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Resenha crítica – O Bem Viver

ACOSTA, Alberto
Acerca da leitura do livro “O bem viver”, escrito por Alberto Acosta, pude refletir sobre
a atual expansão do capitalismo no mundo e como ele vem transformando
negativamente a natureza.
Na antiguidade, a dificuldade de permanecer vivo fez com que a sociedade precisasse
lutar pela sobrevivência “domando” o ecossistema. Com o passar do tempo o desejo
pelo capital tornou o meio ambiente uma fonte aparentemente “inesgotável” de
recursos. O Bem Viver nos conscientiza e explica, expondo fatos, a necessidade de
outras formas de organização política e social, de modo que, as gerações futuras
tenham uma sensação de bem-estar no planeta terra.
Na primeira metade do livro, Acosta afirma que, a sociedade vive alienada a um
padrão de consumo criado pelo capitalismo e possui um desejo constante de obter
aquilo que não podem ter. Diante disso as pessoas vivem inertes em um ciclo de
trabalho e consumo, no qual, ninguém nunca está totalmente satisfeito.
Essa parte do livro me fez recordar do conceito de “feitichismo da mercadoria” em
que muitos produtos são comprados por terem um valor intrínseco, por exemplo, o
status de ter um carro novo, uma roupa de marca ou o celular de última geração.
No entanto, fica claro que o capitalismo não possui uma relação harmônica com a
natureza a produção e consumo exorbitantes trazem benefícios para os donos do
capital e prejuízos ao meio ambiente. Visto que, os países industriais são os maiores
responsáveis pelo desgaste ambiental.
Em vários momentos da minha leitura, pude perceber que, o autor enfatiza a
diferença entre bem viver e viver melhor. Pois viver melhor passa uma mensagem de
disputa e não de harmonia e isso vai totalmente contra a proposta de bem viver que
consiste em um futuro diferente, no qual, haja igualdade, respeito, solidariedade e
principalmente harmonia com a natureza.
Por fim, ao finalizar o livro passei a ter uma visão diferente do sistema econômico
atual e percebi que esse cenário de crise que estamos enfrentando no Brasil tem
origem colonial e para solucionar esse estorvo, urge deixar de enxergar os recursos
naturais como fonte de lucro e passar a reconhecer que a natureza sobrevive sem os
humanos, mas os humanos não sobrevivem sem ela. Só então os ideais deixarão de ser
platônicos e o Bem Viver deixará de ser utopia.

Professora: Samira
Aluna: Maria Eduarda Leite Mendes Pires
RA: 222830

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