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INSTITUTO TAUBATÉ DE ENSINO SUPERIOR

CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM


ESTÉTICA E COSMÉTICA

TRABALHO MATA MAIS DO QUE EPIDEMIA NO BRASIL


Taubaté/SP
2020
1. INTRODUÇÃO

Os hospitais são instituições que prestam serviços à saúde a fim de atender, tratar e
curar pacientes de diversas patologias. Sendo um ambiente que expõe os trabalhadores a
uma série de riscos que podem ocasionar em acidentes e doenças de trabalho.

Os profissionais da área da saúde, durante a assistência ao paciente,


estão em constante exposição a inúmeros riscos ocupacionais causados por
fatores químicos, físicos, mecânicos, biológicos, ergonômicos e psicossociais,
que podem ocasionar doenças ocupacionais e acidentes de trabalho.
(MENDONÇA, OLIVEIRA, NETO et al, 2015)

Além destes riscos, muitas outras variáveis contribuem para a ocorrência de


acidentes com esses profissionais como a falta de capacitação, cansaço, dupla jornada de
trabalho, distúrbios emocionais, falta de organização do serviço e principalmente
inexperiência, indisponibilidade de equipamento de segurança, estrutura física inadequada
e a falta de proteção com os instrumentos.

Durante a prestação de serviços, os profissionais encontram-se expostos aos riscos


biológicos devido a manipulação de materiais contaminados, secreções e fluidos
corporais. Também ao realizar vários procedimentos invasivos como a administração de
medicamentos, e manipulação constante de agulhas, os que os tornam mais vulnerável a
ocorrência de acidentes.

No Brasil, a Norma Regulamentadora (NR) n° 32 é que tem como finalidade


estabelecer algumas diretrizes para auxiliar na implementação das medidas de proteção à
segurança e à saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde, incluindo também os
trabalhadores que atuam na assistência à saúde em geral.

Assim, esse trabalho procura analisar a condutas de precauções, os riscos inseridos


no ambiente de trabalho e como a norma regulamentadora contribui para o bem estar dos
profissionais da saúde.
2. NORMA REGULAMENTADORA

O surgimento desta Norma ocorreu pela necessidade sentida pelos profissionais de saúde
de uma legislação específica para esses serviços, que até então eram tratados de forma
fragmentada pelas várias Normas Regulamentadoras e legislações existentes no país. O
Ministério do Trabalho e Emprego, atendendo aos pedidos dos profissionais, numa iniciativa
pioneira, formou um Grupo Técnico de Trabalho (GTT-32) responsável em investigar e
levantar os principais problemas encontrados nestes locais de trabalho e ouvir as
recomendações desses profissionais. A partir daí, todo o texto desta Norma foi construído, e
em seguida analisado, revisado e validado pela Comissão Tripartite Paritária Permanente.
(ANDRADE, SANTOS, 2013).

Segundo Andrade e Santos (2013) a NR 32 é uma Norma Regulamentadora que


estabelece as diretrizes básicas para a implementação de medidas de proteção à segurança e
saúde dos trabalhadores em serviços de saúde. Ela recomenda para cada situação de risco, a
adoção de medidas preventivas e a capacitação dos trabalhadores para o trabalho seguro.
Dispõe ainda, que a responsabilidade é solidária, ou seja, compartilhada entre contratantes e
contratados quanto ao cumprimento das diretrizes.

Dentre as normas estabelecidas são recomendados o uso de EPI, a higienização das


mãos, a obrigatoriedade da vacinação contra hepatite B, tétano e difteria, entre outras
disposições. A norma regulamentadora 32 tem a finalidade de reduzir o número de acidentes
de trabalho na área da saúde, assim como os gastos previdenciários decorrentes destes
acidentes.

A norma traz determinações para os empregadores, em especial para os serviços de


saúde, partindo do princípio que com o conhecimento dos riscos, torna-se mais fácil a
prevenção dos acidentes de trabalho, uma vez que procedimentos e medidas protetoras
deverão ser realizados, promovendo-se maior segurança nos ambientes de trabalho, e
prevenção de acidentes e doenças ocupacionais entre trabalhadores da área da saúde.

3. CONDUTAS DE PRECAUÇÕES

Uma das principais condutas em hospitais, clínicas e laboratórios diz respeito à


higienização das mãos. Elas sempre devem ser lavadas antes do preparo e da ministração de
medicamentos e do manuseio do paciente. Apesar de simples, essa é uma das medidas que
mais evitam a propagação de doenças.

Os profissionais de saúde também devem ficar atentos aos seus equipamentos de


proteção, tais como jalecos e aventais, que devem ser usados apenas no local de trabalho e
nunca em áreas públicas ou mesmo refeitórios e copas no interior da unidade de saúde. Além
disso, é importante não abraçar pessoas ou carregar bebês utilizando jalecos, uma vez que
existe o risco de contaminá-los.

De acordo com Martins, Araújo et al (2018) pesar de ser uma recomendação conhecida
por todos os profissionais da saúde, é muito comum observar pessoas utilizando jalecos em
áreas públicas e transportando-os de maneira inadequada. Isso pode ocasionar o transporte de
agentes patogênicos para fora das unidades de saúde, causando doenças na população. Um
ponto importante é a propagação de bactérias resistentes, que normalmente são encontradas
restritas ao ambiente hospitalar, porém podem ser facilmente levadas até a população em
virtude da falta de conhecimento dessas normas de biossegurança.

As precauções padrão são normas de prevenção que deverão ser utilizadas na assistência
a todos os pacientes, independente de seu diagnóstico sorológico prévio. Ou seja, considerar
todos os pacientes potencialmente contaminados. Outro ponto, devido a perseverança do
estigma, preconceito e discriminação, o número de indivíduos assintomáticos que não revelam
seu estado de soropositividade, assim colocando em risco os profissionais.

É indicado também para o trabalhador da saúde um efetivo programa de imunização que


devem ser fornecidas gratuitamente nos serviços públicos de saúde para os trabalhadores.
Além de não reencapar agulhas, descartar materiais perfurocortantes em locais inadequados ou
recipientes superlotados, transportar ou manipular agulhas desprotegidas, são outras
importantíssimas recomendações preventivas de acidentes.

Principalmente o uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), entre eles, gorro,
máscara, avental, luvas e óculos de proteção; são barreiras físicas com a finalidade de impedir
a ocorrência de infecção cruzada e a contaminação do trabalhador da área da saúde.

4. EXPOSIÇÃO E RISCOS AOS PROFISSIONAIS DA SAÚDE


REFERENCIAS

MENDONÇA, Ana Elza Oliveira de; OLIVEIRA, Anna Vanessa Tavares; NETO, Vinicius
Lino Souza; Silva, Augusto Rosendo da .Perfil de acidentes de trabalho envolvendo
profissionais de enfermagem no ambiente da Terapia Intensiva. Enfermeira Global. Rev Um..
Rio Grande do Norte, n.39,p. 202-210. Julho.2015 . Disponível em:
http://scielo.isciii.es/pdf/eg/v14n39/pt_administracion1.pdf . Acesso em 15 mai. 2020.
ANDRADE, Juliana Acácio; Santos, Michele Maria. Aplicabilidade da Norma
Regulamentadora 32 (NR-32) e implicações para o enfermeiro do trabalho.
Goiás,2013. Disponível em: pgls.pucgoias.edu.br/8mostra/Artigos/SAUDE%20E
%20BIOLOGICAS/Aplicabilidade%20da%20Norma%20Regulamentadora
%2032%20(NR-32)%20e%20implicações%20para%20o%20enfermeiro%20do
%20trabalho.pdf. Acesso em 15 mai. 2020.
MARTIZ, Ronald Jefferson; ARAÚJO, Thaynara Barbosa de. Percepção das
Precauções Padrão, Prática do Reencape de Agulhas e Condutas Frente a Acidente
com Material Biológico de Equipes de Saúde. São Paulo, 2018. Disponível em:
https://scielo.conicyt.cl/pdf/cyt/v20n62/0718-2449-cyt-20-62-00070.pdf. Acesso em: 18
mai. 2020
FREITAG, Vera Lúcia; ANDRADE, Andressa de; BADKE, Marcio Rossato. O Reiki
como forma terapêutica no cuidado à saúde: uma revisão narrativa da literatura.
Enfermeira Global, Revista UM. Rio Grande do Sul, n.38, p.346-356 abril. 2015.
Disponível em: https://revistas.um.es/eglobal/article/view/200511/174261. Acesso em 16
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RODRIGUES, Alessandra Nogueira Cotrim; BONIVENT ,Danieli. Estética facial:
Expectativas e percepções de alcoolistas em tratamento e da equipe interdisciplinar.
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SEUBERT, Fabiano; VERONESE, Liane. A massagem auxiliando na prevenção e
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http://www.luzimarteixeira.com.br/wp-content/uploads/2010/12/masso-preventiva-
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