Joaquim Augusto
Universidade Rovuma
Nampula
2022
Dauda Agapito Mussa Ebraimo
Joaquim Augusto
Universidade Rovuma
Nampula
2022
Índice
Introdução ................................................................................................................................... 3
Tabela 1. Relação dos elementos essenciais com as concentrações médias na matéria seca ..... 7
Germinação ................................................................................................................................. 9
Floração .................................................................................................................................... 10
Frutificação ............................................................................................................................... 10
Dormência ................................................................................................................................ 10
Senescência............................................................................................................................... 11
Conclusão ................................................................................................................................. 16
Introdução
O presente trabalho foi concebido no âmbito da cadeira de Fisiologia Vegetal, com o tema:
Fisiologia do crescimento e desenvolvimento.
Assim como os animais, as plantas também apresentam substâncias responsáveis por seu
desenvolvimento e crescimento. No entanto, os movimentos dos vegetais respondem à ação de
hormônios ou de fatores ambientais como substâncias químicas, luz solar ou choques
mecânicos. Estes movimentos podem ser do tipo crescimento e curvatura e do tipo locomoção.
O trabalho detalhará de forma minuciosa item por item do tema em epígrafe com muito rigor
de forma sólida e percetível o máximo possível. Este tema é de extrema importância porque
tem como base, descrição da Fisiologia do crescimento e desenvolvimento.
O mesmo, é o fruto de consultas feitas em diversas obras e para melhor compreensão dos
seus conteúdos, o mesmo organiza-se da seguinte forma:
Introdução;
Desenvolvimento;
Conclusão e Bibliografia.
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Fisiologia
Fisiologia é a parte da Biologia voltada para o estudo das funções e das actividades exercidas
por cada estrutura que compõe um ser vivo. Muitas atividades dos vegetais são comandadas
pela ação de hormônios ou fitormônios, que determinam o crescimento e o desenvolvimento
dos vegetais.
No entanto, a fisiologia vegetal é a parte da Botânica que estuda todos os processos que ocorrem
em um vegetal, permitindo, desse modo, o entendimento de como as plantas funcionam. Nessa
área são analisados todos os eventos químicos e físicos que ocorrem na planta e garantem seu
crescimento e desenvolvimento.
Movimentos Vegetais
Fototropismo
Movimento orientado pela direção da luz. Existe uma curvatura do vegetal em relação à luz,
podendo ser em direção ou contrária a ela, dependendo do órgão vegetal e da concentração do
hormônio auxina. O caule apresenta um fototropismo positivo, enquanto que a raiz apresenta
fototropismo negativo.
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Geotropismo
Movimento orientado pela força da gravidade. O caule responde com geotropismo negativo e
a raiz com geotropismo positivo, dependendo da concentração de auxina nestes órgãos.
Quimiotropismo
Tigmotropismo
Movimento orientado por um choque mecânico ou suporte mecânico, como acontece com as
gavinhas de chuchu e maracujá que se enrolam quando entram em contato com algum suporte
mecânico.
Nastismos
São movimentos que não são orientados em relação à fonte de estímulo. Dependem da simetria
interna do órgão, que devem ter disposição dorso - ventral como as folhas dos vegetais.
Fotonastismo
Movimento das pétalas das flores que fazem movimento de curvatura para a base da corola.
Este movimento não é orientado pela direção da luz, sendo sempre para a base da flor.
Existem as flores que abrem durante o dia, fechando-se à noite como a "onze horas" e aquelas
que fazem o contrário como a "dama da noite".
Tigmonastismo e Quimionastismo
Movimentos que ocorrem em plantas insetívoras ou mais comumente plantas carnívoras, que,
em contato com um inseto, fecham suas folhas com tentáculos ou com pêlos urticantes, e logo
em seguida liberam secreções digestivas que atacam o inseto. Às vezes substâncias químicas
liberadas pelo inseto é que provocam esta reação, (HOPKINS, 2000).
Seismonastia
Movimento verificado nos folíolos das folhas de plantas do tipo sensitiva ou mimosa, que, ao
sofrerem um abalo com a mão de uma pessoa ou com o vento, fecham seus folíolos. Este
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Quimiotactismo
Aerotactismo
Movimento orientado em relação à fonte de oxigênio, como ocorre de modo positivo com
bactérias aeróbicas.
Fototactismo
Movimento orientado em relação à luz, coo ocorre com os cloroplastos na célula vegetal.
Fotoperiodismo
O florescimento do vegetal é controlado em muitas plantas pelo comprimento dos dias (período
de exposição à luz) em relação aos períodos de noites (períodos de escuro).
Arnon e Stout (1939) propuseram o termo elemento mineral essencial, e se aplica a todos
aqueles que são necessários para o desenvolvimento e reprodução das plantas. Assim, uma
planta só pode completar seu ciclo vital, se lhe fornece em quantidade suficiente, todos os
elementos minerais que lhe são essenciais.
Uma vez incorporados aos tecidos das plantas, nutrientes minerais essenciais tornam-se
componentes ou ativadores de enzimas, ou reguladores do grau de hidratação do protoplasma
e, por extensão, da atividade biológica de proteínas.
Cada um dos macronutrientes e dos micronutrientes exerce pelo menos uma função dentro do
ser vegetal e a sua deficiência ou excesso provoca sintomas de carência, ou de toxidez,
característicos. A partir destas informações, três critérios devem ser atendidos para que um
elemento seja essencial:
Um elemento é essencial se sua deficiência impede que a planta complete seu ciclo de
vida;
Para que um elemento seja essencial ele não pode ser substituído por outro com
propriedades similares;
O elemento deve participar ativamente no metabolismo da planta e que seu benefício
não seja somente relacionado ao fato de melhorar as características do solo, melhorando
o crescimento da microflora ou algum efeito similar.
Tabela 1. Relação dos elementos essenciais com as concentrações médias na matéria seca
da parte aérea de plantas
Macronutrientes
Nitrogênio (N);
Fósforo (P);
Enxofre (S);
Potássio (K+);
Cálcio (Ca++);
Magnésio (Mg++).
Micronutrientes
Ferro (Fe++);
Cobre (Cu++);
Molibdênio (Mo);
Manganês (Mn++);
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Zinco (Zn++);
Boro (B);
Cloro (Cl–).
Elementos benéficos
Silício (Si4+);
Sódio (Na+);
Selênio (Se).
Germinação
Para que a germinação aconteça, no entanto, a semente dependerá de alguns fatores ambientais,
como temperatura e água. Vale salientar que algumas sementes, mesmo em condições
adequadas, não germinam, um processo conhecido como dormência. A germinação de uma
semente consiste na retomada do crescimento do embrião e necessita de alguns fatores, como
umidade, temperatura e oxigênio, para que ocorra.
A germinação é um processo que depende de vários fatores, sendo um deles a absorção de água.
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Floração
Floração ou época de floração é a designação dada ao período do ano, ou à estação do ano, que
é geralmente a primavera, em que desabrocham as flores de determinada espécie ou grupo de
espécies de plantas, estando então a planta em flor, (TAIZ, 1991).
Indução;
Evocação;
Desenvolvimento floral.
Frutificação
O fruto é uma estrutura presente apenas nas angiospermas, com a função principal de proteger
as sementes. Surge, geralmente, após a fecundação, a partir do desenvolvimento do ovário
vegetal. Após a polinização e a fecundação, a flor sofre uma modificação extraordinária. De
todos os componentes que foram vistos anteriormente, acabam sobrando apenas o pedúnculo e
o ovário. Todo o restante degenera. O ovário sofre uma grande modificação, se desenvolve e
agora dizemos que virou fruto, (FERRI, 1985).
Dormência
A dormência consiste num estado de inibição temporária do crescimento das plantas ou partes
das plantas (por exemplo: gomos e sementes), que é retomado na presença de determinados
estímulos ambientais.
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O estado de dormência constitui uma adaptação importante para a sobrevivência das plantas,
impedindo o seu crescimento (por exemplo: floração e germinação de sementes) em condições
indesejáveis, embora possam ser aparentemente favoráveis.
O estado de dormência implica alterações estruturais e fisiológicas nas plantas. Por exemplo as
células produzem açúcares e aminoácidos que funcionam como anti-congelantes, isto é, fazem
baixar o ponto de congelação dos conteúdos celulares. Estas alterações, assim como a
desidratação, evitam ou minimizam os efeitos das baixas temperaturas.
O conjunto de alterações nas plantas que conduz à interrupção do seu crescimento, preparando-
as para novas condições ambientais, como as do inverno, é denominado aclimatação. Em
consequência da aclimatação, as plantas podem sobreviver ao frio. Esta capacidade determina
a distribuição das espécies. O seu tipo de aclimatação pode impedi-las de se desenvolverem nas
regiões tropicais ou regiões temperadas quentes.
A quebra de dormência é desencadeada por fatores ambientais, geralmente bem definidos, como
a exposição ao frio, humidade e fotoperíodo adequados. Por exemplo, a macieira necessita de
passar por um período de inverno, em que as temperaturas sejam inferiores a 10 ºC, para que
floresça corretamente, daí não ser uma planta cultivada em zonas de clima quente. A
pluviosidade interrompe a dormência em muitas plantas do deserto, enquanto que plantas como
a batateira necessitam de um período seco antes de reiniciar o desenvolvimento.
Senescência
Em alguns casos a senescência é rápida como é o caso das flores de algumas Cactáceas que
morrem depois de passadas apenas algumas horas de se terem formado. Outros exemplos de
senescência é a alteração da cor das folhas no outono em consequência do fotoperíodo. Seja
qual for a sua duração, a senescência não é uma simples paragem do desenvolvimento. É um
fenómeno que necessita de energia para que as alterações metabólicas ocorram. Por exemplo,
a senescência das folhas começa durante a diminuição do período de luz no fim do verão e
implica a mobilização de nutrientes e o consumo de proteínas.
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A senescência é a fase terminal do desenvolvimento biológico dos vegetais. Este processo pode
incluir a planta inteira ou pode restringir-se às folhas, flores ou frutos (Thompson et al., 1998).
Ocorre por meio de uma programação genética que envolve redução do tamanho dos telômeros
e ativação de genes de supressão tumoral. As células que entram em senescência perdem a
capacidade proliferativa após um determinado número de divisões celulares.
Os fatores ambientais que influenciam a senescência foliar incluem défici hídrico; limitação de
luz; temperatura extrema; estresse oxidativo, por meio de irradiação UV-B e ozônio; infecção
por patógenos; e sombreamento imposto por plantas daninhas (LIM et al., 2007).
Assim como os animais, as plantas também apresentam substâncias responsáveis por seu
desenvolvimento e crescimento. Essas substâncias, os hormônios, atuam em pequenas
quantidades modificando o funcionamento de células específicas. Esses hormônios vegetais
também podem ser chamados de fitormônios, (SALISBURY, 1991).
Os Hormônios Vegetais
Os hormônios são substâncias produzidas em uma parte específica do organismo, que atua em
baixas concentrações, sobre células específicas, situadas em locais diferentes de onde os
hormônios foram produzidos.
Estudos realizados durante o último século têm mostrado que o desenvolvimento da planta é
regulado por cinco principais classes de hormônios:
Auxinas;
Giberelinas;
Citocininas;
Etileno;
Ácido abscísico.
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Auxinas
As auxinas são produzidas nas extremidades dos coleóptilos de gramíneas e nas pontas dos
caules de diversas plantas. Como também nos meristemas de folhas jovens, de frutos e
sementes. De modo geral, atuam no desenvolvimento das gemas laterais, tropismos e no
desenvolvimento de frutos.
As auxinas são produzidas no ápice do vegetal, sendo distribuídas por um transporte polarizado
do ápice para o resto do corpo do vegetal.
Um dos efeitos das auxinas está relacionado com o crescimento do vegetal, pois atuam sobre a
parede celular do vegetal, provocando sua elongação ou distensão e, consequentemente, o
crescimento do vegetal.
Na verdade, os efeitos das auxinas sobre os vegetais são muito diversificados, dependendo do
local de atuação e concentração, podem apresentar efeitos completamente antagônicos.
Foi na segunda década deste século que os conhecimentos sobre a ação das auxinas nos vegetais
explicaram de modo mais esclarecedor como as auxinas atuam sobre os vegetais, a partir das
experiências de Went em 1928.
Went cortou o ápice do coleóptile, colocando-o em contato com um bloco de ágar. Depois de
certo tempo, o bloco de ágar era colocado sobre o coleóptile decapitado.
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O resultado obtido com este procedimento foi o mesmo que seria obtido se o ápice do coleóptile
estivesse presente no vegetal.
Quando o bloco de ágar, que estivera em contato com o ápice do coleóptile, era colocado de
modo a cobrir apenas metade da extremidade do ápice do vegetal, verificava-se um crescimento
maior do lado em contato com o bloco de ágar, resultando numa curvatura do coleóptile no
sentido contrário da posição do bloco de ágar.
As auxinas, além de promoverem a distensão celular, quando distribuídas caule abaixo, inibem
a atividade das gemas laterais, localizadas nas axilas das folhas, que ficam em dormência.
Quando a gema apical do vegetal é retirada, as gemas laterais saem da dormência, isto é, da
dominância apical, e ramos laterais desenvolvem-se. Esta eliminação das gemas apicais é
chamada de poda e tem como consequência o aumento da copa do vegetal com formação de
novos ramos laterais, (TAIZ, 1991).
Giberelinas
A classe das giberelinas controla vários aspectos do crescimento e desenvolvimento das plantas.
Elas atuam no alongamento do caule, no crescimento de raízes e frutos e na germinação de
sementes.
O embrião da planta jovem produz giberelinas que estimulam a semente a sintetizar enzimas
digestivas. Essas enzimas degradam moléculas orgânicas armazenadas no endosperma. Como
resultado dessa degradação são liberados açúcares e aminoácidos para o embrião.
Atualmente, existem mais de 137 tipos de giberelinas. A mais conhecida é o ácido giberélico.
Citocininas
As citocininas são abundantes em locais com grande atividade de proliferação celular, como
sementes em germinação, frutos e folhas em desenvolvimento e ponta de raízes.
Em associação com auxinas atuam na divisão celular e no controle da dominância apical. Neste
caso, sua relação é antagônica, com a auxina inibindo o crescimento de gemas laterais, enquanto
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a citocinina promove esse crescimento. As citocininas também são responsáveis por retardar o
envelhecimento da planta.
Etileno
Ácido abscísico
O ácido abscísico é produzido nas folhas, coifa e caule. Ele é produzido nas raízes e
transportado via xilema.
Conclusão
Após análise cuidadosa do trabalho, chegou-se a conclusão dos estudos feito no âmbito das da
cadeira de Fisiologia Vegetal no concerne à fisiologia do crescimento e desenvolvimento dos
vegetais.
A descrição da fisiologia vegetal, mostra que é a parte da Botânica que estuda todos os
processos que ocorrem em um vegetal, permitindo, desse modo, o entendimento de como as
plantas funcionam. Nessa área são analisados todos os eventos químicos e físicos que ocorrem
na planta e garantem seu crescimento e desenvolvimento.
O tema é de extrema importância porque visa instruir os formandos como decorre o processo
em destaque.
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Referências bibliográficas
FERRI, M. G. (Coord.)., (1985). Fisiologia Vegetal, volumes 1. e 2. 2nd ed. São Paulo: EPU.
HOPKINS, W. G., (2000). Introduction to Plant Physiology. 2nd ed. New York: John Wiley
KENDE, H., ZEEVAART, J. A. D., (1997). The five “classical” plant hormones.
SALISBURY, F. B., ROSS, C. W. (1991). Plant Physiology. 4th ed. California: Wadsworth
Publishing Company.
TAIZ, L., ZEIGER, E. (1991). Plant Physiology. 1st ed. California: The Benjamin/Cummings
Publishing Company.