtíssima duração (quantidade). Nesse caso será usado o sistema de transferência de energia de
nome Anaeróbico Alático, que por sua vez utiliza o Trifosfato de Adenosina (ATP) e a Fósforo
Creatina (CP), como via energética;
2) Resistência Anaeróbica: tem por característica possuir alta intensidade e curta duração.
Usa então o sistema energético Anaeróbico Lático, com a via de energia Ácido Lático;
Além disso, vale lembrar as péssimas condições que os professores de Educação Física
encontram, como se pode observar em escolas onde as aulas são dadas em chão batido,
propiciando oportunidades de os alunos se machucarem ou, ainda, escolas sem um mínimo de
espaços para que ocorram as aulas de Educação Física, além da falta de materiais. Muitas vezes,
o próprio profissional se vê na "obrigação" de comprar pelo menos uma bola para possibilitar uma
vivência aos seus alunos.
2. GINÁSTICA LABORAL
A ginástica laboral é uma prática que tem como principal objetivo prevenir patologias
relacionadas às atividades laborais e incentivar os colaboradores à prática de atividades físicas,
enfatizando a importância para a melhora na qualidade de vida e manutenção da saúde. A ginástica
laboral geralmente é realizada no posto de trabalho ou em algum espaço especifico dentro da
empresa, tendo a duração média de quinze minutos, podendo ser realizada diariamente, três vezes
por semana ou conforme a frequência que a empresa disponibiliza.
A ginástica laboral possui algumas classificações, podendo assim focar no objetivo principal
conforme a necessidade dos colaboradores. A partir do tempo disponibilizado, podem ser
trabalhados especificamente cada um desses objetivos. As classificações da ginástica laboral
podem ser feitas pelo horário de realização, como:
• Preparatória: tem como objetivo preparar o organismo para o trabalho físico, melhora a
oxigenação tecidual, aumento de frequência cardíaca, melhora disposição e concentração.
Nessa classificação tem a duração média entre 10 e 12 minutos, onde são realizados
exercícios de coordenação, equilíbrio, concentração, flexibilidade e resistência muscular.
Realizada no início das atividades.
• Relaxamento: realizada ao final da jornada de trabalho, tem como principal objetivo o alivio
de tensões e diminuição do estresse, onde são feitas automassagens, exercícios
respiratórios, alongamentos e meditação.
As classificações da ginástica laboral também podem ser feitas através dos objetivos principais dos
exercícios, como:
Com a prática da ginástica laboral, aos poucos os empresários acabam concluindo que a
preservação e manutenção da saúde acabam refletindo no rendimento de seus colaboradores, uma
vez que os mesmos deixarão de faltar o trabalho por motivos de saúde, fazendo com que a
produção seja mantida ou até mesmo aumentada devido à permanência do colaborador em um
ambiente de trabalho saudável. Aos poucos, as empresas acabaram mudando suas prioridades,
não se restringindo apenas aos aspectos de produção, mas sim em manter a boa qualidade de vida
de seus funcionários.
Qual a primeira impressão que se tem ao olhar um pequeno gatinho parado e enrolado?
Está sem vida! Mas, a partir do momento que se constata que seu abdômen sobe e desce, conclui-
se que ele apenas dorme tranquilamente. Então, movimento é vida! Não há como viver sem ele.
Nossos movimentos são possíveis pela ação muscular. É através da contração dos
músculos que o ser humano é capaz de realizar façanhas extraordinárias, como saltar 2,45 metros
de altura, pular mais de 8 metros de distância, correr 100 metros em menos de 10 segundos,
terminar uma maratona em pouco mais de 2 horas, levantar mais que o próprio peso corporal no
halterofilismo, realizar vários giros no ar na ginástica, saltos ornamentais ou no skate. Acariciar
alguém, pintar um quadro, dançar uma valsa, também são exemplos desse magnífico controle que
temos sobre os músculos. Ações inconscientes, como controlar o fluxo sanguíneo para nossos
órgãos, arrepiar os pêlos ao sentir frio, regular o foco da visão, ou simplesmente sorrir são
possibilitadas pela ação dos nossos músculos.
Entretanto, esta maravilha que protege órgãos, faz com que possamos nos expressar, dá
forma ao corpo, ou coloca pão na mesa do trabalhador, precisa ser exercitada, precisa ser usada
com intensidade razoável, sob pena de falir.
Então, devido ao o extremo avanço tecnológico conseguido pelo Homem, nossas vidas tornaram-
se muito mais
confortáveis, porém essa tecnologia substituiu o duro trabalho dos nossos músculos.
5. 1. TIPOS DE MOVIMENTOS
Existem diversos movimentos corporais principais que ao se juntar com um determinado segmento
corporal, com a ação de grupos musculares principais e acessórios, realizam o movimento. A seguir
será repassado o conceito de cada um desses movimentos básicos.
1.1 Flexão: Significa a redução do tamanho do músculo, onde o mesmo encontra-se contraído
e possui força máxima para o movimento. Ex: Flexão de cotovelo.
1.2 Extensão: É o contrário da flexão, onde o músculo alcança maior tamanho, encontra-se
relaxado e não está em situação de esforço. Ex: Extensão do cotovelo.
1.3 Hiperextensão: É o maior alcance possível de uma extensão, onde o grupo muscular
encontra-se totalmente alongado. Não é possível de acontecer hiperextensão em todos os grupos
musculares por conta da limitação articular. Ex: Hiperextensão do ombro.
1.6 Supinação: Ocorre especificamente nos músculos do pulso da pessoa, onde há uma espécie
de giro para dentro, ficando a palma da mão para cima, com um movimento de pedir. Ex: Supinação
do antebraço.
1.7 Pronação: Movimento inversamente oposto ao de supinação, onde a palma da mão volta
para baixo e o dorso da mão fica em cima, similar a posição de pintar unhas. Ex: Pronação do
antebraço.
1.8 Elevação: Significa o ato de levantar, elevar a um nível acima do normal, habitual, um
determinado grupo muscular. Ex: Elevação escapular.
1.9 Depressão: Movimento inversamente oposto ao anterior, onde o grupo muscular tem uma
discreta descida para baixo do nível normal. Ex: Depressão escapular.
1.10 Rotação: Significa o movimento de girar um determinado grupo muscular, onde pode haver
essa rotação de modo medial (no sentido do centro do corpo) ou lateral (no sentido da lateral do
corpo). Ex: Rotação do quadril (lateral e medial).
1.11 Oposição: O homem é o único animal na natureza que possui habilidade para esse
movimento por conta da estrutura anatômica. Significa a ação de tocar o dedo polegar aos demais
dedos da mão. Possibilita movimentos extremamente complexos e finos. Ex: Oposição dos dedos.
5. 2. MOVIMENTOS ESPECÍFICOS
Abaixo segue a nomenclatura do movimento, com os músculos acionados de modo principal, com
a explicação resumida e objetiva do movimento. Após essa breve explicação do movimento, vem
duas gravuras, uma com a musculatura acionada no movimento e outra com a ação desenvolvida
no movimento. Essas gravuras possibilitam ao aluno um melhor entendimento através da
visualização do conteúdo em estudo.
Movimento de girar a perna em direção ao centro do corpo, fazendo o quadril girar no sentido
lateral.
Movimento de girar a perna para fora (em direção à lateral do corpo), fazendo o quadril girar para
o centro do corpo (“ciscar”).
MMP’s: Quadríceps femoral (reto femoral, vasto intermédio, vasto lateral e vasto medial).
2.15 Inversão do Pé
2.16 Eversão do Pé
MMP’s: Fibulares longo e curto.
Movimento de elevar a escápula (dar com os braços – tô nem aí, e eu com isso).
MMP’s: Tríceps.
6. 1. CONCEITO
Poderíamos dizer que musculação se constitui em um método de treinamento de força (que usa
carga intensa), que tem por objetivo a hipertrofia muscular (aumento da massa de um músculo)
através da utilização de maquinários (equipamentos fixos) e implementos (aparelhos livres). O
treinamento utilizado para tal objetivo deve ser estruturado cientificamente de modo que os
resultados surjam com eficácia.
Benefícios da Musculação
Quando falamos em musculação qual a primeira imagem que vem à sua mente? Para a grande
maioria das pessoas a musculação se associa com bíceps hipertrofiados, músculos abdominais
bem definidos e coxas bem torneadas. Não que essas imagens sejam desagradáveis, pelo
contrário, são agradáveis de se ver e por isso se tornaram cobiça de novo público que lota as
academias em busca de corpo perfeitos.
Definição de Musculação
• É o nome usado para as séries de exercícios com sobrecarga(pesos), que se iniciaram nas
academias como modalidade masculina, que teria como objetivo o aumento do tamanho dos
músculos.
• É uma atividade que consiste em trabalhar a musculatura corporal, realizando exercícios contra
uma resistência que pode ser empregada das mais variadas formas.
Objetivos da Musculação nos dias atuais
• Aumento da força e de massa muscular;
• Diminuição do peso corporal;
• Diminuição da massa gorda e percentual de gordura;
• Melhora o condicionamento físico geral;
• Aumento da performance esportiva;
• Potência ou resistência muscular.
• Somente a partir dos objetivos propostos é que podemos traçar as estratégias de trabalho com
eficiência, rapidez e segurança.
Antes de iniciar o treinamento faz-se necessário que o professor responsável pelo treinamento
colete alguns dados que embasarão o programa de treinamento do praticante de musculação. Essa
coleta de dados denomina-se anamnese e se ocupa de dados pessoais e dados físicos do
praticante (nome, idade, dobras cutâneas, circunferências musculares, doenças pré-existentes,
entre outros). A partir da coleta desses dados é que se podem gerar metas que abranjam o objetivo
do treinamento do praticante. Nesse momento o praticante deverá definir o objetivo de seu
treinamento.
Avaliação Inicial
AUMENTO DA PERFORMANCE
Para melhorar seu desempenho, muitos atletas utilizam esses métodos e substâncias
proibidas. Porém, algumas pessoas vêm utilizando esta droga para fins estéticos, ou seja, sem
indicação médica, e podem sofrer consequências graves. No Brasil, sabe-se que o consumidor
preferencial encontra-se na faixa etária de 18 a 34 anos e, em geral, é do sexo masculino.
SUBSTÂNCIAS E EFEITOS
Os estimulantes são substâncias que tem um efeito direto sobre o sistema nervoso central,
que aumentam a estimulação do Sistema Cardíaco e do metabolismo. As anfetaminas, a cocaína,
a efedrina e a cafeína, são usadas para conseguir os mesmos efeitos da adrenalina tal como o
aumento da excitação. Podem aumentar ainda a capacidade de tolerância ao esforço físico e
diminuir o limiar da dor. Os esportes onde encontramos atletas que fazem uso dessas substâncias
são o basquetebol, o ciclismo, o voleibol e o futebol.
Analgésicos narcóticos são substâncias que estão representados pela morfina e petidina.
São derivados do ópio e atuam no sistema nervoso central diminuindo a sensação de dor, sendo
por esse último efeito o motivo pelo qual são utilizados por atletas. Esse efeito de diminuição da
sensação da dor pode ser prejudicial aos atletas, pois pode levar que um atleta menospreze uma
lesão perigosa levando ao agravamento. Essas substâncias são usadas em esportes de bastante
resistência como a maratona e o triatlon.
Essas substâncias são usadas por halterofilista, lutadores de artes marciais e em todos os
tipos de esporte que envolva força explosiva. São utilizados por pessoas que querem um corpo
mais musculoso.
Os hormônios assim como todas substâncias causam muito mais efeitos prejudiciais do que
benefícios ao organismo, sendo todos atletas podem realizar seus respectivos esportes sem fazer
o uso de drogas e com isso evitar problemas à saúde que tendem a ocorrer com atletas esportivos
que usufruem tais substâncias.
7. 3 CONSEQUÊNCIAS DO DOPING
O controle do doping pode ser realizado pelo exame do sangue ou da urina do competidor
imediatamente após o término de uma competição, durante um treinamento, em sua residência e
até mesmo algum tempo antes ou depois de uma prova.
Quando um atleta é flagrado pelo exame do antidoping, ele tem o direito de argumentar,
porém se for comprovado o uso de substâncias ilícitas é punido de acordo com o que foi
administrado. A mais comum das penalidades, é a suspensão do atleta na competição, podendo
variar de três meses a dois anos. Em esportes coletivos, a pena varia de acordo com a federação
responsável.
A anfetamina e os outros estimulantes do Sistema Nervoso Central, podem provocar a
elevação da pressão arterial, de frequência cardíaca, diminuir a sensação de medo e aceleram o
metabolismo das células. Doses pequenas já produzem esses efeitos depois de 30 minutos. Os
efeitos colaterais incluem tonturas, dores de cabeça, insônia, mal-estar, cansaço fácil e,
principalmente a dependência da droga, que quase sempre evolui para drogas mais potentes e
mais perigosas.
Este hormônio aumenta a produção de esteróides endógenos (como a testosterona) e o seu uso
por atletas deve-se à sua capacidade de proporcionar o aumento do volume e potência dos
músculos. Pode causar efeitos secundários potencialmente nefastos ao organismo relacionados à
produção excessiva de testosterona.
8) Quais os prejuízos para a saúde do atleta causados pelo hormônio do crescimento, mais
conhecido como hGH?
O uso do hCG proporciona aumento significativo de vários tecidos do organismo, entre eles, o
tecido muscular. O uso prolongado de quantidades excessivas do hormônio do crescimento pode
produzir efeitos colaterais prejudiciais ao organismo, tais como a acromegalia (crescimento
desmedido das mãos, pés, cara e de alguns órgãos), intolerância à glicose, compressão de nervos
periféricos, hipertrofia cardíaca e doenças articulares. Outros efeitos a retenção de líquidos e de
sódio, originando sobrecarga cardíaca, o aparecimento de diabetes e maior incidência de tumores
malignos (ex: leucemias).
Estimulantes são substâncias que têm um efeito direto sobre o sistema nervoso central,
aumentando a estimulação do sistema cardíaco e metabólico. Os estimulantes psicomotores, como
é o caso das anfetaminas e substâncias similares, provocam perda de discernimento e, em certas
modalidades esportivas, contribuem para a ocorrência de acidentes. Ao provocarem a supressão
da sensação de fadiga retiram ao organismo o seu “termostato”, fazendo com que se prossiga com
o esforço ultrapassando todos os limites fisiológicos, sendo desse modo um risco para a vida do
atleta.
11) Quais os prejuízos para a saúde do atleta causados pelo uso dos canabinóides, mais
conhecidos como maconha?
12) Quais os prejuízos para a saúde do atleta causados pelo uso da cocaína?
A cocaína é uma substância estimulante que pode causar a morte em competição por provocar
espasmo das artérias coronárias com o surgimento de enfarte do miocárdio. Os efeitos adversos
desta droga são muito semelhantes aos das anfetaminas: viciam e provocam alterações psíquicas
graves, tais como inibição da percepção de dor e fadiga e aumento da agressividade.
13) E outros narcóticos, quais os maiores efeitos nocivos para a saúde do atleta?
Os narcóticos proibidos no esporte estão representados pela morfina e compostos químicos e
farmacológicos análogos, derivados do ópio. Eles atuam ao nível do sistema nervoso central,
diminuindo a sensação de dor e por isso são utilizados para mascarar a sensação de dor e as
manifestações da fadiga. Podem ocasionar efeitos secundários como náuseas, vômitos, tonturas,
prisão de ventre, cólicas abdominais e também originar perturbações mais graves com risco de
dependência física e psíquica (efeito viciante), delírio e mesmo a morte por parada respiratória.
Definição de LER
Representa uma síndrome de dor nos membros superiores, com queixa de grande
incapacidade funcional, causada primariamente pelo próprio uso dos membros superiores em
tarefas que desenvolvem movimentos locais ou posturas forçadas. Também é conhecido por L.T.C.
(Lesão por Trauma Cumulativo) e por D.O.R.T. (Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao
Trabalho), mas na realidade entre todos estes nomes talvez o mais correto tecnicamente seria o
de Síndrome da Dor Regional. Contudo, como o nome L.E.R. se tornou comum e até popular, esta
é a denominação adotada no Brasil, e representa exatamente o que se trata a doença, pois
relaciona sempre tais manifestações com certas atividades no trabalho. O diagnóstico diferencial
deve incluir as tendinites e tenossinovites primarias a outros fatos, como reumatismo, esclerose
sistêmica, gota, infecção gonocócica, traumática, osteoartrite, diabetes, mixedema etc., uma vez
que estas também representam frequentes lesões causadas por esforço repetitivo.
As lesões inflamatórias causadas por esforços repetitivos já eram conhecidas desde a
antiguidade sob outros nomes, como por exemplo, na Idade velha, a "Doença dos Quibes", que
nada mais era do que uma tenossinovite, praticamente desaparecendo com a invenção da
imprensa. Já em 1891, De Quervain descrevia o "Entorse das Lavadeiras".
Geralmente os sintomas são de evolução insidiosa até serem claramente percebidos. Com
freqüência, são desencadeados ou agravados após períodos de maior quantidade de trabalho ou
jornadas prolongadas e em geral, o trabalhador busca formas de manter o desenvolvimento de seu
trabalho, mesmo que à custa de dor. A diminuição da capacidade física passa a ser percebida no
trabalho e fora dele, nas atividades cotidianas.
Os fatores de risco não são necessariamente as causas diretas das LER - DORT, mas podem gerar
respostas que produzem as LER – DORT. Os fatores de risco não são independentes, interagem
entre si e devem ser sempre analisados de forma integrada. Envolvem aspectos biomecânicos,
cognitivos, sensoriais, afetivos e de organização do trabalho.
Os fatores incluem:
• Posto de trabalho que force o trabalhador a adotar posturas, a suportar certas cargas e a se
comportar de forma a causar ou agravar afecções músculo-esqueléticas.
• Exposição ao frio pode ter efeito direto sobre o tecido exposto e indireto pelo uso de
equipamentos de proteção individual contra baixas temperaturas (ex. luvas).
• Exposição a ruído elevado, entre outros efeitos pode produzir mudanças de comportamento.
• Pressão mecânica localizada provocada pelo contato físico de cantos retos ou pontiagudos
de objetos, ferramentas e móveis com tecidos moles de segmentos anatômicos e trajetos nervosos
provocando compressões de estruturas moles do sistema músculo-esquelético.
• Posturas. As posturas que podem causar LER-DORT possuem três características que
podem estar presentes simultaneamente:
➢ Fricção (ex.: fricção de um tendão sobre a sua bainha); ➢ Irritação (ex.: irritação de um
nervo).
Para realizar o diagnóstico da LER – DORT, o médico busca dados por meio da história clínica,
levando em consideração as atividades realizadas pela pessoa tanto no trabalho, quanto no lazer.
Em seguida realiza um exame físico geral, dedicando especial atenção aos locais afetados.
O tratamento da LER – DORT têm início após um diagnosticado correto e deve buscar uma
abordagem integrada, ao invés de tratar somente a sintomatologia:
• Medidas ergonômicas visam à melhoria do espaço físico e dinâmico de trabalho que não
induzam ao desenvolvimento da LER – DORT. Por vezes, pequenas adaptações fazem
grandes diferenças. As pausas programadas podem ser consideradas atitudes ergonômicas
benéficas.
• Exercícios físicos são benéficos e incluem tanto exercícios aeróbicos, como exercícios de
alongamento.
• Fisioterapia é muitas vezes empregada na redução da dor e na recuperação da função e
dos movimentos do membro afetado pela LER – DORT.
• Medicamentos antiinflamatórios e analgésicos são utilizados para alívio da dor aguda e
crônica da LER - DORT. Devem ser utilizados com cautela e recomendação médica.
• Medicamentos corticóides são antiinflamatórios mais potentes, porém com mais efeitos
colaterais, merecendo atenção médica redobrada.
• Medicamentos antidepressivos e outros agentes com ação no sistema nervoso central são
utilizados em quadros de dores crônicas provocadas pela LER – DORT ou quando
associadas a sintomas de humor e/ou ansiedade.
• Intervenção cirúrgica é indicada para casos associados a mal formações e deformidades
ósteo-musculares irreversíveis ao tratamento medicamentoso.
8.7 Classificação
== Fases =====
• Fase 2 - Dor regredindo com repouso, apresentando poucos sinais objetivos.
• Fase 3 - Exuberância de sinais objetivos, e não desaparecendo com repouso.
• Fase 4 - Estado doloroso intenso com incapacidade funcional (não necessariamente
permanente).
8.8 Estágios
Estágio 1 - Dor e cansaço nos membros superiores durante o turno de trabalho, com melhora nos
fins de semana, sem alterações no exame físico e com desempenho normal.
Estágio 3 - Sensação de dor, fadiga e fraqueza persistentes, mesmo com repouso. Distúrbios do
sono e presença de sinais objetivos ao exame físico.
8.9 Graus
Dennet e Fry, em 1988, classificaram a doença, de acordo com a localização e fatores agravantes:
Grau 1 - Dor localizada em uma região, durante a realização da atividade causadora da síndrome.
Sensação de peso e desconforto no membro afetado. Dor espontânea localizada nos membros
superiores ou cintura escapular, às vezes com pontadas que aparecem em caráter ocasional
durante a jornada de trabalho e não interferem na produtividade. Não há uma irradiação nítida.
Melhora com o repouso. É em geral leve e fugaz, e os sinais clínicos estão ausentes. A dor pode
se manifestar durante o exame clínico, quando comprimida a massa muscular envolvida. Tem bom
prognóstico.
Grau 2 - Dor em vários locais durante a realização da atividade causadora da síndrome. A dor é
mais persistente e intensa e aparece durante a jornada de trabalho de modo intermitente. É
tolerável e permite o desempenho da atividade profissional, mas já com reconhecida redução da
produtividade nos períodos de exacerbação. A dor torna-se mais localizada e pode estar
acompanhada de formigamento e calor, além de leves distúrbios de sensibilidade. Pode haver uma
irradiação definida. A recuperação é mais demorada mesmo com o repouso e a dor pode aparecer,
ocasionalmente, quando fora do trabalho durante outras atividades. Os sinais, de modo geral,
continuam ausentes. Pode ser observado, por vezes, pequena nodulação acompanhando bainha
de tendões envolvidos. A palpação da massa muscular pode revelar hipertonia e dolorimento.
Prognóstico favorável.
Grau 3 - Dor desencadeada em outras atividades da mão e sensibilidade das estruturas; pode
aparecer dor em repouso ou perda de função muscular; a dor torna-se mais persistente, é mais
forte e tem irradiação mais definida. O repouso em geral só atenua a intensidade da dor, nem
sempre fazendo-a desaparecer por completo, persistindo o dolorimento. Há frequentes paroxismos
dolorosos mesmo fora do trabalho, especialmente à noite. É frequente a perda de força muscular
e parestesias. Há sensível queda da produtividade, quando não impossibilidade de executar a
função. Os sinais clínicos estão presentes, sendo o edema frequente e recorrente; a hipertonia
muscular é constante, as alterações de sensibilidade estão quase sempre presentes,
especialmente nos paroxismos dolorosos e acompanhadas de manifestações como palidez,
hiperemia e sudorese das mãos. A mobilização ou palpação do grupo muscular acometido provoca
dor forte. Nos quadros com comprometimento neurológico compressivo a eletromiografia pode
estar alterada. Nessa etapa o retorno à atividade produtiva é problemático.
Grau 4 - Dor presente em qualquer movimento da mão, dor após atividade com um mínimo de
movimento, dor em repouso e à noite, aumento da sensibilidade, perda de função motora. Dor
intensa, contínua, por vezes insuportável, levando o paciente a intenso sofrimento. Os movimentos
acentuam consideravelmente a dor, que em geral se estende a todo o membro afetado. Os
paroxismos de dor ocorrem mesmo quando o membro está imobilizado. A perda de força e a perda
de controle dos movimentos se fazem constantes. O edema é persistente e podem aparecer
deformidades, provavelmente por processos fibróticos, reduzindo também o retorno linfático. As
atrofias, principalmente dos dedos, são comuns. A capacidade de trabalho é anulada e os atos da
vida diária são também altamente prejudicados. Nesse estágio são comuns as alterações
psicológicas com quadros de depressão, ansiedade e angústia. Como combater a LER
Se o seu trabalho atual exige movimentos repetitivos e você já percebe sinais de LER, talvez queira
procurar ajuda médica na empresa. Se isso não for possível, talvez possa ir a um serviço de saúde
para que um ortopedista avalie o seu caso e tome as medidas necessárias para ajudá-lo. As
chances de recuperação serão muito maiores se a LER for tratada nos seus estágios iniciais.
Outro modo importante de combater a LER é dar atenção à ergonomia. O que é ergonomia? O
termo é definido como “ciência aplicada que se ocupa em projetar e arrumar os objetos que as
pessoas usam a fim de que essas e os objetos possam interagir do modo mais eficiente e seguro”.
Estes exercícios são indicados para prevenção e auxiliam no tratamento da LER – DORT
• Abra as mãos e encoste as palmas em "posição de rezar". Com os dedos juntos flexione os
punhos e comprima uma mão contra a outra. (frente do peito).
• Aperte dedo contra dedo, alongando-os um por um (polegar contra polegar, indicador contra
indicador e assim por diante). Pode ser feito com todos os dedos ao mesmo tempo.
• Cruze o dedo com dedo (gancho) e puxe alternando-os. Ex. polegar com médio, anular com
mínimo. A variedade fica por conta de cada um.
• Feche bem as mãos como se estivesse segurando algo com força. Em seguida estique bem
os dedos.
• Abra os dedos afastando-os o máximo possível. Feche os dedos apertando-os com a mão
esticada.
• Faça "ondas" com a mão e os dedos. Como se a mão estivesse serpenteando no ar.
• Balance as mãos.
• Gire os punhos em círculo, com as mãos soltas, no sentido horário e anti-horário.
9. PRIMEIROS SOCORROS
SUBSTÂNCIAS VENENOSAS
Tome cuidado: não deixe os produtos tóxicos ao alcance de crianças. Eles devem estar em locais
altos e trancados à chave. Também não é aconselhável tomar remédios na frente de crianças nem
incentivá-las a aceitar o medicamento argumentando que seu sabor é bom.
Não guarde nenhum produto químico fora de sua embalagem original, para evitar confusão.
Imagine o estrago que pode causar uma pessoa com sede ao lado de uma garrafa cheia de
alvejante.
Além disso, caso haja algum acidente, a embalagem original onde vem escrita a fórmula pode ser
de grande ajuda. Pelo mesmo motivo, evite usar produtos clandestinos. Veja a seguir, lista de
algumas substâncias tóxicas que podem causar muito mal quando ingeridas:
Ocorrem com maior frequência em minas, poços de petróleo, garagens, locais fechados e mal
ventilados.
Os gases podem formar compostos ligados a hemoglobina, impedindo a oxigenação do sangue
(monóxido de carbono, por exemplo).
• Retirar o acidentado do local, levando-o para o ar livre, deve-se tomar cuidado para que o
socorista não acabe intoxicado também, utilizando proteção
• Afrouxar roupas
• Repouso absoluto
• Medidas de manutenção das funções vitais
• Tais intoxicações são comuns em acidentes com crianças menores de cinco anos e em
tentativas de suicídio (hipocloritos, água de lavadeira, soda cáustica, removedores),
produzem lesões na boca, língua, esôfago e estômago.
• Não provoque vômito se ingerido, nunca devem ser passadas sondas nasogástricas pelo
risco de perfuração. Podese dar um demulcente (protetor de mucosa), como gelatina
dissolvida em água ou clara de ovo
• Se o produto atingiu regiões de mucosa mais sensível, lave cuidadosamente com água
corrente
• Se a criança ou outra pessoa manipulou o produto, deve-se lavar as mãos e dedos para
prevenir contato com outras regiões (olhos, por exemplo)
• Requerem ação rápida para evitar as complicações agudas; a endoscopia precoce é de
crucial importância para avaliar a extensão da lesão, sendo um método seguro para
definição de condutas e prognóstico.
• As intoxicações agudas por metais (chumbo, por exemplo) apresentam sintomas gastro-
intestinais mais significativos, além de mialgia generalizada, encefalopatia.
• São geralmente acidentes de trabalho pela utilização de pigmentos em cerâmicas, tinturas
de cabelo (não utilizada mais), compostos adicionados à gasolina, baterias, certos tipos de
solda. São encontradas também intoxicações por arsênico, mercúrio e fósforo.
• O tratamento consiste na avaliação rigorosa dos sinais e sintomas, hidratação adequada,
controle sintomático, avaliação de função hepática e renal, e especificamente, a
administração de quelantes (EDTA de sódio ou cálcio, Dimercaprol, Penicilamina). Podem
ser realizados exames complementares de dosagem do metal sérico ou
urina.SUBSTÂNCIAS COMUNS NAS INTOXICAÇÕES
• Produtos químicos utilizados em limpeza doméstica e de laboratório.
• Venenos utilizados no lar (como raticidas, por exemplo).
• Entorpecentes e medicamentos em geral.
• Alimentos deteriorados.
• Gases tóxicos.
VIAS DE PENETRAÇÃO
Boca: Ingestão de qualquer tipo de substância tóxica (química ou natural).
Sinais e sintomas
Orientações gerais
• Cuidados com a segurança do socorrista, evitando que este entre em contato com o produto
intoxicante.
• Remover a vítima para local arejado.
• Afrouxar as vestes e, caso estejam contaminadas, retirá-las, cortando-as.
• NUNCA deixar a vítima sozinha.
• Deixar a vítima falar, deixando-a o mais confortável possível.
• Transportar a vítima em posição lateral, a fim de evitar aspiração de vômito, se ocorrer.
• Transportar junto, restos da substância, recipientes, embalagens e aplicadores.
Engasgo
No meio médico, engasgo ou obstrução de vias aéreas por corpo estranho (OVACE) é o
bloqueio da traqueia de uma pessoa por um objeto estranho, vômito, sangue ou outros fluidos.
Engasgo é considerado uma emergência médica. Em casos severos, o engasgo pode levar a
pessoa à morte por asfixia ou deixá-la semiconsciente ou inconsciente por um tempo. Nessa
situação, deve-se agir rápida e precisamente para evitar complicações. Em casos mais graves,
deve-se chamar uma ambulância rapidamente, para uma intervenção médica de emergência. Na
maioria dos casos, no entanto, aconselha-se proceder conforme abaixo.
Como proceder: O procedimento de primeiros socorros para engasgo é usar o número telefônico
de emergência. As principais diferenças de abordagem se dão de acordo com:
• a faixa etária do paciente (adulto, crianças e neonatos)
• se gravidez ou obesidade mórbida
• se a vítima está consciente ou inconsciente
Caso a vítima esteja acordada, inicialmente pede-se para que ela tussa na tentativa de eliminar
ativamente o corpo estranho.
Caso a vítima perca a consciência, realiza-se manobra específica com o paciente deitado
AFOGAMENTOS
Afogamento é a asfixia gerada por aspiração de líquido de qualquer natureza que venha a inundar
o aparelho respiratório. Haverá suspensão da troca ideal de oxigênio e gás carbônico pelo
organismo.
SINAIS E SINTOMAS
Em um quadro geral pode haver hipotermia (baixa temperatura corporal), náuseas, vômito,
distensão abdominal, tremores, cefaleia (dor de cabeça), mal-estar, cansaço, dores musculares.
Em casos especiais pode haver apneia (parada respiratória), ou ainda, uma parada cárdio-
respiratória.
PREVENÇÃO
• Para bebês- Estes nunca devem ser deixados sozinhos no banho ou próximo a qualquer
superfície líquida.
• Para crianças- Além dos cuidados anteriores deve-se estimulá-las a assumir
responsabilidade por sua própria segurança. Elas devem aprender a nadar e a boiar e devem
compreender que não devem entrar em águas perigosas. Saltos de trampolim são
extremamente perigosos.
• Para adultos- Estes devem ter noções sobre as suas limitações principalmente quando suas
funções normais estiverem comprometidas devido ao manuseio de drogas, sejam elas
medicamentos ou bebidas. Evitar nadar sozinho em áreas não supervisionadas ou em áreas
onde as condições do meio líquido sejam desconhecidas. Qualquer nadador deve estar apto
a nadar diagonalmente a uma corrente que o pegou e não contra a mesma, se não conseguir
escapar deve chamar por socorro.
Objetivo
Promover menor número de complicações provendo-se o cérebro e o coração de oxigênio até que
a vítima tenha condições para fazê-lo sem ajuda externa, ou até esta ser entregue a serviço médico
especializado.
Meios
Suporte Básico de Vida (SBV) afim de habilitar a vítima aos procedimentos posteriores do Suporte
Cardíaco Avançado de Vida (SCAV). O SBV consiste apenas em medidas não invasivas.
O socorrista
Deve promover o resgate imediato e apropriado, nunca gerando situação em que ambos (vítima e
socorrista) possam se afogar, sabendo que a prioridade no resgate não é retirar a pessoa da água,
mas fornecer-lhe um meio de apoio que poderá ser qualquer
material que flutue, ou ainda, o seu transporte até um local em que
esta possa ficar em pé. O socorrista deve saber reconhecer uma
apnéia, uma parada cárdio-respiratória (PCR) e saber prestar
reanimação cárdio-pulmonar (RCP)
O resgate
➢ Fase de observação
O socorrista deve tentar o socorro sem a sua entrada na água, estendendo qualquer material a sua
disposição que tenha a propriedade de boiar na água, não se deve atirar nada que possa vir a ferir
a vítima.
Em casos de dispor de um barco para o resgate, sendo este com estabilidade duvidosa a vítima
não deve ser colocada dentro do mesmo, pois estará muito agitada.
O socorrista deve certificar-se que a vítima está visualizando-o. Ao ocorrer em uma piscina a
entrada deve ser diagonal à vítima e deve ser feita da parte rasa para a parte funda. Sendo no mar
ou rio a entrada deve ser diagonal à vítima e também diagonal à corrente ou à correnteza
respectivamente.
Fase de Abordagem
Abordagem verbal; Ocorre a uma distância média de 03 metros da vítima. O socorrista vai
identificar-se e tentar acalmar a vítima. Caso consiga, dar-lhe-á instruções para que se posicione
de costas habilitando uma aproximação sem riscos.
Abordagem física; O socorrista deve fornecer algo em que a vítima possa se apoiar, só então o
socorrista se aproximará fisicamente e segurará a vítima fazendo do seguinte modo: O braço de
dominância do socorrista deve ficar livre para ajudar no nado , já o outro braço será utilizado para
segurar a vítima , sendo passado abaixo da axila da vítima e apoiando o peito da mesma, essa
mão será usada para segurar o queixo do afogado de forma que este fique fora da água.
Fase de reboque
O nado utilizado será o "Over arms" também conhecido como nado militar, ou nado de sapo.
Quando em piscinas e lagos o objetivo sempre será conduzir a vítima para a porção mais rasa. No
mar, será admitido o transporte até a praia, quando a vítima estiver consciente e quando o mar
oferecer condições para tanto; será admitido o transporte para o alto mar (local profundo e de
extrema calmaria), quando a vítima apresentar-se inconsciente e o mar estiver extremamente
revolto (essa atitude dará condições ao socorrista de repensar o salvamento). Caso exista surfistas
na área o socorrista, deve-se pedir ajuda.
Quando o socorrista puder caminhar, deve fazê-lo, pois é mais seguro do que nadar. Deverá
carregar a vítima de forma que o peito desta fique mais elevado do que a cabeça, diminuindo o
perigo da ocorrência de vômito. ➢ Fase de atendimento
O atendimento
Vale frisar que o líquido que costuma ser expelido após a retirada da
água provém do estômago e não dos pulmões por isso, sua saída deve
ser natural, não se deve forçar provocando vômito, pois pode gerar
novas complicações.
Caso o acidente não tenha sido visto pelo socorrista, ele deve
considerar que a vítima possui Traumatismo Raquimedular(TRM) e
deverá tomar todos os cuidados pertinentes a este tipo de patologia.
A nível de Primeiros Socorros deve-se sempre:
1. Acalmar a vítima, fazê-la repousar e aquecê-la através da substituição das roupas molhadas
e fornecimento de roupas secas, casacos, cobertores e bebidas quentes
3. Caso o afogado inconsciente seja deixado sozinho, ele deve ser colocado na posição de
recuperação que mantêm o corpo apoiado em posição segura e confortável, além de impedir que
a língua bloqueie a garganta e facilitar a saída de líquidos.
1. Fazer a desobstrução das vias aéreas através da extensão do pescoço, da retirada do corpo
estranho e da tração mandibular atentando sempre para a possibilidade de trauma cervical.
2. Em vítimas com parada respiratória, proceder com a respiração boca-a-boca objetivando manter
a oxigenação cerebral.
3. Em vítimas com PCR, efetuar a RCP em casos que o tempo de submersão seja desconhecido
ou inferior a uma hora. ➢ Respiração Artificial Boca-a-Boca
PARADA RESPIRATÓRIA:
É a supressão súbita dos movimentos respiratórios, podendo ser acompanhado ou não de
parada cardíaca; a) Diagnóstico:
- Ausência de movimentos respiratórios;
- Cianose (cor azul arroxeada dos lábios, unhas, não
obrigatória); - Dilatação das pupilas (não obrigatória);
- Inconsciência.
b) Sequência no atendimento:
- Elevação do queixo - Os dedos de uma das mãos são colocados abaixo do queixo, o
qual é suavemente tracionado para cima, elevando-o anteriormente. O polegar da mesma
mão deprime o lábio inferior para abrir a boca. O polegar pode também ser colocado atrás
dos incisivos inferiores, enquanto simultaneamente o queixo e suavemente levantado.
Se a respiração boca a boca é necessária, as narinas são fechadas com o polegar e o indicador da
outra mão;
- Tomadas às medidas anteriores colocar a boca com firmeza sobre a boca da vítima.
Assoprar para dentro da boca da vítima até notar que o seu peito está se mobilizando. A
seguir, deixar a vítima expirar livremente. Devemos repetir este procedimento de 15 a 20
vezes por minuto.
d) Respiração boca-nariz:
- Colocar a boca sobre o nariz e feche a boca da vítima. Em crianças podemos colocar
a boca sobre o nariz e a tomando o cuidado de não expirar com excessiva pressão.
PARADA CARDÍACA: O Coração para de bombear o sangue para o organismo que, desta forma,
deixa de transportar oxigênio para os tecidos;
a) Diagnóstico:
- Ausência de pulso (radial, femural e carotídeo);
- Pele fria, azulada ou pálida;
- Parada respiratória (frequente, mas não obrigatória);
- Inconsciência;
- Dilatação das pupilas (frequente, mas não obrigatória); - Na dúvida, proceda como
se fosse.
b) Sequência no atendimento:
1- Coloque a vítima deitada de costas sobre uma superfície dura;
2- Coloque suas mãos sobrepostas no terço inferior do esterno;
3- Faça compressão sobre o esterno, de encontro à coluna;
4- Após recuperação dos batimentos cardíacos, leve imediatamente a vítima ao hospital.
c) Atendimento: