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FORTALEZA
2022
ANDRÉ TELES DE SOUSA
Orientador:
FORTALEZA
2022
RESUMO
Excedente reativo.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.................................................................................. 13
1.1 Objetivo do trabalho......................................................................................... 14
1.2 Estrutura do trabalho........................................................................................ 14
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA......................................................... 16
2.1 Definição do fator de potência......................................................................... 16
2.2 Cobrança do excedente reativo....................................................................... 21
2.3 Medição do fator de potência.......................................................................... 22
2.3.1 Medição do fator de potência através da telemedição.................................... 23
2.3.2 Medição do fator de potência através do analisador de energia..................... 26
2.3.3 Medição do fator de potência teórica através das cargas nominais................ 28
2.4 Métodos de compensação reativas................................................................. 29
2.4.1 Aumento do consumo da energia ativa............................................................ 29
2.4.2 Máquinas síncronas......................................................................................... 30
2.4.3 Capacitores...................................................................................................... 30
2.4.3.1 Fixo................................................................................................................ 30
2.4.3.2 Programado.................................................................................................. 31
2.5 Compensação reativa em cargas não lineares.............................................. 33
2.5.1 Filtros passivos................................................................................................. 34
2.5.2 Filtros Ativos (ou compensadores eletrônicos)................................................ 35
3 ESTUDO DE CASO........................................................................... 37
3.1 Detalhamento da unidade consumidora......................................................... 37
3.2 Problema............................................................................................................ 39
3.3 Medição e dimensionamento de fator de potência........................................ 42
3.4 Controle do fator de potência.......................................................................... 43
4 CONCLUSÃO.................................................................................... 46
REFERÊNCIA........................................................................................ 48
ANEXO A – GRÁFICO COMPLETO DO FATOR DE POTÊNCIA......... 52
ANEXO B – GRÁFICO DA CORREÇÃO DO FATOR DE POTÊNCIA. . 53
ANEXO C – CORREÇÃO DO FATOR DE POTÊNCIA.........................54
ANEXO D – HARMÔNICOS........................................................................................................57
ANEXO E – ANALISADOR MODELO RE 7000........................................................58
ANEXO F – TENSÕES HORMÔNICAS............................................................................61
ANEXO G – CORRENTES HARMÔNICAS...................................................................64
1 INTRODUÇÃO
14
1.1 Objetivo do trabalho
15
banco de capacitores adequado para manter o fator de potência dentro dos
parâmetros exigidos pela ANEEL, além de apresentar a melhor estratégia de
controle.
No último capítulo é apresentada a conclusão.
16
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
17
Figura 2: Correção do fator de potência
Fonte:(SILVA, 2009)
QCAPACITOR=Q−[P∗tan (θ 2 )] (1)
Sendo Q igual a:
Q=P∗tan (θ 1 ) (2)
Sendo:
Fp1 =Fator de potência da carga;
Fp2 =Fator de potência desejado;
P =Potência Ativa (kW);
QCAPACITOR =Potência reativa do banco de capacitores(kVAr);
18
Q =Potência reativa da carga(kVAr);
θ 1 =Defasagem angular entre corrente e tensão da carga (º);
θ 2 =Defasagem angular entre corrente e tensão desejada (º).
S=√3 xU x I (5)
S=Potência aparente(kVA);
U=Tensão de linha(V);
I=Corrente de linha (A).
P=Potência ativa(kW);
U=Tensão de linha(V);
I=Corrente de linha (A);
ɸ=Defasagem entre tensão eficaz e corrente eficaz (º).
19
Q=Potência reativa(kVAr);
U=Tensão de linha(V);
I=Corrente de linha (A);
ɸ=Defasagem entre tensão eficaz e corrente eficaz (º).
Sendo:
S=Potência aparente(kVA);
P=Potência ativa(kW);
Q=Potência reativa(kVAr);
O somatório das cargas de uma indústria com vários motores elétricos, com
diferentes valores de potência ativa (P) e de potência reativa (Q), gerar-se-á novos
valores para as respectivas potência, na qual dificilmente o fator de potência
atenderá a norma. (LUCAS, 2013)
O ideal seria adicionar reativo no sistema até que iguale a potência reativa,
desta forma aumentará o fator de potência, podendo até tornar-se unitário, isto é
válido para cargas lineares. Com a evolução da tecnologia eletrônica as cargas
passaram a não possuírem linearidade na curva tensão versus corrente, com isso o
fator de potência da instalação sofreu uma alteração significativa, tornando o
sistema elétrico mais complexo e piorando a qualidade de energia no sistema
elétrico. (NDIAYE, 2006),(WEG AUTOMAÇÃO S.A., 2009)
Como pode-se observar na Figura 3, a potência aparente (S) tornou-se maior
quando incluiu as distorções harmônicas, isto pode ser explicado matematicamente
pela equação (9).(C.DUGAN et al., 2003)
S2=P2+Q2+D2 (9)
20
Sendo:
S=Potência aparente(kVA);
P=Potência ativa(kW);
Q=Potência reativa(kVAr);
D= Potência de distorção (kVA).
21
2.2 Cobrança do excedente reativo
n1 fR
UFER=∑ [ EEAMT X ( −1)] X VRERE (10)
T =1 fT
n2 fR
UFDR=[MAX (PAM T x )−PAF ( p)] xVRDRE (11)
T =1 fT
22
Sendo:
UFER : energia reativa excedente à quantidade permitida pelo fator de
potência de referência “ f R ”, no período de faturamento, em Reais (R$);
EEAMT : montante de energia elétrica ativa medida em 1 (uma) hora, T
durante o período de faturamento, em megawatt hora (MWh);
f R : fator de potência de referência;
f T : fator de potência da unidade consumidora, calculado em 1 (uma) T
hora, durante o período de faturamento;
VRERE : valor de referência equivalente à tarifa verde aplicável ao subgrupo
B1, em Reais por megawatt hora (R$/MWh);
UFDR : valor correspondente à demanda de potência reativa excedente à
quantidade permitida pelo fator de potência de referência no período de
faturamento, em Reais (R$);
PAMT : demanda de potência ativa medida no intervalo de integralização de
1 (uma) hora, em quilowatt (kW);
PAF ( p) : demanda de potência ativa faturável, em cada posto tarifário, em
quilowatt (kW);
VRDRE : valor de referência, em Reais por quilowatt (R$/kW), equivalente às
tarifas de demanda de potência - fora de ponta – modalidade tarifária horária
azul;
MAX : função que identifica o valor máximo da equação, em cada posto
tarifário;
T : indica intervalo de 1 (uma) hora;
p: indica posto tarifário ponta ou fora de ponta;
n 1 : número de intervalos de integralização para os postos tarifários ponta e
fora de ponta;
n 2 : número de intervalos de integralização.
23
2.3 Medição do fator de potência
24
Figura 4: Telemedição
Fonte: Autor
25
Figura 5: Diagrama de blocos de um sistema de telemedição
26
Figura 6: Arquitetura do sistema de telemedição
27
de ser capaz de detectar harmônicas provocada por cargas eletrônicas, captar
28
Figura 8: Analisador de Energia RE7000Atende PRODIST
Fonte:(EMBRASUL, 2015)
29
determinar o consumo de energia ativa e reativa considerando o ciclo de operação
diário, calculando o consumo corporativo no período de um mês (30 dias) para, por
fim, aplicar na equação (12).
Ereativa
Fator de potência=cos (arctg ( )) (12)
Eativa
Sendo:
E Reativa =Energia reativa;
Eativa =Energia ativa.
Outro método mencionado por Mamede Filho (2010) é o analítico que baseia-
se no triângulo de potência, em que consiste em calcular a demanda ativa e reativa,
com base na potência de potência nominal. Este método é empregado quando
deseja obter o fator de potência em um ponto determinado do ciclo de carga.
30
recomendado, visto que o aumento do consumo da energia ativa afetará
diretamente as perdas no sistema e a conta de energia. (LUCAS, 2013)
2.4.3 Capacitores
31
2.4.3.1 Fixo
2.4.3.2 Programado
32
automático é feito de acordo com a necessidade do sistema, podendo atuar
ativamente no controle do fator de potência em tempo real ou estabelecer um horário
fixo para o banco de capacitor ser energizado ou desenergizado. (SILVA, 2009)
Fonte: www.coel.com.br
33
Figura 11: Capacitores operados automaticamente
34
2.5 Compensação reativa em cargas não lineares
As desvantagens para esse tipo de filtro são: As cargas não poderão ser
alterada para não perturbar o sistema de filtragem; é recomendado em projetos,
35
sendo de difícil implementação em sistemas já existentes. (SCHNEIDER ELECTRIC,
2015)
Os filtros ativos são caracterizados por: ter uma resposta mais rápida; perdas
desprezíveis; por ter uma ampla faixa de atuação (por ser capaz de eliminar
harmônicos com ordem de até 50ª), diferente dos filtros passivos; podem ser
adaptáveis e reutilizados. Esses tipos de filtro ainda podem ser classificados em
paralelo, série e paralelo – série.(PAREDES et al., 2007) (SCHNEIDER ELECTRIC,
2015)
Em paralelo tem função de compensar harmônicos e inter-harmônicos das
correntes na carga, podendo ainda corrigir o fator de potência e equilibrar as
correntes nas três fases. Na Figura 12 pode-se ver o circuito do compensador
eletrônico paralelo.(PAREDES et al., 2007)
36
Figura 13: Compensador eletrônico em série com a rede
37
3 ESTUDO DE CASO
Fonte: Autor.
38
Figura 16: Placa do transformador de 1000kVA
Fonte: Autor.
39
Figura 17: Quadro geral
Fonte: Autor.
3.2 Problema
40
Figura 18: Gráfico fator de potência – durante semana
Fonte: Autor.
41
Figura 19: Gráfico do fator de potência - final de semana
Fonte: Autor.
A Tabela 1 expõe os valores mensurados pela média das três fases, ou seja,
pela linha preta na Figura 18. Embora a fábrica já tenha capacitores instalados, não
são o suficiente, uma vez que a tabela 1 mostra que há a necessidade de
acrescentar potência reativa capacitiva em alguns casos, para que a média do fator
de potência, mostrado pela figura 18, não ultrapasse o limite permitido de 0,92
indutivo estabelecido pela ANEEL, sendo a maior parte do tempo sugere a retirada
de reativo capacitivo.
A Figura 18 é o gráfico do fator de potência durante a semana e na Figura 19
é o a curva do fator de potência de sexta para sábado.
42
Tabela 1: Fator de potência
Fonte: Autor
43
Figura 20: Analisador instalado
Fonte: Autor.
44
Figura 21: Correção do fator de potência.
Fonte: Autor.
45
Figura 22: Topologia
Fonte: Autor
46
para a proteção desse contator, como a corrente é menor, a “bitola” também é
menor, sendo 1,5mm².
Na análise foi medida harmônicas de corrente de 3ª,5ª,7ª,9ª e 11ª ordens, é
oportuno afirmar que este evento ocorre uma vez por dia, como observa-se no
gráfico do anexo D, em consequência do acionamento de alguma carga não linear.
Os valores medidos pelo analisador não são preocupantes, visto que não apresenta
amplitudes superiores a 40%, como pode-se ver na Tabela 2.
Tabela 2: Harmônicos
Fonte: Autor
47
4 CONCLUSÃO
48
reativo indutivo. É valide ressaltar que o período de análise foi curta, desta forma é
possível que o sistema em uma amostragem maior apresente excedente reativo
indutivo.
Essa estratégia de medição e controle permitirá que a fábrica continue em
operação sem multas por excedente reativo na atual condição produtiva, além disso
pode gerar outros benefícios como evitar a sobrecarga dos condutores, além de
melhorar o desempenho dos equipamento, visto que irá melhorará a qualidade de
energia do sistema.
O projeto futuro para esta indústria seria estudar as interferências de
harmônicos no sistema. O que poderá impactar no sistema após a implantação de
banco de capacitores e do relé horário.
49
REFERÊNCIA
50
C.DUGAN, Roger et al. Electrical power systems quality. 2. ed. New York:
Mcgraw-hill, 2003.
51
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2013. Disponível em:
<https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/96207/000915409.pdf?
sequence=1>. Acesso em: 17 abr. 2018.
52
SANTOS, Felipe Menezes Ferreira dos. Qualidade de energia – comparação das
normas IEC 61000-3-2 e IEE 519. 2007. 57 f. Monografia (Especialização) - Curso
de Engenharia Elétrica, Ufrj, Rio de Janeiro, 2007. Disponível em:
<http://monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10000459.pdf>. Acesso em: 14
jun. 2018.
53
ANEXO A – GRÁFICO COMPLETO DO FATOR DE POTÊNCIA
54
ANEXO B – GRÁFICO DA CORREÇÃO DO FATOR DE POTÊNCIA
55
ANEXO C – CORREÇÃO DO FATOR DE POTÊNCIA
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57
58
ANEXO D – HARMÔNICOS
59
ANEXO E – ANALISADOR MODELO RE 7000
60
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ANEXO F – TENSÕES HORMÔNICAS
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64
65
ANEXO G – CORRENTES HARMÔNICAS
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