Você está na página 1de 6

SUCESSÕES

● ABERTURA → Morte real ou presumida sem decretação de ausência


● Para sua abertura é necessário que o de cujus tenha deixado bens, direitos
patrimoniais ou obrigações. Obs: Direitos personalíssimos não interessam ao direito
das sucessões (direitos autorais, direitos da personalidade, direitos políticos, função
pública, direitos patrimoniais personalíssimos)
● Verbas de cunho previdenciário são devidas apenas aos dependentes e não a todos
herdeiros. São eles: filho(a) solteiro(a) menor de 21 (vinte e um) anos; filho(a) maior,
solteiro(a), inválido(a) em caráter permanente para o exercício de toda e qualquer
atividade laboral e que viva sob a dependência econômica do segurado;
cônjuge/companheiro(a);
● Herdeiro quem são: Descendentes, ascendentes, cônjuge e companheiro.
● Cônjuge = Companheiro para todos os fins

MEAÇÃO

- Comunhão universal de bens e regime de comunhão parcial de bens.


- Na comunhão universal: Inclui-se na meação TODOS os bens
- Monte hereditário das pessoas casadas: Bens particulares e sua parte nos bens da
meação.
- Na comunhão parcial de bens não há meação sobre os bens herdados, nem os
sub-rogados em seu lugar. Logo, se eu ganho uma herança, compro um apartamento
e depois morro esse meu bem não será objeto de meação.

REGRAS BÁSICAS:

- A sucessão abre-se no lugar do último domicílio do falecido.


- Aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos herdeiros legítimos e
testamentários (Direito de Saisine)
- A sucessão dá-se por lei ou por disposição de última vontade. (testamento)
- Morrendo a pessoa sem testamento, transmite a herança aos herdeiros legítimos; o
mesmo ocorrerá quanto aos bens que não forem compreendidos no testamento; e
subsiste a sucessão legítima se o testamento caducar, ou for julgado nulo.
- Havendo herdeiros necessários, o testador só poderá dispor da metade da herança.
- Natureza Jurídica da sucessão antes da partilha: Bem imóvel e indivisível (um todo
unitário)

ACEITAÇÃO OU REJEIÇÃO

- Aceita a herança, torna-se definitiva a sua transmissão ao herdeiro, desde a abertura


da sucessão.
- A transmissão tem-se por não verificada quando o herdeiro renuncia à herança.
- A aceitação pode ser expressa (declaração escrita) ou tácita (atos próprios na
qualidade de herdeiro). Obs: Ir ao funeral não exprime aceitação.
- É possível a cessão dos direitos hereditários ( O direito à sucessão aberta, bem
como o quinhão de que disponha o co-herdeiro, pode ser objeto de cessão por
escritura pública.)

HERDEIROS LEGÍTIMOS

● Necessários → Cônjuge ou companheiro, descendentes e ascendentes.


● Facultativos → Colateral até 4° grau

EXCLUSÃO DE HERDEIROS

- Indignidade
- Deserção

A deserdação é a manifestação de vontade de uma pessoa feita em testamento para excluir


herdeiros necessários (cônjuges/companheiros, filhos, netos etc. da herança). Não é
qualquer motivo que serve para deserdação, mas apenas os expressos na lei.

Descendentes por seus ascendentes (pais deserdam filhos e netos)

- Ofensa física
- Injúria grave
- relações ilícitas com a madrasta ou com o padastro
- desamparo do ascendente em alienação mental ou grave enfermidade
- autores, co-autores ou partícipes de homicídio ou tentativa contra a pessoa que a
sucessão se tratar.
- crime contra a honra
- por violência ou meios fraudulentos, inibirem ou obstarem o autor da herança de
dispor livremente de seus bens por ato de última vontade.

Ascendentes pelos descendentes (filhos deserdam pais e avós)

mesmas hipóteses!

INDIGNIDADE

Decorre da lei.

Art. 1.814. São excluídos da sucessão os herdeiros ou legatários:


I - que houverem sido autores, co-autores ou partícipes de homicídio doloso, ou tentativa
deste, contra a pessoa de cuja sucessão se tratar, seu cônjuge, companheiro, ascendente
ou descendente;
II - que houverem acusado caluniosamente em juízo o autor da herança ou incorrerem em
crime contra a sua honra, ou de seu cônjuge ou companheiro;
III - que, por violência ou meios fraudulentos, inibirem ou obstarem o autor da herança de
dispor livremente de seus bens por ato de última vontade.
→ Declarada por sentença! O MP também tem legitimidade para demandar a exclusão do
herdeiro ou do legatário.

Art. 1.816. São pessoais os efeitos da exclusão; os descendentes do herdeiro excluído


sucedem, como se ele morto fosse antes da abertura da sucessão.

Logo, indigno na sucessão legítima é considerado pré- morto, enquanto que na sucessão
testamentária é necessário verificar o testamento.

PERDÃO

Aplicável as duas hipóteses, mas precisa ser de maneira expressa!

DIVISÃO DA HERANÇA

→ Classes:

A) classe dos descendentes;


B) classe dos ascendentes;
C) classe dos cônjuges;
D) classe dos colaterais (até o° grau)

Regra: A existência de uma classe exclui todos os herdeiros da CLASSE SUBSEQUENTE.


Porém, com o CC/ 02 há uma exceção: concorrência de classes entre os descendentes e o
cônjuge/companheiro e do ascendente com o cônjuge/companheiro.

Se morreu na vigência do CC/16 não se aplica a exceção. Se morreu na vigência do CC/02


se aplica a exceção.

A concorrência do cônjuge com o descendentes ocorre quando:

A) quando o casamento foi pelo regime da CPB e há bens que não integram a meação do
cônjuge supérstite. Nesta hipótese, o cônjuge supérstite será herdeiro apenas nos bens que
não integram a meação. (bens particulares do de cujus);

B) quando casado pelo regime da separação consensual de bens

NÃO CONCORRERÃO COM OS DESCENDENTES:

A) OS CASADOS PELO REGIME DA COMUNHÃO UNIVERSAL DE BENS (porque a


meação deles já abrange tudo que o de cujus tinha (adquiridos na constância do casamento,
adquirido antes, recebido de herança etc)

B) OS CASADOS PELO REGIME DE SEPARAÇÃO DE BENS OBRIGATÓRIA

Art. 1.829. A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte:


I - aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado
este com o falecido no regime da comunhão universal, ou no da separação obrigatória
de bens (art. 1.640, parágrafo único); ou se, no regime da comunhão parcial, o autor
da herança não houver deixado bens particulares;
II - aos ascendentes, em concorrência com o cônjuge;
III - ao cônjuge sobrevivente;
IV - aos colaterais.

Frisa-se que a concorrência com os ascendentes independe do regime de bens, pois a lei
não faz nenhuma ressalva.

Art. 1.836. Na falta de descendentes, são chamados à sucessão os ascendentes, em


concorrência com o cônjuge sobrevivente.

Art. 1.830. Somente é reconhecido direito sucessório ao cônjuge sobrevivente se, ao


tempo da morte do outro, não estavam separados judicialmente, nem separados de
fato há mais de dois anos, salvo prova, neste caso, de que essa convivência se
tornara impossível sem culpa do sobrevivente.

Reserva do quinhão: Em caso de muitos filhos, o cônjuge tem que ter reservado no mínimo
¼ da herança.

DIREITO REAL DE HABITAÇÃO

Art. 1.831. Ao cônjuge sobrevivente, qualquer que seja o regime de bens, será assegurado,
sem prejuízo da participação que lhe caiba na herança, o direito real de habitação
relativamente ao imóvel destinado à residência da família, desde que seja o único daquela
natureza a inventariar.

DENTRO DA MESMA CLASSE:

Os mais próximos em grau afastam os mais afastados. Mas há exceções:

→ Direito de representação

Dois requisitos:
A) um dos herdeiros em grau mais próximo é pré-morto ao de cujus;
B) A lei prevê para aquela situação o direito de representação

Exemplo: Meu avô morreu deixando bens, o meu pai faleceu antes do meu avô (pré-morto).
Eu tenho direito de representação.
Obs:
O direito de representação dá-se na linha reta descendente, mas nunca na
ascendente.
Os representantes só podem herdar, como tais, o que herdaria o representado, se vivo
fosse.

COMO FICA A PARTILHA?


- O HERDEIRO QUE ESTÁ SUCEDENDO POR DIREITO PRÓPRIO PARTILHA POR
“CABEÇA”
- O HERDEIRO QUE ESTÁ SUCEDENDO POR DIREITO DE REPRESENTAÇÃO
PARTILHA POR “ESTIRPE”.
- O QUE É PARTILHAR POR ESTIRPE? PEGA-SE A PARTE QUE CABERIA AO
HERDEIRO PRÉ-MORTO E DIVIDE ESTA PARTE ENTRE SEUS HERDEIROS

Atenção: O indigno e o deserdado também são considerados pré-mortos.

Já o renunciante é como se nunca tivesse existido então seus herdeiros não herdam nada.

HERANÇA ENTRE OS ASCENDENTES

Ocorre por linhas.

Art. 1.836. Na falta de descendentes, são chamados à sucessão os ascendentes, em


concorrência com o cônjuge sobrevivente. § 1 o Na classe dos ascendentes, o grau
mais próximo exclui o mais remoto, sem distinção de linhas. § 2 o Havendo igualdade
em grau e diversidade em linha, os ascendentes da linha paterna herdam a metade,
cabendo a outra aos da linha materna.
Reserva de ⅓ ao cônjuge sobrevivente:

Art. 1.837. Concorrendo com ascendente em primeiro grau, ao cônjuge tocará um


terço da herança; caber-lhe-á a metade desta se houver um só ascendente, ou se
maior for aquele grau

Você também pode gostar