Trabalho de Curso
Pedagogia
Sumário
1. ORIENTAÇÕES PARA OS ALUNOS........................................................................................ 4
3. ORIENTAÇÕES GERAIS............................................................................................................ 6
8. A LINGUAGEM DA MONOGRAFIA....................................................................................... 39
O Trabalho de Curso (TC) visa a proporcionar aos alunos a vivência na Iniciação Científica,
atividade que está ligada ao desenvolvimento acadêmico dos alunos de graduação. O
TC busca ampliar os conhecimentos em relação aos temas abordados durante o curso,
permitindo aos alunos a escolha daquilo que seja de seu interesse pessoal. É, portanto,
uma experiência acadêmica orientada, vivida por alunos que estiverem regularmente
matriculados na disciplina no decorrer da graduação, nos cursos de especialização ou de
pós-graduação lato sensu. Não há exigência de que o tema desenvolvido e pesquisado em
um trabalho monográfico seja original e inédito, mas um trabalho autêntico, sem plágio. Há,
no entanto, exigências em relação à organização do trabalho, coerência e coesão textuais,
pesquisa e ao desenvolvimento do conteúdo.
Espera-se que, durante a elaboração do TC, os alunos vivenciem a s práticas pedagógicas
de pesquisa e discussão em atividades grupais, capazes, não somente, de possibilitar-lhes o
aprimoramento do trabalho, como, também, o aprendizado de práticas docentes que lhes
serão necessárias ao longo de sua vida como os profissionais de Pedagogia.
Assim, acredita-se que o grupo de alunos, ao escolher o tema com o qual deseja
trabalhar, faça-o livre e conscientemente, pois, somente dessa forma, o prazer estará
presente, garantindo um resultado satisfatório; gerando, além de seu crescimento
acadêmico, um texto criativo e interessante para outros leitores com o mesmo interesse.
Oferecemos, no entanto, como primeiro referencial, um temário no final deste Manual, a
partir do qual os alunos podem iniciar as suas pesquisas. Ao realizar a primeira postagem
do trabalho é imprescindível que, no campo “título”, o aluno/grupo indique um dos temas,
tal qual indicado no temário. Essa indicação permitirá que seja designado um orientador
especialista na área de pesquisa do aluno/grupo. Durante as orientações, os alunos definirão
o título adequado para o trabalho, delimitando o tema e deixando explícito o que pretende
pesquisar e discutir. É importante lembrar que a indicação do tema é fundamental para que
um orientador seja designado.
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Manual de Estágio
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Serviço Social
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Manual de Estágio
3. ORIENTAÇÕES GERAIS
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Fonte: www.normasabnt.org. Disponível em: Novas regras ABNT 2021 - fique atualizado das mudanças. Acesso em: 18 jul.
2022.
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Manual de Estágio
Em relação às orientações para o TC, Guidin (2003) propõe, para a reflexão, alguns
tópicos que poderão nortear este trabalho acadêmico:
1. A palavra “monografia” corresponde, etimologicamente, a um tratado escrito
(“grafia”) sobre um único (“mono”) assunto ou tema;
2. O texto monográfico obedece à estrutura e à linguagem do texto dissertativo. É,
portanto, uma dissertação, ou seja, deverá convencer o leitor das propostas lá sustentadas.
No caso de TC é necessário que cada uma das análises se encaminhe para um ponto
determinado e que, ao final, os alunos possam encontrar pontos em comum para atingir o
objetivo analítico que será apresentado na conclusão do trabalho;
3. Em princípio, a natureza da monografia é a mesma para os trabalhos de graduação,
mestrado e doutorado;
4. A diferença entre esses níveis de pesquisa está no grau de originalidade, abrangência,
aprofundamento teórico-metodológico e enfoque analítico; com isso, não se quer dizer que
a pesquisa para o TC teria, apenas, um caráter de compilação e/ou revisão bibliográfica, como
propõem alguns autores. É fundamental que os graduandos se posicionem, criticamente,
frente ao material pesquisado.
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Serviço Social
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Serviço Social
Assim, espera-se que os alunos, ao elaborarem o seu TC, primem pela qualidade
acadêmico-científica de seus textos, sendo criteriosos o bastante para que os resultados de
seus trabalhos sejam validados na comunidade científica. Espera-se que produzam textos
coerentes, isentos de julgamentos (isto é, sem o uso exagerado de adjetivos), calcados
em descrições que possibilitem as inferências, e a tomada de posições equilibradas e
fundamentadas.
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Manual de Estágio
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Serviço Social
Escolha do tema
Justificativa da escolha do tema Formulação
do problema
Hipótese levantada para o problema
formulado Objetivos gerais e específicos
Introdução
Conceituação e relevância
Principais autores que embasarão a
pesquisa e o método utilizadas, para realizar
a pesquisa e a indicação da estrutura do
trabalho
Exposição do tema
Elementos Fundamentação teórica, desenvolvimento
textuais Metodologia do trabalho*
Argumentação e discussão
Considerações finais
Referências bibliográficas
Elementos
Anexos
pós-textuais
Apêndices
Índices
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Manual de Estágio
Descreveremos a seguir cada uma das partes citadas, possibilitando aos autores do TC o
exercício de rascunhar e refletir sobre os objetivos de cada uma delas.
1. Capa
Alto da página: nome da instituição/
departamento. UNIP – Universidade Paulista
Educação a Distância
Centro da página: título do trabalho. Curso: Pedagogia
À direita, abaixo do título: disciplina,
professor, autores.
A REPRESENTAÇÃO DO NEGRO NO
Rodapé da página: local/data. LIVRO DIDÁTICO
Exemplo: como colocar o(s) nome(s) do(s)
autor(es) do trabalho? Nome completo/RA Nome completo/RA
Em ordem alfabética do sobrenome: Nome completo/RA Nome completo/RA
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Serviço Social
2. Elementos pré-textuais
Esses são os elementos que antecedem a introdução do trabalho e são constituídos por
tudo aquilo que identifica o trabalho e orienta o leitor.
FOLHA DE ROSTO
Segue os mesmos procedimentos da capa em relação às margens e à distribuição do
texto, com pequenas modificações.
Instituição
Alto da página: instituição. Nome do aluno
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Manual de Estágio
FICHA CATALOGRÁFICA
Buscar no AVA os avisos de onde e como confecioná-la.
Espaçamento Onde usar
Parte pré-texto: dedicatória, agradecimentos,
resumo, abstract, listas e sumário;
1,5 Parte texto: introdução, desenvolvimento e
conclusão; e
Parte pós-texto: apêndices e anexos.
Citações de mais de três linhas;
Notas de rodapé;
Simples
Legendas de ilustrações e tabelas;
Referências.
Fonte: Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT. Disponível em: https://www. normasabnt.
org/. Acesso em: 22 jul. 2022.
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Serviço Social
Agradecimento
Quero agradecer...
FOLHA DE EPÍGRAFE
Essa também é uma folha opcional. Nela, o autor da monografia apresentará um excerto
(um fragmento e um trecho) de um texto de sua escolha (frase ou verso), cujo conteúdo
tenha uma relação com o tema desenvolvido na monografia. Poderão ser escolhidas as
epígrafes para cada um dos capítulos da monografia, se for da preferência do autor, porém,
elas devem ter relação ao capítulo.
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Manual de Estágio
SUMÁRIO SUMÁRIO
Introdução........................................................................4
Aqui, o autor informa aos leitores
o conteúdo que será tratado na 1.Nome do capítulo
(indicar cada uma das seções do trabalho).......................8
monografia. A palavra “sumário”
deverá aparecer no topo da página, em 2. Nome do capítulo
letras maiúsculas, sendo seguida, dois (indicar cada uma das seções do trabalho)......................23
ou três parágrafos abaixo, de todos 2.1....................................................................................25
2.2....................................................................................30
os intertítulos contidos no trabalho. A
3. Nome do capítulo
estética da página do sumário deverá (indicar cada uma das seções do trabalho)...............48
ser observada de forma que os títulos e 3.1..............................................................................................50
os subtítulos apareçam destacados de 3.1.1.......................................................................................53
Considerações finais..................................................................54
forma padronizada, e obedecendo aos
Referências bibliográficas........................................................59
recuos da margem esquerda, também Anexos.............................................................................................62
padronizados.
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De acordo com a ABNT, a numeração das páginas, em algarismos arábicos, deverá iniciar,
somente, quando começar o texto da pesquisa, porém as páginas que antecedem devem
ser contadas (ex.: começa na introdução com a página 10). Tal numeração deverá aparecer
embaixo da página, do lado direito.
RESUMO
Essa é uma página importante do trabalho monográfico e obrigatória. É ela que, em um
primeiro momento, convida o leitor a mergulhar no texto apresentado. Deve ser um texto
conciso, com uma média de 300 palavras, chegando, no máximo, a 500 e tendo, no mínimo,
150 palavras, no qual o autor apresenta uma síntese do conteúdo do trabalho, destacando os
aspectos mais relevantes, a metodologia e a fundamentação teórica que deram sustentação
às discussões apresentadas. O resumo visa a fornecer ao leitor os elementos que permitam
a ele decidir sobre ler ou não tal trabalho, em função da relevância para o seu próprio
contexto.
Deve ser escrito na língua em que está redigido o trabalho, sem um parágrafo e,
nunca, em tópicos. Entre o título e o texto devem conter 2 espaços e, após o texto do
resumo, deverão aparecer as palavras-chave sugeridas pelo autor, como a referência do
trabalho em meio eletrônico. Segue um exemplo de resumo monográfico:
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Manual de Estágio
RESUMO
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Serviço Social
ABSTRACT
Nessa página, esteticamente igual à página do resumo, deverá aparecer uma tradução
para a língua inglesa do resumo do trabalho, seguida das palavras-chave.
3. ELEMENTOS TEXTUAIS
Esses são os elementos que compõem o corpo do trabalho monográfico propriamente
dito, podendo ser chamados de elementos nucleares, pois sem eles e sem a articulação
entre eles, o texto monográfico perde a vida. Cada um dos elementos tem características
próprias, porém se complementam, dando ao leitor a noção exata do caminho trilhado
pelos pesquisadores sobre o tema desenvolvido.
INTRODUÇÃO
A introdução da monografia merece uma atenção especial dos autores. Muitas vezes,
ela é considerada como de pouca importância, mas é, exatamente, nessa seção que todo o
conteúdo do trabalho é apresentado ao leitor. Duas ou três páginas deverão ser reservadas
para a introdução da monografia; é na introdução que o autor delimitará o assunto sobre
o qual versará o trabalho e o justificará.
Segundo Machado (2001), é preciso compreender que apresentar as justificativas
para determinado trabalho de pesquisa não é, simplesmente, dizer o que o motivou, do
ponto de vista pessoal, porque fez o trabalho (porque gostou do tema, porque viveu a
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Manual de Estágio
experiência etc.), mas dizer para que serve o trabalho, qual é a sua relevância, tendo em
vista a problemática maior em que se insere, os estudos que já foram feitos a respeito, as
lacunas que esses estudos ainda deixaram etc.
Na introdução da monografia, o autor deve apresentar imprescindivelmente:
O tema do trabalho, em linhas gerais, oferecendo ao leitor, não somente, a
possibilidade de estabelecer as relações entre esse estudo e outros de seu conhecimento,
mas, também, a opção pela leitura do trabalho em relação aos seus interesses e ao
contexto de atuação;
A delimitação do assunto, isto é, a extensão e a profundidade com que o trabalho
tratará o assunto escolhido;
Os objetivos do trabalho: gerais (relacionados ao tema – contexto macro) e
específicos (relacionados ao assunto escolhido – contexto micro);
A justificativa da escolha do tema, evidenciando a sua importância para o contexto
no qual se encontra inserido; vale lembrar que justificar a escolha de um tema não
significa dar a ele uma importância incomensurável e enaltecer a sua complexidade de
forma exagerada, mas sim apontar como esse estudo pode ser um fator contribuinte
para o desenvolvimento da área em que se encontra inserido, ainda que não se proponha
a ser conclusivo;
A pergunta que norteará a pesquisa e a hipótese (a possível resposta para a pergunta
formulada);
Conceituação e relevância, explicitando ao leitor a fundamentação teórica que
apoiará as discussões, seguida de breves enunciados sobre os conceitos fundamentais
discutidos e a sua relevância para o estudo realizado; reserva-se a esse item, ainda, a
necessidade de apresentar um resumo de obras e/ou as pesquisas cujo tema se relaciona,
diretamente, com o estudado, estabelecendo as comparações, a fim de possibilitar a
discussão das lacunas que os demais trabalhos ainda não preencheram;
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Serviço Social
Uma discussão relevante para a elaboração do texto monográfico diz respeito à escolha
da pessoa do discurso. Embora haja práticas legitimadas sobre esse aspecto, encontram-se
os trabalhos escritos em primeira pessoa (eu/nós). É importante, no entanto, que tal aspecto
seja discutido com o orientador do trabalho, pois a pesquisa deve manter um caráter formal
e impessoal, utilizando os termos como “entende-se”, “acredita-se”, “verificou-se”; não
sendo recomendados os termos informais.
Vale lembrar que, caso a opção seja pela linguagem científica, o autor deve redigir o
texto na voz passiva – foi observado, foi elaborado –, na terceira pessoa do singular, com o
pronome “se” ou por meio de expressões como “o presente estudo”, “a presente pesquisa”.
Há, ainda, a opção de desenvolver o texto em primeira pessoa do plural, considerando-se
que o trabalho tenha sido desenvolvido pelo aluno (no caso de um aluno, apenas) e por seu
orientador.
Carmo-Neto (1996) nos oferece algumas pistas para construirmos as justificativas de
nosso trabalho:
Por que mais um trabalho sobre esse tema?
Em que este trabalho é diferente dos outros?
Por que tal diferença é relevante?
O que meu trabalho muda no conjunto de textos sobre o mesmo assunto?
Por que ele deve ser lido? Por quem?
O que o leitor vai encontrar de interessante, de substancial e atrativo em meu
trabalho?
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Manual de Estágio
DESENVOLVIMENTO
Essa é a parte mais extensa de um trabalho monográfico e a mais importante, que será
subdividida em capítulos (que, por sua vez, dividem-se em subseções), sendo que cada
capítulo deverá abrir uma página nova do trabalho.
Os capítulos deverão ser indicados por algarismos romanos, sendo o título do capítulo
escrito em letras maiúsculas (caixa-alta), fonte Arial ou Times New Roman, fonte 14; as
subseções deverão ser indicadas por algarismos arábicos, sendo os títulos escritos com
maiúsculas, apenas, nas letras iniciais das principais palavras. Há diferentes formas de
identificação para as partes de uma monografia, apresentadas por diferentes autores. O
que importa, na verdade, é que, uma vez utilizado um estilo, ele deverá ser padronizado no
desenvolvimento de todo o trabalho.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Um dos itens apresentados no desenvolvimento da monografia se refere ao arcabouço
teórico, ou seja, toda a teoria na qual o trabalho está apoiado. Tal capítulo deverá ser
desenvolvido em linguagem própria do autor, porém sustentada por citações de autores
que já discutiram o mesmo assunto e elaboraram teorias sobre ele.
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Serviço Social
METODOLOGIA
Nesse capítulo, o autor da monografia deverá descrever em detalhes os procedimentos
utilizados nas diversas fases da pesquisa e da elaboração do texto. Procedendo dessa forma,
dará oportunidade a outros pesquisadores e aos leitores do trabalho, de acompanhar todos
os passos e os pensamentos do autor, entender a sua lógica de pensamento, em relação à
análise dos dados e, até mesmo, iniciar uma nova pesquisa com base no encaminhamento
apresentado. Quando o autor explicita, claramente, os procedimentos escolhidos para a
condução da pesquisa, no capítulo do método, o leitor – mesmo que não conheça a teoria
na qual o trabalho está sustentado – é capaz de compreender os resultados de sua análise
de dados. Pressupõe-se também que, quando o método é apresentado de maneira clara,
objetiva e detalhada, outros pesquisadores podem replicar o trabalho.
Um procedimento interessante para os pesquisadores é a manutenção de um diário
de pesquisa, anotando tudo o que estiver sendo feito (nesse caso lido) para chegar aos
resultados da pesquisa (MACHADO, 2001).
Aspectos essenciais no capítulo do método dizem respeito ao(s):
Contexto da pesquisa – descrição detalhada da situação (física/social) da pesquisa;
Participantes – caso a pesquisa envolva as pessoas e/ou a gravação de dados orais;
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Manual de Estágio
ARGUMENTAÇÃO E DISCUSSÃO
Nesse capítulo, o autor de um texto monográfico não só exercita sua capacidade de
argumentação como também trabalha com critérios de coerência e coesão na elaboração
do texto, aspectos muito importantes para dar validade científica ao trabalho apresentado.
Os dados, analisados à luz da teoria apresentada na fundamentação teórica, estarão
à mercê dos argumentos do autor. Para isso, ele recorrerá às explicações, às análises, aos
esclarecimentos de ambiguidades, às descrições etc., que ofereçam ao leitor as condições
de compreender o encaminhamento do raciocínio na busca por comprovações do aspecto
pesquisado. É importante ressaltar que as discussões com base nas posições teóricas vão
requerer, sempre, que o autor examine as posições contrárias, estabeleça os confrontos,
compare, fazendo o uso de um processo dialógico na elaboração do texto.
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Serviço Social
CONSIDERAÇÃO FINAL
A conclusão de uma monografia, embora seja a parte menos extensa, apresenta
uma importância fundamental, deve conter as considerações e a síntese a respeito das
análises, apresentando os aspectos convergentes e/ou divergentes observados ao longo
do desenvolvimento do trabalho, além de comentários sobre a sua aplicabilidade didático-
pedagógica e sobre a sua contribuição sob a perspectiva discursiva.
Para Guidin (2003), a conclusão (aqui denominada de considerações finais) é o
fechamento do trabalho que foi anunciado na introdução, e desenvolvido ou retomado
no desenvolvimento: o trabalho desembocará, inevitavelmente, na conclusão. Portanto, a
conclusão não é um resumo ou algo que foi acrescentado no final do trabalho, sem sentido.
É nela que proporcionamos ao leitor a recapitulação dos passos significativos do trabalho
e, para isso, faz-se necessário retomar, não somente, o objetivo, mas também a caminhada
do trabalho. A conclusão situa o leitor em relação às partes do trabalho.
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Manual de Estágio
4. ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS
Os elementos pós-textuais, também denominados de elementos referenciais,
compreendem as referências bibliográficas, os anexos e os apêndices, quando necessários.
Esses são os elementos orientadores para os leitores, que a eles recorrem sempre que,
no decorrer da leitura do corpo do trabalho, houver as indicações que lhes suscitem a
curiosidade ou que possam auxiliar na compreensão da caminhada do pesquisador.
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Serviço Social
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
A exigência, não somente em relação às monografias, mas em qualquer publicação
científica, é que seja elaborada uma seção de referências bibliográficas. No entanto,
é importante que o autor conheça a diferença entre as referências bibliográficas e a
bibliografia. As referências bibliográficas se referem às obras (livros, artigos impressos ou
presentes em fontes eletrônicas etc.) que foram citadas no corpo do trabalho. Isso significa
que, ao fazer o uso das vozes de diferentes autores, quer textualmente, quer parafraseando-
os, o autor da monografia deve citá-los no corpo do trabalho e referenciá-los na seção das
referências bibliográficas. Já a bibliografia, usada como referencial em ementas de cursos
ou em textos para o uso didático, inclui todas as obras lidas e estudadas pelo autor para a
elaboração do texto em questão.
Lembre-se:
1. Alinhamento de texto à esquerda;
2. Fonte Times New Roman ou Arial (ficar igual ao texto);
3. Tamanho: 12;
4. Referências ordenadas alfabeticamente e não numeradas;
5. Colocar uma linha de branco entre as duas referências;
6. Título da seção não tem um indicativo numérico;
7. E as referências bibliográficas devem ficar, exatamente, após a parte de conclusão
(a conclusão é o último elemento textual, e a referência é o primeiro elemento no pós-
textual!).
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Manual de Estágio
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Serviço Social
Exemplo 1:
FREITAS, Maria Teresa; SOUZA, Solange J.; KRAMER, Sonia. (Orgs.). Ciências Humanas
e pesquisa: leituras de Mikhail Bakhtin. São Paulo: Editora Cortez, 2003 (Coleção Questões
da Nossa Época; v. 107, p. 35-39).
MARSICK, Victória. Factors that affect the epistemology of group learning. Disponível
em: http://www.eds.educ.ubc.ca/aerc/1997/97marsick.htm. Acesso em: 13 mai. 13.
Preste atenção: a obra pertencente à coleção deve estar entre parênteses, com a
indicação de volume e as páginas consultadas. As fontes eletrônicas devem indicar a data
da consulta, a indicação de autor cujo artigo ou capítulo esteja inserido em uma obra
organizada por outro autor, ou em revista, deve conter In seguido de dois pontos.
BEDNY, Gregory Z. et al. Activity theory: history, research and application. In: Theor.
Issues in Ergon. SCI., v. 1, 2000, n. 2, p. 168-206.
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Manual de Estágio
Atente-se ao exemplo, com a indicação de obra com dois ou três autores, e a indicação
de obra com mais de três autores.
CITAÇÕES
De acordo com a Associação Brasileira de Normas e Técnicas (ABNT), na NBR 10520, a
citação é uma informação retirada de uma obra tal qual ela se apresenta.
Exemplo 1:
Começaram trabalhando no litoral, no corte do pau-brasil e, posteriormente, no trabalho
nos engenhos de cana-de-açúcar. Depois, foram levados para o interior do território e
para as regiões longínquas para trabalhar na mineração, na criação de gado, no cultivo de
cacau, nas charqueadas, na exploração das “drogas do sertão”. Trabalhavam também no
serviço doméstico, nas construções públicas de todos os tipos e no comércio de gêneros
alimentícios (AMARAL, 2011, p. 12).
Exemplo 2:
Esclarece Pinsky (2000, p. 61): “Distante da imagem de mansidão e conformismo que
costumavam lhe atribuir, o negro resistiu e revoltou-se contra a sua condição de escravo.
O jogo de capoeira era uma demonstração de resistência”.
A citação deve ser apresentada com o autor, o ano e a página utilizados; devendo haver
uma uniformidade na apresentação para melhor organização.
Precisamos entender as diferentes citações existentes – até três linhas e mais de
três linhas.
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Serviço Social
Exemplo 3:
Explica Amaral (2011) que o desembarque acontecia no Brasil, mais especificamente nos
portos de Recife, Salvador, Rio de Janeiro e São Vicente. Logo após a chegada, eles eram
distribuídos para várias regiões brasileiras e realizavam todo tipo de trabalho.
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Manual de Estágio
Exemplo 1:
Relatam Almeida et al. (2005) que o projeto de atração de imigrantes, em razão das novas
condições políticas e econômicas, começou a vigorar após 1880. Conforme Almeida et al.
(2005, p. 35): “No plano internacional, restrições à entrada de estrangeiros na Argentina e
nos Estados Unidos, e a estagnação econômica, na Itália, favoreceram o projeto brasileiro”.
Repare que, quando no meio do texto, a citação vem entre aspas para diferenciar
o texto da citação.
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Serviço Social
Quando a frase que irá utilizar estiver dentro de um texto grande e você não pretender
usá-la toda, e sim partes dela, é aconselhável utilizar [...] para designar que o texto foi
cortado.
Exemplo 2:
“As propostas de melhorias de processo e tecnologia são coletadas e analisadas [...] com
base nos resultados de projetos piloto” (KOSCIANSKI; SOARES, 2007, p. 153).
Citação indireta
Caracteriza-se pelo resumo de uma obra ou um trecho lido (parafrasear). Deve apresentar
o nome do autor com o ano da obra.
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Manual de Estágio
Citação de citação
A citação de citação não é muito utilizada, pois se recomenda ler os livros na íntegra,
porém, se houver uma obra a que não se tem fácil acesso por ser de uma edição muito
antiga, pode ser apresentada conforme o exemplo a seguir:
Segundo Van Dijk (1983), citado por Fagundes (2001, p. 53), “no texto jornalístico é
convencional apresentar-se um resumo do acontecimento abordado. Esse resumo pode ser
expresso por letras grandes separadas do resto do texto ou na introdução no lead”.
Quando a citação se referir à ideia de algum autor citado por outro, deve-se empregar a
expressão apud entre o nome do autor do qual você pretende utilizar a ideia e o autor do
livro que você leu. Veja o exemplo a seguir:
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Serviço Social
Exemplo 1:
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Manual de Estágio
A ideia de infância está ligada à de dependência; só se sai da infância ao sair dessa condição. A
criança pequena era vista como um animalzinho, fonte de diversão e entretenimento para os
pais e habitantes do local. O elevado número de mortes de crianças pequenas não era sentido
como perda, pois, logo, outra criança viria, em substituição. Não poderia haver, portanto, uma
preocupação quanto à educação infantil (apud FONTERRADA, 2008, p. 37).
Sobre este período, Bauab (1960, apud ALMEIDA, 2007) também traz o seu pensamento
ao considerar que este movimento [...].
ANEXOS E APÊNDICES
Anexos são documentos complementares à monografia, que esclarecem os conteúdos
nela tratados. Nos anexos pertencem, por exemplo, as transcrições (na íntegra) de dados
coletados, documentos, leis, pareceres etc. utilizados como suporte às discussões e que
prejudicariam a estética do trabalho caso fossem inseridos em seu corpo.
Anexos são necessários, na maioria das vezes, para que os leitores do trabalho busquem a
melhor compreensão das interpretações e das conclusões do autor. Em geral, são ordenados
a partir de um critério lógico, por exemplo, sequenciados por data de utilização no trabalho,
e aparecem numerados ou são indicados por letras (Anexo 1 ou Anexo A).
Essas denominações permitem que, ao fazer referência ao seu conteúdo no corpo do
trabalho, o autor da monografia apresente a indicação de onde se encontra o trecho na
íntegra. Exemplificando: “Conforme comentado no capítulo anterior, os dados referentes
ao participante André (Anexo 5) foram coletados em seu ambiente de trabalho”.
Os anexos aparecem, geralmente, após as referências bibliográficas. No entanto,
há controvérsias a esse respeito e muitos autores preferem inserir os anexos antes das
referências bibliográficas para que a numeração de suas páginas siga a numeração do
próprio trabalho.
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Serviço Social
APÊNDICES
Pouco utilizados nas monografias (que optam por apresentar, no início, um sumário
com as indicações de assuntos e páginas), os índices, quando utilizados ao final da obra,
têm objetivos diversos. Eles podem apresentar uma lista de assuntos (índice denominado
como sistemático), lista de termos referidos (índice denominado como remissivo), lista de
todos os nomes próprios presentes (índice denominado como onomástico), lista de lugares
(índice denominado como toponímico) e lista de citações bíblicas (índice denominado como
escriturário).
8. A LINGUAGEM DA MONOGRAFIA
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Manual de Estágio
Linguagem expositiva
A linguagem expositiva se caracteriza, nas monografias, pelo discurso teórico presente
tanto na introdução quanto na fundamentação teórica. A exposição exige que o autor
seja objetivo, que apresente os conceitos teóricos relevantes ao trabalho, atribuindo a ele
próprio ou a outros autores a responsabilidade enunciativa. Segundo Brandão (2001, p. 30):
Essa função “objetiva” não impede, entretanto, que seja permeada de elementos analíticos,
argumentativos ou críticos. Em verdade, a participação do pesquisador se concretiza – o que não
é pouco – desde a seleção do material, isto é, quando faz os recortes teóricos, criativos ou críticos
incorporados em seu texto e no modo como distingue esses dados “objetivos” das suas próprias
interpretações sobre eles. Embora, rigorosamente falando, não exista em estado “puro”, podemos
chamar de “objetiva” aquela linguagem que procura apreender os fatos ou outra linguagem
em seus próprios elementos constitutivos, independentes de interpretação do pesquisador
e, “subjetiva”, aquela linguagem que expressa as reflexões pessoais, opiniões ou propostas do
pesquisador, devidamente, fundamentadas, e não confundidas com as afirmações que, apenas,
denunciam as reações afetivas de agrado ou desagrado.
Linguagem descritiva
A linguagem descritiva se caracteriza, nas monografias, pelos relatos fortemente presentes
na metodologia. Nesse capítulo, o autor é convidado a detalhar os fatos relacionados ao
contexto de pesquisa e a todos os procedimentos que vão desde a escolha do corpus para
estudo e/ou coleta de dados aos critérios escolhidos para a análise. A linguagem descritiva
pressupõe a ausência de julgamentos e juízos de valor por parte do autor.
Linguagem analítica
A linguagem analítica se caracteriza, nas monografias, pelo uso da explicação e da
argumentação. Nesse sentido, faz uso de relações lógicas entre os elementos que se
encontram explícitos no texto e aqueles implícitos, mas provocadores de sentido em relação
ao objetivo da monografia.
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Serviço Social
Linguagem crítica
A linguagem crítica se caracteriza, nas monografias, pela emissão de opiniões e conclusões
do autor após o exaustivo questionamento a que submeteram os dados coletados ou o
corpus de análise. Segundo Brandão (2001, p. 31):
É pela linguagem crítica que o estudioso pode, efetivamente, contribuir para o avanço das ideias
em relação a determinado campo do saber, apresentando as reflexões originais, nascidas seja de
novos enquadramentos a partir dos elementos já conhecidos, seja aprofundando ou ampliando os
referenciais de pesquisa para os aspectos ou setores, ainda, não considerados.
Dependendo do tema e/ou texto escolhido pelos alunos do grupo, o trabalho poderá
caracterizar-se como uma pesquisa analítico-bibliográfica, somente, ou uma pesquisa
de campo (contendo entrevistas e coleta de dados). É importante, nesse sentido, atuar
eticamente, em especial, quando a atividade envolver os seres humanos, levando em
consideração o seguinte:
Participantes da pesquisa têm o direito de receber a informação prévia sobre o fato
de estarem fazendo parte de um trabalho acadêmico, qual é a temática envolvida, a
duração e a frequência dos encontros etc.;
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Manual de Estágio
ESPECIFICAÇÃO DO CORPUS
Entende-se por corpus a delimitação do universo a ser estudado, isto é, o objeto sobre o
qual o pesquisador irá deter-se: textos, fragmentos etc. Observe os itens a seguir:
Corpora
A escolha do corpus depende do assunto que se pretende estudar;
Um corpus precisa ser representativo em relação ao fato escolhido, ou seja, não posso
desejar estudar a fala dos habitantes de determinada comunidade de poloneses, no sul
do país, tendo como corpus, apenas, a gravação da conversa de duas ou três pessoas da
mesma família, pois isso não me permitiria perceber como eles são influenciados pela
fala de outros habitantes da comunidade;
Um corpus pode ser muito extenso e, então, é possível encontrar nele uma diversidade
de situações para estudar; ou pode ser muito limitado, por exemplo, compor-se da fala
de um único indivíduo; então, seria impossível estudar o seu idioleto;
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Serviço Social
Todo corpus contém fatos marginais, ou seja, aqueles que contêm erros, incoerências,
jogos de palavras etc., que deverão ser criticados pelo linguista em sua análise;
Um corpus se torna mais significativo quando os dados são gravados, pois, dessa
forma, é possível transcrever os dados e os ruídos que, eventualmente, aparecem na
oralidade e que podem ser descartados no momento da análise.
Materiais construídos
São aqueles elaborados por informantes. Os materiais construídos ultrapassam os
limites do corpus, pois dependem dos informantes. No entanto, podem apresentar
as armadilhas para o linguista, ou seja, o informante pode descartar os enunciados
significativos ou apresentar os enunciados complexos demais (que fogem ao que se
propôs o linguista); ou, ainda, entender as normas ou as regras do trabalho de diferentes
formas, interferindo nas informações ou enunciados que produz;
Materiais construídos independem da situação real e focalizam, apenas, o fato
linguístico que está sendo analisado.
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Manual de Estágio
Avaliação
O professor de TC dará uma nota levando em consideração:
3) Elaboração do trabalho
Coesão e coerência (2,5 pontos);
Argumentação (2,5 pontos).
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Serviço Social
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Manual de Estágio
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Serviço Social
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UNIVERSIDADE PAULISTA
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
NOME E SOBRENOME
TÍTULO:
SUBTÍTULO
NOME E SOBRENOME
TÍTULO:
SUBTÍTULO
Dedicatória [opcional]
RESUMO
Palavras-chave: Assunto. Assunto. Assunto (de 3 a 5 palavras que facilitem a busca pelo
trabalho).
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 6
1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 7
2. MÉTODO 8
3. ANÁLISE E DISCUSSÃO 9
CONSIDERAÇÕES FINAIS 11
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 12
INTRODUÇÃO
É o texto inicial que abre e apresenta a discussão para o leitor. Deve explicitar
sinteticamente qual é o tema em análise e o projeto proposto, bem como relacionar, brevemente,
o tema de cada capítulo. A introdução vai se adequando ao trabalho.
Na introdução, deve conter:
Justificativa: razão da pesquisa, porque pesquisar esse tema. Evitar as citações, mas
trazer os autores significativos para a pesquisa;
Objetivo: onde pretende chegar com essa pesquisa;
Problema: a pergunta que será o propósito da pesquisa. A pesquisa buscará responder
uma questão relevante para a academia;
Hipótese: toda pergunta tem uma possível resposta, que poderá ter, ou não, comprovada
a sua veracidade;
Referências: autores (não precisam ser muitos) que darão força para o trabalho (os principais);
Método: como realizará a sua pesquisa (qualitativo, tendo como instrumento
o levantamento bibliográfico)?
Apresentação dos capítulos que virão.
7
Citação com, até, 3 linhas deve manter-se no mesmo parágrafo com a mesma fonte do
texto e tamanho (Arial ou Times New Roman, 12) entre aspas.
Com mais de três linhas de 4 cm, com relação ao restante do texto, sem aspas.
Os textos devem trazer o embasamento teórico.
Ex.: de acordo com XXX (ano da obra) .........
Caso haja a necessidade, coloque 1.3.1....
8
CAPÍTULO II – MÉTODO
Exemplo:
Professores do Ensino Fundamental da escola pública... particular...
Etapas da pesquisa.
Tempo de realização.
9
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Relação alfabética, por ordem do sobrenome dos autores de todos os trabalhos consultados,
seja para a redação dos capítulos, seja para a redação do projeto de intervenção. As orientações
gerais das normas de citação são encontradas em:
https://www.unip.br/servicos/biblioteca/download/manual_de_normalizacao_abnt.pd
SILVA, Lisienne de M. N. G.
Nome
12
APÊNDICE I