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PREFEITURA DE
IBIRUBÁ/RS
- REPRODUÇÃO PROIBIDA –
Índice:
Definição e Caracterização
1
Retirado de apostilas específicas EducaPsico
Karina O. Lima Mariana Girotto C. da Silva
Coordenação e Organização Elaboração
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pessoa que pede ajuda (paciente) e uma que recebe o pedido e se compromete em
solucioná-lo, na medida do possível, o psicólogo. Sua duração é limitada e seu
objetivo é conseguir, através de técnicas, investigar, descrever e compreender, de
forma mais completa possível, a personalidade total do paciente ou grupo familiar,
abrangendo aspectos passados, presentes e futuros desta personalidade (OCAMPO;
ARZENO, 2001).
Mostra-se, assim, como um processo científico, uma vez que parte do
levantamento prévio de hipóteses que serão confirmadas ou refutadas por meio de um
plano de avaliação, com passos e técnicas predeterminadas e objetivos específicos
(CUNHA, 2000).
Com os dados obtidos, faz-se uma inter-relação destes com as informações
obtidas a partir das hipóteses iniciais, e uma seleção e integração com os objetivos do
psicodiagnóstico, assim, os resultados são comunicados, a quem de direito,
determinando-se quais dados devem ser apresentados para que seja possível a oferta
de subsídios para recomendações e/ou decisões (CUNHA, 2000).
É importante ainda salientar a qual público o psicólogo que realiza
psicodiagnóstico atende. Este, geralmente, é formado por profissionais médicos
(psiquiatras, pediatras, neurologistas etc.), advogados, juízes e pela comunidade
escolar, que encaminham seus clientes. Há também, mas com menor frequência,
casos de procura espontânea do paciente ou familiar, principalmente quando
recomendado por amigo ou outro membro da família (CUNHA, 2000).
O profissional psicólogo deve, por fim, atentar-se para a finalidade da
investigação, para que as necessidades da fonte de solicitação sejam atendidas e seu
trabalho tenha o impacto e crédito merecidos. Para tanto, ao se observar a dificuldade
que o solicitante do encaminhamento pode apresentar ao requerer uma avaliação
psicológica, é de sua responsabilidade encontrar meios de manter contato e uma boa
comunicação com os diferentes profissionais com quem trabalha, para conhecer
melhor suas necessidades e, o mais importante, esclarecer e determinar, em conjunto,
o que se espera dele (CUNHA, 2000).
Breve Histórico
Objetivos
Etapas do Processo
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Cada etapa do processo psicodiagnóstico está descrita de maneira mais detalhada no
capítulo 11 de Cunha, 2000.
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ENTREVISTA CLÍNICA3
Papel do Entrevistador
É necessário habilidades do entrevistador para que ele esteja preparado para
lidar com o direcionamento que o sujeito parece querer dar à entrevista, de forma a
otimizar o encontro entre a demanda do sujeito e os objetivos da tarefa. Quando o
entrevistador confronta uma defesa, ele empaticamente reconhece ou pede
esclarecimentos, está facilitando ou dificultando o processo. Portanto, é necessário
que o entrevistador domine as especificações da técnica.
Segundo Tavares (2000), para realizar uma entrevista de modo adequado o
entrevistador deve ser capaz de:
1. Estar presente, no sentido de estar inteiramente disponível para o outro
naquele momento sem a interferência de outras pessoas;
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Papel do Entrevistado
O papel principal da pessoa entrevistada é o de prestar informações. Nos
casos em que parece haver dificuldades de levantar a informação, é bem provável que
o entrevistador tenha que centrar sua atenção na relação com a pessoa entrevistada
para compreender os motivos de sua atitude. Distorções relacionadas às pessoas ou
instituições interessadas na avaliação, a ideias preconcebidas em relação à psicologia
ou à saúde mental e a fantasias inconscientes vinculadas às ansiedades pessoais
acerca do processo.
O resultado de uma entrevista depende largamente da experiência e da
habilidade do entrevistador, além do domínio da técnica. Criar um clima que facilite a
interação nesse contexto e a abertura para o exame de questões íntimas e pessoais
talvez seja o desafio maior da entrevista clínica.
Nas entrevistas clínicas deseja-se conhecer em profundidade o sujeito, com o
objetivo de entender qual a situação que o levou à entrevista. Nessa situação o
entrevistado é porta-voz de uma demanda e espera um retorno que o auxilie. Nesses
casos é preciso que se crie um espaço às manifestações individuais e requer
habilidades e conhecimentos específicos que permitam ao entrevistador conduzir
ENTREVISTA LÚDICA4
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com o brinquedo e/ou brincar do momento, ao mesmo tempo que realiza questões
referentes à problemática em questão (Duarte, 2010).
A criança tende a projetar no brinquedo as questões chaves referentes a
problemática. Nas palavras de Duarte (2010) ―(...) as crianças geralmente usam o
brinquedo para controlar suas preocupações. Elas podem, indiretamente, revelar
medos, fonte de raiva, preocupações sexuais, culpa e conflito com os pais por meio do
brinquedo(...)‖ (p.1)
Dessa forma, a entrevista lúdica permite levantar uma série de informações,
como por exemplo, inteligência, criatividade, espontaneidade, defesas, regras
estabelecidas, impulsividade, entre outros. Informações estas que devem ser
interpretadas cuidadosamente para um melhor entendimento dos problemas
apresentados (Duarte, 2010).
Os materiais utilizados numa entrevista lúdica não precisam ser elaborados,
porém, é importante que se disponibilizem materiais como: papel sulfite, lápis de cor,
lápis preto, giz de cera, canetinhas hidrocor, tesoura sem ponta, revistas, família de
pano, revólver de brinquedo, carrinhos ou caminhões, xícaras e seus respectivos
pires, fogão, panelinha, etc. Desenhos e o uso de fantasia (faz de conta) também são
muito utilizados em entrevistas lúdicas pois, são fontes ricas de informações. A
fantasia, por exemplo, ―favorece a identificação de possíveis sentimentos da própria
criança, através de inferências baseadas no seu relato verbal‖ (Duarte, 2010, p.1).
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não pode ter essas duas funções concomitantemente exaltadas (o paciente maníaco,
por exemplo, é hipervigil e hipotenaz), porém, pode tê-las rebaixadas, como no caso
do sujeito autista, esclerosado ou esquizofrênico catatônico.
- Memória: A função mnésica pode ser avaliada pela rapidez, precisão e
cronologia das informações que o próprio paciente dá, assim como a observação da
capacidade de fixação. O exame da memória passada (retrógrada) faz-se com
perguntas sobre o passado do paciente, datas de acontecimentos importantes.
Contradições nas informações podem indicar dificuldades. Com relação à memória
recente (anterógrada), podem ser feitas perguntas rápidas e objetivas, como ―O que
você fez hoje?‖ ou dizer um número de 4 ou 5 algarismos ou uma série de objetos e
pedir para que o paciente repita após alguns minutos, se houver necessidade. Para o
exame da memória de retenção pode-se pedir ao paciente que repita algarismos na
ordem direta e depois inversa.
- Inteligência: É mais para se constatar se o paciente está dentro do chamado
―padrão de normalidade‖. Interessa a autonomia que o paciente tenha, a sua
capacidade laborativa.
- Sensopercepção: É o atributo psíquico no qual o indivíduo reflete
subjetivamente a realidade objetiva. Fundamenta-se na capacidade de perceber e
sentir.
- Pensamento: Este item da anamnese é destinado à investigação do curso,
forma e conteúdo do pensamento. Aqui se faz uma análise do discurso do paciente.
- Linguagem: Neste tópico, o que irá nos interessar é o exame da linguagem
falada e escrita. Sua normalidade e alterações estão intimamente relacionadas ao
estudo do pensamento, pois é pela linguagem que ele passa ao exterior.
- Consciência do Eu: O terapeuta orientará sua entrevista no sentido de saber
se o paciente acha que seus pensamentos ou atos são controlados por alguém ou
forças exteriores, se se sente hipnotizado ou enfeitiçado, se alguém lhe rouba os
pensamentos, se existe eletricidade ou outra força que o influencie, se pode
transformar-se em pedra ou algo estático, se sente que não existe ou se é capaz de
adivinhar e influenciar os pensamentos dos outros.
- Afetividade: Pesquisa-se estados de euforia, tristeza, irritabilidade, angústia,
ambivalência e labilidade afetivas, incontinência emocional etc. Observa-se, ainda, de
maneira geral, o comportamento do paciente.
AVALIAÇÃO PSICODINÂMICA
Ela também enfatiza a importância de incluir uma descrição dos fatores não
psicodinâmicos (p. 43).‖
1. Um aspecto fenomenológico,
2. Um aspecto dinâmico. Mostra e esconde ao mesmo tempo um desejo
inconsciente que entra em oposição com uma proibição do superego, ou seja, um
conflito que é resolvido parcialmente pelo ego evitando fobicamente a situação
angustiante.
3. Um beneficio secundário tanto para o paciente quanto para a família.
4. Fracasso ou rompimento de equilíbrio entre as séries complementares.
O sintoma como mostrado por Freud, inclui sempre o individuo e o outro. O
sintoma está no lugar de uma palavra que falta, ele vem como máscara ou palavra
fantasiada.
INSTRUMENTOS PSICOLÓGICOS
Os testes psicológicos são uma das mais típicas técnicas de avaliação, que se
caracterizam como medida objetiva e padronizada de uma amostra de
comportamento. É de fundamental importância que o profissional que utiliza testes
psicológicos tenha um preparo técnico para utilizá-lo e que os instrumentos
apresentem qualidades psicométricas, pois só assim seus resultados serão confiáveis.
Essa melhor qualidade diz respeito ao embasamento teórico dos testes, aos estudos
de padronização, e à verificação sua validade e precisão.
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No site do Conselho Federal de Psicologia (www2.pol.org.br/satepsi) você poderá acessar a
lista dos testes aprovados para utilização.
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Desenvolvidas por David Wechsler, estas escalas têm sido incluídas entre os
instrumentos mais conhecidos para avaliação da inteligência (QI), embora não sirva
somente para isto, e vêm sendo constantemente revisadas para maior adaptação à
população brasileira (CUNHA, 2000).
São consideradas ―padrão ouro‖ nas avaliações psicométricas, sendo utilizadas
cada vez menos para determinação de um nível intelectual e cada vez mais para
atender necessidades bastante específicas no diagnóstico de psicopatologistas e
avaliações neuropsicológicas, tendo variações que permitem a avaliação desde
crianças a idosos (CUNHA, 2000).
A seguir serão expostas as duas versões mais usadas e mais recentes.
Subescala Verbal
a) Informação: mede o nível dos conhecimentos adquiridos a partir da
educação na família e na escola. Recorre à memória de longo prazo. Permite verificar
a organização temporal. Nas crianças que apresentam problemas de linguagem
(disfasias), dificuldades de aprendizagem (déficits sequenciais) ou desatenção-
impulsividade é particularmente frequente a existência de um déficit na organização
temporal.
b) Semelhanças: avalia a capacidade de estabelecer relações lógicas e a
formação de conceitos verbais ou de categorias; além da capacidade de síntese e de
integração de conhecimentos. É um subteste difícil para as crianças com limitações
intelectuais. Pode ser o melhor resultado da subescala verbal para os sujeitos
disfásicos que frequentemente apresentam um nível elevado de inteligência geral e,
em especial, uma boa capacidade de síntese. É importante observar se a criança
alcança a pontuação máxima nos itens através de uma única resposta correta ou de
explicações pormenorizadas.
Subescala de Execução
a) Completar Figuras: É o primeiro subteste da escala a ser aplicado podendo,
por isso, esperar-se que o resultado obtido seja negativamente influenciado pelo efeito
de novidade, sobretudo numa criança tímida, por uma reação de inibição ansiosa.
Recorre à memória visual e a um bom senso prático.
b) Código: Mede a capacidade de associar números a símbolos e de
memorizar corretamente essas associações, a fim de executar a tarefa o mais
rapidamente possível. Avalia a capacidade de aprendizagem mecânica/automatizada.
Um bom resultado sugere um estilo sequencial preferencial. A reprodução dos
símbolos requer uma boa caligrafia, muitas vezes ausente nas crianças impulsivas (os
problemas neuromotores finos são frequentemente relacionados com esta
problemática). Um resultado fraco pode dever-se a uma dificuldade da memória
cinestésica – ―capacidade da criança reter os movimentos motores necessários à
realização gráfica‖ (PSICOPEDAGOGIA BRASIL, 2009) – da sequência gestual a
executar, ou ser observado em algumas crianças dispráxicas (com dificuldades
motoras e de linguagem).
c) Arranjo de Figuras: Requer uma boa capacidade de análise perceptiva, bem
como uma integração do conjunto das informações disponíveis. A relação dos
desenhos que compõem cada história exige uma forma de discurso interior funcional,
o que pode não ocorrer nos sujeitos que apresentam uma disfasia, sobretudo
receptiva. Muitas vezes as crianças disfásicas evidenciam dificuldades na percepção
do tempo e do espaço, que podem ser detectadas nesta tarefa.
d) Cubos: Examina a capacidade de organização e processamento viso-
espacial/ não-verbal, a capacidade para decompor mentalmente os elementos
constituintes do modelo a reproduzir. É considerada uma medida de resolução de
problemas não-verbais e usada como uma das contraprovas de déficits nas funções
executivas. Neste contexto, permite identificar dificuldades de automonitorização
presentes quando a criança é incapaz de reconhecer erros evidentes, mesmo quando
é desafiada a descobrir esses erros ou a comparar o seu trabalho com o estímulo,
após a aplicação formal do subteste. A escolha do tipo de estratégia (global, analítica
ou sintética) que permite a execução da
WAIS – III
Parecer do CFP
ESCALA DE INTELIGÊNCIA WECHSLER PARA CASA DO
WAIS 2004 Favorável
ADULTOS - WAIS III PSICÓLOGO
conhecido por libertar os loucos das correntes. A psiquiatria desta época foi
chamada de Psiquiatria Clínica.
Numa segunda fase, conhecida pelos ―Fundamentos da Nosologia Clássica‖
houve a preocupação com a caracterização da enfermidade, frequência,
características da população afetada, entre outros.
Na chamada Psiquiatria Clássica, Kraeplin foi um dos maiores representantes,
e foi responsável pela sistematização de muitos conceitos já existentes; busca
da Etiologia, Patogenia e características do quadro clínico, curso e prognóstico.
No século XIX, a Psiquiatria torna-se ramo independente na Medicina. Surge a
Psicanálise e o enfoque psicodinâmico para o entendimento das
psicopatologias. A Psicologia torna-se também um ramo da ciência.
Assim como a Medicina em geral, a Psiquiatria, desde o princípio, tinha a
necessidade de construir uma nomenclatura, estabelecer uma linguagem comum
sobre as doenças mentais e sintomas, isto é, sinais que poderiam indicar uma
enfermidade, trazendo um diagnóstico. A Organização Mundial da Saúde (OMS) é
responsável pela Classificação Internacional de Doenças (CID), que teve seu início em
1893. Ela se baseia em estudos nosográficos, isto é, de nomenclatura e classificação
de doenças que trazem a possibilidade de que sintomas, sinais, alterações patológicas
específicas recebam o mesmo diagnóstico em qualquer lugar do mundo.
Catalogação hospitalar;
Auditoria médica;
Avaliação da assistência médica;
Estatística de seguros de saúde;
Pagamento centralizado de serviços médicos;
Verificação do progresso na assistência à saúde e no controle das doença.
presença de condutas altamente perigosas para si e para os outros, tais como: atos
homicidas e suicidas (SPITZER, FIRST E WILLIAMS, 2007).
Nota: Usar códigos intermédios sempre que seja adequado, por exemplo, 45, 68, 72.
100
Funcionamento superior num largo espectro de atividades; os problemas da
vida nunca parecem ficar sem solução; é procurado por outros devido às
91 suas muitas qualidades positivas. Ausência de sintomatologia.
80
Se estiverem presentes sintomas, estes representam reações transitórias e
esperadas a fatores de stress psicossocial (por exemplo, dificuldade em
concentrar-se depois de uma discussão familiar); apenas uma ligeira
deficiência do funcionamento social, ocupacional ou escolar (por exemplo,
71
atraso temporário no rendimento escolar).
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Algum perigo de magoar-se a si próprio ou aos outros (por exemplo,
tentativas de suicídio sem esperar claramente a morte; frequentemente
violento; excitação maníaca) OU não consegue ocasionalmente manter a
higiene mínima pessoal (por exemplo, suja-se com fezes) OU acentuada
11
deficiência na comunicação (por exemplo, muito incoerente ou sem
expressão verbal).
0 Informação Insuficiente.
Agrupamentos:
F0- Transtornos mentais orgânicos, incluindo sintomáticos;
F1- Transtornos mentais decorrentes do uso de substância;
F2- Esquizofrenia, transtornos esquizotípico e delirantes;
F3- Transtornos do humor (afetivos);
F4- Transtornos neuróticos, relacionados ao estresse e somatoformes;
F5- Síndromes associadas a perturbações fisiológicas;
F6- Transtornos de personalidade e de comportamento;
F7- Retardo mental;
F8- Transtornos do desenvolvimento psicológico;
F9- Transtornos emocionais e de comportamento com início usualmente na
infância e adolescencia.
Fonte: www.psiquiatriageral.com.br
Delirium
Características Diagnósticas:
Demência
Características Diagnósticas:
Sinais e Sintomas:
Transtornos Amnésticos
Características Diagnósticas:
Álcool;
Anfetamina ou simpaticomiméticos de ação similar;
Cafeína;
Canabinoides;
Cocaína;
Alucinógenos;
Inalantes;
Nicotina;
Opioides;
Fenciclidina (PCP) ou arilciclo-hexilaminas de ação similar e sedativos;
Hipnóticos ou ansiolíticos.
As seguintes classes compartilham aspectos similares, embora sejam
apresentadas em separado: o álcool compartilha características dos sedativos,
hipnóticos e ansiolíticos, e a cocaína compartilha características das anfetaminas ou
simpaticomiméticos de ação similar.
Dependência de substância;
Abuso de substância.
Dependência de Substância:
Abuso de Substância:
Os sintomas não se devem a uma condição médica geral nem são melhor
explicados por um outro transtorno mental.
Abstinência de substância
Delirium induzido por substância
Demência persistente induzida por substância
Transtorno amnéstico persistente induzido por substância
Transtorno psicótico induzido por substância
Transtorno do humor induzido por substância
Transtorno de ansiedade induzido por substância
Disfunção sexual induzida por substância
Transtorno do sono induzido por substância
Esquizofrenia:
Sinais e Sintomas:
compreender duas dimensões distintas, que, por sua vez, podem estar
relacionadas a diferentes mecanismos neurais e correlações clínicas subjacentes:
a ―dimensão psicótica‖ inclui delírios e alucinações, enquanto a ―dimensão da
desorganização‖ inclui o discurso e comportamento desorganizados.
Os sintomas negativos incluem restrições na amplitude e intensidade da
expressão emocional (embotamento do afeto), na fluência e produtividade do
pensamento (alogia) e na iniciação de comportamentos dirigidos a um objetivo
(avolição).
Delírios:
Os delírios são crenças errôneas, habitualmente envolvendo a interpretação
falsa de percepções ou experiências. Seu conteúdo pode incluir uma variedade de
temas (por exemplo, persecutórios, referenciais, somáticos, religiosos, ou
grandiosos). Os delírios persecutórios são os mais comuns; neles a pessoa acredita
estar sendo atormentada, seguida, enganada, espionada ou ridicularizada.
Alucinações:
As alucinações podem ocorrer em qualquer modalidade sensorial (por
exemplo, auditivas, visuais, olfativas, gustativas e táteis), mas as alucinações
auditivas são, de longe, as mais comuns e características da esquizofrenia, sendo
geralmente experimentadas como vozes conhecidas ou estranhas, que são
percebidas como distintas dos pensamentos da própria pessoa. O conteúdo pode ser
bastante variável, embora as vozes pejorativas ou ameaçadoras sejam especialmente
comuns.
As alucinações devem ocorrer no contexto de um sensório claro; aquelas que
ocorrem enquanto o indivíduo adormece (hipnagógicas) ou desperta (hipnopômpicas)
são consideradas parte da faixa de experiências normais. Experiências isoladas de
ouvir o próprio nome sendo chamado ou experiências que não possuem a qualidade
de uma percepção externa (por exemplo, zumbidos na própria cabeça) também não
são consideradas alucinações características da esquizofrenia.
Desorganização do Pensamento:
Esquizofrenia: Subtipos
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Retirado de apostilas específicas EducaPsico.
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Todo o texto foi baseado no DSM-IV e CID-10.
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Episódio de humor:
Episódio Maníaco;
Episódio Misto;
Episódio Hipomaníaco;
Transtornos depressivos:
Transtorno Distímico;
Transtornos Bipolares;
Transtorno Bipolar I;
Transtorno Ciclotímico;
Episódio de humor:
A. Cinco (ou mais) dos seguintes sintomas estiveram presentes durante o mesmo
período de 2 semanas e representam uma alteração a partir do funcionamento
anterior; pelo menos um dos sintomas é (1) humor deprimido ou (2) perda do interesse
ou prazer.
Nota: Não incluir sintomas nitidamente devidos a uma condição médica geral ou
alucinações ou delírios incongruentes com o humor.
(1) humor deprimido na maior parte do dia, quase todos os dias, indicado por relato
subjetivo (por exemplo, sente-se triste ou vazio) ou observação feita por outros (por
exemplo, chora muito);
(3) perda ou ganho significativo de peso sem estar em dieta (por exemplo, mais de 5%
do peso corporal em 1 mês), ou diminuição ou aumento do apetite quase todos os
dias;
Nota: Em crianças, considerar falha em apresentar os ganhos de peso esperados.
(5) agitação ou retardo psicomotor quase todos os dias (observáveis por outros, não
meramente sensações subjetivas de inquietação ou de estar mais lento);
(9) pensamentos de morte recorrentes (não apenas medo de morrer), ideação suicida
recorrente sem um plano específico, tentativa de suicídio ou plano específico para
cometer suicídio;
E. Os sintomas não são melhor explicados por luto, ou seja, após a perda de um ente
querido, os sintomas persistem por mais de 2 meses ou são caracterizados por
E. Os sintomas não se devem aos efeitos fisiológicos diretos de uma substância (por
exemplo, uma droga de abuso, um medicamento ou outro tratamento) ou de uma
condição médica geral (por exemplo, hipertiroidismo).
C. Os sintomas não se devem aos efeitos fisiológicos diretos de uma substância (por
exemplo, droga de abuso, medicamento ou outro tratamento) ou de uma condição
médica geral (por exemplo, hipertiroidismo).
Nota: Episódios tipo mistos causados por um tratamento antidepressivo somático (por
exemplo, medicamento, terapia eletroconvulsiva, fototerapia) não devem contar para
um diagnóstico de Transtorno Bipolar I.
B. Durante o período da perturbação do humor, três (ou mais) dos seguintes sintomas
persistiram (quatro se o humor é apenas irritável) e estiveram presentes em um grau
significativo:
F. Os sintomas não se devem aos efeitos fisiológicos diretos de uma substância (por
exemplo, droga de abuso, medicamento, ou outro tratamento) ou de uma condição
médica geral (por exemplo, hipertiroidismo).
Transtornos Depressivos
Nota: Para serem considerados episódios distintos, deve haver um intervalo de pelo
menos 2 meses consecutivos durante os quais não são satisfeitos os critérios para
Episódio Depressivo Maior.
Transtorno Distímico
A. Humor deprimido na maior parte do dia, na maioria dos dias, indicado por relato
subjetivo ou observação feita por outros, por pelo menos 2 anos.
Nota: Em crianças e adolescentes, o humor pode ser irritável, e a duração deve ser de
no mínimo 1 ano.
Nota: Pode ter ocorrido um Episódio Depressivo Maior anterior, desde que tenha
havido remissão completa (ausência de sinais ou sintomas significativos por 2 meses)
antes do desenvolvimento do Transtorno Distímico. Além disso, após os 2 anos iniciais
(1 ano para crianças e adolescentes) de Transtorno Distímico, pode haver episódios
sobrepostos de Transtorno Depressivo Maior e, neste caso, ambos os diagnósticos
podem ser dados quando são satisfeitos os critérios para um Episódio Depressivo
Maior.
E. Jamais houve um Episódio Maníaco, um Episódio Misto ou um Episódio
Hipomaníaco e jamais foram satisfeitos os critérios para Transtorno Ciclotímico.
G. Os sintomas não se devem aos efeitos fisiológicos diretos de uma substância (por
exemplo, droga de abuso, medicamento) ou de uma condição médica geral (por
exemplo, hipotiroidismo).
Transtorno Bipolar I
A. Os critérios, exceto pela duração, são atualmente (ou foram mais recentemente)
satisfeitos para um Episódio Maníaco, Episódio Hipomaníaco, Episódio Misto ou
Episódio Depressivo Maior.
Transtorno Bipolar II
Especificar (para Episódio Depressivo Maior atual ou mais recente apenas se este for
o tipo mais recente de episódio de humor):
Crônico;
Transtorno Ciclotímico
E. Os sintomas não se devem aos efeitos fisiológicos diretos de uma substância (por
exemplo, droga de abuso, medicamento) ou de uma condição médica geral (por
exemplo, hipertiroidismo).
Transtornos Bipolares específicos definidos nesta seção (ou sintomas bipolares acerca
dos quais há informações inadequadas ou contraditórias).
Transtornos de ansiedade
Agorafobia;
Ataque de Pânico;
Transtorno de Pânico Sem Agorafobia;
Transtorno de Pânico Com Agorafobia;
Agorafobia Sem História de Transtorno de Pânico;
Fobia Específica;
Fobia Social;
Transtorno Obsessivo-Compulsivo;
Transtorno de Estresse Pós-Traumático;
Transtorno de Estresse Agudo;
Transtorno de Ansiedade Generalizada;
Transtorno de Ansiedade Devido a uma Condição Médica Geral;
Transtorno de Ansiedade Induzido por Substância;
Transtorno de Ansiedade Sem Outra Especificação.
suficientemente severas para consumirem tempo (isto é, consomem mais de uma hora
por dia) ou causar sofrimento acentuado ou prejuízo significativo.
Transtornos Somatoformes
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Pensamentos ego-distônicos são aqueles percebidos como intrusivos, como algo que não é
próprio.
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porém não são completamente explicados por uma condição médica geral, pelos
efeitos diretos de uma substância ou por um outro transtorno mental (por exemplo,
Transtorno de Pânico).
Transtornos Factícios
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Psicogênico: de origem psíquica e não somática.
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Exclui:
Simulador [simulação consciente]
Transtornos Alimentares
transtorno são amenorreicas11 (o termo anorexia é uma designação incorreta, uma vez
que a perda do apetite é rara). A perda de peso em geral é obtida, principalmente, por
meio da redução do consumo alimentar total. Embora os indivíduos possam começar
excluindo de sua dieta aquilo que percebem como sendo alimentos altamente
calóricos, a maioria termina com uma dieta muito restrita, por vezes limitada a apenas
alguns alimentos. Métodos adicionais de perda de peso incluem purgação (isto é,
autoindução de vômito ou uso indevido de laxantes ou diuréticos) e exercícios intensos
ou excessivos.
11
Amenorreicas: que não menstruam.
12
Amenorreia: ausência de menstruação por pelo menos 3 meses.
Subtipos
Os seguintes subtipos podem ser usados para a especificação da presença ou
ausência de compulsões periódicas ou purgações regulares durante o episódio atual
de Anorexia Nervosa.
Fonte: www.tdah.net.br
Algum prejuízo devido aos sintomas deve estar presente em pelo menos dois
contextos (por ex., em casa e na escola ou trabalho). Deve haver claras evidências de
interferência no funcionamento social, acadêmico ou ocupacional apropriado em
termos evolutivos. A perturbação não ocorre exclusivamente durante o curso de um
Transtorno Invasivo do Desenvolvimento, Esquizofrenia ou outro Transtorno Psicótico
e não é melhor explicada por um outro transtorno mental (por ex., Transtorno do
Humor, Transtorno de Ansiedade, Transtorno Dissociativo ou Transtorno da
Personalidade).
Impulsividade:
Personalidade).
Codificar com base no tipo:
F90.0 - 314.01 Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade, Tipo Combinado: se
tanto o Critério A1 quanto o Critério A2 são satisfeitos durante os últimos 6 meses.
F98.8 - 314.00 Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade, Tipo
Predominantemente Desatento: Se o Critério A1 é satisfeito, mas o Critério A2 não é
satisfeito durante os últimos 6 meses.
F90.0 - 314.01 Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade, Tipo
Predominantemente Hiperativo-Impulsivo: Se o Critério A2 é satisfeito, mas o Critério
A1 não é satisfeito durante os últimos 6 meses.
Nota para a codificação: Para indivíduos (em especial adolescentes e adultos) que
atualmente apresentam sintomas que não mais satisfazem todos os critérios,
especificar "Em Remissão Parcial".
Transtornos de conduta
Transtorno Autista;
Transtorno de Rett;
Transtorno de Asperger;
atraso ou ausência total da fala (não acompanhado por uma tentativa para
compensar através de modos alternativos de comunicação, tais como gestos
ou mímicas )
em crianças com fala adequada, acentuado prejuízo na capacidade de iniciar
ou manter uma conversa
uso repetitivo de mesmas palavras ou sons ausência de jogos ou brincadeiras
variadas de acordo com a idade
a criança parece adotar uma rotina ou ritual específico em seu ambiente, com
extrema dificuldade e sofrimento quando tem que abrir mão da mesma
movimentos repetitivos ou complexos do corpo preocupação persistente com
partes de objetos
Transtornos de tique
Transtornos da Excreção
fatores hereditários e ambientais diversos, com o peso relativo de cada fator variando
de caso a caso (ABC da SAÚDE).
Exposta ao estímulo fóbico, a criança procura correr para perto de alguém que
a faça sentir-se protegida. Pode apresentar crises de choro, desespero, imobilidade,
agitação psicomotora ou até mesmo ataque de pânico. Os medos mais comuns na
infância são de pequenos animais, injeções, escuridão, altura e ruídos intensos. Essas
fobias diferenciam-se dos medos normais da infância por serem reações excessivas,
não adaptativas e que fogem do controle da criança (ABC da SAÚDE).
De acordo com Caires (2003), cada uma dessas matérias tem sua linguagem
própria, sua metodologia e seus pressupostos teóricos específicos. As tarefas do
psicólogo exercidas nas Instituições de Direito são de grande valia, à medida que
podem, com sistematização, não apenas somar entendimentos e subsídios extraídos
dos tantos anos nessas práticas, como também promover, a partir de reflexões e
debates, novas diretrizes do poder judiciário (CAIRES, 2003).
Ao Juiz cabe ir formando com serenidade um juízo sobre o fato, a partir dos
elementos da acusação e da defesa, que o fundamentem de convicção jurídica para
que ele possa assimilar as diversas facetas legais do fato e formular uma síntese.
Do ponto de vista jurídico, a perícia fica definida como ―exame realizado por
técnicos (profissionais de diversas áreas) a serviço da justiça‖. Dada a complexidade
dos procedimentos legais, essa prática compreende um conjunto de exames
especializados, realizados por profissionais nomeados pelo juiz (CAIRES, 2003).
Um exemplo:
Perícia Psicológica
Segundo Shine (2003), a palavra ―perícia‖ vem do latim perior, que quer dizer
experimentar, saber por experiência. Consiste num aporte especializado que
pressupõe um conhecimento técnico/científico específico que contribua no sentido de
esclarecer algum ponto considerado imprescindível para o procedimento processual.
Na atuação da Psicologia Forense, na elaboração do laudo e na perícia psicológica,
devem ser observadas algumas etapas necessárias para a elaboração do processo,
conforme segue.
esse índice está diretamente relacionado à crise por que passa a instituição do
casamento.
O Código Civil (2002) no artigo 1.638, diz: Perderá por ato judicial o poder
familiar o pai ou mãe que:
Avaliação da Criança
A autora sugere que devem ser feitas entrevistas com terceiros ou também
chamadas de ―contatos colaterais‖, procurando caracterizar as entrevistas com outros
que não fossem aqueles diretamente referidos como parte do processo judicial.
Salienta que essas pessoas são, muitas vezes, da família e sempre próximas à
criança – porque senão não teria sentido entrevistá-las. O importante é que essas
pessoas, chamadas para complementar a avaliação, estejam diretamente
relacionadas ao problema e tenham informações pertinentes para prestar. Após a
avaliação é realizado um laudo com as informações, o qual será encaminhado ao juiz,
que decidirá sobre a regulamentação das visitas.
Uma das tarefas desse tipo de avaliação seria explicitar as relações causais
da conduta de incompetência parental, de forma a compreender o seu significado.
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De acordo com Rovinski (2007), no âmbito moral, o psicólogo não deve ir além
de descrever essas relações entre pais e filhos, além de descrever ou oferecer
sugestões sobre a situação imediata, as consequências previsíveis da retirada ou
manutenção do poder familiar, evitando-se as especulações que os próprios dados
não permitem.
DROGADIÇÃO
Tal variedade de nomenclaturas indica estarmos lidando com uma área que
traz em si uma multiplicidade de concepções e ideologias, ora aproximam-se da
Medicina, ora do Direito, ora da Antropologia, ora da Psicologia e de algumas outras
áreas; mostrando que, neste campo, ainda temos mais perguntas do que respostas,
c - expressão de independência;
e - melhora da ―criatividade‖;
De acordo com o DSM-IV (1995 apud AZEVEDO, 2000) os critérios para que
seja considerado abuso de substâncias, é:
C. Os sintomas não se devem a uma condição médica geral nem são mais
bem explicados por outro transtorno mental.
Tratamento
ADOÇÃO
Fase extraprocessual:
Fase processual:
A adoção é um instituto jurídico que procura imitar a filiação natural. Ela pode
ter sua base na pluralidade de vontades, como no caso da adoção pelo sistema do
Código Civil, quanto pode ter sua base na sentença judicial que pressupõe o devido
processo legal, como no caso da adoção do Estatuto da Criança e do Adolescente.
Nosso sistema jurídico conhece dois tipos de adoção: a plena, prevista no ECA
para os menores de dezoito anos de idade, e a do CC/02 para os maiores de dezoito
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O Histórico da Família
O adotante, uma vez deferida à adoção, passará a figurar como verdadeiro pai
ou mãe do adotado, recebendo, por conta do ordenamento jurídico, a missão de criá-lo
e educá-lo adequadamente, além de ministrar-lhe toda a assistência moral e material
exigida pelo Estatuto.
FALSAS MEMÓRIAS
De acordo com Lopes e Gesu (2007) no que diz respeito às falsas memórias,
são praticamente inexistentes os estudos sobre o tema e os graves inconvenientes
que elas podem trazer na formação e valoração da prova jurídico-penal.
Loftus apareceu nos anos 70. Entretanto, o que fez dela uma das maiores
autoridades sobre o tema foi a introdução de uma nova técnica para o estudo das
falsas memórias, consistente na sugestão da falsa informação. Cuida-se da inserção
de uma informação não-verdadeira em meio a uma experiência realmente vivenciada,
produzindo o chamado efeito ―falsa informação‖, no qual o sujeito acredita
verdadeiramente ter passado pela experiência falsa (LOPES E GESU, 2007).
De acordo com Lopes e Gesu (2007) algumas pessoas estão mais suscetíveis
à formação das falsas lembranças, geralmente aquelas que sofreram algum tipo de
traumatismo ou lapso de memória. Contudo, através da observação casuística e de
estudos de experimentação, as crianças foram historicamente avaliadas como mais
vulneráveis à sugestão, pois a tendência infantil é justamente a de corresponder às
expectativas do que deveria acontecer, bem como às expectativas do adulto
entrevistador.
A criança tende a ser desafiada pelo entrevistador quando o seu relato for
incongruente com a convicção inicial dele. O fato é que se o entrevistador está
previamente convicto acerca da ocorrência do delito, certamente vai dirigir todos os
questionamentos de modo a confirmá-lo, sem investigar ou explorar qualquer outra
hipótese, demonstrando um imenso grau de contaminação do relato (LOPES E GESU,
2007).
Origens
inveja ou pela cólera. Vê-se como vítima, injustamente e cruelmente tratado pelo outro
genitor, do qual procura se vingar fazendo crer aos filhos que o outro genitor tem todos
os defeitos.
Tentar a Mediação
O genitor alienador: deseja o controle total dos filhos; para ele, isso é uma
questão de vida ou morte; não aceita nem obedece a regras, inclusive do tribunal; é
incapaz de ver a situação por outro ângulo que não seja o seu; não distingue a
diferença entre falar a verdade e mentir; é convincente e muitas vezes conseguem
fazer os envolvidos no processo acreditarem nele (funcionários, policiais, assistentes
sociais, advogados e mesmo psicólogos); não é cooperativo e oferece resistência a
ser examinado por um especialista; durante a avaliação pode cometer falhas em seu
raciocínio, pois o que fala é baseado em mentiras e ilusões; não consegue perceber o
sofrimento dos filhos e o quanto a situação é degradante para eles.
contato com o outro genitor, denúncias falsas de abuso, deterioração da relação após
a separação e reação de medo da parte dos filhos.
“Todo ato ou omissão praticado por pais, parentes ou responsáveis contra crianças e/ou
adolescentes que – sendo capaz de causar dano físico, sexual e/ou psicológico à vítima
– implica de um lado numa transgressão do poder/dever de proteção do adulto e, de
outro, numa coisificação da infância, isto é, numa negação do direito que crianças e
adolescentes têm de ser tratados como sujeitos e pessoas em condição peculiar de
desenvolvimento.” (AZEVEDO; GUERRA, 1998, p. 177)
1. Abuso físico;
2. Abuso emocional;
3. Negligência;
4. Abuso sexual.
Modo Infanticídio (Antiguidade até o séc. IV): tinham como base a ideia de que
as crianças existiam para atender às necessidades e à comodidade dos adultos e que
as crianças defeituosas eram responsáveis por suas desgraças.
Modo de Ambivalência (séc. XIV ao XVIII): a tarefa dos pais era moldar a
criança, reprimindo-a e batendo nela. Nessa fase os pais eram mais ligados
emocionalmente com os seus filhos, mas ainda os temiam como um mal absoluto:
Abuso físico:
Abuso emocional:
Negligência:
Abuso sexual:
e atos não-penetrantes. Pode incluir atividades sem contato, tais como levar a criança
a olhar ou produzir material pornográfico ou a assistir a atividades sexuais ou
encorajá-la a comportar-se de maneiras sexualmente inapropriadas.”
aliciar a criança;
aliciar crianças pela Internet;
invadir de maneira inapropriada o espaço da criança;
insistir em comportamento ou roupas sexualmente sedutores;
estimular a nudez;
fazer comentários verbais de natureza sexual;
despir-se na frente de crianças;
forçar a criança a compartilhar a mesma cama com o adulto além da idade
adequada ao seu desenvolvimento;
expor a genitália deliberadamente;
observar a criança, de maneira inapropriada, quando ela se despe ou usa o
banheiro;
encorajar a criança a assistir atos sexuais ou ouvi-los;
fotografar a criança para gratificação sexual ou uso pornográfico posterior;
drogar a criança a fim de fotografá-la em poses sexualmente provocantes ou
como prelúdio da violência sexual;
usar de comportamento evidentemente sexual na presença de criança;
expor a criança à pornografia, para dessensibilizá-la – parte poderosa do
processo de aliciamento;
filmar a criança em poses sexualmente explícitas;
coagir a criança a participar de um círculo de pedofilia;
fazer com que a criança recrute outras crianças para o abusador sexual.
As vítimas são tanto meninos como meninas. Estima-se que 73% de todas as
vítimas de abuso sexual em crianças sejam do sexo feminino e 27% sejam do sexo
masculino. No entanto, é preciso tomar cuidado com esses dados, pois o que se
percebe é que, devido à cultura homofóbica, muitos meninos deixam de denunciar o
abuso, o que poderia levar a uma estimativa abaixo dos números reais. O abuso
sexual pode iniciar desde as primeiras semanas até os 18 anos. Os crimes de abuso
têm duração média de mais de um ano, ou seja, o abuso não ocorre uma única vez,
ele se faz repetidamente (SANDERSON, 2005).
Muitas crianças não contam sobre o abuso, pois não conseguem identificar que
a experiência que estão passando constitui um abuso, porque lhe disseram que o
comportamento é normal e que faz parte de um relacionamento especial. Um dado
importante é na maioria dos casos o abusador é conhecido da criança (87%). Essas
crianças muitas vezes são abusadas sexualmente todos os dias, atrás de portas
fechadas e intimidadas ou manipuladas para permanecerem em silêncio.
a maneira como eles brincam com a criança podem deixar outros adultos
pouco à vontade;
sempre favorecem a criança;
procuram razões para ficar sozinhos com a criança. Recusam-se à criança
privacidade suficiente para que ela tome as próprias decisões em questões
pessoais;
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O ASC pode ser violento, mas a maneira pela qual ele é infligido não
necessariamente envolve algum tipo de violência física. A maior parte envolve engodo,
Geralmente as crianças não mentem sobre o abuso sexual, pois elas não têm
percepção nem conhecimentos sexuais suficientes para isso. As crianças não
necessariamente sabem que a atividade sexual entre crianças e adultos é errada, pois
na maioria dos casos o ASC não se inicia com um estupro. Elas podem tentar
comunicar os pais de formas não-verbais, que podem variar e muito – vão desde o
retraimento até a repetição do abuso sexual em crianças menores. O abuso sexual
pode causar danos significativos às crianças que podem ser a curto e a longo prazo.
(Fonte: Texto retirado do documento elaborado pelo Conselho Federal de Psicologia “Serviço de Proteção
Social a Crianças e Adolescentes Vítimas de Violência, Abuso e Exploração Sexual e suas Famílias:
referências para a atuação do psicólogo”)
Atendimento Psicológico
O Atendimento Psicossocial
Conceitos Importantes
contexto sócio-histórico e cultural no qual está inserida, sua relação com o mesmo,
etc.
Planejamento da Intervenção
Isso significa que cada caso é visto como único, com suas especificidades e
particularidades. Os profissionais intervêm de maneira articulada, cada um em sua
especialidade, mas atuam com vistas a um objetivo comum, que é oferecer
atendimento especializado que compreenda esse sujeito em suas diversas dimensões.
Toda a equipe tem acesso aos procedimentos adotados por seus membros de
acordo com o sigilo e a conduta ética de suas profissões. Dessa forma, a equipe
busca identificar necessidades individuais elaborando planos de intervenções
singulares.
Apresentação
b. Abrir espaço para a discussão, pelo psicólogo, dos limites e interseções relativos
aos direitos individuais e coletivos, questão crucial para as relações que estabelece
com a sociedade, os colegas de profissão e os usuários ou beneficiários dos seus
serviços.
Princípios Fundamentais
VI. O psicólogo zelará para que o exercício profissional seja efetuado com dignidade,
rejeitando situações em que a Psicologia esteja sendo aviltada.
k. Sugerir serviços de outros psicólogos, sempre que, por motivos justificáveis, não
puderem ser continuados pelo profissional que os assumiu inicialmente, fornecendo ao
seu substituto as informações necessárias à continuidade do trabalho;
e. Ser conivente com erros, faltas éticas, violação de direitos, crimes ou contravenções
penais praticados por psicólogos na prestação de serviços profissionais;
j. Estabelecer com a pessoa atendida, familiar ou terceiro, que tenha vínculo com o
atendido, relação que possa interferir negativamente nos objetivos do serviço
prestado;
k. Ser perito, avaliador ou parecerista em situações nas quais seus vínculos pessoais
ou profissionais, atuais ou anteriores, possam afetar a qualidade do trabalho a ser
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a. Avaliará os riscos envolvidos, tanto pelos procedimentos, como pela divulgação dos
resultados, com o objetivo de proteger as pessoas, grupos, organizações e
comunidades envolvidas;
a. Advertência;
b. Multa;
c. Censura pública;
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Retirado de apostilas específicas EducaPsico
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Informe Psicodiagnóstico
Outro fato importante de ser lembrado é que todas as laudas, desde a primeira
até a penúltima, devem ser rubricadas, considerando que a última estará assinada, em
toda e qualquer modalidade de documento (CONSELHO, 2003).
Por fim, fazendo referência aos princípios éticos, ao elaborar um documento, o
psicólogo deverá sempre basear suas informações nos princípios e dispositivos do
Código de Ética Profissional do Psicólogo. Dentre estes, os cuidados em relação aos
deveres do psicólogo nas suas relações com a pessoa atendida, ao sigilo profissional,
às relações com a justiça e ao alcance das informações – identificando riscos e
compromissos em relação à utilização das informações presentes nos documentos em
sua dimensão de relações de poder (CONSELHO, 2003).
Seria expressamente proibido realizar, sob toda e qualquer condição, do uso
dos instrumentos, técnicas psicológicas e da experiência profissional da Psicologia na
sustentação de modelos institucionais e ideológicos que perpetuem qualquer forma de
segregação (CONSELHO, 2003).
Deve-se realizar uma prestação de serviço responsável pela execução de um
trabalho de qualidade cujos princípios éticos sustentam o compromisso social da
Psicologia (CONSELHO, 2003).
Tipos de Documentos
Declaração
Atestado Psicológico
- Finalidade do documento;
- Registro da informação do sintoma, situação ou condições psicológicas que
justifiquem o atendimento, afastamento ou falta – podendo ser registrado sob o
indicativo do código da Classificação Internacional de Doenças em vigor;
- Registro do local e data da expedição do atestado;
- Registro do nome completo do psicólogo, sua inscrição no CRP e/ou carimbo com as
mesmas informações;
- Assinatura do psicólogo acima de sua identificação ou do carimbo.
Para evitar adulterações no documento, os registros devem estar transcritos de
forma corrida, ou seja, separados apenas pela pontuação, sem parágrafos. Caso haja
necessidade da utilização de parágrafos, o psicólogo deve preencher esses espaços
com traços (CONSELHO, 2003).
É importante ressaltar que o atestado emitido para justificar aptidão ou não
para determinada atividade, através do uso do psicodiagnóstico, deve ter seu relatório
correspondente guardado nos arquivos profissionais do psicólogo, pelo prazo mínimo
de cinco anos, ou o prazo previsto por lei (CONSELHO, 2003).
Identificação
Constitui-se da parte superior do primeiro tópico do documento com a
finalidade de identificar:
- AUTOR/relator – quem elabora – nome(s) do(s) psicólogo(s) que realizará(ão) a
avaliação, com a(s) respectiva(s) inscrição(ões) no Conselho Regional;
- INTERESSADO – quem solicita – nome do autor do pedido (se a solicitação foi da
Justiça, se foi de empresas, entidades ou do cliente);
- ASSUNTO/finalidade – o psicólogo indicará a razão, o motivo do pedido (se para
acompanhamento psicológico, prorrogação de prazo para acompanhamento ou outras
razões pertinentes a uma avaliação psicológica) (CONSELHO, 2003).
Descrição da Demanda
Esta parte destina-se à descrição das informações referentes à problemática
apresentada e dos motivos, razões e expectativas que produziram o pedido do
documento. Nesta parte, deve-se apresentar a análise que se faz da demanda,
justificando o procedimento adotado (CONSELHO, 2003).
Procedimento
Nesta parte serão apresentados os recursos e instrumentos técnicos utilizados
para coletar as informações (número de encontros, pessoas ouvidas etc.) à luz do
referencial teórico-filosófico que os embasa (CONSELHO, 2003).
O procedimento adotado deve ser pertinente para avaliar a complexidade do
que está sendo demandado.
Análise
Na análise, o psicólogo faz uma exposição descritiva de forma metódica,
objetiva e fiel dos dados colhidos e das situações vividas relacionados à demanda.
Conclusão
Na conclusão do relatório, serão expostos o resultado e/ou considerações a
respeito de sua investigação. As considerações geradas pelo processo de avaliação
psicológica devem transmitir ao solicitante tanto a análise da demanda como do
processo de avaliação psicológica como um todo.
Vale ressaltar a importância de sugestões e projetos de trabalho que
contemplem
as variáveis envolvidas durante todo o processo (CONSELHO, 2003).
Após isto, o documento é encerrado, com indicação do local, data de emissão,
assinatura do psicólogo e o seu número de inscrição no CRP.
Parecer Psicológico
portanto, uma resposta a uma consulta, que exige de quem responde competência no
assunto (CONSELHO, 2003).
O psicólogo parecerista deve fazer a análise do problema apresentado,
destacando os aspectos relevantes e opinar a respeito, considerando os quesitos
apontados e com fundamento em referencial teórico-científico (CONSELHO, 2003).
Havendo quesitos, o psicólogo deve respondê-los de forma sintética e
convincente, não deixando algum sem resposta. Quando não houver dados para a
resposta ou quando o psicólogo não puder ser categórico, deve-se utilizar a expressão
―sem elementos de convicção‖. Se o quesito estiver mal formulado, pode-se afirmar
―prejudicado‖, ―sem elementos‖ ou ―aguarda evolução‖ (CONSELHO, 2003).
Quanto à estrutura, tem-se que o parecer é composto de quatro itens:
identificação, exposição de motivos, análise e conclusão.
Identificação
Identifica o nome do parecerista e sua titulação, o nome do autor da solicitação
e sua titulação.
Exposição de Motivos
Nesta parte o parecerista transcreve o objetivo da consulta e dos quesitos ou
apresenta as dúvidas levantadas pelo solicitante. Deve-se apresentar a questão em
tese, não sendo necessária, portanto, a descrição detalhada dos procedimentos, como
os dados colhidos ou o nome dos envolvidos (CONSELHO, 2003).
Análise
A discussão do parecer psicológico se constitui na análise minuciosa da
questão explanada e argumentada com base nos fundamentos necessários
existentes, seja na ética, na técnica ou no corpo conceitual da ciência psicológica
(CONSELHO, 2003).
Nesta parte, deve respeitar as normas de referências de trabalhos científicos
para suas citações e informações.
Conclusão
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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www.tdah.net.br
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