ESCOAMENTO DE LÍQUIDOS
ILHEUS – BAHIA
2022
DANIEL ALVES COTRIM (202120490)
ESCOAMENTO DE LÍQUIDOS
ILHEUS– BAHIA
2022
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 3
2 OBJETIVO 5
3 MATERIAIS E MÉTODOS. 5
3.1 Materiais 5
3.2 Métodos 5
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 5
5 CONCLUSÃO 11
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 12
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1 INTRODUÇÃO
Um fluido é uma substância que pode escoar e que assume o formato do recipiente em que é colocado.
Comportam-se dessa forma porque não resistem às forças paralelas à sua superfície. A física dos fluidos possui
várias aplicações práticas, permitindo estudar desde o escoamento de água nas tubulações de um reator
nuclear, até o fluxo de sangue nas artérias de uma pessoa.
Um fluido ideal satisfaz quatro requisitos no que diz respeito à escoamento:
1. O escoamento é laminar: a velocidade do fluido em um ponto fixo qualquer não varia
com o tempo, nem em modulo, nem em orientação;
2. O escoamento é incomprensível: a massa do fluido tem valor uniforme e constante;
3. O escoamento não viscoso: a viscosidade é a medida da resistência do fluido ao
escoamento;
4. O escoamento é irrotacional: o fluido não gira em torno de um eixo;
A velocidade v de escoamento de um fluido depende da área de seção reta A pela qual a água escoa.
A relação entre A e v é dada pela equação (1):
(1)
Essa é a equação de continuidade para um fluido ideal. De acordo com essa equação, a velocidade de
escoamento aumenta quando a área de seção reta pela qual o fluido escoa é reduzida.
De acordo com a figura 1, em um tubo, onde um fluido ideal escoa com vazão constante, fica claro
que, o mesmo volume de líquido que entre em (1), sai em (2).
A partir desses dados, pode-se deduzir a equação de Bernoulli, uma grande ferramenta na análise de
escoamento em diversos sistemas, de tal forma que o escoamento de um líquido incompressível sob a ação de
um campo gravitacional constante, num regime de fluxo estacionário ao longo de uma linha de fluxo, pode
ser descrito como:
(2)
Essa equação é válida para situações em que a temperatura e a pressão possuem variações desprezíveis
e não há forças dissipativas. Aplicando esta equação ao caso apresentado na Figura 2, a secção transversal 𝐴𝑜
está aberta e, portanto, a pressão nesta área é a pressão atmosférica. A água escoa por uma saída com secção
transversal A, posicionada a uma distância horizontal ℎ em relação à 𝐴𝑜 . A pressão na saída é a pressão
atmosférica. Temos como resultado:
(3)
(4)
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2 OBJETIVO
Obter a relação entre o tempo de escoamento de um líquido sobre a aceleração da gravidade pela altura
de elevação do líquido pela técnica de gráficos log-log. E através disso, calcular o coeficiente linear do gráfico
da curva linearizada, assim como a aceleração da gravidade.
3 MATERIAIS E MÉTODOS.
3.1 Materiais
• Paquímetro;
• Béquer;
• Régua;
• Cronometro;
• Azul de metileno;
• Proveta de 1000L com orifício na base;
3.2 Métodos
Primeiramente, foi feita a medida da proveta entre o orifício de escoamento e o nível máximo de água,
após isso mediu-se a altura referente a 50 mL na proveta. Após isso, utilizando um paquímetro, obteve-se as
medidas da boca do tubo da proveta e do orifício por onde a água irá escoar.
Com as medidas feitas, a proveta foi enchida de água tingida com azul de metileno para melhor
visualização do experimento. Com o tubo cheio, foi medido o tempo de escoamento da agua a cada 50 mL
com a utilização de um cronometro, ate que se atingisse a marcação de 150 mL. O processo do experimento
foi repetido 4 vezes.
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Para a realização do experimento, foi necessário medir o diâmetro da proveta e o diâmetro do orifício
̅), o desvio padrão(𝜎), o desvio padrão do
com o paquímetro. Também foi calculado as médias aritméticas (𝒙
valor médio (𝝈𝒙̅ ) e sua incerteza padrão (𝝈𝒑 ) a partir das equações 5-8 respectivamente.
(5)
(6)
6
(7)
(8)
Após isso foi calculada a incerteza instrumental do cronometro, tirando a média do menor tempo de
reação do operador calculada com a equação 5, montando assim a tabela 2:
N (t )s
1 0,22
2 0,22
3 0,22
4 0,15
5 0,16
6 0,16
7 0,15
8 0,16
9 0,15
10 0,15
( 𝒕̅ )s 0,16
Tabela 2 – medidas e média do tempo de reação
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Com os dados de diâmetro e incertezas instrumentais foi iniciado o experimento, fazendo com que o
líquido escoe pelo orifício da proveta. Realizando a marcação do cronometro a cada 50 mL escoados, foram
organizados os dados na tabela 3, juntamente com suas medias e desvios calculadas com as equações 5-8 após
a realização do experimento 4 vezes.
Foi possível observar que o líquido não escoou totalmente até a altura equivalente e 150mL, isso se
explica devido à pressão exercida sob o orifício próximo a esta altura não exceder a força necessária para que
se rompa a tensão superficial do líquido formada na saída do orifício.
Foi montada também a tabela 4, possuindo os dados referente à altura as quais foram realizadas às
medidas do cronometro, possuindo uma diferença de distância equivalente a um volume de 50 mL.
N (h)m
1 0,31
2 0,30
3 0,28
4 0,26
5 0,24
6 0,22
7 0,20
8 0,19
9 0,17
10 0,15
11 0,13
12 0,11
13 9,25 x 10-2
14 7,40 x 10-2
15 5,55 x 10-2
16 3,70 x 10-2
17 1,85 x 10-2
Tabela 4 – medidas de altura da proveta
Utilizando os dados de tempo da tabela 3 e altura da tabela 4 como pontos num gráfico, podemos
observar a tendencia de uma curva, que representa o decaimento da velocidade de escoamento do líquido em
função do tempo.
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Para que seja possível trabalhar com os dados do gráfico de forma mais facilitada, foi aplicado
logaritmo nos pontos do gráfico com o intuito de linearizar a equação da curva representada no gráfico da
imagem 1, montando assim a tabela 5.
Utilizando os dados da tabela 5 como pontos num gráfico, obteve-se assim uma reta.
Com o gráfico linearizado, obtemos a equação da reta igual a y= -1,5918 + 1,0038, com coeficiente
angular e linear iguais a -1,5918 e 1,0038 respectivamente. Linearizando também a equação 4 aplicando
logaritmo, é possível isolar g para que assim seja calculado o valor da aceleração da gravidade a parir da
equação 9 assim como sua incerteza, calculada com a equação 10.
̅̅̅̅
∆𝒉𝟐 ̅ 𝟒
𝑫
𝒈 = 𝟐∗𝟏𝟎𝒃 ∗ [( 𝒅̅ ) − 𝟏] (9)
(10)
Obtendo o valor da gravidade com sua devida incerteza, foi montada a tabela 6, que também
acompanha se erro relativo, que compara o valor experimental com o valor teórico de 9,8.
Os valores de a e b também podem ser obtidos para que possam ser comparados com seus valores
teóricos. A partir dos métodos mínimos quadrados, utilizando as equações de 11 a 13 é possível obter esses
valores, assim como suas incertezas calculadas com as equações 14 e 15.
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(11)
(12)
(13)
(14)
(15)
Com os resultados obtidos, foi montada a 7 contendo os valores de a e b com suas devidas incertezas
e o seu erro relativo.
Com os dados do experimento, pode-se observar que a velocidade cai de forma exponencial, desta
forma a velocidade de escoamento caiu drasticamente após as primeiras marcações. Também foi possível
analisar que caso o líquido estudado fosse modificado, a velocidade de escoamento também sofreria alteração,
podendo aumentar caso utilizasse um líquido menos denso, ou diminuísse se a densidade aumentasse.
Dessa forma, a partir dos resultados obtidos, foi possível concluir a eficácia do experimento tendo
como confirmação o baixo erro relativo, e garantindo assim a confiabilidade do método utilizado. Com isso,
foi possível observar a relação entre o tempo de escoamento de um líquido à sua altura, estabelecendo uma
relação inversamente proporcional entre o tempo e a velocidade de escoamento.
5 CONCLUSÃO
Com a realização do experimento, foi possível perceber que a velocidade do escoamento é diretamente
proporcional à altura da água e a quantidade de água a ser escoada, considerando que não há interferência de
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pressões externas, somente a atmosférica. Tudo isso vai de encontro com o previsto pela equação de Bernoulli,
e apesar dos erros acarretados por conta de incertezas instrumentais e operacionais, obteve-se um valor
satisfatório para a aceleração da gravidade, com erro relativo aceitável para valores experimentais.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
David Halliday & Robert Resnick, Jearl Walker. Fundamentos de Física – Gravitação,
Ondas e Termodinâmica. 9ª Ed. Rio de Janeiro: Ed. LTC- Livros Técnicos e Científicos LTDA do
Brasil, 2012.
Young e Freedman, [colaborador A. Lewis Ford]. Termodinâmica e Ondas. Ed. - São Paulo:
Addison Wesley, 2008.
H. Moysés Nussenzveig. Curso de física básica – Fluidos, oscilações e ondas de calor. 4ª Edição,
Revista.