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Propagação de calor

O calor pode propagar-se por três meios distintos: condução, convecção e radiação. Vamos descrever


cada um desses processos a seguir:
Condução: ocorre principalmente em meios sólidos. Nesse processo, há condução de calor sem
transporte de matéria.
Convecção: acontece em meios fluidos, como líquidos e gases. Nesse processo, uma diferença de
temperatura faz com que se formem correntes de convecção, até que todo o sistema passe a exibir a
mesma temperatura.
Radiação: é a transmissão de calor por ondas eletromagnéticas. A radiação não necessita de um meio
físico, por isso é o único dos processos de transmissão de calor que pode ocorrer no vácuo.
Calor e temperatura
Apesar de usarmos as palavras calor e temperatura em contextos parecidos, essas duas grandezas
físicas são completamente diferentes. O calor é uma forma de energia, enquanto a temperatura é uma
medida do grau de agitação das moléculas de um sistema.
Enquanto o calor é medido em Joules, ou em calorias, a temperatura é medida em graus Celsius. A
confusão em torno desses conceitos deve-se principalmente à nossa língua: quando dissemos que “está
calor”, estamos na verdade referindo-nos a uma temperatura elevada.
Fenómenos acústico
A acústica é o ramo da física associado ao estudo do som e dos fenômenos a ele relacionados.
O som é um fenômeno ondulatório causado pelos mais diversos objetos e se propaga através dos
diferentes estados físicos da matéria.
fontes sonoras; meios. As fontes sonoras podem ser abstraídas para pontuais, em linha ou de superfície.
Além disso, as fontes sonoras podem ter padrões de diretividade diferentes, como os monopolos,
dipolos, quadrupolos e outros; muito estudados na aeroacústica, uma subdivisão da acústica.
Formas de propagaçao do som
Como o som é uma onda, ele está sujeito a diversos fenômenos ondulatórios, confira quais são eles:
Reflexão: A reflexão acontece quando o som é emitido em direção a algum anteparo elástico. A
reflexão do som dá origem ao eco sonoro, por exemplo.
Absorção: Alguns meios são capazes de absorver as ondas sonoras, funcionando, assim, como bons
abafadores de som. As câmaras anecoicas são exemplos práticos da absorção sonora, quase nenhum som
externo é capaz de entrar nessas câmaras.
Refração: A refração ocorre quando o som muda de meio e sofre mudanças de velocidade. Esse
fenômeno é especialmente útil para a realização dos exames de ultrassonografia.
Difração: Se o som passar através de algum obstáculo ou fenda de dimensões parecidas com o seu
comprimento de onda, ele sofrerá uma difração. A difração do som faz com que ele passe através de
frestas, em baixo de portas, e possa ser ouvido.
Interferência: A interferência diz respeito à sobreposição das ondas sonoras, em alguns pontos do
espaço, o som produzido por uma ou mais fontes irá sobrepor suas cristas e ondas, produzindo regiões
de interferência construtiva e destrutiva. Em teatros e cinemas, o sistema de som é projetado de forma
que haja o mínimo de regiões de interferência destrutiva.
Produção do som
A produção do som é constituída de toda matéria em movimento vibratório.
Transmissão do som
A transmissão do som é possível porque a maioria deles nos alcança em razão da influência do ar, ou
seja, o ar age como agente transmissor do som. Os sons não se propagam no vácuo pelo fato de exigirem
um meio material afim de que sua propagação aconteça. A transmissão do som é melhor nos sólidos que
nos líquidos, e nos líquidos é melhor que nos gases.
Qualidade dos som, é constituído de um movimento vibratório específico e possui características, tais
como: tom (altura), volume (intensidade) e timbre.
O som é uma onda capaz de propagar-se pelo ar e por outros meios a partir da vibração de suas
moléculas. Os sons são percebidos por nós quando eles incidem sobre o nosso aparelho auditivo, que
são traduzidos em estímulos elétricos e direcionados ao nosso cérebro, que os interpreta.
A velocidade com que as ondas sonoras são propagadas depende, exclusivamente, das características
do meio em que se deslocam, no ar, a velocidade do som é de aproximadamente 340 m/s.
Características do som
As principais características que distinguem um som de outro som são
três: altura, intensidade e timbre.
Altura: A altura do som diz respeito à sua frequência. Sons altos são aqueles que apresentam grandes
frequências, também chamados de sons agudos. Os sons baixos, por sua vez, são aqueles que
apresentam baixas frequências, tratando-se, portanto, de sons graves.
Intensidade: A intensidade do som diz respeito à quantidade de energia que a onda sonora transmite.
Essa intensidade está relacionada à amplitude da onda sonora: quanto maior a sua amplitude, maior será
sua intensidade. Essa propriedade do som é medida em decibels: sons intensos são chamados de sons
fortes, enquanto os sons de baixa intensidade são chamados de sons fracos.
Timbre: O timbre do som é o que nos permite distinguir a natureza de sua fonte. Ao ouvirmos dois sons
de mesma frequência e intensidade, mas que foram produzidos por instrumentos diferentes, podemos
facilmente diferenciá-los.
Fenômenos ópticos
Fenômenos ópticos são eventos observáveis em nosso cotidiano. Saiba quais são os fenômenos ópticos
mais importantes e entenda como eles funcionam.

Fenômenos ópticos
 são eventos observáveis a olho nu resultantes da interação da luz com a matéria. Entre os principais
fenômenos ópticos, podemos destacar a reflexão, a refração, a absorção, a dispersão e a interferência da
luz. Diversos fatos naturais relacionados à luz são decorrentes desses fenômenos.

1 - Reflexão da luz. 2 - Refração da luz. 3 - Absorção da luz.4 -


A reflexão da luz é responsável por conseguirmos enxergar a maior parte dos objetos ao nosso
redor. A maioria desses corpos são fontes secundárias de luz, também chamados de corpos iluminados,
ou seja, não produzem sua própria luz, apenas refletem os raios luminosos que chegam até eles.
Quando incide sobre uma superfície de relevo acidentado ou áspero, a luz sofre reflexão difusa, mesmo
que microscopicamente. Durante esse fenômeno, os ângulos de incidência e de reflexão são diferentes,
por isso não conseguimos enxergar imagens refletidas nessas superfícies.
A refração ocorre quando a luz é transmitida através da interface de dois meios transparentes,
como o ar e a água. Nesse processo, a luz sofre uma mudança em sua velocidade de propagação,
podendo ficar mais rápida ou mais lenta, dependendo do índice de refração do meio em que adentra. O
índice de refração é uma grandeza adimensional e é dada pela razão entre a velocidade da luz no vácuo e
a velocidade da luz no meio.
Além disso, a velocidade da luz em qualquer meio físico depende de sua frequência, por isso, cada cor
propaga-se com velocidade levemente diferente. Em virtude disso, ao passar por um prisma, a luz
dispersa-se nas cores do arco-íris, conhecidas como espectro visível. O fenômeno em que a luz branca
separa-se nas diferentes cores visíveis é chamado de dispersão da luz.
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Absorção da luz. Certos pigmentos, como as tintas azuis, vermelhas, verdes, assim como outros
elementos, são capazes de absorver determinadas frequências de luz. A presença de alguns tipos de
átomos muda a tonalidade de uma substância em virtude das frequências de luz que esses átomos são
capazes de absorver.
Corpos brancos têm a capacidade de refletir igualmente todas as frequências de luz visível incidentes
sobre eles. Já os corpos negros tendem a absorver todas as cores da luz visível. Uma camiseta vermelha,
por exemplo, apresenta-se na cor vermelha quando iluminada por fontes de luz branca, as quais,
naturalmente, emitem todas as cores do espectro visível. Nessa situação, essa camiseta será capaz de
absorver parcialmente a luz branca que a ilumina: absorverá o azul, o amarelo, o verde, porém será
incapaz de absorver o vermelho, refletindo-o.
Em um ambiente completamente escuro, no entanto, a camiseta vermelha não será visível, uma vez que
ela não emite sua própria luz, apenas reflete-a. Se iluminada por uma lâmpada azul monocromática, por
exemplo, essa camiseta será vista da cor preta, uma vez que irá absorver a cor azul.
Fenomenos Luminoso
A luz é uma onda eletromagnética cuja frequência encontra-se no espectro visível para os seres
humanos. As luzes polares são originárias da interação entre o vento solar e o campo magnético
terrestre.
Luz é uma forma de radiação eletromagnética cuja frequência é visível ao olho humano. A luz pode
propagar-se no vácuo com velocidade de aproximadamente 300 mil km/s. As frequências de luz que são
visíveis ao olho humano são chamadas de espectro visível, essas ondas têm comprimentos
entre 400 nm e 700 nm.
Ondas eletromagnéticas que apresentam frequências menores que a da luz visível são chamadas
de infravermelho, enquanto as que apresentam frequências maiores são chamadas de ultravioleta.
A luz já foi estudada e interpretada de diversas formas, entre algumas de suas descrições podemos
ressaltar a geométrica, a ondulatória e a corpuscular.
Geométrica: A luz pode ser representada por retas, comumente chamadas de raios de luz. Um conjunto
de raios de luz, por sua vez, é chamado de feixe. Para a óptica geométrica, a luz propaga-se somente
em linha reta. A interpretação geométrica da luz é capaz de explicar o funcionamento de lentes e
espelhos. Para saber mais sobre óptica geométrica, clique aqui.
Ondulatória: A luz é capaz de propagar-se no espaço, transportando energia consigo. A frequência da
luz, nesse caso, diz respeito ao número de oscilações realizadas pelos campos elétrico e magnético, a
cada segundo. De acordo com a natureza ondulatória, a luz propaga-se em uma direção perpendicular ao
campo eletromagnético que a origina. A descrição eletromagnética da luz também explica o surgimento
dos fenômenos de interferência, difração, refração e polarização, por exemplo..
Corpuscular: A luz é formada por um grande número de partículas dotadas de movimento linear,
porém sem massa, chamadas de fótons. Esse tipo de interpretação também é capaz de explicar os
fenômenos citados anteriormente, bem como alguns fenômenos quânticos, como o efeito fotoelétrico.
Caracteristica da luz
Entre as características da luz, podemos ressaltar algumas das mais importantes:
Intensidade: A intensidade da luz mede a quantidade de energia que ela irradia, a cada segundo, por
unidade de área.
Frequência: A frequência da luz mede a quantidade de oscilações que ela sofre a cada segundo.
Polarização: A polarização é determinada pelo ângulo de vibração do campo elétrico que forma a luz.
Fontes de Luz
Qualquer corpo capaz de emanar luz pode ser considerado uma fonte de luz. Existem fontes de
luz primárias e secundárias.
Primárias: são capazes de produzir a sua própria luz, também são chamadas de corpos
luminosos. Exemplo: fósforo aceso, Sol, lâmpada acesa.
Secundárias: são capazes de apenas refletirem a luz que incide sobre elas, também são conhecidas
como corpos iluminados. Exemplo: parede iluminada, nuvens, pessoas.
Emissão da Luz
A luz emitida pelas fontes primárias pode ser produzida por diferentes processos. Podemos classificar os
processos de emissão de luz em: luminescentes e termoluminescentes.
Termoluminescência: é a emissão de luz em razão da excitação térmica. Com o aquecimento, os
átomos têm seus elétrons excitados. No processo de relaxação, esses elétrons emitem
luz. Exemplo: emissões de corpo negro, como carvão aquecido em brasa.
A luz emitida pelo carvão em brasa é obtida pela termoluminescência.
Luminescência: são todos os processos de emissão de luz motivados por algum tipo de excitação que
não a excitação térmica. Dentre os processos de luminescência, podemos destacar a fotoluminescência
(emissão de luz após a absorção de fótons), responsável pela fluorescência e fosforescência,
bioluminescência etc.
Propagação da luz: como ocorre, princípios básicos e exemplos
A luz se propaga em uma velocidade de 300.000 km/s no vácuo. Entretanto, ela pode se propagar de
outras formas, baseadas em três princípios.
Por Júlia Alves
 luz se propaga em uma velocidade de 300.000 km/s no vácuo. Entretanto, ela pode se propagar
de outras formas, baseadas em três princípios.

Propagação da Luz

Primeiramente, a luz é um tipo de onda eletromagnética visível. Sendo assim, a propagação da luz


ocorre por diversos meios. Ademais, sua velocidade no vácuo é de 300.000 km/s, porém o valor pode
ser alterado conforme o objeto utilizado.
Dessa forma, para conseguir compreender o conceito da propagação retilínea da luz e seus princípios, é
necessário observar sob o ponto de vista da óptica geométrica.
Mas, afinal, quais são as características e princípios da propagação da luz? Vamos descobrir!
Definição de propagação da luz
A principio, existem três meios que permitem que o feixe de luz atravesse o material. Tais meios
classificam-se como: Transparente, Translúcido e Opaco.
O transparente é o que não interfere na propagação da luz, ou seja, a passagem é regular e dá para
observar um objeto atrás de forma clara. Como exemplo, o ar e o vidro.
Já o translúcido, a luminosidade até passa, porém de maneira irregular. Em outras palavras, é possível
enxergar o objeto, mas não totalmente. Um exemplo comum é o vidro fosco.
Por fim, o opaco faz jus ao nome e não deixa a luz se propagar. Sendo assim, não é possível enxergar o
objeto que esteja atrás. Entre os materiais que não permitem a passagem da luz, podem ser citados
placas e madeiras.
Princípios da Propagação da Luz
O primeiro princípio, chamado de reversibilidade, é basicamente o que acontece quando você vê uma
pessoa pelo espelho.
Em suma, o raio luminoso não se altera, caso troque o sentido do trajeto. Sendo assim, se você consegue
enxergar o olho de outra pessoa pelo espelho, ela também consegue enxergar o seu.
Outro princípio é o da interdependência dos raios luminosos. Em síntese, os feixes de luz, mesmo se
cruzando, não alteram seus próprios percursos.
Na prática é bem fácil visualizar tal afirmação, pois os holofotes intensos em shows são exatamente isso.
Diferença entre sombra e penumbra
Quando a luz se propaga em linha reta ela transmite toda sua luminosidade. Entretanto, quando um
objeto opaco entra no caminho luminoso, são gerados efeitos como a sombra e a penumbra.
A sombra é a parte sem luz, ou seja, é o pedaço que o objeto opaco tampa por completo. Por outro lado,
a penumbra é a região com menos luminosidade. Em outras palavras, é o ponto de transição da parte
luminosa para a sombra.
Eclipse
O eclipse é um fenômeno que ocorre quando um corpo celeste entra na frente de outro, atrapalhando
assim a chegada da luz. Com isso, é notável a sombra e a penumbra.
Em suma, existem dois tipos de eclipse: o solar e o lunar.
O solar ocorre quando a lua se encontra entre a Terra e o Sol e aparece sua sombra. Nas regiões que o
Sol fica totalmente coberto pela lua é denominado como eclipse solar total. Já nas regiões de penumbra,
é denominado como eclipse parcial. O solar ocorre quando a lua se encontra entre a Terra e o Sol e
aparece sua sombra. Nas regiões que o Sol fica totalmente coberto pela lua é denominado como eclipse
solar total.
Princípio de Propagação Retilínea da Luz
Para entendermos os princípios da propagação retilínea da luz, devemos considerar a óptica geométrica,
que é o estudo da propagação da luz levando em conta somente o percurso do feixe.
A óptica geométrica é baseada em três aspectos:
• Independência dos Raios de Luz: quando dois ou mais raios de luz se atravessam sem interferir um no
outro. Este modelo por ser visto, por exemplo, em apresentações teatrais ou qualquer festa com
holofotes voltado para o palco. Ainda que as pessoas saiam do local onde estão, estes feixes continuarão
a iluminá-las do mesmo jeito, um cruzando o outro.
• Propagação Retilínea da Luz: ocorre num espaço transparente, homogêneo e isotrópico, onde o feixe
de luz se reproduz de maneira reta, os chamados raios de luz. Este princípio pode ser observado ao
visualizarmos um instrumento de forma circular em uma superfície plana. Este, ao ser projetado,
produzirá uma sombra no mesmo formato.
• Reversibilidade dos Raios de Luz: acontece quando revertemos o curso pelo qual um feixe de luz se
propaga. Seu trajeto não será alterado, apenas tomará o sentido inverso.

O último aspecto é exemplificado ao imaginarmos uma conversa entre passageiros dentro de um carro,
uns no banco da frente, outros atrás; todos olhando através do retrovisor interno do automóvel.
Muitos acontecimentos podem ser decifrados se nos embasarmos na direção em que a energia de uma
onde cresce. O estudo da óptica geométrica é até hoje a maneira mais eficaz que possibilita explicar o
modo como as imagens são geradas por esses fenômenos. s feixes de luz são o sentido da energia, o que
significa dizer que são o crescimento de uma onda eletromagnética sobre um corpo transparente.
• O feixe de luz é um instrumento que só existe na teoria, ele não tem têm um corpo físico. Ele é
utilizado como um protótipo a outros feixes, fazendo alusão a um aglomerado de raios de luz.
Se a onda for plana, todos os feixes de luz serão paralelos uns aos outros.
• Se a onda for esférica, todos os feixes se movem em direção a um determinado meio, ou são oriundos
deste meio. Não existe um raio que seja divergente a um ou qualquer outro ponto.
• Quando a onda possui sua extensão convexa ou côncava, esse raio de luz será divergente ou
convergente. Raios convergentes ocupam uma área delimitada pela zona de convergência. Se
considerarmos um raio convergente como divergente, este se propagará no sentido contrário, conforme
o terceiro aspecto da óptica geométrica (reversibilidade da luz).
Propagação retilínea da luz
Agora que entendemos que os feixes de luz são formados por matérias denominadas de fótons e que
estes crescem de maneira retilínea, com início na fonte que emitiu a luz, existem diversos exemplos que
fundamentam esse conceito, como, por exemplo, a análise da trajetória feita pela luz oriunda de uma
câmara escura ou de um projetor.
A câmara escura nada mais é do que uma caixa com faces negras e um pequeno furo em uma destas
paredes, cujo orifício por onde a luz atravessa. A face paralelamente oposta servirá como anteparo a face
que foi furada.
A atividade mais comum que propõe uma demonstração desta afirmação, efetivamente transparece a luz
crescendo de maneira linear, esta técnica da caixa escura possui um custo pequeno e por isso é a mais
utilizada.
Para tentarmos realizar este trajeto, precisaremos de alguns objetos; tais como uma vela, papel vegetal,
um prego e uma lata de leite em pó.
O primeiro passo para construção é fazer um furo no centro da parte de baixo da lata, depois, a parte
superior da lata deve ser coberta com o papel vegetal (é bom utilizar uma fita para prendê-lo bem na
lata).
Feito isso, acenda um fósforo ou uma vela em frente ao local onde foi feito o furo, desse modo você
conseguirá ver a projeção da imagem da vela no papel vegetal. Isso é possível pois a luz oriunda da vela
adentra a lata e toca o fundo.
Logo, ao examinarmos os raios de luz que ingressam por um singelo furo de um objeto escuro,
observamos eles se propagarem de forma linear. A sombra delineada pela luz assemelha-se a forma do
corpo cuja sombra é oriunda. Portanto, em locais transparentes e homogêneos, a luz cresce em linha
reta. Esta premissa, chamada de propagação retilínea da luz é fundamentada com o surgimento da
sombra.
É por esta mesma razão que ocorrem os eclipses. Sendo o sol a nascente de luz sobre a Terra,
ocasionando a sombra. Com o eclipse lunar, a lua ultrapassa a sombra que foi formada, emergindo. Já
no eclipse solar, a lua fica posicionada entre a Terra e o sol. Se alguém estiver a observar da Terra,
justamente no local onde a sombra se instalou, então este verá o sol totalmente encoberto, no caso, o sol
não será mais visto.
efração da luz é um fenômeno que ocorre quando a luz passa através de dois meios transparentes e tem
sua velocidade de propagação alterada graças a uma mudança em seu comprimento de onda. A refração da luz
também pode ser acompanhada de um desvio angular na direção de propagação da luz.
O que é índice de refração?
A mudança sofrida na velocidade da luz depende de uma propriedade de cada meio chamada
de índice de refração absoluto. O índice de refração é uma grandeza adimensional que é determinada
pela razão entre a velocidade da luz no vácuo e a velocidade da luz no meio em que ela se propaga.

n – índice de refração


c – velocidade da luz no vácuo (c = 3,0.108 m/s)
v – velocidade da luz no meio
Leis da refração da luz
Quanto maior é o índice de refração de um meio, mais lentamente a luz propaga-se em seu interior. Essa
mudança ocorre graças à diminuição do comprimento de onda da luz ao passar de um meio de
menor índice de refração (menos refringente) para um meio com maior índice de refração (mais
refringente). Além disso, é importante ressaltar que a frequência da luz não se altera durante a sua
passagem de um meio para outro.

f – frequência da luz


λ – comprimento de onda da luz
Observando a fórmula acima, é possível perceber que, para que a luz mantenha sua frequência, é
necessário que a sua velocidade e comprimento de onda sejam alterados na mesma medida durante a
refração. Apesar disso, cada meio apresenta um índice de refração próprio para cada frequência de luz.
Observe a tabela a seguir:
Cor (frequência da luz) Índice de refração (vidro)
Violeta 1,532
Azul 1,528
Verde 1,519
Amarelo 1,517
Laranja 1,514
Vermelho 1,513
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Se analisarmos a tabela mostrada acima, perceberemos que o índice de refração é proporcional à
frequência da luz, uma vez que a frequência da luz violeta é maior que a frequência da luz azul, verde,
amarela etc. É por esse motivo que a luz se separa ao passar através de um prisma ou até mesmo através
de uma gotícula de água, exibindo as cores do arco-íris (espectro visível) após a sua refração.
Observe a figura a seguir em que temos um esquema que mostra a luz propagando-se pelo ar em direção
à água. Como o índice de refração da água é um pouco maior que o índice de refração do ar, a luz perde
velocidade ao atravessá-la e o ângulo em que ela se propagava diminui.

A passagem da luz entre meios com diferentes índices de refração pode causar um desvio lateral na
direção de propagação.
A menos que a luz incida perpendicularmente à interface dos dois meios, o seu ângulo de refração será
diferente do ângulo de incidência. Caso a velocidade da luz aumente, o ângulo de refração também
aumenta e a luz afasta-se da direção vertical; no caso contrário, o ângulo de refração diminui.
Exemplos de refração da luz
A refração da luz está presente em nosso dia a dia em diversas situações. Confira algumas delas:
→ Arco-íris
A luz solar incidente sobre as gotículas de água presentes na atmosfera sofre refração e espalha-se de
acordo com o índice de refração da água para cada frequência de luz. Isso causa a formação dos arco-íris
→ Óculos e lentes de contato
As lentes usadas nos óculos e lentes de contato usam a refração para corrigir o caminho da luz em
direção aos nossos olhos. Em termos simples, quanto mais espessa e curvada é uma lente, maior é a sua
capacidade de mudar a direção dos raios luminosos
→ Observação do fundo de uma piscina
Ao olharmos para o fundo de uma piscina, percebemos que a profundidade observada não corresponde à
profundidade real. Isso ocorre em virtude de uma ilusão de óptica decorrente da refração da luz
→ Ilusão de ótica no asfalto
Se olharmos para o horizonte acima de uma rodovia, veremos ondulações como se o asfalto estivesse
líquido. Isso acontece porque o índice de refração depende da temperatura, logo, o ar que se encontra
próximo ao asfalto refrata a luz diferentemente do ar que se encontra mais acima.
Fórmulas da refração da luz
Confira as fórmulas mais importantes para o cálculo da refração da luz:
→ Fórmula do índice de refração

Exercícios resolvidos sobre refração da luz


1) Um feixe de luz incide sobre a água, cujo índice de refração é igual a 1,33. Determine a velocidade da
luz nesse meio.
Dados: c = 3,0.108 m/s
Resolução
Podemos calcular a velocidade da luz na água utilizando a fórmula do índice de refração:

Substituindo os dados fornecidos pelo exercício na equação acima, vamos realizar o seguinte cálculo:

2) Um raio luminoso propagando-se no ar incide com ângulo de 60º sobre um vidro cujo índice de
refração é desconhecido. Sabe-se que o ângulo de refração da luz nesse vidro é de 30º. Determine o
índice de refração do vidro e a velocidade da luz em seu interior.
Dados: nar = 1,0
Resolução
Inicialmente usaremos a fórmula da lei de Snell para determinar o índice de refração do raio luminoso:

Em seguida, substituímos os dados do exercício na fórmula acima:


Para calcular com qual velocidade a luz propaga-se nesse vidro, fazemos o seguinte cálculo:

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