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FACULDADE CENTRAL DE CRISTALINA

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

A ERA DO CONTROLE ESTATÍSTICO

Cristalina/Goiás
2022
ANA YUKARI TATUGAWA MARIAMA
CARLLA GUIMARÃES JACOB
RAIANY DE OLIVEIRA SPRICIGO

A ERA DO CONTROLE ESTATÍSTICO

Trabalho sobre A Era Do Controle Estatístico apresentado à


Faculdade Central de Cristalina para a disciplina de Gestão de
Qualidade sob orientação da Prof. Flávia Paulino.

Cristalina/Goiás
2022
SUMÁRIO

1 EVOLUÇÃO DA HISTÓRIA MUNDIAL .......................................................................... 4


2 EVOLUÇÃO GESTÃO DE QUALIDADE ......................................................................... 5
3 EVOLUÇÃO DA GESTÃO DE OPERAÇÕES .................................................................. 6
REFERÊNCIAS ............................................................................................................................ 7
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1 EVOLUÇÃO DA HISTÓRIA MUNDIAL

A era do Controle Estatístico da Qualidade surgiu no contexto da Segunda Guerra Mundial


com a ascensão da revolução industrial e da produção massificada, que tornou impraticável
inspecionar os milhares de produtos que saiam da linha de produção. Assim, com o controle
estatístico, seria possível selecionar certa quantidade para inspeção, onde as propriedades dessa
amostra seriam estendidas a todo o lote. O pioneiro da aplicação da estatística ao controle de
qualidade foi Walter A. Shewhart em 1924, que preparou o primeiro rascunho do que viria a ser
conhecido como carta de controle.
Concomitantemente, dois colegas de Shewhart, Harold F. Dodge e Harry G. Romig,
desenvolveram técnicas de amostragem constituindo o núcleo da maioria das técnicas estatísticas de
controle da qualidade que são usadas até hoje. No início o processo foi lento, porém se ampliou com
o advento da Segunda Guerra mundial com a influência das forças armadas americanas que utilizou
os seguintes métodos:
• A adoção de procedimentos científicos de inspeção por amostragem e tabelas de
amostragem, que seus fornecedores foram obrigados a utilizar;
• A instituição, pelos militares, de amplo programa de treinamento destinado ao pessoal da
indústria bélica e compradores das forças armadas.
Com a evolução e sofisticação das empresas industriais americanas, a qualidade foi se
disseminando nas diversas áreas da indústria: na engenharia (responsável por realizar as
especificações da qualidade), no laboratório (responsável por estabelecer e fazer testes), na
produção (responsável por fabricar e inspecionar produtos). Nesse contexto, Armand V.
Feigenbaum em 1951, em seu livro Quality Control que “A qualidade, que era um trabalho de todo
mundo, acabava sendo um trabalho de ninguém”, defende a ideia de que deveria ser criado um
departamento dentro da empresa que cuidasse exclusivamente da qualidade que deveria seguir
quatro etapas:
• 1 – Padronizar: Estabelecer e definir padrões, tanto de custo, quanto desempenho de um
produto;
• 2 – Avaliar: Comparar o desempenho dos produtos com padrões estabelecidos;
• 3 – Agir: Quando necessário, deve-se tomar providências de correção quando os padrões
fossem violados;
• 4 – Planejar: Aprimorar e realizar esforços para maximizar os padrões, tanto de custo,
quanto de desempenho.
Além disso, segundo Feigenbaum, o departamento da qualidade deveria ter outras atribuições de
assessoria como: incentivar o treinamento para o controle de qualidade e pesquisa, realizar as
atividades de controle de qualidade e coordenar para que a qualidade tivesse um foco.
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De acordo com Feigenbaum, seria necessário mudar a ênfase da correção para a prevenção de
defeitos, como dito em seu livro “Fazer certo da primeira vez”. Porém, no contexto do pós-guerra os
Estados Unidos passou por um período de crescente demanda de bens de consumo, o que fez com
que a quantidade da produção fosse mais importante do que a qualidade, incentivando a prática do
controle para encontrar os defeitos em vez de evitá-los.

2 EVOLUÇÃO GESTÃO DE QUALIDADE

Analisar a evolução do controle estatístico da qualidade é buscar informações sobre o


desenvolvimento dessa área desde a década de 30 (época em que começou a se destacar dentro do
ambiente de produção). É necessário, também, fazer uma breve análise da evolução do conceito de
“qualidade”. Até o início dos anos 50 o que se entendia por qualidade era: perfeição técnica – então
é, de fato, natural que o controle estatístico tenha começado anterior aos anos 50, tentando garantir
que a perfeição técnica da produção fosse assegurada.
Juran, a partir de 50, trouxe uma nova perspectiva: satisfação do cliente quanto à adequação
do produto ao uso. Nas últimas décadas, há uma tendência de enxergar qualidade como satisfação
dos clientes: “grau no qual um conjunto de características inerentes satisfaz a requisitos” (ISO,
2005). Um produto ou serviço tem sua qualidade concebida na hora do projeto. Mas nem tudo que
se estabelece no projeto consegue ser devidamente cumprido na fabricação.
Há, então, um novo aspecto: Qualidade de conformação (avalia o quão bem as
especificações do projeto foram atendidas). Ou seja, a qualidade passa a ser mensurada. Contexto
favorável ao surgimento do controle estatístico da qualidade, que se baseia na amostragem. O
monitoramento dos processos se paga facilmente, desde que seja feito inteligentemente, pois
qualidade, naturalmente, agrega valor. Os custos da qualidade são: custos de falhas internas, custos
de falhas externas, custos de prevenção e custos de avaliação. O início formal do controle estatístico
de processos foi por volta de 1924, quando gráficos de controle foram desenvolvidos e aplicados
por Walter A. Shewhart. Com a utilização das Cartas de Controle, foi possível separar as causas de
variação em termos de causas comuns e causas aleatórias, a fim de se definir ações de correção e
trazer o processo para um estado de Controle Estatístico.
Shewhart defendia a ideia de que manter o processo “Sob Controle Estatístico” é necessário
para que se possam prever os resultados do mesmo, possibilitando gerenciá-lo economicamente.
Pela sua utilização no “chão de fábrica” os gráficos tinham que ser simples de entender, utilizar e
construir. Entretanto, era extremamente necessária a atenção para que estes não se tornassem apenas
decoração, pois o desconhecimento de conceitos estatísticos travava seu uso pleno como ferramenta
efetiva. A rapidez com que esse dispositivo detecta alterações no processo é que dita sua eficácia.
A análise da relação entre essa eficácia e os custos da operação norteiam alguns parâmetros:
tamanho das amostras, o fator que estabelece o posicionamento dos limites de controle no gráfico e
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o tempo de intervalo entre amostragens. Com o passar do tempo, o gráfico de controle deixou de ser
uma ferramenta apenas em processos industriais e passou a ser utilizada no setor de serviços
também (restaurantes, por exemplo).

3 EVOLUÇÃO DA GESTÃO DE OPERAÇÕES

Até a revolução industrial, a agricultura era predominante em todos os países. Com a


revolução, os países mudaram de uma economia baseada na agricultura para uma de cunho
industrial. Contudo, por algum tempo a manufatura era mais uma arte do que uma ciência, além de
que, o elemento da gestão ainda não era muito presente. Essa filosofia mudou com a introdução dos
estudos de Taylor e do casal Gilberth, e da aplicação destes com Henry Ford, tal que a
administração das empresas torna seu foco para a produção de bens. Dessa forma, a partir da década
de 1930, é criada e aplicada a teoria de controle de processos, notoriamente por Walter A.
Shewhart, B.P. Dudding, TV. J. Jennett e E. L. Grant. Shewhart introduziu o uso da Carta de
Controle, ferramenta muito efetiva para controle dos processos, tal que esta separa as causa de
variação em termos de causas comuns e causas aleatórias, a fim de se definir ações de correção.
Com o desenvolvimento do Controle Estatístico de Qualidade é introduzido o conceito de
intervalos de tolerância, que permitem identificar quando um processo está sob controle. Além
disso, eleva-se a importância da redução da variação em um processo de manufatura e há maior
entendimento de que o ajuste contínuo do processo, em resposta à não conformidades, acabava
aumentando essa variação, diminuindo a qualidade.
Com a Segunda Guerra Mundial, a gestão de operações passa a priorizar a eficiência do uso
de recursos e logística, tal que muitos dos conhecimentos introduzidos pelos estudiosos citados
acima foram usados em plantas de fábricas durante a guerra. Os conceitos de Controle Estatístico de
Qualidade puderam ser notadamente aplicados uma vez que a produção exigida era de uma grande
quantidade de produtos com alto nível de qualidade; pode-se destacar a ideia de amostras aceitáveis,
que servia para manter a fração de produtos defeituosos sob controle.
As contribuições do controle estatístico tornam-se ainda mais aparentes na década de 70 com
o sucesso na melhoria dos processos do Japão, mais especificamente, na Toyota. Na década de 70
surge o Just In Time da Toyota e depois o Total Quality Management, revolucionando a qualidade
nos processos. Com o advento da internet e maior facilidade nas barreiras comerciais, as empresas
colocam um maior peso na questão da gestão de operações e qualidade.
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REFERÊNCIAS

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COSTA, A. F. B.; EPPRECHT, E. K.; CARPINETTI, L. C. R. Controle Estatístico de Qualidade.


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<http://www.josephaegan.com/elearning/mod/resource/view.php?id=621>. Acesso em: 29 de
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<http://nelsonrosamilha.blogspot.com.br/2014/07/os-gurus-da-qualidade-walter-shewhart.html>.
Acesso em: 28 de fevereiro de 2016.

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