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Apostila de

Educação Física

3° ano

E.E.M. OLÍMPIO SAMPAIO DA SILVA


PROFESSORA:MARIA DO SOCORRO OLIVEIRA ALVES.

1. NOÇÕES BÁSICAS DE TREINAMENTO DESPORTIVO


1.1. CONCEITO

Seria o conjunto de procedimentos e meios utilizados para se conduzir um atleta ou equipe à sua
plenitude física, técnica, tática e psicológica, dentro de um planejamento racional, visando executar
uma performance máxima em um período determinado.

1.2. OBJETIVOS

O Treinamento Desportivo é uma ciência que busca estudar métodos cada vez mais eficazes que
possam levar um homem ao máximo de seu rendimento físico para a prática do esporte. Visa,
portanto, a excelência no método de treinamento, o máximo rendimento e alcançar o limite orgânico
de um atleta.

1.3. FATORES DETERMINANTES

Inúmeros fatores são importantes para que o atleta possa conseguir o rendimento esperado através
do seu treinamento. Existem fatores que são intrínsecos, ou seja, que dependem da motivação
particular do atleta como a personalidade, a vontade, a garra e o objetivo, e fatores considerados
extrínsecos, que são aqueles que dependem de situações independentes da vontade única do
atleta, como o seu biótipo, o meio ambiente, as habilidades, o treinamento e a herança genética.
Para um atleta de ponta escolher a sua modalidade é necessário aliar todos esses fatores, sob
pena de fracasso no treinamento, caso não tenha esse cuidado.

1.4. PRINCÍPIOS DO TREINAMENTO DESPORTIVO

São seis os princípios do Treinamento Desportivo, que são variáveis necessárias ao máximo
rendimento do atleta e que precisam ler levados em conta na organização e aplicação de um plano
de treinamento desportivo. Seguem abaixo as descrições desses princípios.

1.5. PRINCÍPIO DA INDIVIDUALIDADE BIOLÓGICA

Esse princípio nos apresenta o entendimento que cada ser humano é diferenciado por natureza.
Não existe ser igual (lembrando que atualmente já existe pesquisas com clones) e, portanto, a
individualidade de cada pessoa deve ser respeitada. O indivíduo forma-se por duas partes:

1) Genótipo: carga genética transmitida a pessoa e que determinará diversos fatores; e

2) Fenótipo: tudo o que é acrescido ou somado ao indivíduo após o nascimento. Portanto as


potencialidades são determinadas geneticamente, ao passo que as capacidades e
habilidades são decorrentes do fenótipo.

1.6. PRINCÍPIO DA ADAPTAÇÃO

Significa dizer que o organismo humano reage a um estímulo com uma resposta. Esse estímulo
vem do ambiente em que vivemos de modo voluntário ou mesmo involuntário. Habitualmente
encontramo-nos em Homeostase, que significa o estado de equilíbrio mantido entre nosso sistema
orgânico e o meio ambiente, mas esse estado é quebrado quando nosso corpo é submetido a uma
carga de exercícios maior que o habitual. Dessa forma o corpo demora certo tempo para adaptar-
se à nova situação.

Esse processo divide-se em três fases:


1) Fase de Excitação, onde há a provocação de alarme pelo corpo;
2) Fase da Resistência, na qual vai haver a adaptação à nova situação; e
3) Fase da Exaustão, onde haverá o surgimento de danos temporários ou permanentes ao
organismo. É interessante conhecermos alguns termos ligados a esse princípio com seus
respectivos significados.
● Cansaço: sensação subjetiva de desgaste provocada por atividade(s) física(s).
● Fadiga: Depleção (esgotamento) de reservas energéticas associada ao acúmulo de
catabólitos (substâncias subprodutos da queima de oxigênio) no organismo, que dificulta a
continuação da atividade física, podendo provocar até a incapacidade física temporária para
o exercício.
● Sobretreinamento: Termo que denota (mostra) uma recuperação incompleta antes da
aplicação de uma nova carga de treinamento, dando origem à exaustão e provocando um
declínio da capacidade de trabalho.
● Exaustão: Estado do organismo que submetido a uma carga de trabalho muito forte, não se
recupera convenientemente, quer por insuficiência do tempo de repouso, quer por
alimentação inadequada, ou por condição patológica (debilidade ou doença). A exaustão tem
um caráter progressivo e contínuo.

Os estímulos apresentados de acordo com sua intensidade apresentam diferentes resultados


(respostas) ao organismo:
1) Débil: Não acarreta
consequências;
2) Médio: Apenas excita;
3)Forte: Provoca
adaptações;
4) Muito forte: Provoca danos.

Esses estímulos levam à ocorrência de Stress, que podem aparecer de três formas:
1) Stress físico: é causado pelo aumento da atividade física;
2) Stress bioquímico: ocorre a partir da ingestão ou aplicação no organismo de substâncias
artificiais ou naturais que excitem e melhorem o desempenho, como por exemplo, a insulina, os
hormônios, o fumo, o álcool e os anabolizantes;

3) 3) Stress mental: que é provocado pela ansiedade, pela angústia, pelas fortes emoções, que
causam situações estressantes, e que são controladas pelo cérebro. Para o treinamento
desportivo no que se refere ao princípio da adaptação, a única forma que interessa é o stress
físico. Apesar do atleta quando da competição estar sujeito às três formas de stress.

1.7. PRINCÍPIO DA SOBRECARGA

Está intimamente ligado ao princípio anterior, e significa a recuperação do organismo que, após a
aplicação de uma carga de trabalho visa (objetiva) restabelecer a homeostase (estado de equlíbrio).
Segue o seguinte raciocínio: 1) Aplicação de cargas progressivas; 2) Recuperação metabólica
(estímulo próprio do organismo); 3) Fase de exaltação (adaptação inicial); 4) Carga assimilada
(adaptação consolidada); e 5) Aumento da capacidade de resistência orgânica (sobrecarga com
eficiência).

1.8. PRINCÍPIO DA INTERDEPENDÊNCIA VOLUME – INTENSIDADE

Significa dizer que primeiro deve-se aumentar o volume (quantidade) para depois aumentar a
intensidade (qualidade). Ou seja, o volume (quantidade) expressa a quantidade total da carga de
trabalho, que pode ser medida em quilômetros, repetições, séries, horas de treinamento, ao passo
que a intensidade (qualidade) expressa o tipo de carga aplicada, como por exemplo, o peso em
quilogramas, a velocidade, o ritmo, a diminuição do intervalo entre as séries do treinamento, o
aumento da amplitude de movimentos.

Então se deve primeiramente aumentar a quantidade de trabalho corporal do atleta, para depois
aumentar a perfeição dos exercícios e atividades executadas. Para exemplificar, no caso do
atletismo, primeiro deve-se treinar por bastante tempo a força, velocidade, reação e depois
aperfeiçoar a passada, a respiração e a saída.

1.9. PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE


Significa a aplicação de cargas crescentes que vão sendo progressivamente assimiladas pelo
organismo, graças ao princípio da adaptação. Isso é, quanto mais carga se aplica a um organismo
e esse se adapta é necessário haver continuidade para que a evolução continue acontecendo.
Dois fatores prejudicam esse princípio:

1) A interrupção do treinamento; e

2) A duração do período de treinamento (passar muito tempo ou pouco tempo prejudicará o


resultado final e a continuidade do trabalho).

Pode-se repassar um pequeno quadro com o tempo necessário para obter um rendimento
satisfatório em algumas das valências (capacidades) físicas humanas: 1) Força máxima: obtida de
12 a 18 meses de treinamento; 2) Força explosiva: após 6 meses de treinamento; 3) Resistência
anaeróbica (sem a presença de oxigênio): obtida após 7 meses de treinamento; 4) Resistência
aeróbica (com a presença de oxigênio): após 3 meses de treinamento; 5) Hipertrofia (aumento)
muscular: após 3 meses de treinamento.

1.10. PRINCÍPIO DA ESPECIFICIDADE

Significa a adequação do treinamento de uma determinada parte corporal ao tipo de sistema


energético ativado e ao gesto esportivo necessário à modalidade específica do treinamento. Isso
quer dizer que cada atividade esportiva utiliza diversos grupos corporais específicos e que cada
esporte usa um sistema energético mais prioritariamente. Vejamos alguns exemplos:

1) Velocidade: tem por característica ser uma atividade de altíssima intensidade (qualidade) e
curtíssima duração (quantidade). Nesse caso será usado o sistema de transferência de energia de
nome Anaeróbico Alático, que por sua vez utiliza o Trifosfato de Adenosina (ATP) e a Fósforo
Creatina (CP), como via energética;

2) Resistência Anaeróbica: tem por característica possuir alta intensidade e curta duração.
Usa então o sistema energético Anaeróbico Lático, com a via de energia Ácido Lático;

3) Resistência Aeróbica: tem como característica a baixa intensidade (qualidade) e a alta


duração (quantidade). Usa o sistema energético denominado de Aeróbico e a via energética
Oxidativa.

4) Reflexão sobre treinamento desportivo


5) Segundo Perez (2000), entende-se por treinamento um processo composto por várias
etapas, que se inicia sempre da mais simples para a mais complexa, até chegar à especialização,
que visa à melhoria de algo, sendo essa uma característica nata dos seres humanos.O ato de
treinar, que tem como sentido/significado tornar apto ou adestrado, não se restringe somente aos
atletas, mas também está ligado a outros animais, nem está unicamente associado ao esporte,
pois, quando o objetivo é perda de peso por uma prática de atividade física, ocorre um treinamento.
Aproveitamos para fazer analogias aos conceitos dos autores supracitados, no que tange às
questões de "treinamento/adestramento" no processo educacional, não somente na disciplina da
Educação Física, mas de forma geral.
6) É preciso observar que o "adestramento" das pessoas se inicia quando ingressam, desde
cedo, na instituição educacional, que respeita as "leis" do sistema vigente. Há de se convir que
esse sistema trouxe vários benefícios para sociedade. Contudo, na sociedade, somos todos
"adestrados" a sobrevivermos nela. O interessante é justamente saber interpretar o que está escrito
nas entrelinhas do processo de ensino e uma das formas de se aprender como interpretar é
justamente, por pura ironia, dentro das escolas, atuando com professores que saibam utilizar
metodologias pedagógicas que fomentem a dialética entre os alunos, de forma a fazê-los
compreender como funciona esse sistema, pois, assim, poderá haver um processo de melhoria
gradual de convivência.
7) No entanto, para além da escola, há interesses escusos de pequenos grupos que controlam
grandes empresas que investem intensamente na ciência do esporte.
8) As grandes empresas envolvidas no meio esportivo visualizaram o extraordinário vínculo da
cultura do esporte em determinados países, como a Nike enxergou no Brasil (o país do futebol) e
fatura enormes cifras com o patrocínio da Seleção Brasileira, tendo o direito de fazer que o Brasil
realize amistosos com quem ela quiser. É só reparar que os amistosos são sempre contra seleções
sem tradição no esporte bretão, como foi o caso do amistoso contra o Haiti com o pretexto de parar
a guerra por um momento, mas, na verdade, havia interesses escusos ali envolvidos, como
possibilitar sempre a abertura de mais um novo mercado consumidor para seus produtos
relacionados com o futebol.
9) Segundo Perez (2000), atletas são indivíduos que visam a um rendimento máximo e
participam de competições. Podem ser divididos em três grupos: os de alto nível, os de nível regular
e de nível fraco. Há de se concordar com o autor, que as regras e os valores da competição são
socialmente construídos. Existem exemplos notórios dentro da própria Educação Física escolar, na
qual os mais habilidosos são sempre os primeiros a serem escolhidos, ocorrendo o contrário com
os que não possuem determinadas destrezas coniventes com a atividade, impostas como
essenciais. É função de um bom educador físico fazer com que seus alunos saibam interpretar
criticamente essa inversão de valores.
10) Há também os não-atletas que, de acordo com Perez (2000), podem participar de
competições, porém com objetivos mais ligados à saúde e ao prazer do que ao alto rendimento.
Esses objetivos também são impostos pelo sistema vigente, que prega que as pessoas tenham o
corpo em forma (fôrma), pois, quanto melhores se sentirem, mais produzirão. O conceito de pessoa
bela (estereotipado) é a todo momento colocado na mídia como o ideal a se seguir, usando os
atletas que passam por todo um processo de treinamento desportivo.Há de se convir que empregar,
nas aulas de Educação Física escolar, os conceitos de treinamento desportivo é um tanto
complicado, tendo em vista todos os problemas de enorme disparidade social encontrados no
Brasil.
11) Como usar esses conceitos ou até mesmo os princípios do treinamento (princípios da
adaptação, da sobrecarga, da individualidade biológica, entre outros) numa escola onde há
crianças com desnutrição chegando ao extremo de algumas delas terem uma refeição apenas e,
muitas vezes, é justamente a refeição dada na escola? Sem uma perfeita alimentação, é impossível
conduzir um "aluno/atleta" a uma plenitude na condição física ou técnica. E, ainda, como uma
criança atingirá plenitude psicológico se, na periferia onde mora, há tiroteios entre traficantes
disputando a venda de drogas ou até mesmo dentro da própria casa ela assiste à violência entre
os familiares por motivos vários como de dependência química?

Além disso, vale lembrar as péssimas condições que os professores de Educação Física
encontram, como se pode observar em escolas onde as aulas são dadas em chão batido,
propiciando oportunidades de os alunos se machucarem ou, ainda, escolas sem um mínimo de
espaços para que ocorram as aulas de Educação Física, além da falta de materiais. Muitas vezes,
o próprio profissional se vê na "obrigação" de comprar pelo menos uma bola para possibilitar uma
vivência aos seus alunos.

Entendendo os princípios do treinamento desportivo

Iniciar um treinamento em qualquer nível não é tão simples quanto parece.

Tem que ter o acompanhamento de um profissional, autorização médica, muita determinação e


disciplina para atingir seus objetivos. Qualquer exercício tem que estar embasado nos princípios
do treinamento.

O primeiro princípio do treinamento desportivo a ser analisado é o princípio da individualidade


biológica que é a capacidade única dos seres vivos de responder ao agente estressor.

Já o princípio da adaptação consiste em mudanças estruturais, funcionais e biológicas, geralmente


irreversíveis, que passam de gerações para gerações. É a famosa genética, alguns têm maior
facilidade de desenvolver uma capacidade física em comparação a outros mesmo ambos
desenvolverem o mesmo principio de treinamento desportivo.

O princípio desportivo da aclimação corresponde a mudanças estruturais reversíveis em função da


imposição de estímulos não naturais ao organismo, ou seja, o exercício físico. São os resultados
de um treinamento.

O princípio do treinamento desportivo da sobrecarga diz respeito à capacidade do exercício de


ultrapassar as demandas fisiológicas, ou seja, os limites do corpo, obrigando o organismo a uma
nova aclimação.

O princípio do treinamento desportivo da super compensação é a capacidade do organismo de


aumentar suas reservas energéticas após uma carga depletora quase máxima, desde que seja
submetido a um período de descanso suficiente.

O princípio do treinamento desportivo da especificidade está pautado na própria especificidade, ou


seja, você deve treinar aquilo que quer melhorar. O princípio da continuidade diz que, a partir do
momento em que você deixa de fazer certa atividade, o seu desempenho não será igual naquela
atividade

Questionário para estudo

1) O que se trata treinamento desportivo?


2) Na escola nas aulas de educação física podemos trabalhar com treinamento desportivo?
Qual seu ponto de vista? 3) Determine principio da individualidade biologica?
4) Determine a Exaustão?
5) Como você observar o esporte no brasil e seu rendimento nas ultimas olimpiadas?
6) Fale sobre o principio da adaptação?
7) Determine sobre Stress físico, mental e bioquímico?
8) Referente o texto da reflexão sobre treinamento desportivo o que você compreendeu?
9) Como a materia de treinamento desportivo cooperou para sua formação?
10) Qual a caracteristica da resistencia anaerobica?

2. GINÁSTICA LABORAL

A ginástica laboral é uma prática que tem como principal objetivo prevenir patologias
relacionadas às atividades laborais e incentivar os colaboradores à prática de atividades físicas,
enfatizando a importância para a melhora na qualidade de vida e manutenção da saúde. A ginástica
laboral geralmente é realizada no posto de trabalho ou em algum espaço especifico dentro da
empresa, tendo a duração média de quinze minutos, podendo ser realizada diariamente, três vezes
por semana ou conforme a frequência que a empresa disponibiliza.

A ginástica laboral possui algumas classificações, podendo assim focar no objetivo principal
conforme a necessidade dos colaboradores. A partir do tempo disponibilizado, podem ser
trabalhados especificamente cada um desses objetivos. As classificações da ginástica laboral
podem ser feitas pelo horário de realização, como:

• Preparatória: tem como objetivo preparar o organismo para o trabalho físico, melhora a
oxigenação tecidual, aumento de frequência cardíaca, melhora disposição e concentração.
Nessa classificação tem a duração média entre 10 e 12 minutos, onde são realizados
exercícios de coordenação, equilíbrio, concentração, flexibilidade e resistência muscular.
Realizada no início das atividades.

• Compensatória: realizada durante a jornada de trabalho, buscando o alívio de qualquer


tensão muscular decorrente do uso excessivo da estrutura por má postura ou pelo esforço
excessivo. Auxilia na remoção de resíduos metabólicos, correção postural e prevenção de
fadiga muscular. Trabalha especificamente exercícios de correção de postura, flexibilidade,
alongamentos e exercícios respiratórios.

• Relaxamento: realizada ao final da jornada de trabalho, tem como principal objetivo o alivio
de tensões e diminuição do estresse, onde são feitas automassagens, exercícios
respiratórios, alongamentos e meditação.

As classificações da ginástica laboral também podem ser feitas através dos objetivos principais dos
exercícios, como:

• Ginástica corretiva/postural: relacionada ao equilíbrio entre as musculaturas agonista e


antagonista, envolvendo alongamento e fortalecimento de musculaturas em pouco uso. Tem
a duração média de dez minutos, podendo ser realizada todos os dias ou três vezes por
semana.

• Ginástica de compensação: objetiva a prevenção de adaptações e compensações


posturais. São realizados exercícios simétricos e alongamentos por até dez minutos.

• Ginástica terapêutica: objetiva o tratamento de distúrbios, patologias e alterações


posturais, conforme as principais queixas. Necessita de um local apropriado e tem a duração
média de trinta minutos.

• Ginástica de manutenção/conservação: programa onde se busca manter os resultados


decorrentes de um trabalho de condicionamento físico, após alcançar o equilíbrio muscular
e as correções necessárias. Necessita de uma sala especial para o treinamento, utilizando
o tempo de folga, com duração média entre quarenta e cinco e noventa minutos.

A prática da ginástica laboral envolve aspectos como a valorização do colaborador, a


preocupação da empresa com a saúde dos seus colaboradores, o desenvolvimento do trabalho
com qualidade, a prevenção de patologias e oferecer um bom ambiente para trabalhar. A partir
desses aspectos, a ginástica laboral acaba se encaixando no que tange à boa qualidade de vida e
conservação da boa saúde, demonstrando essa preocupação com os colaboradores, fazendo com
que o trabalho não seja uma atividade desgastante e que possa comprometer a funcionalidade do
indivíduo.

Com a prática da ginástica laboral, aos poucos os empresários acabam concluindo que a
preservação e manutenção da saúde acabam refletindo no rendimento de seus colaboradores, uma
vez que os mesmos deixarão de faltar o trabalho por motivos de saúde, fazendo com que a
produção seja mantida ou até mesmo aumentada devido à permanência do colaborador em um
ambiente de trabalho saudável. Aos poucos, as empresas acabaram mudando suas prioridades,
não se restringindo apenas aos aspectos de produção, mas sim em manter a boa qualidade de vida
de seus funcionários.

3. ENEM; Educação física no ENEM.


4. HANDEBOL

5. NOÇÕES GERAIS DE CINESIOLOGIA

A cinesiologia é a ciência que estuda o movimento a partir da ótica humana. Etimologicamente o


termo cinesiologia significa: cinesio (movimento) + logia (estudo). Portanto, estudo do movimento
humano. Possui como principais objetivos compreender os principais movimentos corporais
humanos e sua ligação com as atividades cotidianas, além de entender quais grupos musculares
são acionados primariamente em cada movimento.
A Cinesiologia é a ciência que estuda os movimentos humanos. Através dela podemos
perceber e compreender muitas coisas que ocorrem na nossa vida, podendo assim torná-la melhor.

Qual a primeira impressão que se tem ao olhar um pequeno gatinho parado e enrolado?
Está sem vida! Mas, a partir do momento que se constata que seu abdômen sobe e desce, conclui-
se que ele apenas dorme tranquilamente. Então, movimento é vida! Não há como viver sem ele.

Nossos movimentos são possíveis pela ação muscular. É através da contração dos
músculos que o ser humano é capaz de realizar façanhas extraordinárias, como saltar 2,45 metros
de altura, pular mais de 8 metros de distância, correr 100 metros em menos de 10 segundos,
terminar uma maratona em pouco mais de 2 horas, levantar mais que o próprio peso corporal no
halterofilismo, realizar vários giros no ar na ginástica, saltos ornamentais ou no skate. Acariciar
alguém, pintar um quadro, dançar uma valsa, também são exemplos desse magnífico controle que
temos sobre os músculos. Ações inconscientes, como controlar o fluxo sanguíneo para nossos
órgãos, arrepiar os pêlos ao sentir frio, regular o foco da visão, ou simplesmente sorrir são
possibilitadas pela ação dos nossos músculos.

Entretanto, esta maravilha que protege órgãos, faz com que possamos nos expressar, dá
forma ao corpo, ou coloca pão na mesa do trabalhador, precisa ser exercitada, precisa ser usada
com intensidade razoável, sob pena de falir.

Então, devido ao o extremo avanço tecnológico conseguido pelo Homem, nossas vidas tornaram-
se muito mais
confortáveis, porém essa tecnologia substituiu o duro trabalho dos nossos músculos.

5. 1. TIPOS DE MOVIMENTOS

Existem diversos movimentos corporais principais que ao se juntar com um determinado segmento
corporal, com a ação de grupos musculares principais e acessórios, realizam o movimento. A seguir
será repassado o conceito de cada um desses movimentos básicos.

1.1 Flexão: Significa a redução do tamanho do músculo, onde o mesmo encontra-se contraído
e possui força máxima para o movimento. Ex: Flexão de cotovelo.

1.2 Extensão: É o contrário da flexão, onde o músculo alcança maior tamanho, encontra-se
relaxado e não está em situação de esforço. Ex: Extensão do cotovelo.

1.3 Hiperextensão: É o maior alcance possível de uma extensão, onde o grupo muscular
encontra-se totalmente alongado. Não é possível de acontecer hiperextensão em todos os grupos
musculares por conta da limitação articular. Ex: Hiperextensão do ombro.

1.4 Abdução: Significa a movimentação de abrir a amplitude de um determinado grupo muscular,


representando um afastamento lateral. Ex: Abdução dos dedos.

1.5 Adução: Ocorre inversamente ao movimento de abdução, havendo nesse caso, o


fechamento da amplitude articular de um determinado grupo muscular, também representando um
afastamento, só que em direção ao eixo medial. Ex: Adução de dedos.

1.6 Supinação: Ocorre especificamente nos músculos do pulso da pessoa, onde há uma espécie
de giro para dentro, ficando a palma da mão para cima, com um movimento de pedir. Ex: Supinação
do antebraço.

1.7 Pronação: Movimento inversamente oposto ao de supinação, onde a palma da mão volta
para baixo e o dorso da mão fica em cima, similar a posição de pintar unhas. Ex: Pronação do
antebraço.
1.8 Elevação: Significa o ato de levantar, elevar a um nível acima do normal, habitual, um
determinado grupo muscular. Ex: Elevação escapular.

1.9 Depressão: Movimento inversamente oposto ao anterior, onde o grupo muscular tem uma
discreta descida para baixo do nível normal. Ex: Depressão escapular.
1.10 Rotação: Significa o movimento de girar um determinado grupo muscular, onde pode haver
essa rotação de modo medial (no sentido do centro do corpo) ou lateral (no sentido da lateral do
corpo). Ex: Rotação do quadril (lateral e medial).

1.11 Oposição: O homem é o único animal na natureza que possui habilidade para esse
movimento por conta da estrutura anatômica. Significa a ação de tocar o dedo polegar aos demais
dedos da mão. Possibilita movimentos extremamente complexos e finos. Ex: Oposição dos dedos.

5. 2. MOVIMENTOS ESPECÍFICOS

A partir de agora observaremos como os movimentos se dão a partir do entendimento do local da


ocorrência do movimento, que obrigatoriamente se dá em uma articulação, através da utilização
imaginária de um pino no local a ser movimentado. Em seguida deve saber o tipo de movimento a
ser realizado (flexão, extensão, abdução ou outro). Por último deve-se entender quais músculos
são acionados de modo primário ou denominado de músculo motor principal.

Abaixo segue a nomenclatura do movimento, com os músculos acionados de modo principal, com
a explicação resumida e objetiva do movimento. Após essa breve explicação do movimento, vem
duas gravuras, uma com a musculatura acionada no movimento e outra com a ação desenvolvida
no movimento. Essas gravuras possibilitam ao aluno um melhor entendimento através da
visualização do conteúdo em estudo.

2.1 Flexão do Pescoço

Músculo Motor Principal (MMP): Esternocleidomastóideo.

Movimento de dobrar o pescoço para a frente, diminuindo o tamanho do mesmo.

2.2 Extensão do Pescoço

MMP’s: Trapézio, Esplênios da cabeça e do pescoço.

Movimento de esticar (alongar) o pescoço para cima e para trás.

2.3 Flexão do Tronco

MMP’s: Reto abdominal.

Movimento de elevar o tronco (famoso abdominal).

2.4 Rotação do Tronco

MMP’s: Oblíquos externo e interno do abdômen.

Movimento de elevar o tronco girando-o lateralmente.

2.5 Extensão do Tronco

MMP’s: Iliocostal do tórax, longuíssimo do tórax, iliocostal lombar.

Movimento de alongar (esticar) o tronco para trás.

2.6 Flexão do Quadril


MMP’s: Psoas Maior e Ilíaco.

Movimento de elevar toda a perna (joelho e perna) em direção ao abdômen (barriga).

2.7 Extensão do Quadril


MMP’s: Glúteo Máximo, Semitendinoso, Semimembranoso, Bíceps Femoral.

Movimento de elevar alongando toda a perna em sua parte posterior (atrás) em


direção ao alto. 2.8 Abdução do Quadril

MMP: Glúteo Médio.

Movimento de abrir a perna lateralmente.

2.9 Adução do Quadril

MMP’s: Adutores magno, curto e longo, Pectíneo, Grácil.

Movimento de fechar a perna do plano lateral para o plano medial.

2.10 Rotação Lateral do Quadril

MMP’s: Obturadores externo e interno, quadrado femoral e piriforme.

Movimento de girar a perna em direção ao centro do corpo, fazendo o quadril girar no sentido
lateral.

2.11 Rotação Medial do Quadril

MMP’s: Glúteo mínimo;

Movimento de girar a perna para fora (em direção à lateral do corpo), fazendo o quadril girar para
o centro do corpo (“ciscar”).

2.12 Flexão do Joelho

MMP’s: Bíceps femoral, semitendinoso, semimembranoso.

Movimento de dobrar o joelho.

2.13 Extensão do Joelho

MMP’s: Quadríceps femoral (reto femoral, vasto intermédio, vasto lateral e vasto medial).

Movimento de estender (esticar) o joelho.

2.14 Flexão Plantar do Tornozelo

MMP’s: Gastrocnêmio, solear.

Movimento de ficar na ponta dos dedos dos pés (pé de bailarina).

2.15 Inversão do Pé

MMP’s: Tibial posterior.

Movimento de girar o pé para dentro do corpo (sentido medial).

2.16 Eversão do Pé
MMP’s: Fibulares longo e curto.

Movimento de girar o pé para fora do corpo (sentido lateral).


2.17 Elevação Escapular

MMP’s: Trapézio, elevador da escápula.

Movimento de elevar a escápula (dar com os braços – tô nem aí, e eu com isso).

2.18 Flexão do Ombro

MMP’s: Deltóide e coracobraquial.

Movimento de elevar o braço adiante usando o braço, no sentido do nariz.

2.19 Extensão do Ombro

MMP’s: Grande dorsal, redondo maior.

Movimento de colocar o braço para trás do corpo no sentido reto.

2.20 Abdução do Ombro

MMP’s: Deltóide, supraespinhoso.

Movimento de elevar o braço lateralmente.

2.21 Adução do Ombro

MMP’s: Peitoral maior.

Movimento de fechar o braço, da lateral para o centro.

2.22 Flexão do Cotovelo

MMP’s: Bíceps braquial, braquial.

Movimento de dobrar o braço, mostrando o “muque”.

2.23 Extensão do Cotovelo

MMP’s: Tríceps.

Movimento de alongar (esticar) totalmente o antebraço.

2.24 Supinação do Antebraço

MMP’s: Bíceps braquial, supinador.

Movimento de “pedir”, girando a palma da mão de baixo para cima.

2.25 Pronação do Antebraço

MMP’s: Pronador redondo, pronador quadrado.

Movimento de “pintar unhas”, girando a palma da mão de cima para baixo.


2.26 Flexão do Punho
MMP’s: Flexores radial e ulnar do carpo.

Movimento de dobrar o punho para baixo. Movimento de “mãozinha de creuza”.

2.27 Extensão do Punho

MMP’s: Extensores radiais longo e curto do carpo, extensor ulnar do carpo.

Movimento de estender o punho para cima.

2.28 Abdução dos Dedos

MMP’s: Interósseos dorsais, abdutor do dedo mínimo.

Movimento de abrir os dedos.

2.29 Adução dos Dedos

MMP’s: Interósseos palmares.

Movimento de fechar os dedos.

2.30 Oposição dos Dedos Polegar e Mínimo

MMP’s: Oponente do polegar e oponente do dedo mínimo.

Movimento de tocar o dedo polegar ao mínimo (pinça).

6. NOÇÕES GERAIS DE MUSCULAÇÃO

6. 1. CONCEITO

Poderíamos dizer que musculação se constitui em um método de treinamento de força (que usa
carga intensa), que tem por objetivo a hipertrofia muscular (aumento da massa de um músculo)
através da utilização de maquinários (equipamentos fixos) e implementos (aparelhos livres). O
treinamento utilizado para tal objetivo deve ser estruturado cientificamente de modo que os
resultados surjam com eficácia.

Benefícios da Musculação

Quando falamos em musculação qual a primeira imagem que vem à sua mente? Para a grande
maioria das pessoas a musculação se associa com bíceps hipertrofiados, músculos abdominais
bem definidos e coxas bem torneadas. Não que essas imagens sejam desagradáveis, pelo
contrário, são agradáveis de se ver e por isso se tornaram cobiça de novo público que lota as
academias em busca de corpo perfeitos.

Definição de Musculação

• É o nome usado para as séries de exercícios com sobrecarga(pesos), que se iniciaram nas
academias como modalidade masculina, que teria como objetivo o aumento do tamanho dos
músculos.

• É uma atividade que consiste em trabalhar a musculatura corporal, realizando exercícios contra
uma resistência que pode ser empregada das mais variadas formas.
Objetivos da Musculação nos dias atuais
• Aumento da força e de massa muscular;
• Diminuição do peso corporal;
• Diminuição da massa gorda e percentual de gordura;
• Melhora o condicionamento físico geral;
• Aumento da performance esportiva;
• Potência ou resistência muscular.

Estrutura dos programas de treinamentos de musculação

• Qualquer programa de treinamento de musculação deve estar relacionado a objetivos pré-


terminados que orientam a prescrição dos exercícios dos exercícios.

• Somente a partir dos objetivos propostos é que podemos traçar as estratégias de trabalho com
eficiência, rapidez e segurança.

Objetivos gerais dos programas de musculação

• Treinamento Geral ou Básico= Voltado ao desenvolvimento harmônico de todos os grupos


musculares e serve de base para os programas de preparação neuromuscular de atletas e
sedentários;

• Treinamento Específico= Voltado ao desenvolvimento da força muscular específica de


modalidade esportiva.

Estrutura de treinamento de força apresenta três fases distintas:


• Avaliação Inicial;
• Construção das séries de exercícios;
• Acompanhamento e avaliação.

6. 2. ANAMNESE E COLETA DE DADOS CORPORAIS

Antes de iniciar o treinamento faz-se necessário que o professor responsável pelo treinamento
colete alguns dados que embasarão o programa de treinamento do praticante de musculação. Essa
coleta de dados denomina-se anamnese e se ocupa de dados pessoais e dados físicos do
praticante (nome, idade, dobras cutâneas, circunferências musculares, doenças pré-existentes,
entre outros). A partir da coleta desses dados é que se podem gerar metas que abranjam o objetivo
do treinamento do praticante. Nesse momento o praticante deverá definir o objetivo de seu
treinamento.

Avaliação Inicial

Cabe nesta fase a realização de:


• Exame médico
• Medidas Cineantropométricas
• Exame postural
• Confecção de fichas de treino (planilhas).

6. 3. ESTRUTURA DO TREINAMENTO DE MUSCULAÇÃO


O treinamento de musculação para gerar resultados deve obrigatoriamente seguir uma ordenação
lógica de fases que façam a hipertrofia muscular vir a ocorrer. O treinamento estrutura-se com
repetição, set e série. A repetição é o movimento completo de um exercício, que abrange as fases
de contração (ação muscular concêntrica) e fase de relaxamento (ação muscular excêntrica). O set
é um conjunto de repetições sem haver um intervalo demorado de tempo. Já a série é um conjunto
de sets que irá determinar a duração de um treinamento.

Construção das séries de exercícios


• Horário e tempo disponível para o treinamento
• Equipamento disponível
• Faixa etária
• Sexo
• Estado individual de treinamento
• Número de exercícios por sessão
• Formas de execução do exercício

7. DROGAS X ATIVIDADES FÍSICAS

7. 1 DROGAS E SEUS EFEITOS;

AUMENTO DA PERFORMANCE

Durante e após a Segunda Guerra Mundial, algumas substâncias bastante eficientes em


aumentar a performance dos atletas surgiram no mercado: as anfetaminas e os anabólicos
esteroides. A anfetamina foi usada para melhorar a capacidade de combate de pilotos e comandos
durante a guerra, eliminando a fome, sede e a fadiga. Os anabólicos esteroides foram utilizados no
pós-guerra, como uma alternativa para reestruturar o sistema muscular dos prisioneiros de guerra,
encontrados em fase de desnutrição. Para resolver esse tipo de problema se considerou o uso de
hormônio masculino testosterona, substituído mais tarde pelo nandrolona, feito artificialmente e
mais eficiente em seu efeito anabolizante. Pouco tempo depois, o conhecimento que esta
substância podia aumentar a massa muscular chegou ao esporte através do levantamento de peso,
passando após aos atletas de arremesso, lançamentos, saltos e velocidade.

Para melhorar seu desempenho, muitos atletas utilizam esses métodos e substâncias
proibidas. Porém, algumas pessoas vêm utilizando esta droga para fins estéticos, ou seja, sem
indicação médica, e podem sofrer consequências graves. No Brasil, sabe-se que o consumidor
preferencial encontra-se na faixa etária de 18 a 34 anos e, em geral, é do sexo masculino.

SUBSTÂNCIAS E EFEITOS

Os estimulantes são substâncias que tem um efeito direto sobre o sistema nervoso central,
que aumentam a estimulação do Sistema Cardíaco e do metabolismo. As anfetaminas, a cocaína,
a efedrina e a cafeína, são usadas para conseguir os mesmos efeitos da adrenalina tal como o
aumento da excitação. Podem aumentar ainda a capacidade de tolerância ao esforço físico e
diminuir o limiar da dor. Os esportes onde encontramos atletas que fazem uso dessas substâncias
são o basquetebol, o ciclismo, o voleibol e o futebol.

Analgésicos narcóticos são substâncias que estão representados pela morfina e petidina.
São derivados do ópio e atuam no sistema nervoso central diminuindo a sensação de dor, sendo
por esse último efeito o motivo pelo qual são utilizados por atletas. Esse efeito de diminuição da
sensação da dor pode ser prejudicial aos atletas, pois pode levar que um atleta menospreze uma
lesão perigosa levando ao agravamento. Essas substâncias são usadas em esportes de bastante
resistência como a maratona e o triatlon.

Os agentes anabolizantes ou esteroides anabólicos são compostos derivados de um


hormônio masculino, a testosterona. Quando administrados no organismo eles entram em contato
com as células dos tecidos musculares aumentando o tamanho dos músculos. As pessoas que os
consomem ganham força, potência e maior tolerância ao exercício físico. O uso inadequado de
anabolizantes pode causar prejuízos à saúde, tais como o aumento da agressividade, a voz fica
mais grossa (em mulheres), aumento do músculo cardíaco e uma possível conseqüência de infartos
em jovens, atrofia dos testículos, crescimento das mamas nos homens (ginecomastia), etc.

Essas substâncias são usadas por halterofilista, lutadores de artes marciais e em todos os
tipos de esporte que envolva força explosiva. São utilizados por pessoas que querem um corpo
mais musculoso.

Um outro hormônio conhecido como eritropoetina, este hormônio promove aumento de


glóbulos vermelhos (hemácias) no sangue e proporciona um maior transporte de oxigênio para as
células. Um dos principais efeitos causados pelo o uso deste hormônio é a hipertensão arterial,
possíveis infartos do miocárdio e cerebral, embolia pulmonar e convulsões. A droga mais usada
por ciclistas, triatletas, maratonistas e outros esportes de resistência.

Os hormônios assim como todas substâncias causam muito mais efeitos prejudiciais do que
benefícios ao organismo, sendo todos atletas podem realizar seus respectivos esportes sem fazer
o uso de drogas e com isso evitar problemas à saúde que tendem a ocorrer com atletas esportivos
que usufruem tais substâncias.

COMO ATUAM OS ANABOLIZANTES?


Eles agem nas fibras dos músculos permitindo que elas retenham mais água e nitrogênio,
favorecendo uma maior síntese proteica. Isto fará com que as fibras aumentem consideravelmente
de tamanho, e os músculos fiquem mais resistentes e volumosos.
7. 2 DOPING

O doping pode ser classificado como qualquer substância ilícita


utilizada a fim de aumentar o desempenhoatlético.
Atualmente, atividade física é conceituada por qualquer movimento
corporal, que resulte em gasto energético que seja maior que os níveis
consumidos durante o repouso. É a derivação de qualquer esforço
muscular executado com o objetivo de manter a saúde física e a saúde
mental ou então fins destinados a competições.

O esporte está presente em ambos os sexos, diferentes faixas


etárias, camadas sociais e econômicas. Além de estar sempre
relacionado com a melhora da saúde física e mental, no bem-estar,
promoção de benefícios físicos e competições.

A competitividade extrema, a busca por melhores resultados de performance e a melhora no


rendimento são comportamentos padrões esportistas e principalmente dos atletas. Quando neste
meio há um indivíduo que se destaca dentre os demais, este é se torna uma referência.
Atualmente o treinamento e o desempenho são influenciados pelo
constante uso de recursos ergogênicos mas também uso de produtos referentes ao doping. As
regras, de acordo com a UNESCO e demais federações esportivas internacionais conveniadas com
o Comitê Olímpico, são extremamente claras referentes a este assunto. Mas mesmo assim muitos
atletas e profissionais da aérea da saúde desrespeitam os termos.

O doping é conceituado como a administração ilícita de drogas que visam suprimir em um


período maior que o normal a fadiga, aumentar a velocidade consequentemente melhorando a
atuação do praticante de atividade física. As substâncias consideradas são dopantes quanto a sua
quantidade, e não quanto qualidade.

As substâncias proibidas são distribuídas em 5 grupos principais, segundo o COI, Comitê


Olímpico Internacional, e são:

1 – Estimulantes psicomotores: anfetaminas e moderadores de apetite;


2 - Narcóticos e analgésicos
3 - Anabolizantes
4 - diuréticos e
5 - Hormônios peptídicos e análogos

Entretanto os atletas que buscam grande melhora de performance, rápido do aumento


massa e da força, acabam por usar doses elevadas, algumas vezes com exagero. A dopagem
acontece com grande frequência, naqueles com preocupação voltada para a melhora dos
resultados no esporte. Porém estas substâncias ilícitas são proibidas não apenas por proporcionar
vantagens ao atleta, mas também pelos riscos que podem causar a saúde de um indivíduo.

7. 3 CONSEQUÊNCIAS DO DOPING

O controle do doping pode ser realizado pelo exame do sangue ou da urina do competidor
imediatamente após o término de uma competição, durante um treinamento, em sua residência e
até mesmo algum tempo antes ou depois de uma prova.

Quando um atleta é flagrado pelo exame do antidoping, ele tem o direito de argumentar,
porém se for comprovado o uso de substâncias ilícitas é punido de acordo com o que foi
administrado. A mais comum das penalidades, é a suspensão do atleta na competição, podendo
variar de três meses a dois anos. Em esportes coletivos, a pena varia de acordo com a federação
responsável.
A anfetamina e os outros estimulantes do Sistema Nervoso Central, podem provocar a
elevação da pressão arterial, de frequência cardíaca, diminuir a sensação de medo e aceleram o
metabolismo das células. Doses pequenas já produzem esses efeitos depois de 30 minutos. Os
efeitos colaterais incluem tonturas, dores de cabeça, insônia, mal-estar, cansaço fácil e,
principalmente a dependência da droga, que quase sempre evolui para drogas mais potentes e
mais perigosas.

Os anabólicos-androgênicos são derivados da testosterona tendo como funções principais


o crescimento dos testículos e do pênis, a distribuição dos pelos, participação no crescimento
ósseo, desenvolvimento da musculatura após a puberdade. Portanto a definição de esteroides
anabólicos (crescimento e desenvolvimento) e androgênicos (características sexuais masculinas).

O uso excessivo dos anabólicos-androgênicos pode causar no homem, o aumento das


lesões traumatológicas dos tendões e dos ligamentos, lesões do fígado, como hepatite e câncer,
redução do tamanho dos testículos, redução na produção dos espermatozoides e lesões graves da
próstata. Já na mulher, produz parada de crescimento, aspecto masculino, engrossamento da voz,
aumento da distribuição dos pelos e aumento do clitóris.
PREJUÍZOS PARA A SAÚDE DO ATLETA - QUESTIONAMENTOS

1) O que são anabolizantes?


Anabolizantes são hormônios esteróides naturais e sintéticos que promovem o crescimento celular
e a sua divisão, resultando no desenvolvimento de diversos tipos de tecidos, especialmente o
muscular e ósseo. São substâncias geralmente derivadas do hormônio sexual masculino, a
testosterona, e podem ser administradas principalmente por via oral ou injetável.

2) Quais os prejuízos para a saúde do atleta que usa anabolizantes?


Na mulher, pode provocar aumento dos órgãos genitais (hipertrofia do clitóris), diminuição do
tamanho dos seios, crescimento dos pelos da face e do corpo e desenvolvimento de características
masculinas da voz. No homem, pode ocasionar o aparecimento de seios e, em atletas mais jovens,
o encerramento precoce das cartilagens de conjugação inibindo seu crescimento.

3) Que outros problemas o uso de anabolizantes pode gerar?


O uso de anabolizantes pode gerar alterações de comportamento, tais como aumento da
agressividade e desenvolvimento de dependência psíquica. Além disso, causam efeitos
secundários no sistema reprodutivo podendo, em dosagens elevadas e administração prolongada,
provocar ausência de ciclo menstrual (amenorréia) no sexo feminino e atrofia testicular no sexo
masculino, conduzindo, em ambos os casos, à esterilidade.

4) Que doenças graves são causadas pelo uso de anabolizantes?

Tumores hepáticos (carcinomas hepatocelulares, hepatomas, adenomas etc), câncer de próstata,


doenças cardiovasculares (AVC, enfartes do miocárdio e arteriopatias dos membros inferiores que
podem conduzir à amputação dos mesmos.

5) Os efeitos colaterais dos anabolizantes cessam se o uso for interrompido?


Não. Em muitos casos os efeitos colaterais mais graves aparecem décadas depois de sua
utilização.

6) O que são hormônios peptídicos e análogos?


Os hormônios peptídicos e análogos são substâncias que atuam no organismo de modo a acelerar
o crescimento de determinados órgãos e tecidos, melhorando diversas funções orgânicas. A
gonadotrofina coriônica humana, o hormônio do crescimento, o hormônio adrenocorticotrófico, a
eritropoetina e a insulina são alguns exemplos de hormônios peptídicos e análogos.

7) Quais os prejuízos para a saúde do atleta causados pelo hormônio “gonadotrofina


coriônica humana”, mais conhecido como hCG?

Este hormônio aumenta a produção de esteróides endógenos (como a testosterona) e o seu uso
por atletas deve-se à sua capacidade de proporcionar o aumento do volume e potência dos
músculos. Pode causar efeitos secundários potencialmente nefastos ao organismo relacionados à
produção excessiva de testosterona.

8) Quais os prejuízos para a saúde do atleta causados pelo hormônio do crescimento, mais
conhecido como hGH?
O uso do hCG proporciona aumento significativo de vários tecidos do organismo, entre eles, o
tecido muscular. O uso prolongado de quantidades excessivas do hormônio do crescimento pode
produzir efeitos colaterais prejudiciais ao organismo, tais como a acromegalia (crescimento
desmedido das mãos, pés, cara e de alguns órgãos), intolerância à glicose, compressão de nervos
periféricos, hipertrofia cardíaca e doenças articulares. Outros efeitos a retenção de líquidos e de
sódio, originando sobrecarga cardíaca, o aparecimento de diabetes e maior incidência de tumores
malignos (ex: leucemias).

9) Quais os prejuízos para a saúde do atleta causados pela insulina?

A insulina é um hormônio produzido no pâncreas e tem um papel muito importante no metabolismo


dos glicídios. A diabetes é originada por um déficit de produção de insulina e seu uso indiscriminado
por atletas pode desencadear hipoglicemia e levar à morte em poucos segundos.

10) Quais os prejuízos para a saúde causados pelo uso de estimulantes?

Estimulantes são substâncias que têm um efeito direto sobre o sistema nervoso central,
aumentando a estimulação do sistema cardíaco e metabólico. Os estimulantes psicomotores, como
é o caso das anfetaminas e substâncias similares, provocam perda de discernimento e, em certas
modalidades esportivas, contribuem para a ocorrência de acidentes. Ao provocarem a supressão
da sensação de fadiga retiram ao organismo o seu “termostato”, fazendo com que se prossiga com
o esforço ultrapassando todos os limites fisiológicos, sendo desse modo um risco para a vida do
atleta.

11) Quais os prejuízos para a saúde do atleta causados pelo uso dos canabinóides, mais
conhecidos como maconha?

Os canabinóides interferem com a maior parte das funções psicomotoras (coordenação de


movimentos, tempo de reação, percepção e acuidade visual), prejudicando o desempenho
esportivo e predispondo o atleta a um maior risco de lesões, acidentes graves ou mesmo casos de
morte.

12) Quais os prejuízos para a saúde do atleta causados pelo uso da cocaína?

A cocaína é uma substância estimulante que pode causar a morte em competição por provocar
espasmo das artérias coronárias com o surgimento de enfarte do miocárdio. Os efeitos adversos
desta droga são muito semelhantes aos das anfetaminas: viciam e provocam alterações psíquicas
graves, tais como inibição da percepção de dor e fadiga e aumento da agressividade.

13) E outros narcóticos, quais os maiores efeitos nocivos para a saúde do atleta?
Os narcóticos proibidos no esporte estão representados pela morfina e compostos químicos e
farmacológicos análogos, derivados do ópio. Eles atuam ao nível do sistema nervoso central,
diminuindo a sensação de dor e por isso são utilizados para mascarar a sensação de dor e as
manifestações da fadiga. Podem ocasionar efeitos secundários como náuseas, vômitos, tonturas,
prisão de ventre, cólicas abdominais e também originar perturbações mais graves com risco de
dependência física e psíquica (efeito viciante), delírio e mesmo a morte por parada respiratória.

8. LESÃO POR ESFORÇO REPETITIVO

LER (ou L.E.R.) é a abreviatura de Lesão por Esforço Repetitivo

Definição de LER
Representa uma síndrome de dor nos membros superiores, com queixa de grande
incapacidade funcional, causada primariamente pelo próprio uso dos membros superiores em
tarefas que desenvolvem movimentos locais ou posturas forçadas. Também é conhecido por L.T.C.
(Lesão por Trauma Cumulativo) e por D.O.R.T. (Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao
Trabalho), mas na realidade entre todos estes nomes talvez o mais correto tecnicamente seria o
de Síndrome da Dor Regional. Contudo, como o nome L.E.R. se tornou comum e até popular, esta
é a denominação adotada no Brasil, e representa exatamente o que se trata a doença, pois
relaciona sempre tais manifestações com certas atividades no trabalho. O diagnóstico diferencial
deve incluir as tendinites e tenossinovites primarias a outros fatos, como reumatismo, esclerose
sistêmica, gota, infecção gonocócica, traumática, osteoartrite, diabetes, mixedema etc., uma vez
que estas também representam frequentes lesões causadas por esforço repetitivo.
As lesões inflamatórias causadas por esforços repetitivos já eram conhecidas desde a
antiguidade sob outros nomes, como por exemplo, na Idade velha, a "Doença dos Quibes", que
nada mais era do que uma tenossinovite, praticamente desaparecendo com a invenção da
imprensa. Já em 1891, De Quervain descrevia o "Entorse das Lavadeiras".

8.1. SINTOMAS DA LER- DORT

Geralmente os sintomas são de evolução insidiosa até serem claramente percebidos. Com
freqüência, são desencadeados ou agravados após períodos de maior quantidade de trabalho ou
jornadas prolongadas e em geral, o trabalhador busca formas de manter o desenvolvimento de seu
trabalho, mesmo que à custa de dor. A diminuição da capacidade física passa a ser percebida no
trabalho e fora dele, nas atividades cotidianas.

As queixas mais comuns do portador de LER - DORT são:


• Dor localizada, irradiada ou generalizada,
• Desconforto,
• Fadiga,
• Sensação de peso,
• Formigamento,
• Dormência,
• Sensação de diminuição de força,
• Inchaço,
• Enrijecimento muscular,
• Choques nos membros e
• Falta de firmeza nas mãos.

Nos casos mais crônicos e graves, pode ocorrer:


• Sudorese excessiva nas mãos e
• Alodínea (sensação de dor como resposta a estímulos não nocivos em pele normal).

8.2 CAUSAS DA LER – DORT

A LER ou DORT são as manifestações de lesões decorrentes da utilização excessiva, imposta ao


sistema músculo-esquelético, e da falta de tempo para recuperação. Lesões neuro-ortopédicas
como as tendinites, sinovites, compressões de nervos periféricos podem ser identificadas ou não.

Os fatores de risco não são necessariamente as causas diretas das LER - DORT, mas podem gerar
respostas que produzem as LER – DORT. Os fatores de risco não são independentes, interagem
entre si e devem ser sempre analisados de forma integrada. Envolvem aspectos biomecânicos,
cognitivos, sensoriais, afetivos e de organização do trabalho.

Os fatores incluem:
• Posto de trabalho que force o trabalhador a adotar posturas, a suportar certas cargas e a se
comportar de forma a causar ou agravar afecções músculo-esqueléticas.

• Exposição a vibrações de corpo inteiro, ou do membro superior, podem causar efeitos


vasculares, musculares e neurológicos.

• Exposição ao frio pode ter efeito direto sobre o tecido exposto e indireto pelo uso de
equipamentos de proteção individual contra baixas temperaturas (ex. luvas).

• Exposição a ruído elevado, entre outros efeitos pode produzir mudanças de comportamento.

• Pressão mecânica localizada provocada pelo contato físico de cantos retos ou pontiagudos
de objetos, ferramentas e móveis com tecidos moles de segmentos anatômicos e trajetos nervosos
provocando compressões de estruturas moles do sistema músculo-esquelético.

• Posturas. As posturas que podem causar LER-DORT possuem três características que
podem estar presentes simultaneamente:

➢ Posturas extremas que podem forçar os limites da amplitude das articulações.

➢ Força da gravidade impondo aumento de carga sobre os músculos e outros tecidos.

➢ Posturas que modificam a geometria músculo-esquelética e podem gerar estresse sobre


tendões, músculos e outros tecidos e/ou reduzir a tolerância dos tecidos.

• Carga mecânica músculo-esquelética. Entre os fatores que influenciam a carga músculo-


esquelética, encontramos: a força, a repetitividade, a duração da carga, o tipo de preensão, a
postura e o método de trabalho. A carga músculo-esquelética pode ser entendida como a carga
mecânica exercida sobre seus tecidos e inclui:

➢ Tensão (ex.: tensão do bíceps);

➢ Pressão (ex.: pressão sobre o canal do carpo);

➢ Fricção (ex.: fricção de um tendão sobre a sua bainha); ➢ Irritação (ex.: irritação de um
nervo).

8.4 Diagnóstico da LER – DORT

Para realizar o diagnóstico da LER – DORT, o médico busca dados por meio da história clínica,
levando em consideração as atividades realizadas pela pessoa tanto no trabalho, quanto no lazer.
Em seguida realiza um exame físico geral, dedicando especial atenção aos locais afetados.

Exames complementares podem ser solicitados para esclarecer o diagnóstico, incluindo:


• Radiografias,
• Ecografias,
• Eletroneuromiografia,
• Ressonância magnética,
• Exames laboratoriais para condições reumáticas, dentre outros.

8.5 Tratamento da LER – DORT

O tratamento da LER – DORT têm início após um diagnosticado correto e deve buscar uma
abordagem integrada, ao invés de tratar somente a sintomatologia:
• Medidas ergonômicas visam à melhoria do espaço físico e dinâmico de trabalho que não
induzam ao desenvolvimento da LER – DORT. Por vezes, pequenas adaptações fazem
grandes diferenças. As pausas programadas podem ser consideradas atitudes ergonômicas
benéficas.
• Exercícios físicos são benéficos e incluem tanto exercícios aeróbicos, como exercícios de
alongamento.
• Fisioterapia é muitas vezes empregada na redução da dor e na recuperação da função e
dos movimentos do membro afetado pela LER – DORT.
• Medicamentos antiinflamatórios e analgésicos são utilizados para alívio da dor aguda e
crônica da LER - DORT. Devem ser utilizados com cautela e recomendação médica.
• Medicamentos corticóides são antiinflamatórios mais potentes, porém com mais efeitos
colaterais, merecendo atenção médica redobrada.
• Medicamentos antidepressivos e outros agentes com ação no sistema nervoso central são
utilizados em quadros de dores crônicas provocadas pela LER – DORT ou quando
associadas a sintomas de humor e/ou ansiedade.
• Intervenção cirúrgica é indicada para casos associados a mal formações e deformidades
ósteo-musculares irreversíveis ao tratamento medicamentoso.

8.6 Prevenção da LER – DORT

• Identifique tarefas, ferramentas ou situações que causam dor ou desconforto e converse


sobre elas com os profissionais da Comissão de Saúde Ocupacional e com sua chefia.
• Faça revezamento nas tarefas.
• Procure aprender outras tarefas que exijam outros tipos de movimento.
• Faça pausas obrigatórias de 10 minutos a cada 50 minutos trabalhados, evitando ultrapassar
6 horas de trabalho diário de digitação.
• Auxilie na identificação das posições incorretas e forçadas no trabalho. Ao mesmo tempo,
procure dar sugestões sobre o que fazer.
• Informe claramente à sua chefia quando o tempo determinado para realizar uma tarefa for
reduzido.
• Diante dos sintomas de dor ou formigamento nos membros superiores, procure um médico.
• Procure conhecer os recursos de conforto do seu posto de trabalho.
• Procure adotar as posturas corretas.
• Levante-se de tempos em tempos, ande um pouco, espreguice-se, faça movimentos
contrários àqueles da tarefa.

8.7 Classificação

As classificações mais usuais são feitas conforme a evolução e o prognóstico, classificando a


"DORT" baseando apenas em sinais e sintomas.

== Fases =====
• Fase 2 - Dor regredindo com repouso, apresentando poucos sinais objetivos.
• Fase 3 - Exuberância de sinais objetivos, e não desaparecendo com repouso.
• Fase 4 - Estado doloroso intenso com incapacidade funcional (não necessariamente
permanente).
8.8 Estágios

Estágio 1 - Dor e cansaço nos membros superiores durante o turno de trabalho, com melhora nos
fins de semana, sem alterações no exame físico e com desempenho normal.

Estágio 2 - Dores recorrentes, sensação de cansaço persistente e distúrbio do sono, com


incapacidade para o trabalho repetitivo.

Estágio 3 - Sensação de dor, fadiga e fraqueza persistentes, mesmo com repouso. Distúrbios do
sono e presença de sinais objetivos ao exame físico.

8.9 Graus

Dennet e Fry, em 1988, classificaram a doença, de acordo com a localização e fatores agravantes:

Grau 1 - Dor localizada em uma região, durante a realização da atividade causadora da síndrome.
Sensação de peso e desconforto no membro afetado. Dor espontânea localizada nos membros
superiores ou cintura escapular, às vezes com pontadas que aparecem em caráter ocasional
durante a jornada de trabalho e não interferem na produtividade. Não há uma irradiação nítida.
Melhora com o repouso. É em geral leve e fugaz, e os sinais clínicos estão ausentes. A dor pode
se manifestar durante o exame clínico, quando comprimida a massa muscular envolvida. Tem bom
prognóstico.

Grau 2 - Dor em vários locais durante a realização da atividade causadora da síndrome. A dor é
mais persistente e intensa e aparece durante a jornada de trabalho de modo intermitente. É
tolerável e permite o desempenho da atividade profissional, mas já com reconhecida redução da
produtividade nos períodos de exacerbação. A dor torna-se mais localizada e pode estar
acompanhada de formigamento e calor, além de leves distúrbios de sensibilidade. Pode haver uma
irradiação definida. A recuperação é mais demorada mesmo com o repouso e a dor pode aparecer,
ocasionalmente, quando fora do trabalho durante outras atividades. Os sinais, de modo geral,
continuam ausentes. Pode ser observado, por vezes, pequena nodulação acompanhando bainha
de tendões envolvidos. A palpação da massa muscular pode revelar hipertonia e dolorimento.
Prognóstico favorável.

Grau 3 - Dor desencadeada em outras atividades da mão e sensibilidade das estruturas; pode
aparecer dor em repouso ou perda de função muscular; a dor torna-se mais persistente, é mais
forte e tem irradiação mais definida. O repouso em geral só atenua a intensidade da dor, nem
sempre fazendo-a desaparecer por completo, persistindo o dolorimento. Há frequentes paroxismos
dolorosos mesmo fora do trabalho, especialmente à noite. É frequente a perda de força muscular
e parestesias. Há sensível queda da produtividade, quando não impossibilidade de executar a
função. Os sinais clínicos estão presentes, sendo o edema frequente e recorrente; a hipertonia
muscular é constante, as alterações de sensibilidade estão quase sempre presentes,
especialmente nos paroxismos dolorosos e acompanhadas de manifestações como palidez,
hiperemia e sudorese das mãos. A mobilização ou palpação do grupo muscular acometido provoca
dor forte. Nos quadros com comprometimento neurológico compressivo a eletromiografia pode
estar alterada. Nessa etapa o retorno à atividade produtiva é problemático.

Grau 4 - Dor presente em qualquer movimento da mão, dor após atividade com um mínimo de
movimento, dor em repouso e à noite, aumento da sensibilidade, perda de função motora. Dor
intensa, contínua, por vezes insuportável, levando o paciente a intenso sofrimento. Os movimentos
acentuam consideravelmente a dor, que em geral se estende a todo o membro afetado. Os
paroxismos de dor ocorrem mesmo quando o membro está imobilizado. A perda de força e a perda
de controle dos movimentos se fazem constantes. O edema é persistente e podem aparecer
deformidades, provavelmente por processos fibróticos, reduzindo também o retorno linfático. As
atrofias, principalmente dos dedos, são comuns. A capacidade de trabalho é anulada e os atos da
vida diária são também altamente prejudicados. Nesse estágio são comuns as alterações
psicológicas com quadros de depressão, ansiedade e angústia. Como combater a LER

Luvas ergonômicas para se evitar a LER durante uma digitação.

Se o seu trabalho atual exige movimentos repetitivos e você já percebe sinais de LER, talvez queira
procurar ajuda médica na empresa. Se isso não for possível, talvez possa ir a um serviço de saúde
para que um ortopedista avalie o seu caso e tome as medidas necessárias para ajudá-lo. As
chances de recuperação serão muito maiores se a LER for tratada nos seus estágios iniciais.

Outro modo importante de combater a LER é dar atenção à ergonomia. O que é ergonomia? O
termo é definido como “ciência aplicada que se ocupa em projetar e arrumar os objetos que as
pessoas usam a fim de que essas e os objetos possam interagir do modo mais eficiente e seguro”.

Exercícios para LER – DORT

Estes exercícios são indicados para prevenção e auxiliam no tratamento da LER – DORT
• Abra as mãos e encoste as palmas em "posição de rezar". Com os dedos juntos flexione os
punhos e comprima uma mão contra a outra. (frente do peito).
• Aperte dedo contra dedo, alongando-os um por um (polegar contra polegar, indicador contra
indicador e assim por diante). Pode ser feito com todos os dedos ao mesmo tempo.
• Cruze o dedo com dedo (gancho) e puxe alternando-os. Ex. polegar com médio, anular com
mínimo. A variedade fica por conta de cada um.
• Feche bem as mãos como se estivesse segurando algo com força. Em seguida estique bem
os dedos.
• Abra os dedos afastando-os o máximo possível. Feche os dedos apertando-os com a mão
esticada.
• Faça "ondas" com a mão e os dedos. Como se a mão estivesse serpenteando no ar.
• Balance as mãos.
• Gire os punhos em círculo, com as mãos soltas, no sentido horário e anti-horário.

9. PRIMEIROS SOCORROS

9.1. INTOXICAÇÕES E ENVENENAMENTOS

As intoxicações e o envenenamento são causados pela ingestão, aspiração e introdução no


organismo, acidental ou não, de substâncias tóxicas de naturezas diversas. Podem resultar em
doença grave ou morte em poucas horas se a vítima não for socorrida em tempo.

SUBSTÂNCIAS VENENOSAS

Veneno é toda substância que, se introduzida no organismo em quantidade suficiente, pode


causar danos temporários ou permanentes. A lista de substâncias que podem provocar
envenenamento é extensa, e muitos produtos tóxicos ficam logo ali, ao alcance da mão: na primeira
prateleira do banho, na geladeira, no jardim. Os acidentes são muito comuns, mas, em sua maioria,
poderiam ser facilmente ser evitados.

Tome cuidado: não deixe os produtos tóxicos ao alcance de crianças. Eles devem estar em locais
altos e trancados à chave. Também não é aconselhável tomar remédios na frente de crianças nem
incentivá-las a aceitar o medicamento argumentando que seu sabor é bom.
Não guarde nenhum produto químico fora de sua embalagem original, para evitar confusão.
Imagine o estrago que pode causar uma pessoa com sede ao lado de uma garrafa cheia de
alvejante.

Além disso, caso haja algum acidente, a embalagem original onde vem escrita a fórmula pode ser
de grande ajuda. Pelo mesmo motivo, evite usar produtos clandestinos. Veja a seguir, lista de
algumas substâncias tóxicas que podem causar muito mal quando ingeridas:

• Cosméticos e produtos de higiene pessoal


• Produtos de limpeza
• Analgésicos
• Plantas
• Medicamentos para tosse e resfriados
• Medicações tópicas como anticépticos
• Pomadas antibióticas, corticoides, etc.
• Inseticidas e raticidas
• Desinfetantes (produtos de limpeza com ação germicida ou enxagua tórios bucais)
• Vitamina

Primeiros Socorros são um conjunto de procedimentos/técnicas/meios utilizados em


situação de urgência com o objetivo de salvar ou prolongar a vida de uma vítima que sofreu
algum tipo de trauma;

Logo deve-se ter:


1) Conhecimento dos procedimentos de atendimento corretos (socorrista);
2) Situação de urgência;
3) Visar salvar ou pelo menos prolongar a vida de uma pessoa.

Atualmente, aumentam mundialmente e, em particular no Brasil os números de casos e a


gravidade das denominadas "intoxicações e envenenamentos". Segundo estimativa da
Organização Mundial da Saúde, em torno de 3% da população urbana, nos países em
desenvolvimento, é afetada, anualmente, por estes tipos de acidentes.

A Toxicologia é a "ciência dos efeitos adversos de substâncias químicas sobre os


organismos vivos“ "a ciência que define os limites de segurança dos agentes químicos,
entendendo-se como segurança a probabilidade de uma substância não produzir danos em
condições específicas"

As intoxicações são causadas pela ingestão, aspiração ou introdução no organismo,


acidental ou não, de substâncias tóxicas, como entorpecentes, medicamentos, produtos químicos
utilizados em laboratório e limpeza, alimentos deteriorados, venenos, gases tóxicos.

• aguda (até 24 horas do acidente)


• sub-agudas (os primeiros dias após)
• sub-crônicas (até um mês)
• crônicas, exposição a determinada substância durante longo tempo, resultando em
acumulação do composto no corpo (metais, como o chumbo, por exemplo).

DIANTE DE UMA INTOXICAÇÃO, O QUE FAZER?


• Em primeiro lugar, a preocupação deve ser com a MANUTENÇÃO DAS FUNÇÕES VITAIS
• A desobstrução de vias aéreas, aspiração de secreções, retirada de corpos estranhos,
traqueostomia e outras medidas se necessárias.
• Manutenção da respiração, ventilação e entubação (se necessário)
• Manutenção da circulação, promovendo a estabilização hemodinâmica, obter acessos
venosos, coletando sangue para exames laboratoriais de rotina e específicos.
• Tratamento sintomático e específico, monitorização, seguimento.
• É de fundamental importância a OBTENÇÃO DA HISTÓRIA CLÍNICA
 idade e sexo
 substância causadora da intoxicação (embalagens e vidros vazios próximos,
substâncias, medicações no local, atividade profissional, uso de drogas)
 quantidade, há quanto tempo, via de exposição
 avaliação do estado geral (estado neurológico especialmente) condição física e
psíquica

INTOXICAÇÕES POR GASES

Ocorrem com maior frequência em minas, poços de petróleo, garagens, locais fechados e mal
ventilados.
Os gases podem formar compostos ligados a hemoglobina, impedindo a oxigenação do sangue
(monóxido de carbono, por exemplo).

O gás cloro ou gás anidro sulforoso também determinam graves intoxicações.

• Retirar o acidentado do local, levando-o para o ar livre, deve-se tomar cuidado para que o
socorista não acabe intoxicado também, utilizando proteção
• Afrouxar roupas
• Repouso absoluto
• Medidas de manutenção das funções vitais

INTOXICAÇÕES POR ÁCIDOS E ÁLCALIS FORTES

• Tais intoxicações são comuns em acidentes com crianças menores de cinco anos e em
tentativas de suicídio (hipocloritos, água de lavadeira, soda cáustica, removedores),
produzem lesões na boca, língua, esôfago e estômago.
• Não provoque vômito se ingerido, nunca devem ser passadas sondas nasogástricas pelo
risco de perfuração. Podese dar um demulcente (protetor de mucosa), como gelatina
dissolvida em água ou clara de ovo
• Se o produto atingiu regiões de mucosa mais sensível, lave cuidadosamente com água
corrente
• Se a criança ou outra pessoa manipulou o produto, deve-se lavar as mãos e dedos para
prevenir contato com outras regiões (olhos, por exemplo)
• Requerem ação rápida para evitar as complicações agudas; a endoscopia precoce é de
crucial importância para avaliar a extensão da lesão, sendo um método seguro para
definição de condutas e prognóstico.

INTOXICAÇÕES POR METAIS

• As intoxicações agudas por metais (chumbo, por exemplo) apresentam sintomas gastro-
intestinais mais significativos, além de mialgia generalizada, encefalopatia.
• São geralmente acidentes de trabalho pela utilização de pigmentos em cerâmicas, tinturas
de cabelo (não utilizada mais), compostos adicionados à gasolina, baterias, certos tipos de
solda. São encontradas também intoxicações por arsênico, mercúrio e fósforo.
• O tratamento consiste na avaliação rigorosa dos sinais e sintomas, hidratação adequada,
controle sintomático, avaliação de função hepática e renal, e especificamente, a
administração de quelantes (EDTA de sódio ou cálcio, Dimercaprol, Penicilamina). Podem
ser realizados exames complementares de dosagem do metal sérico ou
urina.SUBSTÂNCIAS COMUNS NAS INTOXICAÇÕES
• Produtos químicos utilizados em limpeza doméstica e de laboratório.
• Venenos utilizados no lar (como raticidas, por exemplo).
• Entorpecentes e medicamentos em geral.
• Alimentos deteriorados.
• Gases tóxicos.

VIAS DE PENETRAÇÃO
Boca: Ingestão de qualquer tipo de substância tóxica (química ou natural).

Envenenamento por ingestão:


• Queimaduras, lesões ou manchas ao redor da boca.
• Odores incomuns da respiração, no corpo, nas roupas da vítima ou do ambiente.
• Hálito com odor estranho.
• Transpiração abundante.
• Queixa de dor ao engolir.
• Queixa de dor abdominal.
• Náuseas, vômito, diarreia.
• Alterações no nível de consciência, sonolência.
• Convulsões.
• Aumento ou diminuição do diâmetro das pupilas.
• Alterações no pulso, na respiração e da temperatura corporal.
Nos casos de intoxicação por ingestão:
• Não provocar vômito.
• Não oferecer água, leite ou qualquer outro líquido.
• Encaminhar, com urgência, para serviço médico (pronto socorro ou hospital).

Pele: Contato direto com plantas ou substâncias químicas tóxicas.

Envenenamento por contato:


• Manchas na pele.
• Coceira.
• Irritação nos olhos.
• Dor de cabeça.
• Temperatura da pele aumentada.

Nos casos de intoxicação por contato (pele):


• Lavar abundantemente o local afetado com água corrente.
• Se os olhos forem afetados: lavar com água corrente durante 15 minutos e cobri-los, sem
pressão, com pano limpo ou gaze;
• Encaminhar ao serviço médico (pronto socorro ou hospital).

VIAS RESPIRATÓRIAS: ASPIRAÇÃO DE VAPORES OU GASES EMANADOS DE


SUBSTÂNCIAS TÓXICAS.

Sinais e sintomas

Envenenamento por inalação:


• Respiração rápida.
• Tosse.
• Frequentemente os olhos da vítima aparecerão irritados.
• Obs.: estes são os sintomas gerais, podem variar de acordo com o veneno inalado

Nos casos de intoxicação por inalação:


• Remover a vítima para local arejado.
• Encaminhar ao serviço médico (pronto socorro ou hospital).

Orientações gerais
• Cuidados com a segurança do socorrista, evitando que este entre em contato com o produto
intoxicante.
• Remover a vítima para local arejado.
• Afrouxar as vestes e, caso estejam contaminadas, retirá-las, cortando-as.
• NUNCA deixar a vítima sozinha.
• Deixar a vítima falar, deixando-a o mais confortável possível.
• Transportar a vítima em posição lateral, a fim de evitar aspiração de vômito, se ocorrer.
• Transportar junto, restos da substância, recipientes, embalagens e aplicadores.

Engasgo

No meio médico, engasgo ou obstrução de vias aéreas por corpo estranho (OVACE) é o
bloqueio da traqueia de uma pessoa por um objeto estranho, vômito, sangue ou outros fluidos.
Engasgo é considerado uma emergência médica. Em casos severos, o engasgo pode levar a
pessoa à morte por asfixia ou deixá-la semiconsciente ou inconsciente por um tempo. Nessa
situação, deve-se agir rápida e precisamente para evitar complicações. Em casos mais graves,
deve-se chamar uma ambulância rapidamente, para uma intervenção médica de emergência. Na
maioria dos casos, no entanto, aconselha-se proceder conforme abaixo.

Como proceder: O procedimento de primeiros socorros para engasgo é usar o número telefônico
de emergência. As principais diferenças de abordagem se dão de acordo com:
• a faixa etária do paciente (adulto, crianças e neonatos)
• se gravidez ou obesidade mórbida
• se a vítima está consciente ou inconsciente

Caso a vítima esteja acordada, inicialmente pede-se para que ela tussa na tentativa de eliminar
ativamente o corpo estranho.

Segue-se a realização da manobra de Heimlich em pé como forma de auxiliar a vítima a expulsar


o que estiver obstruindo sua via aérea.

Caso a vítima perca a consciência, realiza-se manobra específica com o paciente deitado

9. 2. PRIMEIROS SOCORROS: AFOGAMENTOS

AFOGAMENTOS

Afogamento é a asfixia gerada por aspiração de líquido de qualquer natureza que venha a inundar
o aparelho respiratório. Haverá suspensão da troca ideal de oxigênio e gás carbônico pelo
organismo.

SINAIS E SINTOMAS

Em um quadro geral pode haver hipotermia (baixa temperatura corporal), náuseas, vômito,
distensão abdominal, tremores, cefaleia (dor de cabeça), mal-estar, cansaço, dores musculares.
Em casos especiais pode haver apneia (parada respiratória), ou ainda, uma parada cárdio-
respiratória.

PREVENÇÃO

• Para bebês- Estes nunca devem ser deixados sozinhos no banho ou próximo a qualquer
superfície líquida.
• Para crianças- Além dos cuidados anteriores deve-se estimulá-las a assumir
responsabilidade por sua própria segurança. Elas devem aprender a nadar e a boiar e devem
compreender que não devem entrar em águas perigosas. Saltos de trampolim são
extremamente perigosos.
• Para adultos- Estes devem ter noções sobre as suas limitações principalmente quando suas
funções normais estiverem comprometidas devido ao manuseio de drogas, sejam elas
medicamentos ou bebidas. Evitar nadar sozinho em áreas não supervisionadas ou em áreas
onde as condições do meio líquido sejam desconhecidas. Qualquer nadador deve estar apto
a nadar diagonalmente a uma corrente que o pegou e não contra a mesma, se não conseguir
escapar deve chamar por socorro.

"NUNCA SE DEVE FINGIR


ESTAR PRECISANDO DE SOCORRO"

 Objetivo

Promover menor número de complicações provendo-se o cérebro e o coração de oxigênio até que
a vítima tenha condições para fazê-lo sem ajuda externa, ou até esta ser entregue a serviço médico
especializado.

 Meios

Suporte Básico de Vida (SBV) afim de habilitar a vítima aos procedimentos posteriores do Suporte
Cardíaco Avançado de Vida (SCAV). O SBV consiste apenas em medidas não invasivas.

"NÃO É PERMITIDO AO SOCORRISTA


NENHUMA MEDIDA INVASIVA

 O socorrista

Deve promover o resgate imediato e apropriado, nunca gerando situação em que ambos (vítima e
socorrista) possam se afogar, sabendo que a prioridade no resgate não é retirar a pessoa da água,
mas fornecer-lhe um meio de apoio que poderá ser qualquer
material que flutue, ou ainda, o seu transporte até um local em que
esta possa ficar em pé. O socorrista deve saber reconhecer uma
apnéia, uma parada cárdio-respiratória (PCR) e saber prestar
reanimação cárdio-pulmonar (RCP)

 O resgate

O resgate deve ser feito por fases consecutivas: Compreendendo a


Fase de observação, de entrada na água , de abordagem da vítima,
de reboque da vítima, e o atendimento da mesma.

➢ Fase de observação

Implica na observação do acidente, o socorrista deve verificar a


profundidade do local, o número de vítimas envolvidas, o material
disponível para o resgate.

O socorrista deve tentar o socorro sem a sua entrada na água, estendendo qualquer material a sua
disposição que tenha a propriedade de boiar na água, não se deve atirar nada que possa vir a ferir
a vítima.
Em casos de dispor de um barco para o resgate, sendo este com estabilidade duvidosa a vítima
não deve ser colocada dentro do mesmo, pois estará muito agitada.

➢ Fase de entrada na água

O socorrista deve certificar-se que a vítima está visualizando-o. Ao ocorrer em uma piscina a
entrada deve ser diagonal à vítima e deve ser feita da parte rasa para a parte funda. Sendo no mar
ou rio a entrada deve ser diagonal à vítima e também diagonal à corrente ou à correnteza
respectivamente.

 Fase de Abordagem

Esta fase ocorre em duas etapas distintas:

Abordagem verbal; Ocorre a uma distância média de 03 metros da vítima. O socorrista vai
identificar-se e tentar acalmar a vítima. Caso consiga, dar-lhe-á instruções para que se posicione
de costas habilitando uma aproximação sem riscos.

Abordagem física; O socorrista deve fornecer algo em que a vítima possa se apoiar, só então o
socorrista se aproximará fisicamente e segurará a vítima fazendo do seguinte modo: O braço de
dominância do socorrista deve ficar livre para ajudar no nado , já o outro braço será utilizado para
segurar a vítima , sendo passado abaixo da axila da vítima e apoiando o peito da mesma, essa
mão será usada para segurar o queixo do afogado de forma que este fique fora da água.

"O SOCORRISTA NÃO PODE PERMITIR


QUE A VÍTIMA O AGARRE"

 Fase de reboque

O nado utilizado será o "Over arms" também conhecido como nado militar, ou nado de sapo.
Quando em piscinas e lagos o objetivo sempre será conduzir a vítima para a porção mais rasa. No
mar, será admitido o transporte até a praia, quando a vítima estiver consciente e quando o mar
oferecer condições para tanto; será admitido o transporte para o alto mar (local profundo e de
extrema calmaria), quando a vítima apresentar-se inconsciente e o mar estiver extremamente
revolto (essa atitude dará condições ao socorrista de repensar o salvamento). Caso exista surfistas
na área o socorrista, deve-se pedir ajuda.

Quando o socorrista puder caminhar, deve fazê-lo, pois é mais seguro do que nadar. Deverá
carregar a vítima de forma que o peito desta fique mais elevado do que a cabeça, diminuindo o
perigo da ocorrência de vômito. ➢ Fase de atendimento

O atendimento

Em Primeiros Socorros as alterações eletrolíticas e hídricas decorrentes de diferentes tipos de


líquidos (água doce ou salgada) em que ocorreu o acidente não são
relevantes, não havendo tratamentos diferentes ou especiais. Os
procedimentos em Primeiros Socorros devem adequar-se ao estado
particular de cada vítima, no que se refere às complicações existentes.

Vale frisar que o líquido que costuma ser expelido após a retirada da
água provém do estômago e não dos pulmões por isso, sua saída deve
ser natural, não se deve forçar provocando vômito, pois pode gerar
novas complicações.

Caso o acidente não tenha sido visto pelo socorrista, ele deve
considerar que a vítima possui Traumatismo Raquimedular(TRM) e
deverá tomar todos os cuidados pertinentes a este tipo de patologia.
A nível de Primeiros Socorros deve-se sempre:

1. Acalmar a vítima, fazê-la repousar e aquecê-la através da substituição das roupas molhadas
e fornecimento de roupas secas, casacos, cobertores e bebidas quentes

2. Manter a vítima deitada em decúbito dorsal procedendo com a lateralização da cabeça ou


até da própria vítima afim de que não ocorra aspiração de líquidos.

3. Caso o afogado inconsciente seja deixado sozinho, ele deve ser colocado na posição de
recuperação que mantêm o corpo apoiado em posição segura e confortável, além de impedir que
a língua bloqueie a garganta e facilitar a saída de líquidos.

Outros procedimentos em casos particulares seriam:

1. Fazer a desobstrução das vias aéreas através da extensão do pescoço, da retirada do corpo
estranho e da tração mandibular atentando sempre para a possibilidade de trauma cervical.

2. Em vítimas com parada respiratória, proceder com a respiração boca-a-boca objetivando manter
a oxigenação cerebral.

3. Em vítimas com PCR, efetuar a RCP em casos que o tempo de submersão seja desconhecido
ou inferior a uma hora. ➢ Respiração Artificial Boca-a-Boca

Respiração Artificial Boca-a-Boca Reanimação Cárdio Pulmonar

9. 3. PARADA CÁRDIO RESPIRATÓRIA

PARADA RESPIRATÓRIA:
É a supressão súbita dos movimentos respiratórios, podendo ser acompanhado ou não de
parada cardíaca; a) Diagnóstico:
- Ausência de movimentos respiratórios;
- Cianose (cor azul arroxeada dos lábios, unhas, não
obrigatória); - Dilatação das pupilas (não obrigatória);
- Inconsciência.

b) Sequência no atendimento:
- Elevação do queixo - Os dedos de uma das mãos são colocados abaixo do queixo, o
qual é suavemente tracionado para cima, elevando-o anteriormente. O polegar da mesma
mão deprime o lábio inferior para abrir a boca. O polegar pode também ser colocado atrás
dos incisivos inferiores, enquanto simultaneamente o queixo e suavemente levantado.
Se a respiração boca a boca é necessária, as narinas são fechadas com o polegar e o indicador da
outra mão;

- Tração da mandíbula - Localizam-se os ângulos da mandíbula e traciona-se a


mandíbula para frente. Se os lábios se fecham o inferior pode ser retraído com o polegar. Se
a respiração boca a boca é necessária, devemos fechar as
narinas, colocando a bochecha contra elas, obstruindo-as.

c) Respiração boca a boca:

- Tomadas às medidas anteriores colocar a boca com firmeza sobre a boca da vítima.
Assoprar para dentro da boca da vítima até notar que o seu peito está se mobilizando. A
seguir, deixar a vítima expirar livremente. Devemos repetir este procedimento de 15 a 20
vezes por minuto.

d) Respiração boca-nariz:

- Colocar a boca sobre o nariz e feche a boca da vítima. Em crianças podemos colocar
a boca sobre o nariz e a tomando o cuidado de não expirar com excessiva pressão.

PARADA CARDÍACA: O Coração para de bombear o sangue para o organismo que, desta forma,
deixa de transportar oxigênio para os tecidos;

a) Diagnóstico:
- Ausência de pulso (radial, femural e carotídeo);
- Pele fria, azulada ou pálida;
- Parada respiratória (frequente, mas não obrigatória);
- Inconsciência;
- Dilatação das pupilas (frequente, mas não obrigatória); - Na dúvida, proceda como
se fosse.

b) Sequência no atendimento:
1- Coloque a vítima deitada de costas sobre uma superfície dura;
2- Coloque suas mãos sobrepostas no terço inferior do esterno;
3- Faça compressão sobre o esterno, de encontro à coluna;
4- Após recuperação dos batimentos cardíacos, leve imediatamente a vítima ao hospital.
c) Atendimento:

- Devemos fazer 30 compressões torácicas para 2 insuflações pulmonares, num


ritmo de 100 compressões por minuto, contando em voz alta: "e um, e dois, e três, e 4, e 5, e
6, e ..., ventila!, ventila!", portanto se a equipe trabalhar adequadamente, pelo menos 04 ciclos
deve-se completar a cabo de cada minuto de RCP.

QUESTIONARIO SOBRE 1º SOCORROS


1)Dentre as intoxicações qual você achar, que mais causa danos a saúde?
2)Sobre a intoxicação por agrotóxicos, como se prevenir dentro do próprio estabelecimento
doméstico?
3)Quando uma pessoa e envenenada por cobra, qual os primeiros socorros a ser fazer na
vítima?
4)Nos casos de engasgo, que acontecer com a vítima?
5)Qual os procedimentos dos primeiros socorros no caso de engasgo?
6)Falando sobre os Primeiros Socorros, o afogamento é causado devidamente porquê?
Justifique?
7)Qual os procedimentos corretos para salva a vítima de Afogamento?
8) Qual o perigo de salva uma pessoa que está se afogando, e o método correto de salva a
vítima por afogamento?
9) Qual o diagnóstico da Parada Cardíaca?
10)O que o socorrista não deve fazer para salva a vítima dentro da água quando está se
afogando?

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