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Dauda Agapito Mussa Ebraimo

Delfim Ramos Finiasse

Efigénia Venâncio Lourenço Anibal

Elisabete José Tomé

Joaquim Augusto

Fisiologia do crescimento e desenvolvimento

(Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia)

Universidade Rovuma
Nampula
2022
Dauda Agapito Mussa Ebraimo

Delfim Ramos Finiasse

Efigénia Venâncio Lourenço Anibal

Elisabete José Tomé

Joaquim Augusto

Fisiologia do crescimento e desenvolvimento

Trabalho em grupo de caracter avaliativo


da cadeira Fisiologia Vegetal, Curso de
Licenciatura em Ensino de Biologia, 3o.
Ano turma única lecionada por:

Docente: Paulo Ramos

Universidade Rovuma
Nampula
2022
Índice
Introdução ................................................................................................................................... 3

FISIOLOGIA DO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO .............................................. 4

Movimentos Vegetais ................................................................................................................. 4

Movimentos de Crescimento e Curvatura .................................................................................. 4

Composição química da matéria seca das plantas superiores. ................................................... 7

Tabela 1. Relação dos elementos essenciais com as concentrações médias na matéria seca ..... 7

Germinação ................................................................................................................................. 9

Floração .................................................................................................................................... 10

Frutificação ............................................................................................................................... 10

Dormência ................................................................................................................................ 10

Senescência............................................................................................................................... 11

Controlo hormonal do desenvolvimento das plantas................................................................ 12

Os Hormônios Vegetais ............................................................................................................ 12

Conclusão ................................................................................................................................. 16

Referências bibliográficas ........................................................................................................ 17


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Introdução

O presente trabalho foi concebido no âmbito da cadeira de Fisiologia Vegetal, com o tema:
Fisiologia do crescimento e desenvolvimento.

O desenvolvimento do vegetal está relacionado com o aparecimento de novas características e


de estruturas que desempenham funções específicas como raiz, caule, folhas, flores, sementes
e frutos.

Todo o crescimento da planta é regulado e influenciado pelos hormônios vegetais, que


provocam efeitos variados, dependendo de sua concentração, do local onde eles irão agir e do
estágio de maturidade dos órgãos.

Assim como os animais, as plantas também apresentam substâncias responsáveis por seu
desenvolvimento e crescimento. No entanto, os movimentos dos vegetais respondem à ação de
hormônios ou de fatores ambientais como substâncias químicas, luz solar ou choques
mecânicos. Estes movimentos podem ser do tipo crescimento e curvatura e do tipo locomoção.

O trabalho detalhará de forma minuciosa item por item do tema em epígrafe com muito rigor
de forma sólida e percetível o máximo possível. Este tema é de extrema importância porque
tem como base, descrição da Fisiologia do crescimento e desenvolvimento.

Em relação ao objectivo geral: descrever a fisiologia do crescimento e desenvolvimento das


plantas; para que se chegue a este objectivo era necessário passar por seguintes objectivos
específicos:

 Conhecer as todos os aspectos primordiais para o crescimentp e desenvolvimento;


 Identificar os factores que estimulam este desenvolvimento.

O mesmo, é o fruto de consultas feitas em diversas obras e para melhor compreensão dos
seus conteúdos, o mesmo organiza-se da seguinte forma:

 Introdução;
 Desenvolvimento;
 Conclusão e Bibliografia.
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FISIOLOGIA DO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO

Fisiologia

Fisiologia é a parte da Biologia voltada para o estudo das funções e das actividades exercidas
por cada estrutura que compõe um ser vivo. Muitas atividades dos vegetais são comandadas
pela ação de hormônios ou fitormônios, que determinam o crescimento e o desenvolvimento
dos vegetais.

No entanto, a fisiologia vegetal é a parte da Botânica que estuda todos os processos que ocorrem
em um vegetal, permitindo, desse modo, o entendimento de como as plantas funcionam. Nessa
área são analisados todos os eventos químicos e físicos que ocorrem na planta e garantem seu
crescimento e desenvolvimento.

O crescimento do vegetal corresponde ao aumento do número de células, aumento do volume


celular e da própria massa do vegetal. Alguns tipos de movimentos dos vegetais estão
relacionados com seu crescimento. O desenvolvimento do vegetal está relacionado com o
aparecimento de novas características e de estruturas que desempenham funções específicas
como raiz, caule, folhas, flores, sementes e frutos, (FERRI, 1985).

Movimentos Vegetais

Os movimentos dos vegetais respondem à ação de hormônios ou de fatores ambientais como


substâncias químicas, luz solar ou choques mecânicos. Estes movimentos podem ser do tipo
crescimento e curvatura e do tipo locomoção.

Movimentos de Crescimento e Curvatura

Estes movimentos podem ser do tipo tropismos e nastismos.

Os tropismos são movimentos orientados em relação à fonte de estímulo. Estão relacionados


com a ação das auxinas.

 Fototropismo

Movimento orientado pela direção da luz. Existe uma curvatura do vegetal em relação à luz,
podendo ser em direção ou contrária a ela, dependendo do órgão vegetal e da concentração do
hormônio auxina. O caule apresenta um fototropismo positivo, enquanto que a raiz apresenta
fototropismo negativo.
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 Geotropismo

Movimento orientado pela força da gravidade. O caule responde com geotropismo negativo e
a raiz com geotropismo positivo, dependendo da concentração de auxina nestes órgãos.

 Quimiotropismo

Movimento orientado em relação a substâncias químicas do meio.

 Tigmotropismo

Movimento orientado por um choque mecânico ou suporte mecânico, como acontece com as
gavinhas de chuchu e maracujá que se enrolam quando entram em contato com algum suporte
mecânico.

 Nastismos

São movimentos que não são orientados em relação à fonte de estímulo. Dependem da simetria
interna do órgão, que devem ter disposição dorso - ventral como as folhas dos vegetais.

 Fotonastismo

Movimento das pétalas das flores que fazem movimento de curvatura para a base da corola.
Este movimento não é orientado pela direção da luz, sendo sempre para a base da flor.

Existem as flores que abrem durante o dia, fechando-se à noite como a "onze horas" e aquelas
que fazem o contrário como a "dama da noite".

 Tigmonastismo e Quimionastismo

Movimentos que ocorrem em plantas insetívoras ou mais comumente plantas carnívoras, que,
em contato com um inseto, fecham suas folhas com tentáculos ou com pêlos urticantes, e logo
em seguida liberam secreções digestivas que atacam o inseto. Às vezes substâncias químicas
liberadas pelo inseto é que provocam esta reação, (HOPKINS, 2000).

 Seismonastia

Movimento verificado nos folíolos das folhas de plantas do tipo sensitiva ou mimosa, que, ao
sofrerem um abalo com a mão de uma pessoa ou com o vento, fecham seus folíolos. Este
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movimento é explicado pela diferença de turgescência entre as células de parênquima aquoso


que estas folhas apresentam.

 Movimentos de Locomoção ou Deslocamento

Movimentos de deslocamento de células ou organismos que são orientados em relação à fonte


de estímulo, podendo ser positivos ou negativos, sendo definidos como tactismos.

 Quimiotactismo

Movimento orientado em relação a substâncias químicas como ocorre com o anterozóide em


direção ao arquegônio.

 Aerotactismo

Movimento orientado em relação à fonte de oxigênio, como ocorre de modo positivo com
bactérias aeróbicas.

 Fototactismo

Movimento orientado em relação à luz, coo ocorre com os cloroplastos na célula vegetal.

 Fotoperiodismo

O fotoperiodismo é a capacidade do organismo em responder a determinado fotoperíodo, isto


é, a períodos de exposição à iluminação.

Nos vegetais o fotoperiodismo influi no fenômeno da floração e, consequentemente, no


processo reprodutivo e formação dos frutos.

O florescimento do vegetal é controlado em muitas plantas pelo comprimento dos dias (período
de exposição à luz) em relação aos períodos de noites (períodos de escuro).

Ao longo do ano, em regiões onde as estações (outono, inverno,


primavera e verão) são bem definidas, existe variação do comprimento
dos dias em relação às noites, e muitas plantas são sensíveis a estas
variações, respondendo com diferentes fotoperíodos em relação à
floração, (KENDE, 1997).
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Composição química da matéria seca das plantas superiores.

Elementos Minerais Essências e Benéficos

Arnon e Stout (1939) propuseram o termo elemento mineral essencial, e se aplica a todos
aqueles que são necessários para o desenvolvimento e reprodução das plantas. Assim, uma
planta só pode completar seu ciclo vital, se lhe fornece em quantidade suficiente, todos os
elementos minerais que lhe são essenciais.

Uma vez incorporados aos tecidos das plantas, nutrientes minerais essenciais tornam-se
componentes ou ativadores de enzimas, ou reguladores do grau de hidratação do protoplasma
e, por extensão, da atividade biológica de proteínas.

Quando o suprimento desses nutrientes é inadequado, desenvolvem-se desordens fisiológicas


manifestadas por sintomas característicos de deficiência (ou toxidez), que dependem das
funções dos nutrientes, e de sua capacidade de translocação no floema, das folhas mais velhas
para as mais novas, (SALISBURY, 1991).

Cada um dos macronutrientes e dos micronutrientes exerce pelo menos uma função dentro do
ser vegetal e a sua deficiência ou excesso provoca sintomas de carência, ou de toxidez,
característicos. A partir destas informações, três critérios devem ser atendidos para que um
elemento seja essencial:

 Um elemento é essencial se sua deficiência impede que a planta complete seu ciclo de
vida;
 Para que um elemento seja essencial ele não pode ser substituído por outro com
propriedades similares;
 O elemento deve participar ativamente no metabolismo da planta e que seu benefício
não seja somente relacionado ao fato de melhorar as características do solo, melhorando
o crescimento da microflora ou algum efeito similar.

Tabela 1. Relação dos elementos essenciais com as concentrações médias na matéria seca
da parte aérea de plantas

Elemento Concentração Demonstração da Ano


média essencialidade

Corbono 450 (k kg1 ) Saussure 1804


8

Oxigénio 450 (k kg1 ) Saussure 1804

Hidrogénio 60 (k kg1 ) Saussure 1804

Nitrogénio 15 (k kg1 ) Saussure 1804

Potássio 10 (k kg1 ) Sachs & Knop 1860, 1865

Cálcio 5 (k kg1 ) Sachs & Knop 1860, 1865

Fósforo 2 (k kg1 ) Vill 1860

Magnésio 2 (k kg1 ) Sachs & Knop 1860, 1865

Enxofre 1 (k kg1 ) Sachs & Knop 1965

Cloro 100 (mg kg1 ) Broyer et al 1954

Manganês 50 (mg kg1 ) Maze & McHarge 1915, 1922

Boro 20 (mg kg1 ) Warington 1923

Zinco 20 (mg kg1 ) Sommer & Lipman 1926

Ferro 10 (mg kg1 ) Sachs & Knop 1860, 1865

Cobre 6 (mg kg1 ) Lipman & Mckinney 1931

Níquel 3 (mg kg1 ) Brown et al 1987

Molibdénio 0,1 (mg kg1 ) Arnon & Stout 1938

Fonte: Malavolta (1980); Marschner (1995); Fernandes (2006).

Macronutrientes

 Nitrogênio (N);
 Fósforo (P);
 Enxofre (S);
 Potássio (K+);
 Cálcio (Ca++);
 Magnésio (Mg++).

Micronutrientes

 Ferro (Fe++);
 Cobre (Cu++);
 Molibdênio (Mo);
 Manganês (Mn++);
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 Zinco (Zn++);
 Boro (B);
 Cloro (Cl–).

Elementos benéficos

 Silício (Si4+);
 Sódio (Na+);
 Selênio (Se).
 Germinação

É o nome dado ao início ou retomada do crescimento de estruturas como um esporo, semente


ou gema. Neste texto, nosso enfoque será a germinação das sementes, com ênfase nas
angiospermas. Quando falamos em germinação de sementes, nos referimos à retomada no
crescimento do embrião, que leva ao desenvolvimento de uma nova planta.

Para que a germinação aconteça, no entanto, a semente dependerá de alguns fatores ambientais,
como temperatura e água. Vale salientar que algumas sementes, mesmo em condições
adequadas, não germinam, um processo conhecido como dormência. A germinação de uma
semente consiste na retomada do crescimento do embrião e necessita de alguns fatores, como
umidade, temperatura e oxigênio, para que ocorra.

A raiz é a primeira estrutura a emergir no processo de germinação. A germinação da semente


pode ser epígea ou hipógea. Fatores como presença de água, oxigênio e temperatura são
importantes para a germinação de uma semente.

A germinação é um processo que depende de vários fatores, sendo um deles a absorção de água.
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Floração

Floração ou época de floração é a designação dada ao período do ano, ou à estação do ano, que
é geralmente a primavera, em que desabrocham as flores de determinada espécie ou grupo de
espécies de plantas, estando então a planta em flor, (TAIZ, 1991).

A floração está diretamente relacionada ao fotoperíodo. Fotoperíodo é a duração do dia em


relação à noite em um tempo de 24 horas. Fotoperiodismo é a reação da planta à esse tempo. O
fotoperíodo exerce influência sobre a floração, pois este aponta as estações do ano.

Por conveniência, subdivide-se o processo de floração em três fases:

 Indução;
 Evocação;
 Desenvolvimento floral.

Frutificação

Em botânica, chama-se frutificação a formação de frutos pelas plantas e também a formação de


estruturas reprodutivas por alguns fungos e espécies relacionadas, como as mixobactérias.

O fruto é uma estrutura presente apenas nas angiospermas, com a função principal de proteger
as sementes. Surge, geralmente, após a fecundação, a partir do desenvolvimento do ovário
vegetal. Após a polinização e a fecundação, a flor sofre uma modificação extraordinária. De
todos os componentes que foram vistos anteriormente, acabam sobrando apenas o pedúnculo e
o ovário. Todo o restante degenera. O ovário sofre uma grande modificação, se desenvolve e
agora dizemos que virou fruto, (FERRI, 1985).

Para a formação do fruto, o ovário, após a fecundação, transforma-se em fruto e os óvulos, em


sementes, conforme a imagem abaixo. O fruto que apresenta uma parede chamada de pericarpo
é formado por três regiões – epicarpo, mesocarpo (parte comestível, acúmulo de reserva
nutritiva) e endocarpo.

Dormência

A dormência consiste num estado de inibição temporária do crescimento das plantas ou partes
das plantas (por exemplo: gomos e sementes), que é retomado na presença de determinados
estímulos ambientais.
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O estado de dormência constitui uma adaptação importante para a sobrevivência das plantas,
impedindo o seu crescimento (por exemplo: floração e germinação de sementes) em condições
indesejáveis, embora possam ser aparentemente favoráveis.

O estado de dormência implica alterações estruturais e fisiológicas nas plantas. Por exemplo as
células produzem açúcares e aminoácidos que funcionam como anti-congelantes, isto é, fazem
baixar o ponto de congelação dos conteúdos celulares. Estas alterações, assim como a
desidratação, evitam ou minimizam os efeitos das baixas temperaturas.

O conjunto de alterações nas plantas que conduz à interrupção do seu crescimento, preparando-
as para novas condições ambientais, como as do inverno, é denominado aclimatação. Em
consequência da aclimatação, as plantas podem sobreviver ao frio. Esta capacidade determina
a distribuição das espécies. O seu tipo de aclimatação pode impedi-las de se desenvolverem nas
regiões tropicais ou regiões temperadas quentes.

A indução da dormência dos botões está diretamente associada à diminuição do fotoperíodo.

A quebra de dormência é desencadeada por fatores ambientais, geralmente bem definidos, como
a exposição ao frio, humidade e fotoperíodo adequados. Por exemplo, a macieira necessita de
passar por um período de inverno, em que as temperaturas sejam inferiores a 10 ºC, para que
floresça corretamente, daí não ser uma planta cultivada em zonas de clima quente. A
pluviosidade interrompe a dormência em muitas plantas do deserto, enquanto que plantas como
a batateira necessitam de um período seco antes de reiniciar o desenvolvimento.

Senescência

Senescência é um termo que se aplica aos processos que acompanham o envelhecimento e


morte de uma planta ou de uma parte dela.

Em alguns casos a senescência é rápida como é o caso das flores de algumas Cactáceas que
morrem depois de passadas apenas algumas horas de se terem formado. Outros exemplos de
senescência é a alteração da cor das folhas no outono em consequência do fotoperíodo. Seja
qual for a sua duração, a senescência não é uma simples paragem do desenvolvimento. É um
fenómeno que necessita de energia para que as alterações metabólicas ocorram. Por exemplo,
a senescência das folhas começa durante a diminuição do período de luz no fim do verão e
implica a mobilização de nutrientes e o consumo de proteínas.
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A senescência é a fase terminal do desenvolvimento biológico dos vegetais. Este processo pode
incluir a planta inteira ou pode restringir-se às folhas, flores ou frutos (Thompson et al., 1998).

Ocorre por meio de uma programação genética que envolve redução do tamanho dos telômeros
e ativação de genes de supressão tumoral. As células que entram em senescência perdem a
capacidade proliferativa após um determinado número de divisões celulares.

Os fatores ambientais que influenciam a senescência foliar incluem défici hídrico; limitação de
luz; temperatura extrema; estresse oxidativo, por meio de irradiação UV-B e ozônio; infecção
por patógenos; e sombreamento imposto por plantas daninhas (LIM et al., 2007).

Controlo hormonal do desenvolvimento das plantas

Todo o crescimento da planta é regulado e influenciado pelos hormônios vegetais, que


provocam efeitos variados, dependendo de sua concentração, do local onde eles irão agir e do
estágio de maturidade dos órgãos.

Assim como os animais, as plantas também apresentam substâncias responsáveis por seu
desenvolvimento e crescimento. Essas substâncias, os hormônios, atuam em pequenas
quantidades modificando o funcionamento de células específicas. Esses hormônios vegetais
também podem ser chamados de fitormônios, (SALISBURY, 1991).

Os Hormônios Vegetais

Os hormônios são substâncias produzidas em uma parte específica do organismo, que atua em
baixas concentrações, sobre células específicas, situadas em locais diferentes de onde os
hormônios foram produzidos.

Estudos realizados durante o último século têm mostrado que o desenvolvimento da planta é
regulado por cinco principais classes de hormônios:

 Auxinas;
 Giberelinas;
 Citocininas;
 Etileno;
 Ácido abscísico.
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 Auxinas

As auxinas constituem a primeira classe de hormônios vegetais descoberta.

As auxinas são produzidas nas extremidades dos coleóptilos de gramíneas e nas pontas dos
caules de diversas plantas. Como também nos meristemas de folhas jovens, de frutos e
sementes. De modo geral, atuam no desenvolvimento das gemas laterais, tropismos e no
desenvolvimento de frutos.

Sua ação característica é o alongamento e expansão celular, promovendo o crescimento de


raízes e caules.

Porém, essa condição é determinada pela quantidade de hormônio. Em altas concentrações,


inibem o alongamento celular.

O movimento da auxina é chamado de unipolar, pois é unidirecional, do ápice dos meristemas


em direção à base de folhas, caules e pontas de raízes. Esse tipo de transporte requer energia e
não é influenciado pela gravidade. O ácido indolacético (AIA) é a auxina natural mais
encontrada nos vegetais.

As auxinas são produzidas no ápice do vegetal, sendo distribuídas por um transporte polarizado
do ápice para o resto do corpo do vegetal.

Um dos efeitos das auxinas está relacionado com o crescimento do vegetal, pois atuam sobre a
parede celular do vegetal, provocando sua elongação ou distensão e, consequentemente, o
crescimento do vegetal.

Na verdade, os efeitos das auxinas sobre os vegetais são muito diversificados, dependendo do
local de atuação e concentração, podem apresentar efeitos completamente antagônicos.

Foi na segunda década deste século que os conhecimentos sobre a ação das auxinas nos vegetais
explicaram de modo mais esclarecedor como as auxinas atuam sobre os vegetais, a partir das
experiências de Went em 1928.

Went trabalhou com coleóptiles de gramíneas, blocos de ágar, observando o comportamento do


crescimento do vegetal após a retirada do ápice do vegetal.

Went cortou o ápice do coleóptile, colocando-o em contato com um bloco de ágar. Depois de
certo tempo, o bloco de ágar era colocado sobre o coleóptile decapitado.
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O resultado obtido com este procedimento foi o mesmo que seria obtido se o ápice do coleóptile
estivesse presente no vegetal.

Quando o bloco de ágar, que estivera em contato com o ápice do coleóptile, era colocado de
modo a cobrir apenas metade da extremidade do ápice do vegetal, verificava-se um crescimento
maior do lado em contato com o bloco de ágar, resultando numa curvatura do coleóptile no
sentido contrário da posição do bloco de ágar.

Os Efeitos das Auxinas sobre os Vegetais

As auxinas, além de promoverem a distensão celular, quando distribuídas caule abaixo, inibem
a atividade das gemas laterais, localizadas nas axilas das folhas, que ficam em dormência.

Quando a gema apical do vegetal é retirada, as gemas laterais saem da dormência, isto é, da
dominância apical, e ramos laterais desenvolvem-se. Esta eliminação das gemas apicais é
chamada de poda e tem como consequência o aumento da copa do vegetal com formação de
novos ramos laterais, (TAIZ, 1991).

 Giberelinas

As giberelinas são produzidas em meristemas apicais do caule e raiz, em folhas jovens, no


embrião da semente e nos frutos.

A classe das giberelinas controla vários aspectos do crescimento e desenvolvimento das plantas.
Elas atuam no alongamento do caule, no crescimento de raízes e frutos e na germinação de
sementes.

O embrião da planta jovem produz giberelinas que estimulam a semente a sintetizar enzimas
digestivas. Essas enzimas degradam moléculas orgânicas armazenadas no endosperma. Como
resultado dessa degradação são liberados açúcares e aminoácidos para o embrião.

Atualmente, existem mais de 137 tipos de giberelinas. A mais conhecida é o ácido giberélico.

 Citocininas

As citocininas são abundantes em locais com grande atividade de proliferação celular, como
sementes em germinação, frutos e folhas em desenvolvimento e ponta de raízes.

Em associação com auxinas atuam na divisão celular e no controle da dominância apical. Neste
caso, sua relação é antagônica, com a auxina inibindo o crescimento de gemas laterais, enquanto
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a citocinina promove esse crescimento. As citocininas também são responsáveis por retardar o
envelhecimento da planta.

 Etileno

O etileno é o único hormônio vegetal gasoso. É um gás incolor.

É produzido em diversas partes da planta e provavelmente se difunde nos espaços entre as


células. Sua principal ação é induzir o amadurecimento dos frutos.

 Ácido abscísico

O ácido abscísico é produzido nas folhas, coifa e caule. Ele é produzido nas raízes e
transportado via xilema.

O ácido abscísico é um inibidor do crescimento das plantas. É responsável pelo bloqueio do


crescimento das plantas durante o inverno. Atua também na dormência de sementes, impedindo
que germinem de forma prematura, (LIM et al., 2007).
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Conclusão

Após análise cuidadosa do trabalho, chegou-se a conclusão dos estudos feito no âmbito das da
cadeira de Fisiologia Vegetal no concerne à fisiologia do crescimento e desenvolvimento dos
vegetais.

A descrição da fisiologia vegetal, mostra que é a parte da Botânica que estuda todos os
processos que ocorrem em um vegetal, permitindo, desse modo, o entendimento de como as
plantas funcionam. Nessa área são analisados todos os eventos químicos e físicos que ocorrem
na planta e garantem seu crescimento e desenvolvimento.

Todo o crescimento da planta é regulado e influenciado pelos hormônios vegetais, que


provocam efeitos variados, dependendo de sua concentração, do local onde eles irão agir e do
estágio de maturidade dos órgãos.

Todavia, o crescimento do vegetal corresponde ao aumento do número de células, aumento do


volume celular e da própria massa do vegetal. Alguns tipos de movimentos dos vegetais estão
relacionados com seu crescimento. O desenvolvimento do vegetal está relacionado com o
aparecimento de novas características e de estruturas que desempenham funções específicas
como raiz, caule, folhas, flores, sementes e frutos.

O tema é de extrema importância porque visa instruir os formandos como decorre o processo
em destaque.
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Referências bibliográficas

FERRI, M. G. (Coord.)., (1985). Fisiologia Vegetal, volumes 1. e 2. 2nd ed. São Paulo: EPU.

HOPKINS, W. G., (2000). Introduction to Plant Physiology. 2nd ed. New York: John Wiley

& Sons, Inc.

KENDE, H., ZEEVAART, J. A. D., (1997). The five “classical” plant hormones.

SALISBURY, F. B., ROSS, C. W. (1991). Plant Physiology. 4th ed. California: Wadsworth

Publishing Company.

TAIZ, L., ZEIGER, E. (1991). Plant Physiology. 1st ed. California: The Benjamin/Cummings

Publishing Company.

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