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Empreendedorismo
Indaial – 2021
1a Edição
Elaboração:
Profª. Liliane de Souza Vieira da Silva
S586i
ISBN 978-65-5663-859-1
ISBN Digital 978-65-5663-854-6
Impresso por:
APRESENTAÇÃO
Olá, acadêmico, vamos iniciar nossa jornada? A partir de agora você vai aden-
trar no universo do empreendedorismo e da inovação. No decorrer desta leitura, você
vai compreender a importância desses dois temas bem como suas contribuições para
economia. Este livro foi construído com o objetivo de apresentar os conceitos, defini-
ções, desenvolvimento e difusão dos temas empreendedorismo e inovação, também
visa apresentar a inter-relação desses dois temas.
Bons estudos!
QR CODE
Olá, acadêmico! Para melhorar a qualidade dos materiais ofertados a você – e
dinamizar, ainda mais, os seus estudos –, nós disponibilizamos uma diversidade de QR Codes
completamente gratuitos e que nunca expiram. O QR Code é um código que permite que você
acesse um conteúdo interativo relacionado ao tema que você está estudando. Para utilizar
essa ferramenta, acesse as lojas de aplicativos e baixe um leitor de QR Code. Depois, é só
aproveitar essa facilidade para aprimorar os seus estudos.
ENADE
Acadêmico, você sabe o que é o ENADE? O Enade é um
dos meios avaliativos dos cursos superiores no sistema federal de
educação superior. Todos os estudantes estão habilitados a participar
do ENADE (ingressantes e concluintes das áreas e cursos a serem
avaliados). Diante disso, preparamos um conteúdo simples e objetivo
para complementar a sua compreensão acerca do ENADE. Confira,
acessando o QR Code a seguir. Boa leitura!
LEMBRETE
Olá, acadêmico! Iniciamos agora mais uma
disciplina e com ela um novo conhecimento.
TÓPICO 1 - EMPREENDEDORISMO.....................................................................................3
1 INTRODUÇÃO........................................................................................................................3
2 EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO..................................................................................3
3 EMPREENDEDORISMO FEMININO.................................................................................... 12
4 EMPREENDEDORISMO SOCIAL........................................................................................ 16
5 CARACTERÍSTICAS DOS NEGÓCIO COM IMPACTOS SOCIAIS – NIS.............................. 19
6 EMPREENDEDORISMO CORPORATIVO – INTRAEMPREENDEDORISMO....................... 24
7 EMPREENDEDORISMO VERDE......................................................................................... 28
RESUMO DO TÓPICO 1.......................................................................................................... 31
AUTOATIVIDADE.................................................................................................................. 32
TÓPICO 3 - CANVAS............................................................................................................. 43
1 INTRODUÇÃO..................................................................................................................... 43
2 BUSINESS MODEL CANVAS ............................................................................................ 43
3 PROPOSTA DE VALOR....................................................................................................... 44
3.1 SEGMENTO DE CLIENTES...................................................................................................................45
3.2 RELACIONAMENTO COM CLIENTE..................................................................................................46
3.3 CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO................................................................................................................46
3.4 ATIVIDADE-CHAVE............................................................................................................................. 48
3.5 RECURSOS PRINCIPAIS.................................................................................................................... 48
3.6 PARCEIRIA-CHAVE............................................................................................................................ 48
3.7 FONTES DE RECEITA...........................................................................................................................49
3.8 CUSTO....................................................................................................................................................50
RESUMO DO TÓPICO 3......................................................................................................... 52
AUTOATIVIDADE.................................................................................................................. 53
REFERÊNCIAS...................................................................................................................... 56
REFERÊNCIAS..................................................................................................................... 112
REFERÊNCIAS..................................................................................................................... 174
UNIDADE 1 -
EMPREENDEDORISMO E
MODELO DE NEGÓCIO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• conhecer o CANVAS;
PLANO DE ESTUDOS
A cada tópico desta unidade você encontrará autoatividades com o objetivo de
reforçar o conteúdo apresentado.
TÓPICO 1 – EMPREENDEDORISMO
TÓPICO 2 – MODELO DE NEGÓCIO
TÓPICO 3 - CANVAS
CHAMADA
Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos em frente! Procure
um ambiente que facilite a concentração, assim absorverá melhor as informações.
1
CONFIRA
A TRILHA DA
UNIDADE 1!
Acesse o
QR Code abaixo:
2
UNIDADE 1 TÓPICO 1 -
EMPREENDEDORISMO
1 INTRODUÇÃO
Olá acadêmico, foi a partir das últimas décadas que passamos a ouvir com mais
frequência o termo empreendedorismo, seja na TV, nas redes sociais, ou em demais
veículos de comunicação, o termo vem galgando lugar de destaque. Esse movimento
vem sendo fomentado por diversos fatores, como abertura da economia (a partir
da década de 1990), criação de projetos governamentais para incentivar a cultura
empreendedora e, claro, iniciativas impulsionadas pelo SEBRAE.
2 EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO
Há décadas, empresários e executivos movimentam a economia global, inaugu-
rando empresas, desenvolvendo produtos, mas atualmente as atenções têm se voltado
a um grupo denominado empreendedores. Isso se deve ao fato de que a ação empreen-
dedora tem sido apontada como responsável pelo desenvolvimento econômico, como
consequência não só da geração de emprego e renda, mas, sobretudo, da inovação.
3
• Século XVII: os primeiros indícios de relação entre assumir
riscos e empreendedorismo ocorreram nessa época, em que o
empreendedor estabelecia um acordo contratual com o governo
para realizar algum serviço ou fornecer produtos. Como geralmente
os preços eram prefixados, qualquer lucro ou prejuízo era exclusivo
do empreendedor.
• Século XVIII: nesse século, o capitalista e o empreendedor foram
finalmente diferenciados, provavelmente devido ao início da
industrialização que ocorria no mundo.
• Séculos XIX e XX no final do século XIX e início do século XX,
os empreendedores foram frequentemente confundidos com os
gerentes ou administradores (o que ocorre até os dias atuais),
sendo analisados meramente de um ponto de vista econômico,
como aqueles que organizam a empresa, pagam os empregados,
planejam, dirigem e controlam as ações desenvolvidas na
organização, mas sempre a serviço do capitalista.
4
Isso nos leva ao conceito apresentado por Shane e Venkataraman (2000) que sin-
tetizam que o empreendedorismo é a análise de como, por quem e com que efeitos, as
oportunidades para criar bens e serviços futuros são descobertas, avaliadas e exploradas.
IMPORTANTE
Há diversas formas de empreender, a criação de uma empresa é
apenas uma delas, podemos empreender criando novos modelos
de negócio, novos produtos, novos layouts, novas formas de fazer as
coisas. Você se identifica como empreendedor? Pretende ser um? Faça
o teste do consultor Carlos Martins e descubra se possui um perfil
empreendedor. Basta clicar em: https://www.carlosmartins.com.br/_
private/testempreendedor2.htm.
5
Agora que você já conheceu os conceitos presentes na literatura sobre
empreendedorismo, chegou a hora de conhecer os principais autores que desenvolvem
trabalhos na área suas tendências e abordagens. Observe o quadro a seguir:
6
A propensão para a “tomada
Não se nasce empreendedor.
Brockhaus de risco” é igual entre
Pesquisa baseada nas
(1980) empreendedores, gestores e
características.
população em geral.
Hannan e
Sociólogos organizacionais.
Freeman Algumas organizações estão mais
Nascimento e morte de
(1984); Aldrich preparadas para competir.
empresas/competição.
(1999)
MacMillanet
Analisaram a estrutura e os
et al. (1987); Recursos/estrutura.
investimentos das empresas.
Sahlman (1992)
Como empreendedores
desenvolvem e utilizam as networks
Larson (1992) para acessarem a informação, Redes e capital social.
para aumentarem o capital e para
aumentarem sua credibilidade.
7
Estudaram 1.984 startups,
recorrendo a uma análise
multivariada e verificaram que a
Bruderlet et al. probabilidade de sobrevivência
Performance.
(1992) era maior se tivessem mais
empregados, mais capital inicial,
mais capital humano e estratégias
dirigidas ao mercado nacional.
Comparam os empreendedores
aos gestores, atendendo à forma
como ambos reagem a situações Empreendedor diferente
Palich e Bagby
ambíguas de negócio e concluem de gestor na percepção de
(1995)
que os empreendedores percebem oportunidades.
mais as oportunidades do que
problemas.
Shane e
Venkataramann Exploração de oportunidades. Explorar oportunidades.
(2000)
8
Agora vamos responder a uma das perguntas feitas no início deste tópico, se
todo empresário é também um empreendedor. Aprofundando esse debate vamos di-
ferenciar as atividades de um administrador/gerente das atividades executadas pelo
empreendedor, destacando as intenções que movem as ações de cada um. Primeira-
mente, vejamos, as atividades executadas por gerentes e as atividades desenvolvidas
pelos empreendedores.
Gerentes Empreendedores
9
QUADRO 4 – COMPARAÇÃO ENTRE GERENTES TRADICIONAIS E EMPREENDEDORES
Independência
Promoção e outras recompensas
oportunidade para
Motivação principal tradicionais da corporação, como
criar algo novo, ganhar
secretaria, status, poder etc.
dinheiro.
A si próprio e a seus
A quem serve Aos outros (supervisores).
clientes.
Membros da família
Membros da família trabalham possuem pequenas
Histórico familiar
em grandes empresas. empresas ou já criaram
algum negócio.
Relacionamento As transações e
A hierarquia é a base do
com outras acordos são a base do
relacionamento.
pessoas relacionamento.
10
FIGURA 1 – ADMINISTRADOR X EMPREENDEDOR
INTERESSANTE
Observando os quadros apresentados e de acordo com as atividades
que você desenvolve em seu trabalho, você se considera gerente ou
empreendedor? Pense nisso!
11
• Introdução de um novo bem.
• Introdução de novos métodos de produção ou de comercialização de mercadorias.
• Abertura de novos mercados.
• Conquista de uma nova fonte de matéria-prima.
• Quebra de monopólio
3 EMPREENDEDORISMO FEMININO
Neste subtópico, nós vamos discorrer sobre empreendedorismo feminino que,
como o próprio nome diz, representa o movimento que reúne ideias, negócios e projetos
idealizados ou comandados por mulheres.
12
No estudo de Gomes et al. (2014), intitulado “Empreendedorismo Feminino
como Sujeito de Pesquisa”, os autores analisaram que boa parte dos estudos sobre
empreendedorismo feminino presentes na literatura investigaram temas relacionados
à competência e ao comportamento da empreendedora, ao processo de criação de
suas empresas e ao acesso a crédito e capital de risco. Também foram identificados
artigos que trataram de questões relacionadas a representações sociais e identidade, a
fatores que implicam o sucesso/fracasso do empreendimento, a grupos minoritários, a
formação e educação empreendedora, a políticas públicas, entre outros.
INTERESSANTE
As mulheres acessam, em média, R$ 13 mil a menos do que o valor
liberado aos homens. Outro dado é que as mulheres têm índices de
inadimplência mais baixos. Mesmo assim, elas pagam taxas de juros
3,5% maiores do que a dos empreendedores.
INTERESSANTE
De acordo com o levantamento mundial Global Entrepreneurship
Monitor 2017, que no Brasil é realizado em parceria com o Sebrae,
mais da metade dos novos negócios abertos em 2016 foram fundados
por mulheres. Elas são mais escolarizadas do que os homens
empreendedores e atuam, principalmente, no setor de serviços. “A taxa
de empreendimentos iniciados no país, desde 2007, oscila entre 47%
e 54% para homens e mulheres. Em 2016, a taxa foi de 48,5% para
homens e 51,5 % para mulheres”.
13
NA COMPARAÇÃO COM HOMENS, ELAS SÃO:
DICAS
Também, pode-se citar o caso de Alcione Albanesi, fundadora da FLC.
Assista ao vídeo que conta um pouco da história de uma empreendedora
que aos 17 anos já tinha sob sua liderança 80 funcionários. Acesse: https://
www.youtube.com/watch?v=Hlk85sNyXvc&t=4s.
14
DICAS
Na série da Netflix "A Vida e a História de Madam C. J. Walker", você vai conhecer a história
surpreendente da primeira mulher norte-americana, que se tornou milionária. A história de
Madam C. J. Walker é um exemplo de empreendedorismo feminino.
INTERESSANTE
Você sabia que desde 2014, o dia 19 de novembro foi estabeleci-
do como o Dia do Empreendedorismo Feminino pela Organização das
Nações Unidas (ONU)? O Dia do Empreendedorismo Feminino é uma
das iniciativas coordenadas pela ONU Mulheres, braço da entidade que
tem como objetivo unir, fortalecer e ampliar os esforços mundiais em
defesa dos direitos humanos das mulheres.
FONTE: <https://fia.com.br/blog/empreendedorismo-feminino/>.
Acesso em: 12 ago. 2021.
15
4 EMPREENDEDORISMO SOCIAL
Neste subtópico, trataremos de um tema muito oportuno o empreendedorismo
social. Para Martin e Osberg (2007) o empreendedorismo social é tão vital para progresso
das sociedades quanto o empreendedorismo para o progresso da economia. Neste
subtópico, você vai descobrir por que os autores fizeram tal afirmação. Vamos conhecer
as definições sobre o termo, as características do empreendedor social e alguns
exemplos de iniciativas de impacto social.
16
QUADRO 5 – CONCEITOS DIVERSOS SOBRE EMPREENDEDORISMO SOCIAL, VISÃO INTERNACIONAL
Organização Entendimento
17
"Os empreendedores sociais são indivíduos visionários
que possuem capacidade empreendedora e criativida-
Ashoka, Estados Unidos de para promover mudanças sociais de longo alcance
em seus campos de atividade. São inovadores sociais
que deixarão sua marca na história."
Autor Conceito
18
“Constituem a contribuição efetiva de empreendedores
sociais inovadores cujo protagonismo na área social produz
Rouere e Pádua
desenvolvimento sustentável, qualidade de vida e mudança
(2001)
de paradigma de atuação em benefício de comunidades
menos privilegiadas”.
IMPORTANTE
Boa parte dos novos negócios que prestam serviços sociais e geram
desenvolvimento econômico são as Startups. Startup é uma empresa
jovem com um modelo de negócios repetível e escalável, em um cenário
de incertezas e soluções a serem desenvolvidas. Embora não se
limite apenas a negócios digitais, uma Startup necessita de inovação
para não ser considerada uma empresa de modelo tradicional.
Nesse aspecto, Dees (2004) afirma que qualquer empreendedor social que gera
lucros, mas não consegue convertê-los em impacto social significativo, desperdiçou
recursos valiosos.
19
O empreendedorismo social emerge a partir da identificação de problemas
econômicos, sociais e ambientais, no Brasil pode-se citar como exemplos de empre-
endimento social:
• Gerando falcões.
• Instituto chapada.
• GRAAC.
• ASID: existem 13 milhões de pessoas com diversos tipos de deficiência no Brasil.
Cerca de 486 mil estão no mercado de trabalho. Apenas 340 mil são atendidas
por instituições especializadas. ASID, Associação para Igualdade de Diferenças,
surgiu para mudar esse cenário. O objetivo é desenvolver pessoas com deficiência,
empoderar famílias e incluí-las no mercado de trabalho. Isso é feito por meio de uma
metodologia administrativa, utilizada pelas entidades atendidas pela ASID. Em seu
site, prestam contas e mostram resultados, com total transparência.
• Rede Asta: a Rede Asta conecta, desde 2005, grupos de artesãs em todo o Brasil para
criar e desenvolver soluções sustentáveis de reaproveitamento de resíduos, seguindo
o conceito do upcycling, ou reutilização criativa, consiste em transformar resíduos e
materiais indesejados em um produto de qualidade e valor ambiental. A produção é
inteiramente feita por artesãs de áreas com baixo poder aquisitivo, gerando renda e
inclusão econômica.
• Litro de Luz: é um negócio social que tem como propósito levar iluminação para
comunidades que não possuem acesso à energia elétrica, a organização opera
em mais de 20 países levando luz a populações. Além de utilizar uma tecnologia
econômica, a organização possui uma metodologia para capacitar moradores e
mobilizar voluntários em prol de atender às necessidades dessas populações.
Conheça mais dessa iniciativa assistindo ao vídeo: https://www.youtube.com/
watch?v=72mvS-TAZmw.
20
DICAS
Conheça mais sobre a história de Muhammad Yunus, que após ser laureado com o prêmio
Nobel da Paz, ficou mundialmente conhecido como “banqueiro dos pobres”. Assista ao
vídeo e saiba como essa inciativa mudou a vida de muitos indianos que viviam à margem da
sociedade. Acesse: https://www.youtube.com/watch?v=QvzOnXektmw.
Ainda de acordo com Petrini, Scherer e Back (2016, p. 212), “NIS são organiza-
ções que visam solucionar demandas relacionadas a problemas sociais, seja ofertando
produtos e serviços, seja incluindo indivíduos ou grupos”. Essas organizações devem
promover sua própria sustentabilidade financeira, sendo facultativa a distribuição de
lucros.
21
QUADRO 7 – TAXONOMIA DOS NEGÓCIOS SOCIAIS
Como você pôde perceber o quadro apresenta três tipos de negócios com
impactos sociais, o primeiro denominado “Base of the Pyramid” ou em português
base da pirâmide representado por qualquer produto ou serviço para venda direta à
população de baixa renda.
De acordo com Comini, Barki e Aguiar (2012, p. 386), “[...] a base da pirâmide tem
sido um campo fértil para o surgimento de um novo tipo de organização que reúne duas
metas previamente vistas como incompatíveis: sustentabilidade financeira e geração
de valor social”.
22
INTERESSANTE
O HousingPact é uma iniciativa de impacto social que reúne as empresas
ArcelorMittal, Fundação Tide Setúbal, CBMM, Duratex, HM Engenharia,
InterCement, Instituto InterCement, NeoAlfa e Vale. É uma aliança que
acredita que atuando em rede é possível desenvolver e fomentar startups,
empresas, produtos e serviços ligados ao setor de habitação focados na
população de baixa renda.
DICAS
Na área financeira também há ótimos exemplos como o Banco Palmas,
convidamos você a assistir à matéria a seguir, que relata a surpreendente
economia de Palmas: https://www.youtube.com/watch?v=notDhUpuzhY.
Nessa reportagem, você vai conhecer o Banco de Palmas e seu inovador
sistema de microcrédito para produção e consumo em moeda local.
Por fim o terceiro negócio de impacto social apresentado no quadro, diz respeito
aos negócios inclusivos. Como exemplo, podemos citar o projeto Favela Brasil Xpress
startup, que visa sanar problemas de logística na Favela.
23
DICAS
Saiba mais sobre essa iniciativa assistindo à reportagem em: https://www.
youtube.com/watch?v=GVbabHG2DtY&t=2s.
6 EMPREENDEDORISMO CORPORATIVO –
INTRAEMPREENDEDORISMO
Você sabia que o sucesso organizacional de muitas empresas tem sido
atribuído a capacidade delas em promover o empreendedorismo internamente? Neste
subtópico, você vai aprender sobre intraempreendedorismo. Ao término da leitura, você
vai aprender a diferença entre empresa empreendedora e a empresa tradicional e as
distinções entre o empreendedor e o intraempreendedor.
24
O intraempreendedorismo ocorre quando a ação empreendedora é desen-
volvida em ambiente intraorganizacional, também chamado de empreendedorismo
corporativo, sendo a organização empreendedora aquela que possui a capacidade de
promover o empreendedorismo entre os seus colaboradores, promovendo um am-
biente colaborativo, criativo e inovador.
EMPREENDEDOR INTRAEMPREENDEDOR
25
Fracasso parcial significa perda de Fracasso parcial significa apenas erro e
dinheiro. realinhamento do projeto.
• Encontre algo em que você realmente acredite, que esteja alinhado com seus valores
e que você queira empreender.
• Faça um plano de negócios para ajudá-lo a transformar sua ideia em realidade.
• Tire suas dúvidas com outros empreendedores.
• Esteja pronto para fazer qualquer trabalho necessário para que sua ideia dê certo. Se
tiver de varrer o chão, faça-o. Muitas vezes, ninguém nos dá apoio quando fazemos
algo novo, ou o que é pior, enfrentamos muita resistência.
• Monte uma equipe. Você precisa vender bem sua ideia para deixá-la entusiasmada.
Não deixe de ouvir as ideias dos outros.
• Encontre alguém para “apadrinhar” sua ideia, para lhe dar suporte e até protegê-lo.
Normalmente essa pessoa não é seu chefe, ela está em outros departamentos da
empresa. Isso não significa que o suporte de seu chefe não seja importante.
26
• Em segundo lugar, os funcionários de todos os níveis têm de sentir, por meio de
exemplos de seus gestores, que todas as ideias são consideradas e realmente
levadas adiante. O clima de abertura a novas ideias, com proteção para o caso de
fracasso ou mesmo inviabilidade, é fundamental para a construção de confiança
entre o empreendedor e a empresa.
• Em terceiro lugar, estudos vêm demonstrando que a remuneração é uma destacada
maneira de estimular o surgimento de ideias inovadoras.
27
7 EMPREENDEDORISMO VERDE
Neste subtópico você vai conhecer os conceitos relacionados ao
empreendedorismo verde (Green entrepreneurship), que pode ser encontrado na
literatura com outros nomes como empreendedorismo ambiental (environmental
entrepreneurship).
Koe e Majid (2013) apontam que como o termo empreendedorismo verde não
é único, pode ser referido ainda como ecoempreendedorismo, empreendedorismo
ambiental ou empreendedorismo sustentável. Vejamos os conceitos presentes na
literatura sobre o tema. Para Uslu et al. (2015) o empreendedorismo sustentável é o
desenvolvimento de um produto e/ou serviço que estabelece um interesse recíproco
entre o ambiente e o empreendedorismo.
Catergoria Exemplo
28
CASO DE SUCESSO
A Nestlé Brasil sempre foi admirada por seu sucesso nos mercados nos
quais atua, pela qualidade dos produtos que fabrica e por ser uma referência no
mundo da administração dos negócios. Recentemente, a empresa resolveu en-
fatizar em sua maneira de gerir os negócios a necessidade do comportamento
empreendedor em todos os níveis organizacionais. Na entrevista a seguir, o presi-
dente da Nestlé Brasil, Ivan Zurita, explica o porquê dessa ênfase e como a Nestlé
tem desenvolvido seu programa de empreendedorismo corporativo.
IZ: A Nestlé já nasceu empreendedora. O seu fundador, Henri Nestlé, era efetivamente
um empreendedor. A maior descoberta de sua carreira ocorreu no auge dos seus 53
anos, fruto de sua preocupação com o alto índice de mortalidade infantil da época. O
objetivo maior do seu “negócio” não era simplesmente capitalizar um produto e sim
contribuir com a adaptação da sociedade às mudanças resultantes da Revolução
Industrial. Sua descoberta fez tanto sucesso ao alcançar o seu objetivo inicial que,
em cinco anos, a Farinha Láctea já estava presente em mais de 17 países do mundo.
Essa presença em vários países em tão curto tempo também tem outra conotação:
mesmo muito antes de se falar em globalização, a Nestlé já demonstrava, através
de fatos, sua vocação de empresa global. Atualmente, os princípios de gestão e
liderança e as principais orientações estratégicas do grupo são disseminados a
todos os colaboradores por meio de documentos corporativos, que estimulam o
espírito empreendedor. Face à competitividade existente no mundo empresarial
atual, é imprescindível o constante questionamento dos produtos e processos
existentes, bem como a prospecção de novas oportunidades que permitam garantir
a perenidade e o crescimento dos negócios.
29
programa surgiu da necessidade de incentivarmos os gestores a adotarem uma
postura proativa, “de verdadeiros homens e mulheres de negócio, dispostos a estar
sempre inovando e renovando, levando em consideração os resultados gerais dos
projetos da organização”. Essa postura é imprescindível nos nossos colaboradores
de um modo especial, pois como sempre digo, na Nestlé “...os donos nunca estão”.
Portanto, cada um dos nossos colaboradores tem de atuar como atuaria o dono
do negócio. O programa tem uma aceitação extraordinária pelos participantes, com
uma avaliação excelente.
IZ: O modelo de gestão que o mercado espera hoje em dia é aquele que dá re-
sultados. O objetivo geral do Programa de Desenvolvimento Gerencial é aprimorar
a capacidade dos gestores de ter uma atitude proativa, empreendedora e voltada
a resultados, assim como liderar seus subordinados, assumindo uma postura que
nos desafie constantemente a obter alto desempenho e desenvolvimento. No caso
específico do empreendedorismo, o objetivo é proporcionar uma visão abrangente,
através do conceito e definição de suas diferentes aplicações dentro do universo
empresarial, para conscientizar quanto à sua importância na organização, estimu-
lando-os a adotar uma postura empreendedora, capaz de fazer a diferença no atin-
gimento dos objetivos e conquista de novas oportunidades.
30
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
31
AUTOATIVIDADE
1 Existem características significativas que diferenciam o empresário do empreendedor,
pode-se citar três delas: inovação, risco e autonomia. Disserte sobre as características
do empreendedor.
2 No decorrer da história sempre existiram homens e mulheres que com sua capacida-
de empreendedora deram vida a ideias, construindo produtos, projetos e empreendi-
mentos que transformaram a vida da sociedade. Esses foram identificados de modo
distintos em cada período da história, tendo em vista esse contexto, associe os itens
utilizando o código a seguir:
I- Empreendedorismo feminino.
II- Empreendedorismo social.
III- Empreendedorismo verde.
IV- Empreendedorismo corporativo.
32
( ) Esse tipo de empreendedorismo cria valor social de forma sustentável e com
potencial de impacto à larga escala.
( ) Ocorre quando a ação empreendedora é desenvolvida em ambiente
intraorganizacional.
( ) É representado pelo movimento que reúne negócios idealizados e comandados
por uma ou mais mulheres.
( ) Esse tipo de empreendedorismo tem a capacidade de buscar soluções para
demandas sociais e ambientais por meio da criação de novos negócios.
33
34
UNIDADE 1 TÓPICO 2 -
MODELO DE NEGÓCIO
1 INTRODUÇÃO
Você provavelmente já ouviu falar em “modelo de negócio” o termo surgiu há
muito tempo, mas foi a partir de 1990 que passou a ser amplamente divulgado, sobre-
tudo, com lançamento do livro Business Model Generation dos professores Osterwalder
e Pigner.
Uma empresa pode ser entendida como um sistema vivo composto por entra-
das e saídas, o modelo de negócio busca justamente descrever de forma lógica como
esse sistema se conecta. Para Osterwalder e Pigneur (2011) um modelo de negócio
descreve a lógica de criação, entrega e captura de valor por parte de uma organização.
2 MODELO DE NEGÓCIO
Você já ouviu a frase “preço é o que você paga, valor é o que você leva”, pois
bem, o principal foco de um modelo de negócio é justamente o valor que ele entrega ao
cliente, em outras palavras, a forma como o negócio ajuda a solucionar a dor do cliente.
35
QUADRO 10 – DEFINIÇÃO DE MODELO DE NEGÓCIO
36
DICAS
No filme Homem-Absorvente você vai conhecer a impressionante jornada de Arunacha-
lam Muruganantham, um homem que buscou solucionar um problema feminino na Índia:
A questão da higiene menstrual, onde apenas 12% das mulheres utilizavam absorventes
higiênicos, por uma questão cultural e também porque o preço era elevadíssimo, visto que
o produto era importado dos Estados Unidos. Assista o filme que traz importantes lições
sobre empreendedorismo e inovação.
37
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
38
AUTOATIVIDADE
1 (ENADE, 2015) O investimento em pesquisa e desenvolvimento é um caminho
importante para as empresas que desejam diferenciar-se dos seus concorrentes. Foi
com esse destaque que um jornal trouxe uma lista das dez empresas mais inovadoras
do Brasil. Em comum entre as empresas vencedoras, está a decisão dos seus líderes
de manter praticamente inalterados os percentuais de investimento em inovação,
mesmo diante de projeções macroeconômicas desfavoráveis. Tal cenário é possível
porque os gestores acreditam que os investimentos em inovação ajudam a superar
os momentos difíceis e a preparar as empresas para os desafios futuros.
39
Considerando esse contexto, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre
elas.
I. O empreendedorismo pode ser entendido como uma prática que está para além da
abertura de determinado negócio.
PORQUE
3 De acordo com um estudo recente, não ter um modelo de negócios para um produto
resultou em 17% das falhas de inicialização. A maioria dos fundadores se concentrou
no desenvolvimento de um produto, mas não conseguiu conceituar um modelo de
negócios para tornar o produto um sucesso. Sobre modelo de negócio, assinale a
alternativa CORRETA:
40
4 A ideia de um negócio é sempre o primeiro passo para empreender, após validar a
ideia o próximo passo é elaborar o modelo de negócio, essa não é uma tarefa tão fácil,
mas tudo pode ficar mais simples com a utilização de ferramentas específicas. Dado
esse contexto descreva o que é modelo de negócio?
5 O conceito de valor é cada vez mais explorado pelas empresas, a frase “preço é o que
você paga, valor é o que você leva” revela que a diferença entre preço e valor é o que
faz o cliente optar por produto mais caro. Dado esse contexto, descreva as diferenças
entre preço e valor.
41
42
UNIDADE 1 TÓPICO 3 -
CANVAS
1 INTRODUÇÃO
IMPORTANTE
O livro Business Model Generation (BMC) é um desdobramento da
tese de doutorado de Alex Osterwalder. Ele e Yves Pigneur lançaram
a ideia original na internet e contaram com a colaboração de mais de
470 pessoas em 45 países, inclusive no Brasil. Devido a seu caráter
revolucionário na área, o livro tornou-se um best-seller global. Além
do Business Model Canvas, Alexander Osterwalder criou também a
ferramenta: o “Canvas da proposta de Valor”.
43
O objetivo de Osterwalder e Pigneur (2011) ao criar o BMC foi de estabelecer um
conceito simples e relevante, fazendo com que qualquer empresa pudesse descrever
e manipular seu modelo de negócio para criar novas estratégias, desafiar suas precon-
cepções e criar valor de maneira eficiente e eficaz.
FIGURA 5 – CANVAS
3 PROPOSTA DE VALOR
Ao desenvolver um modelo de negócio utilizando o CANVAS, o primeiro módulo
a ser preenchido é a proposta de valor. De acordo com Osterwalder e Pigneur (2011,
p. 2), “Esse módulo descreve o conjunto de produtos e serviços que criam valor para
um segmento de mercado específico. A proposta de valor é o fator que faz um cliente
escolher uma ou outra empresa; Seu objetivo é resolver um problema ou satisfazer uma
necessidade do cliente”.
44
FIGURA 6 – MODELO DE NEGÓCIOS CANVAS
• Para quem estamos criando valor?
• Quem são nossos clientes mais importantes?
45
3.2 RELACIONAMENTO COM CLIENTE
O bloco de construção Relacionamento com Clientes descreve os tipos de
relacionamentos que uma empresa estabelece com segmentos específicos de clientes.
• Aquisição de clientes.
• Fidelização de clientes.
• Estimulação de vendas (venda sugestiva).
• Para quem estamos criando valor?
• Quem são nossos clientes mais importantes?
• Quais dos problemas dos nossos clientes nós estamos ajudando a resolver?
• Quais das necessidades dos clientes nós estamos satisfazendo?
FIGURA 9 – CANAIS
46
Os canais de comunicação, distribuição e vendas estabelecem o contato entre
a empresa e os clientes. São pontos de contato com o cliente que desempenha um
papel principal em sua experiência. Os canais têm, entre outras, as seguintes funções:
Observa-se que uma empresa pode optar por trabalhar com canais próprios, de
parceiros ou ambos, pontuando as vantagesn e desvantagens da operação busca-se
um equilíbrio entre os vários tipos de canais para integrá-los e assim proporcionar ao
cliente uma boa experiência.
47
3.4 ATIVIDADE-CHAVE
Esse módulo trata dos recursos e ações necessárias para fazer o negócio
acontecer. Numa indústria de manufatura, por exemplo, a produção representa a
atividade-chave.
FIGURA 12 – RECURSOS
3.6 PARCEIRIA-CHAVE
Neste módulo descrevem-se as parcerias que contribuem para operação
do modelo de negócio. As empresas estabelecem parcerias por vários motivos e,
hodiernamente essas associações são cada vez mais frequentes. As empresas criam
alianças para otimizar seus modelos de negócios, reduzir riscos ou adquirir recursos.
48
FIGURA 13 – SÓCIOS
49
FIGURA 15 – MECANISMO DE FIXAÇÃO DE PREÇOS
3.8 CUSTO
Por fim, no bloco de estrutura de custo o empreendedor deve relacionar os
principais custos incorridos para operar o modelo de negócio.
50
Agora observe a síntese com as definições das nove dimensões do CANVAS.
51
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
52
AUTOATIVIDADE
1 O Business Model Canvas, desenvolvido durante a obtenção de doutorado de Alex
Osterwalder, é hoje um dos modelos mais utilizados por Startups e empreendedores
em todo mundo. Sobre o CANVAS classifique V para as sentenças verdadeiras e F
para as falsas:
( ) O Modelo CANVAS é uma ferramenta de apoio à decisão composto por sete blocos.
( ) O modelo CANVAS descreve como sua organização pretende criar, fornecer e
capturar valor de maneira lucrativa.
( ) O modelo de negócios CANVAS e o plano de negócios podem ser conduzidos
concomitantemente.
( ) Alterar ou eliminar um dos blocos proporciona uma visão holística do modelo.
53
Assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) Somente a sentença I está correta.
b) ( ) Somente a sentença III está correta.
c) ( ) As sentenças I e II estão corretas.
d) ( ) As sentenças II e III estão corretas.
e) ( ) As sentenças I, II e III estão corretas.
4 (ENADE, 2018) A ferramenta BMG Canvas serve para planejar e visualizar as principais
funções de um negócio e suas relações. Ao fornecer uma visão holística e flexível do
modelo de negócios, o quadro auxilia os empreendedores nos processos de criação,
diferenciação e inovação, aprimorando-se o modelo de negócios para conquistar
mais clientes e lucros. Compõem o quadro quatro etapas básicas, assim expressas:
o que, quem, como e quanto. As quatro são divididas entre nove blocos (ou funções),
conforme apresentado no quadro a seguir.
54
Considerando o caso apresentado, faça o que se pede nos itens a seguir.
a) Cite e justifique em qual dos blocos (ou funções) do BMG Canvas da startup deve ser
apresentada a forma de imprimir uma parede inteira de uma moradia.
b) Apresente duas propostas de valor da empresa, considerando a premissa do projeto
de oferecer uma alternativa interessante para os problemas de moradia que afetam
diversas partes do Brasil.
a) ( ) Mídias sociais.
b) ( ) Suprimentos.
c) ( ) Concorrentes.
d) ( ) Logística Reversa.
e) ( ) Proposta de valor.
55
REFERÊNCIAS
AHL, H. Why research on women entrepreneurs needs new directions? Entrepreneurship
Theory and Practice, [s. l.], v. 30, n. 5, p. 595-621, Sept. 2006.
BARKI, E., COMINI, G., CUNLIFFE, A., HART, S. L., RAI, S. Social entrepreneurship and social
business: Retrospective and prospective research. RAE-Revista de Administração
de Empresas, [s.l.], v. 55, n. 4, p. 380-384, 2015.
COMINI, G.; BARKI, E.; AGUIAR, L. T. de. Três perspectivas para negócios sociais: uma aná-
lise multicasos brasileiros. Revista de Administração, [s.l.], v. 47, n. 3, p. 385-397, 2012.
56
DEES, J. Gregory. Publicado na The Skoll Foundation's Social Edge (setembro de 2003)
e no CASE connection Newsletter. Outubro, 2004.
DEES, J. G. A tale of two cultures: Charity, problem solving, and the future of social
entrepreneurship. Journal of business ethics, [s.l.], v. 111, n. 3, p. 321-334, 2012.
DORNELAS, J. C. A. et al. Planos de negócios que dão certo: um guia para pequenas
empresas. Rio de Janeiro: Elvesier, 2008.
KOE, W.; MAJID, I. A. Sustainable entrepreneurship among small and medium enterprises
(SMEs) in Malaysia. International Journal, [s.l.], v. 2, n. 4, p. 286-290, 2013.
57
FILION, L. J. Empreendedorismo: empreendedores e proprietários-gerentes de peque-
nos negócios. Revista de Administração, São Paulo, v. 34, n. 2, p. 5-28, 1999.
MARTIN, R. L.; OSBERG, S. Social entrepreneurship: The case for definition. Stanford
Social Innovation Review, [s.l.], v. 5, n. 8, 2007.
PETRINI, M.; SCHERER, P.; BACK, L. Modelo de negócios com impacto social. Revista de
Administração de Empresas, [s.l.], v. 56, n. 2, p. 209-225, 2016.
PINCHOT III, G. Intrapreneuring: Why you don't have to leave the corporation to become
an entrepreneur. University of Illinois at Urbana-Champaign's Academy for Entre-
preneurial Leadership Historical Research Reference in Entrepreneurship, 1985.
58
RIES, E. A Startup Enxuta: Como os empreendedores atuais utilizam a inovação
contínua para criar empresas extremamente bem-sucedidas. Trad. Carlos Szlak, São
Paulo: Lua de Papel, 2012.
SHANE, S.; VENKATARAMAN, S. The promise of entrepreneurship as a field of
research. Academy of management review, [s.l.], v. 25, n. 1, p. 217-226, 2000.
59
60
UNIDADE 2 —
EMPREENDEDORISMO
INOVAÇÃO E
INOVATIVIDADE
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
A cada tópico desta unidade você encontrará autoatividades com o objetivo de
reforçar o conteúdo apresentado.
CHAMADA
Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos em frente! Procure
um ambiente que facilite a concentração, assim absorverá melhor as informações.
61
CONFIRA
A TRILHA DA
UNIDADE 2!
Acesse o
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62
UNIDADE 2 TÓPICO 1 —
INOVAÇÃO E INOVATIVIDADE
1 INTRODUÇÃO
Olá acadêmico, na primeira unidade conhecemos os conceitos sobre
empreendedorismo e suas vertentes, aprendemos a diferenciar o empresário do
empreendedor, identificamos os tipos de empreendedorismo (empreendedorismo
feminino; empreendedorismo social; empreendedorismo verde). Vimos que existem
diversos modelos de negócios, assim, no último tópico da Unidade 1, conhecemos um
dos modelos de negócio mais utilizados, o CANVAS.
2 INOVAÇÃO E INOVATIVIDADE
Neste tópico, nós vamos aprender mais sobre inovação examinando o tema
como uma variável fundamental para a sobrevivência e desempenho das organizações.
Vamos estudar a inovatividade e sua relação com a inovação.
63
Os tipos de inovações também estão sintetizados na imagem a seguir:
64
FIGURA 2 – PARÂMETROS DA INOVAÇÃO
A partir daí a história da Kodak foi marcada por inovações incrementais,
para se manter competitiva no mercado, e produtos de sucesso. Como resultado,
dominou o mundo da fotografia por quase um século! Entretanto, a Kodak, mesmo
sendo pioneira na criação da câmera digital, percebeu que essa nova tecnologia
ameaçava sua principal fonte de receita – o papel fotográfico e câmera analógica. A
empresa, apegada ao pensamento do século XX, acreditava que a tecnologia
de fotos digitais levaria décadas para se tornar acessível e, por isso, a Kodak
continuou focada em seu mercado tradicional.
Porém, o grande erro da Kodak foi não perceber que a foto digital não seria
apenas mais um novo produto, mas sim uma mudança profunda no mercado.
Além disso, o desenvolvimento dessa tecnologia era um caminho sem volta e não
65
demorou para outras empresas focarem no aprimoramento da fotografia digital.
Como resultado, esse modelo de negócio cresceu e transformou o mercado
tradicional, criando um novo hábito de consumo na população – inovação disruptiva.
O que muitos não esperavam é que essa empresa tão inovadora, anos mais
tarde, decretaria falência, justamente, por falta de inovação. Mais especificamente,
por não manter o portfólio de inovações equilibrado. Uma coisa é certa, a Kodak deixou
uma grande lição no mundo corporativo: manter o equilíbrio entre inovações de curto
e longo prazo pode ser a chave entre o sucesso e o fracasso de uma organização.
CONCLUSÃO
Não é fácil conceituar e até mesmo compreender o processo que faz com que a
inovação emerja, pois não se pode seguir um raciocínio lógico para o processo, uma vez
que envolve um esforço mental e de cognição. Não obstante, pesquisadores como No-
naka e Takeushi (1995) desenvolveram modelos de gestão do conhecimento, o modelo
proposto pelos autores é o mais disseminado nas organizações, devido a sua clareza.
66
FIGURA 3 – ESPIRAL DO CONHECIMENTO
FONTE: Adaptado de Nonaka e Takeuchi (1997 Apud SOUZA; CALLE; RADOS, 2009, p.7)
67
Conforme os autores Nonaka e Takeuchi (1997):
68
• Algumas inovações geram vantagem competitiva a partir da percepção de uma
oportunidade de mercado inteiramente nova ou através do atendimento a um
segmento do mercado negligenciado por outras empresas.
• A inovação, às vezes, emerge numa nova empresa cujo fundador apresenta antece-
dentes não tradicionais ou simplesmente não valorizado numa empresa mais antiga.
• Uma vez conquistada a vantagem competitiva através da inovação, a empresa terá
condições de sustentá-la apenas através de um processo implacável de melhorias
contínuas.
• A única maneira de sustentar a vantagem competitiva consiste na sua ampliação.
Pode-se dizer que inovação é fazer o que ninguém faz com aquilo que todo
mundo tem, pense no aplicativo da multinacional americana UBER, em 2009, grande
parte da população já possuía um aparelho celular em mãos, mas ainda não havia um
aplicativo de transporte que permitisse a busca por motoristas baseada na localização
do usuário, então surge a ideia “e se você pudesse solicitar uma viagem com seu celular?”
FIGURA 6 – UBER
INTERESSANTE
A história da Uber teve início quando seus fundadores, Garrett Camp e Travis Kalanick, em
Paris, encontraram certa dificuldade para encontrar um táxi. Percebendo a demanda por
transporte, os executivos resolveram criar uma plataforma que permitisse solicitar carros
premium. A Uber foi fundada em 2009, na Califórnia, como um aplicativo para facilitar o
acesso ao transporte.
69
Atualmente, a empresa está presente em mais de 600 cidades, permitindo
que os usuários do app solicitem corridas e que pessoas comuns ganhem
dinheiro com seus próprios carros. De acordo com informações da
companhia, atualmente a plataforma conta com 75 milhões de usuários, 3
milhões de motoristas parceiros e realiza cerca de 15 milhões de viagens
por dia. Acesse: https://canaltech.com.br/empresa/uber/.
Pode-se afirmar que por trás de toda oportunidade existe uma ideia, mas nem
sempre por trás de uma ideia existe uma oportunidade. Para que uma ideia seja uma
oportunidade, ela precisa ser útil, criativa e claro gerar valor a um público disposto a
pagar por ela (DOLABELA, 2008).
70
DICAS
Ative seu lado criativo e inovador, liste possíveis ideias de negócio na sua
área. Depois selecione uma delas e discuta com seus colegas se essa ideia
possui potencial para gerar valor econômico.
O PENDRIVE ESQUECIDO
Até que ponto o fracasso pode ser determinante para o sucesso? Drew
Houston, o criador do Dropbox – um serviço de compartilhamento de arquivos on-
line criado por ele e Arash Ferdowsi em 2007 – pode ter a resposta na ponta da língua.
“No Vale do Silício, dizem que o fracasso é uma questão de honra e praticamente um
pré-requisito para o sucesso” afirma Drew Houston.
71
anos mais tarde, o Dropbox revelou-se um sucesso, alcançando recentemente 300
milhões de usuários – um público que ele diz que nunca poderia ter tido com suas
ideias anteriores. E isso, diz ele, é parte da chave para o sucesso. "Faça algo que
as pessoas querem. Isso parece tão óbvio, mas quando você analisa por que as
empresas fracassam, normalmente é por não terem clientes suficientes".
2.2 CRIATIVIDADE
Vale ressaltar que inovação e criatividade também são processos distintos,
por inovação entende-se o conhecimento agregado em bens, serviços ou processos
originais que agregam valor social ou riqueza.
72
A inovação é uma questão de conhecimento – criar novas
possibilidades por meio da combinação de diferentes conjuntos de
conhecimentos. Esses podem vir na forma de conhecimento sobre o
que é tecnicamente possível ou de que configuração pode responder
a uma necessidade articulada ou latente. Tal conhecimento pode
já existir em nossa experiência, baseado em algo que já vimos ou
experimentamos antes ou pode resultar de um processo de busca
– busca por tecnologias, mercados, ações da concorrência etc.
Também pode ser explícito em sua forma, codificado de modo que
outros possam acessá-lo, discuti-lo, transferi-lo etc. – ou pode existir
de modo tácito: conhecido, mas sem formulação (TIDD; BESSANT;
PAVITT, 2005, p. 35).
Ainda no que diz respeito à criatividade o professor Arne Dietrich que é PhD
em Neurociência Cognitiva e Professor de Psicologia na AUB aponta que existem vários
tipos de criatividade e para cada um deles, um processo a ser seguido, a saber: cognitivo,
emocional, deliberado e espontâneo. A descoberta do professor ficou conhecida como
a matriz da criatividade. Observe na figura a seguir:
73
FIGURA 8 – MATRIZ DA CRIATIVIDADE
74
No segundo quadrante, a criatividade deliberada e emocional se caracteriza
por uma tomada de consciência súbita, que Arne Dietrich chama de momento “a-ha!”
Por estar relacionada a aspectos emocionais, essa atividade é controlada pelo córtex
cingulado, que se conecta ao córtex pré-frontal (MENKE, 2019).
Sabe quando você fica horas atrás de uma boa ideia e ela não vem, aí você
abre mão e vai fazer qualquer outra coisa, tomar um café ou olhar um vídeo no
YouTube para “arejar a mente”? O tal ócio criativo. Essa técnica muito aconselhada
por especialistas tem embasamento científico.
Ao que tudo indica, quando Newton achou o seu “detalhe”, a parte do seu
cérebro chamado gânglio basal teve papel fundamental. Ela é responsável por
processar informações fora do estado consciente, mas trabalhando em conjunto
com o poderoso córtex pré-frontal – responsável por conectar as informações. Se
ele não possuísse o conhecimento suficiente naquele momento, a queda da maçã
não teria informação a ser conectada em seu córtex, e tal acontecimento seria como
é para a maioria dos seres humanos, “oba! comida”.
75
IMPORTANTE
Há controversas em relação à história de que uma maçã caíra na cabeça
do inglês Isaac Newton, de qualquer modo, nos utilizamos dessa história
para exemplificar o conceito.
DICAS
Você que deseja adquirir ainda mais conhecimento assista ao
documentário "Gigantes do Brasil" realizado pela Boutique Filmes, junto
com o History Channel, o documentário narra a história dos principais
empreendedores que revolucionaram a indústria no país. Acesse em:
https://www.youtube.com/watch?v=lRZ9fHpAgBY.
76
Observa-se que a criatividade antecede o processo de inovação. Agora vejamos
os conceitos pertinentes à inovatividade.
2.3 INOVATIVIDADE
A atual era tem como característica marcante a nova configuração dos mercados,
agora globalizados e fortemente influenciados pelas Tecnologias de Informação e
Comunicação (TIC). O principal diferencial de uma organização não mais está em seu
parque fabril ou em seus recursos imobilizados (máquinas e equipamentos), mas em
recursos intangíveis, como a inteligência competitiva e a capacidade inovativa, recursos
esses dependentes em grande escala do conhecimento individual e organizacional
(SILVA; VALENTIM, 2018).
77
A inovatividade representa a tendência de uma organização em inovar, podendo
ser examinada a partir do desenvolvimento de atividades que propiciem a inovação na
organização, em outras palavras, inovatividade se traduz na capacidade em desenvolver
inovação de forma contínua e permanente.
DICAS
Caro acadêmico! Você pode aprender ainda mais sobre inovatividade
lendo o artigo “A Capacidade Inovativa e o Desempenho Econômico-
Financeiro de Empresas Inovadoras Brasileiras”.
Acesse em: https://bit.ly/3hENfcJ.
78
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
• Criatividade diz respeito à produção de Ideias para algo novo que é também
potencialmente útil.
79
AUTOATIVIDADE
1 Os estudos apontam que um conhecimento pode ser convertido em um novo co-
nhecimento por meio de uma interação formal entre conhecimento tácito e explícito,
assim os autores Nonaka e Takeuchi (1995) propõem quatro modos de criação de
conhecimento. Sobre isso, associe os itens utilizando o código a seguir:
I- Socialização.
II- Combinação.
III- Externalização.
IV- Interiorização.
80
FONTE: Adaptado de Dietrich (2004)
3 Segundo Pereira, Mussi e Knabben (1999) o termo “criar” vem do latim creare que
significa dar existência, estabelecer relações até então não estabelecidas pelo
universo do indivíduo, visando determinados fins. Há ainda muita confusão ao tratar
dos temas, criatividade, inovação, invenção. Dado este contexto, associe os itens
utilizando o código a seguir.
I- Inovação.
II- Invenção.
III- Criatividade.
81
4 A inovação pode responder a uma demanda do mercado ou vir de ideias dos
colaborados, pesquisadores ou ainda dos produtores ou usuários, emergindo na forma
de produto/serviço, inovação de processo, marketing ou inovações organizacionais.
Sobre isso, associe os itens utilizando o código a seguir:
I- Inovações de produto/serviço.
II- Inovações de processo.
III- Inovações de marketing.
IV- Inovações organizacionais.
5 De acordo com Julien (2010), a inovação é, na maior parte das vezes, pouco
espetacular. Ela é feita de pequenas diferenças no produto e nos materiais utilizados,
segundo o autor inovação radical corresponde a 5% do conjunto das inovações
em uma economia. Dado esse contexto, disserte sobre a inovação incremental e a
inovação racial, citando exemplos para cada uma.
82
UNIDADE 2 TÓPICO 2 -
TRÍPLICE HÉLICE
1 INTRODUÇÃO
Olá, acadêmico! Bem-vindo ao Tópico 2. Neste tópico, nós vamos descobrir
como a interação entre diferentes agentes pode promover o empreendedorismo e a
inovação em uma região.
Você já ouviu falar em tríplice hélice? Sabe onde surgiu esse conceito? No decor-
rer da leitura vamos estudar o regime da tríplice hélice, e porque esse modelo tem sido
apontado como o caminho mais curto para a aprendizagem tecnológica e a inovação.
A Hélice Tríplice provê uma metodologia para examinar pontos fortes e pontos
fracos a fim de preencher lacunas nas relações entre universidades, indústrias e
governos. Veja na imagem a seguir o modelo conhecido como tríplice hélice.
83
FIGURA 9– MODELO TRÍPLICE HÉLICE
84
Assim, a tríplice hélice pode ser considerada um modelo de sistema de
inovação e de desenvolvimento regional baseado no conhecimento e na aprendizagem,
concebido como um conjunto de dinâmicas multilineares com base em paradigmas
tecnológicos alternativos (ETZKOWITZ, 2009). Desse modo, identificar a fonte generativa
do desenvolvimento socioeconômico baseado no conhecimento é o cerne do projeto de
inovação da Hélice Tríplice. (ETZKOWITZ; ZHOU, 2017).
Como dito, os papéis principais para que haja inovação são desempenhados por
três atores: a empresa, o governo e as universidades e detalhados a seguir.
2.1 GOVERNO
No modelo da Hélice Tríplice, o Governo tem a responsabilidade de apoiar novas
estruturas organizacionais a fim de promover o desenvolvimento econômico e social,
nesse sentido possui papel importante no contágio empreendedor, seja pela ação de
suas antenas territoriais, que conhecem melhor as necessidades locais, seja por sua
organização central para as operações mais estruturantes como o desenvolvimento de
instituições voltadas à formação da mão de obra e a implementação de infraestruturas
eficazes. Esse papel pode ser resumindo em cinco tópicos: definir o alvo; conectar;
apoiar; estimular e facilitar (JULIEN, 2010).
85
2.2 UNIVERSIDADE
É notório o papel fundamental que as universidades possuem em qualquer
nação, a universidade é um agente de transferência de conhecimento, assim a tese da
Tríplice Hélice é que a universidade está deixando de ter um papel social secundário,
ainda que importante, de prover ensino superior e pesquisa, e está assumindo um papel
primordial equivalente ao da indústria e do governo, como geradora de novas indústrias
e empresas (ETZKOWITZ; ZHOU, 2017).
INTERESSANTE
A Região de São José dos Campos – RSJC, no estado de São Paulo, é
um importante conglomerado do setor aeroespacial. O processo que
culminou no surgimento da cadeia aeroespacial brasileira, ocorreu
devido à impossibilidade que o Brasil tinha de enfrentar ações militares
inimigas. Assim, a formação de mão de obra foi entendida como
primeiro passo para superar a total dependência de equipamentos e
material bélicos importados, desse modo, em1945, criou-se o Centro
Tecnológico de Aeronáutica – CTA.
86
• estava relativamente afastada das duas grandes metrópoles sem estar demasiada-
mente longe da cidade de São Paulo (86 km);
• dispunha de área suficiente;
• está cidade era vista como mais segura pelos militares;
• proximidade do Porto de Santos.
IMPORTANTE
As universidades e demais instituições de ensino exercem papel
fundamental no desenvolvimento de um cluster, pode-se citar o exemplo
do porto digital em Pernambuco. Situado no Bairro do Recife, na capital
de Pernambuco, o Porto Digital é um dos principais polos de tecnologia
do País e resulta da implementação de políticas públicas, através de parcerias
entre a iniciativa privada, universidades e instituições governamentais.
Administrado pela organização social (OS) Núcleo de Gestão do Porto
Digital, o polo de TI desenvolve soluções de TIC (Tecnologia da Informação e
Comunicação), serviços do setor de Economia Criativa, e emprega cerca de 7,1
mil pessoas nas 240 instituições instaladas e fatura cerca de R$1 bilhão. Vale
ressaltar, que a maioria desses empreendimentos nasceu de projetos saídos
das universidades pernambucanas.
87
Quase metade delas possui até cinco funcionários (48%) e funciona há menos
de cinco anos (46%), mas já apresentam números expressivos, como as 18% que
exportam seus produtos e serviços.
Belo Horizonte
Outro destaque do encontro foi a apresentação dos agrupamentos que atuam no
setor de saúde. Belo Horizonte conta com o maior polo de biotecnologia da América
Latina, em sua região metropolitana. São 55 empresas, com 5 mil funcionários, que
trabalham com agronegócio, saúde humana e animal e meio ambiente. Dois terços
delas interagem com universidades, fator essencial para ter acesso à capacitação
e pesquisas.
“A principal vantagem do arranjo é a qualidade das instituições de ensino que
produzem inovações e tecnologia”, explica Laksmi Resende, coordenadora de
projetos da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG), que
é parceira do governo do estado, do Sebrae-MG, do Banco Interamericano de
Desenvolvimento (BID) no projeto.
Ribeirão Preto
O bom ambiente acadêmico ajuda também o cluster Ribeirão Preto a ser o maior
exportador de produtos odontológicos do país. A cidade conta com diversos cursos
de especialização em ciências médicas, é responsável por 4% das pesquisas
científicas nacionais em saúde e é líder nacional em número de equipamentos
hospitalares per capita.
As 69 empresas do aglomerado, 80% delas pequenas ou médias, empregam 2,5 mil
pessoas e interagem com o governo local e instituições de apoio, como a Fipase
(Fundação Instituto Polo Avançado da Saúde).
DICAS
Nos vídeos a seguir, você pode observar como o porto digital do Recife
está estruturado:
https://www.youtube.com/watch?v=SmySoTjLptg.
https://www.youtube.com/watch?v=BO6c1h4st0w&t=62s.
https://www.youtube.com/watch?v=H53OelTMgNQ.
88
2.3 EMPRESA
Para Etzkowitz (2009) a indústria como o lócus de produção, o governo como
fonte de relações contratuais que garantam interações estáveis e câmbios entre as
esferas, e a universidade como fonte de novos conhecimentos e tecnologias.
IMPORTANTE
A parceria entre governo, universidade e empresa pode ser observado
na Coréia do Sul que, após investimentos maciços em educação,
passou de país periférico à condição de país desenvolvido, veja no
vídeo a seguir: https://www.youtube.com/watch?v=-Iu_2hA3eiI.
89
FIGURA 11 – MODELO PROPOSTO DA HÉLICE QUÍNTUPLA APLICADO À CONSTRUÇÃO CIVIL
DICAS
Caro acadêmico, agora que você já sabe o que são Arranjos
Produtivos Licais (APL’s) já conseguiu identificar algum aí em sua
região? Você pode acompanhar os principais APL’s do Brasil; acesse
em: http://www.redesist.ie.ufrj.br/atividades/mapa-de-apls.
90
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• No modelo tríplice hélice a indústria atua como o lócus de produção, o governo como
fonte de relações contratuais que garantam interações estáveis e câmbios entre as
esferas, e a universidade como fonte de novos conhecimentos e tecnologias.
91
AUTOATIVIDADE
1 (ENADE, 2018) Identificar a fonte generativa do desenvolvimento socioeconômico ba-
seado no conhecimento é o cerne do modelo de inovação da Hélice Tríplice para apri-
morar as interações universidade-indústria-governo. Governo e indústria, elementos
clássicos das parcerias público-privadas, são reconhecidos como importantes esfe-
ras da sociedade desde o século XVIII. A tese da Hélice Tríplice é que a universidade
deve assumir, além do papel social de prover educação superior e realizar pesquisa,
um papel primordial equivalente ao da indústria e do governo, como geradora de
novos empreendimentos. A partir desse modelo, políticas, práticas e inovações orga-
nizacionais destinadas a traduzir conhecimento em atividade econômica e a resolver
problemas da sociedade, espalharam-se pelo mundo todo. Assim, as universidades
são instigadas a desempenhar um papel criativo no desenvolvimento econômico e
social. A partir das ideias do texto, assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) A universidade, no contexto da Hélice Tríplice, tem como uma das suas funções
diagnosticar pontos fracos e fortes presentes nas atividades das indústrias e dos
governos, operando estratégias para sanar essas lacunas por meio da pesquisa.
b) ( ) O grande entrave do modelo da Hélice Tríplice é que a universidade, que precisa
ser independente quanto à pesquisa e à educação superior, coloca-se em
posição subjacente às indústrias e aos governos.
c) ( ) A integração entre universidade e indústria é determinada pelas prioridades
sociais e econômicas estabelecidas pelos governos, os quais impõem um novo
olhar para o papel da universidade no desenvolvimento local, regional e nacional.
d) ( ) A concepção da Hélice Tríplice está assentada no entendimento de que as uni-
versidades devem desempenhar um papel social primário na formação do espírito
inovador e criativo, visando ao atendimento das demandas econômicas e sociais.
e) ( ) A articulação entre universidade, governo e indústria precede a identificação das
motivações para a produção do conhecimento, tendo em vista a necessidade
de criar soluções para os velhos dilemas socioeconômicos.
FONTE: <https://www.indagacao.com.br/2018/12/enade-2018-
identificar-fonte-generativa-do-desenvolvimento-socioeconomico-
baseado-no-conhecimento.html>. Acesso em: 16 ago. 2021.
2 (ENADE, 2019) O Brasil está longe de ser um país atrasado do ponto de vista científico
e tecnológico. O país está em posição intermediária em praticamente todos os
indicadores de produção e utilização de conhecimento e de novas tecnologias. Em
alguns indicadores, a situação do país é melhor até do que em alguns países europeus
como Portugal ou Espanha e, de modo geral, estamos à frente de todos os demais
países latino-americanos. Talvez nosso pior desempenho esteja nos depósitos de
patentes, seja no Brasil ou no exterior.
92
FONTE: <https://bit.ly/3D3AKRk>. Acesso em: 16 ago. 2021.
A partir das informações apresentadas, faça o que se pede nos itens a seguir:
a) Cite dois ganhos possíveis para o campo científico do país, resultantes de uma boa
articulação entre os entes representados na figura.
b) Cite dois ganhos possíveis para o campo econômico do país, resultantes de uma boa
articulação entre os entes representados na figura.
93
4 O modelo denominado Hélice Tríplice, se originou como uma metáfora para identificar
os protagonistas de um sistema de inovação regional na Rota 128 em Boston,
Estados Unidos, tornando-se um modelo reconhecido internacionalmente. Dado
esse contexto, disserte sobre os papéis de cada um dos agentes do modelo.
94
UNIDADE 2 TÓPICO 3 -
ARRANJO PRODUTIVO LOCAL – (APL)
1 INTRODUÇÃO
Você já parou para pensar por que algumas regiões são mais desenvolvidas, com
muitas criações e crescimento de empresas, enquanto outras, encontram dificuldades
para acompanhar o desenvolvimento econômico geral, chegando até mesmo a
regredir? Será que o meio, ou seja, o lugar em que o empreendedor está localizado
geograficamente pode determinar seu fracasso ou sucesso? Será que alguém, mesmo
tendo uma mente empreendedora, fracasse por estar no “lugar errado”? Tudo isso e
muitos mais você vai aprender a partir de agora. Vamos lá!
95
Marshall (1996) examinou os distritos industriais, ou conglomerados de empre-
sas e identificou um aglomerado como uma especialização de uma cidade ou região que
se torna fator de atração de compradores e fornecedores para aquela cidade ou região.
Marshall mostrou que as firmas aglomeradas são capazes de se apropriar de economias
externas que emergem espontaneamente devido à concentração dos produtores.
IMPORTANTE
Caro acadêmico! Clusters são agrupamentos de empresas com
características semelhantes, que coabitam num mesmo local ou
região e colaboram entre si em busca de mais eficiência produtiva.
No Brasil são equivalentes aos Arranjos Produtivos Locais (APLs).
Em âmbito nacional, os APLs são geridos pelo Grupo de Trabalho
Permanente para APLs (GTP-APL), coordenado pelo Ministério do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e integrado,
no total, por 33 instituições públicas e privadas. Os estados e regiões
participantes, no entanto, possuem estrutura própria e autonomia
de gestão.
96
ATENÇÃO
Caro acadêmico! Repare que já nesse período Marshall destaca o
papel fundamental da informação, no decorrer desta leitura, você vai
perceber, que nos espaços territoriais onde o ambiente é favorável à
atração de investimentos e desenvolvimento de negócio prevalece o
clima de cooperação e interdependência entre os agentes.
DICAS
No vídeo a seguir, você pode conferir a entrevista com Luiza Trajano
presidente de uma das maiores varejistas do Mundo a Magazine
Luiza, repare no que ela fala sobre Franca, município de São Paulo.
Segundo Luiza Franca é uma cidade muito importante porque
transpira empreendedorismo. Acesse em: https://www.youtube.
com/watch?v=eRKVmRIgAmw.
97
A competitividade existente no cluster é superada pela cooperação quando se
concorre com empresas multinacionais, por exemplo, visando à sobrevivência desse
arranjo. Krugman (1998) fala de aglomerados industriais como sendo uma combinação
peculiar entre processos de mão invisível que operam forças centrífugas e centrípetas.
DICAS
Caro acadêmico! Esse tema é muito oportuno e você pode aprender
ainda mais sobre Clusters acessando o trabalho de Galvão “Clusters
e distritos industriais: estudos de casos em países selecionados e
implicações de política”. Acesse em: https://bit.ly/3akMV2n.
3 SISTEMAS DE INOVAÇÃO
Olá, acadêmico! Você percebeu que o tema inovação sempre despertou o
interesse de economistas, pesquisadores e empreendedores, isso porque a inovação e
a capacidade de promover inovações, ou seja, a inovatividade representam a chave para
as empresas se manterem competitivas no mercado.
98
mento de uma região, faz-se necessário estudar todos os elementos que a compõem,
focalizando as instituições e interações existentes e as que deveriam existir. Vejamos
a seguir como teve início o estudo sobre o desenvolvimento de sistemas de inovação.
De acordo com Lundvall (2002), um Sistema de Inovação (SI) tem como função
promover o desenvolvimento econômico, para isso, deve ser formado por agentes pú-
blicos e privados, em busca de soluções coletivas e compartilhadas. Esses agentes, de
acordo com Fischer (2000 apud PORCARO, 2005), podem ser reunidos em quatro blocos:
99
Define-se sistema nacional de inovação como um arranjo institucional entre os
agentes de um dado país – firmas, universidades, institutos de pesquisa, instituições
financeiras, governo — que impulsiona o seu desenvolvimento tecnológico (CASALI;
SILVA; CARVALHO, 2010).
AUTOATIVIDADE
100
AGÊNCIAS DO AGENTE DE EDUCAÇÃO E
EMPRESAS
GOVERNO ENSINO
STARTUPS
COMUNIDADE DE STARTUPS
101
• Talento – Universidades ligadas ao empreendedorismo, centros de tecnologia,
empreendedores em série, fluidez (capacidade de atrair talentos).
• Mercado – Early Adopters, canais de distribuição, multinacionais, referenciação.
102
É importante destacar que as incubadoras diferem das aceleradoras, como é
possível observar no quadro a seguir:
103
FIGURA 14 – INCUBADORAS DE EMPRESAS
DICAS
Saiba mais sobre incubadoras de empresas por meio da leitura do
trabalho de Azevedo e Teixeira “Incubadoras Alinhamento Conceitual”.
Acesse em:
https://via.ufsc.br/wp-content/uploads/2017/07/e-book-incubadoras.pdf.
104
LEITURA
COMPLEMENTAR
POR QUE CRIAR UM ECOSSISTEMA DE INOVAÇÃO E EMPREENDEDORISMO?
Augusto Salles
Vale fazer uma breve ressalva aqui, sobre esses exemplos anteriores. Um
deles eu disse que se inspira no Vale do Silício, mas cada ecossistema de inovação e
empreendedorismo tem uma realidade própria, atrelada aos agentes que o compõem.
Não basta “imitar” o que os outros fizeram. É preciso identificar as principais funções
que ele deve ter e desenvolver ações próprias que carreguem sua identidade cultural.
OS AGENTES DO ECOSSISTEMA
O que você pode fazer para contribuir num ecossistema? Imagine que ele é
como um jogo de aventura, com personagens que têm diferentes papéis, especialidades
e responsabilidades. Identificamos que normalmente existem oito principais agentes ou
personagens que podemos ser ou ativar dentro de um ecossistema:
• Empreendedores.
• Investidores.
• Aceleradoras.
• Incubadoras.
• Universidades.
• Governo.
• Organizações setoriais.
• Comunidade.
QUAL DESSES PAPÉIS SUA EMPRESA PODE EXERCER? EM QUAL ELA TERIA
MAIOR FACILIDADE OU FORÇA PARA ATUAR?
Para ajudar a responder essa pergunta, aqui vai um breve descritivo de cada um:
106
FONTE: Adaptada de <https://troposlab.com/quem-voce-e-no-ecossistema-de-inovacao-e-
empreendedorismo/>. Acesso em: 17 ago. 2021.
107
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
108
AUTOATIVIDADE
109
3 Em sua obra “Empreendedorismo Regional e Economia do Conhecimento” Pierre-
André Julien (2010) destaca que o empreendedorismo vai além da dinâmica dos
empreendedores e de suas empresas, contemplando, dentre vários aspectos, a
importância do que ele chama milieu: expressão francesa que se refere “ambiente
de residência e atuação” do empreendedor. Ela comporta as características
culturais, sociais e os recursos desse ambiente. Dado esse contexto, disserte sobre
pelo menos três vantagens proporcionadas pela concentração de várias empresas
em um único local.
FONTE: <https://www.aprovaconcursos.com.br/questoes-de-
concurso/questao/600334>. Acesso em: 17 ago. 2021.
PORQUE
110
5 Em 2021 o Brasil já possuía 1574 agtechs, startups voltadas para o campo, Piracicaba
é a segunda cidade com maior concentração dessas empresas com 60 agtechs perde
apenas para capital paulista. Piracicaba é conhecida como o “Vale do Agronegócio”
considerada um polo de empresas inovadoras do agronegócio, uma das vantagens
de se instalar no parque tecnológico é que os novos empreendimentos possuem
isenção fiscal, e podem contar ainda com a EsalqTec, uma incubadora de empresas.
Dado esse contexto, disserte sobre as funções da incubadora e sua importância para
um sistema de inovação.
111
REFERÊNCIAS
ASHEIM, B.; SMITH, H. L.; OUGHTON, C. Regional Innovation Systems: Theory, Empirics
and Policy. Regional Studies, [s.l.], v. 45, n. 7, p. 875-891, jul. 2011.
ASHEIM, B.; GRILLITSCH, M.; TRIPPL, M. Regional Innovation Systems: Past – Presence
– Future. In: ELGAR E. (Org.); DOLOREUX D.; SHEARMUR R.; CARRINCAZEAUX (ed.),
Handbook on the Geography of Innovation. Oslo: Circle – Papers in Innovation
Studies, n. 36, p. 1-22, set. 2015.
CASALI, G. F. R.; SILVA, O. M.; CARVALHO, F. Sistema regional de inovação: estudo das
regiões brasileiras. Revista de Economia Contemporânea, [s.l.], v. 14, n. 3, p. 515-550,
2010.
112
DIETRICH, A. The cognitive neuroscience of creativity. Psychonomic bulletin &
review, [s.l.], v. 11, n. 6, p. 1011-1026, 2004.
ENRIGHT, M.J. Regional clusters and economic development: a research agenda. In:
STABER, U.; SCHAEFER, N.V.; SHARMA, B. (Ed.). Business networks: prospects for
regional development. New York: De Gruyter.Markusen, 1996. p. 190-213.
113
JOHNSON, B.; EDQUIST, C.; LUNDVALL, B. Economic development and the national
system of innovation approach. In: FIRST GLOBELICS CONFERENCE. 1., 2003, Rio de
Janeiro. Anais [...] Rio de Janeiro: Redesist, 2003, p. 1-24.
KRUGMAN, P. What's new about the New Economic Geography? Oxford review of
economic policy, [s.l.], v. 14, n. 2, 1998. http://dx.doi.org/10.1093/oxrep/14.2.7
114
OECD – ORGANIZATION FOR ECONOMIC CO-OPERATION AND DEVELOPMENTSTATISTICAL
OFFICE OF THE EUROPEAN COMMUNITIES. The Measurement of Scientific and
Technological Activities – Manual d’Oslo. 3. ed. Paris: OECD Publishing, 2005, 166 p.
115
116
UNIDADE 3 —
GESTÃO EMPREENDEDORA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
A cada tópico desta unidade você encontrará autoatividades com o objetivo de
reforçar o conteúdo apresentado.
CHAMADA
Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos em frente! Procure
um ambiente que facilite a concentração, assim absorverá melhor as informações.
117
CONFIRA
A TRILHA DA
UNIDADE 3!
Acesse o
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118
UNIDADE 3 TÓPICO 1 —
ORIENTAÇÃO EMPREENDEDORA
1 INTRODUÇÃO
Olá, acadêmico, parabéns! Você chegou à última etapa do seu livro didático,
vimos na Unidade 2 temas como inovação, inovatividade, modelo tríplice hélice e arranjo
produtivo local. Nesta unidade vamos conhecer algumas metodologias ágeis como
Scrum, Squads, Smart e kanban.
2 MÉTODOS ÁGEIS
Em um ambiente dinâmico e mutável mudanças significativas têm ocorrido, na
forma de comprar de vender, de consumir e, portanto, de fazer negócios, empresas
como Google, Spotify, Zappos, Netflix já se utilizam das chamadas metodologias ágeis
como forma de gestão de suas demandas.
119
FIGURA 1 – MÉTODOS DE GESTÃO ÁGIL
Os métodos ágeis fazem parte da gestão empreendedora, essa, por sua vez,
representa uma prática moderna de aplicação de estratégias empreendedoras na
gestão prática das empresas.
Essa nova visão ocorre devido ao cenário atual, marcado pela alta concorrência,
velocidade das mudanças, introdução constante de novas Tecnologias de Informação
e Comunicação (TICs). Nesse ambiente as corporações buscam alternativas para
manterem-se competitivas no mercado, adotando novas formas de gestão, novas
estruturas ou se reinventando de alguma forma.
DICAS
Caro acadêmico, é oportuno notar que muitas das inovações gerenciais
que se apresentam atualmente se baseiam em terminologias, sistemas,
tecnologias, produtos, processos, que já existiam, que muitas vezes, não
reinventam a roda, apenas aperfeiçoam uma roda que já existia. Um bom
exemplo, é a rede “Beleza Natural” que adotou em seus institutos de bele-
za a padronização de serviços e sistema de trabalho em linha de produção
utilizados até então na indústria de transformação. Leia mais sobre em:
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/11214/11214_5.PDF.
120
Segundo Boehm, (2006) há uma tendência para o desenvolvimento ágil de apli-
cações devido ao ritmo acelerado de mudança na tecnologia da informação, pressões
por constantes inovações, concorrência acirrada e grande dinamismo no ambiente de
negócios.
121
A partir daí, decidiram redigir um documento cujo nome foi sugerido pelo
único inglês da turma, Martin Fowler, que utilizou o termo "agile" para descrever
o que estavam discutindo. Dessa forma, o documento foi chamado de "manifesto
ágil", assinado por todos os presentes.
DICAS
Caro acadêmico, saiba mais sobre o manifesto ági. Acesse em:
https://agilemanifesto.org/iso/ptbr/manifesto.html.
122
É possível observar que os métodos tradicionais têm o foco na geração de
documentação e relatórios sobre o projeto e no cumprimento rígido de processos. Já
os métodos ágeis concentram as atenções na constante entrega do produto e nas
interações entre os indivíduos (MUNDIM et al., 2002: CARVALHO; MELO, 2012).
123
Como é possível observar na imagem, os métodos ágeis fundamentam-se em
princípios de adaptação e comunicação, tendo em vista atender aos requisitos dos
clientes. Essa metodologia agrega um conjunto de princípios provenientes do manifes-
to ágil, tais como:
• envolvimento do cliente;
• entrega incremental;
• pessoas, não processos;
• aceitação das mudanças;
• manutenção da simplicidade.
Neste tópico vimos que metodologia Ágil (ou Agile em inglês) são “métodos e
práticas baseadas nos valores e princípios expressos no Manifesto Ágil (Agile Manifest).
Dentre as abordagens de métodos de gerenciamento ágil destaca-se o SCRUM, tema
do tópico a seguir.
2.1 SCRUM
Primeiro vamos entender como surgiu a expressão SCRUM. O nome Scrum sur-
giu da comparação entre desenvolvedores e jogadores de Rugby. Conforme aponta
Sbrocco e Macedo, (2012, p. 159):
Essa analogia foi usada porque no Rugby cada time age em conjunto, como
uma unidade integrada, cada membro desempenha um papel específico e todos se aju-
dam em busca de um objetivo comum. E assim, devem ser os times de desenvolvimento
que adotam o método Scrum.
124
• desenvolvimentos complexos em que os requisitos mudam rapidamente e constan-
temente;
• gerenciar e controlar o desenvolvimento de trabalho;
• tornar a equipe autogerenciável e funcional;
• implementar o conceito interativo e incremental no desenvolvimento de software e/
ou produtos;
• identificar causas de problemas e remover impedimentos;
• valorizar os indivíduos.
NOTA
Sprints: é o nome dado para os ciclos de cada projeto. Em geral são ciclos mensais e
são determinados para que as tarefas sejam realizadas. No Scrum, a cada Sprint, uma
funcionalidade/incremento do sistema é entregue ao cliente.
Na fase de avaliação de um Sprint, o cliente pode, por exemplo, incluir novos requisitos e
tarefas. Já na etapa de seleção de um Sprint, o cliente e a equipe do projeto decidem juntos
quais funcionalidades e recursos serão desenvolvidos naquele Sprint.
Sprint Planning Meeting: são reuniões periódicas que acontecem no início de cada sprint,
ou ciclo, para planejar e priorizar os itens do Product Backlog que serão desenvolvidos
naquele período.
125
Daily Scrum: essa é uma reunião diária para acompanhamento do projeto.
A ideia é que toda a equipe se reúna diariamente para discutir as atividades
desenvolvidas, disseminar conhecimento, identificar impedimentos e priorizar
o trabalho daquele dia. Um ponto interessante é que o Scrum propõe que
estas reuniões sejam realizadas com os participantes em pé, exatamente para
serem rápidas e objetivas.
126
DICAS
Para saber mais, fica a dica de leitura:
Scrum: a arte de fazer o dobro do trabalho na metade do tempo de Jeff Sutherland e J.J.
Sutherland.
É possível perceber que essa nova forma de gestão determinada pela aplicação
de metodologias ágeis emerge para atender uma nova estrutura organizacional
composta por times multifuncionais alocados por projetos.
2.2 SQUADS
Num contexto de projetos inovadores, as empresas têm implementado, também,
processos novos de gestão de pessoas, composição de equipes e atribuições de papéis
e responsabilidades entre os colaboradores.
127
Dentre esses novos modelos emerge o Squads. O Squads é um modelo
organizacional que tem ganhado cada vez mais espaço no ambiente organizacional.
O nome Squads pode ser traduzido como “esquadrões”, faz alusão a um time cross-
funcional com autonomia na definição de prioridades dentro do projeto, sem que se
perca o alinhamento à estratégia e aos objetivos da empresa.
Isso significa que quando uma empresa adota o Squads ela separa os
funcionários em pequenos grupos multidisciplinares com objetivos específicos.
Segundo Boeg (2018), métodos e processos de trabalho inovadores acompanham
projetos também inovadores. Dessa maneira, as equipes se adaptam e remanejam para
melhor atenderem às demandas dos projetos.
Pode-se dizer que o squad é projetado para dar maior velocidade de desenvol-
vimento dos produtos e prestação de serviços da empresa, uma vez que contribui para
reduzir o desperdício e minimizar o tempo de inatividade da equipe. Caracteriza-se por
grupos de três a 10 membros com características complementares capazes de desen-
volver o projeto em sua completude. São modelos mais adaptativos, isto é, possuem
maior capacidade de realinhamento de rotas para atender às demandas de projetos.
Exige, por isso, alto grau de alinhamento e autonomia da equipe (REBELO, 2013).
Rebelo (2013) ressalta quatro aspectos que devem ser observados para que
squads funcionem bem dentro da empresa. O primeiro é garantir o alinhamento
estratégico dos membros do time, de modo que sejam assertivos no processo autônomo
de definição de prioridades. O segundo é a avaliação do impacto da implantação de
times cross-funcionais em organizações ainda muito tradicionais e hierarquizadas; é
importante que essa inovação não entre em conflito com a cultura da empresa, podendo
encontrar resistências pelos demais colaboradores. O terceiro é a necessidade de se
enfrentar, lidar e resolver problemas por parte do time, o que exige responsabilidade,
preparo e ciência em relação aos seus próprios hábitos. O quarto, mas que não exaure
o tema, é o real envolvimento dos membros com o propósito, os valores e objetivos
da empresa, e não apenas com suas entregas particulares – é o que diferencia um
grupo (pessoas com funções estabelecidas e atividades individuais) de um time (cujo
resultado advém do trabalho coletivo).
128
NOTA
Para quem ainda não conhece, o Spotify é um serviço de transmissão de
música comercial com fornecimento de conteúdo protegido por direitos
digitais, a partir de uma série de grandes gravadoras e independentes,
incluindo a Sony, EMI, Warner Music Group e Universal. Em dezembro de
2012, a empresa atingiu 20 milhões de usuários, sendo que cinco milhões
possuem assinatura mensal.
129
As equipes utilizam também os princípios de Lean Startup, tais
como MVP (produto mínimo viável), e validação do aprendizado (utilizar métricas
e testes A/B para descobrir o que funciona e o que não). O slogan da empresa é:
"Pense, construa, entregue e ajuste".
FONTE: http://blog.crisp.se/author/henrikkniberg
130
Squads são formados visando à melhoria contínua, tanto das habilidades
de cada indivíduo, quanto do time. Essa melhoria contínua não se refere apenas à
tecnologia, mas também à melhoria dos processos internos, como comunicação,
troca de informações e experiências. Um dos principais pilares nesse modelo é
a comunicação, pois os colaboradores têm autonomia e autogestão, com isso a
comunicação tem que ser eficiente e de igual para todos de forma a conseguir ter
uma organização no foco das atividades com base no PO (Product Owner). Dessa
forma, os líderes de equipe ou responsáveis precisam ter uma comunicação com
as equipes de forma prioritária como forma de alinhar os objetivos da empresa
para os grupos de trabalho conseguirem focar suas atividades no que é prioridade,
como exemplo o desenvolvimento de uma nova feature latente para prospecção
de novos clientes.
FIGURA 6 – SQUAD
131
A tribo (tribe) é um nível de agrupamento, e pode conter uma série de squads que
tenham funcionalidades e objetivos similares.
FIGURA 7 – TRIBO
FIGURA 8 – CHAPTER
132
Na imagem a seguir pode-se compreender que uma Guild representa um grupo
de colaboradores que possuem interesses similares.
FIGURA 9 – GUILD
Lembra que no início deste capítulo comentei que algumas inovações geren-
ciais que se apresentam hoje baseiam-se em terminologias, sistemas, tecnologias,
produtos, processos, aplicativos que já existiam antes? Pois bem, a expressão guilda
é um exemplo.
2.3 SMART
Planejar requer uso de uma metodologia adequada para que seja possível
contribuir para o sucesso da organização. Para cada nível organizacional temos
diferentes tipos de planejamento, porém todos devem estar alinhados aos objetivos
estabelecidos pela organização. Um planejamento sem uma metodologia é apenas uma
utopia, um sonho que dificilmente será alcançado.
133
NOTA
SMART
(S)pecific/Específico: os requisitos são claros e não dão margem para
dupla interpretação.
(M)ensurable/Mensurável: todo requisito tem de ser mensurável, isto
é, validado através de números para garantir que o objetivo esperado foi
atingido, dentro dos critérios de qualidade.
(A)ttainable/Atingível: é importante que no escopo do projeto sejam
definidos requisitos possíveis de serem atingidos. Não basta querer
chegar à Lua, é preciso conseguir chegar.
(R)elevant/Relevante: é fundamental que se entenda o nível de relevância
dos requisitos para os objetivos que o projeto precisa atender.
(T)ime-bound/Temporal: deve ser possível definir um prazo para o
atendimento do requisito.
134
2.4 KANBAN
O Kanban, ou mais precisamente, o sistema Kanban ficou mundialmente
conhecido após o sucesso de sua implantação na fábrica de automóveis Toyota, o termo
pode ser traduzido como “sinal”, “aviso” ou “quadro de sinais”.
De acordo com Santos (2014), o Kanban é muito mais do que o quadro “kanban
board” trata-se de um dispositivo sinalizador que autoriza e dá instruções para a
produção ou retirada de itens em um sistema puxado.
Esse sistema funciona de modo muito simples, cujo fornecimento de novos itens
surge de acordo com que vai sendo esgotado, fazendo com que não haja abastecimento
de itens antes de solicitá-lo no estágio predecessor (SOUZA; MONTEIRO; ALMEIDA,
2017). Veja um exemplo na imagem a seguir:
FIGURA 11 – KANBAN
A aplicação do Kanban com equipes remotas pode ser adotada com o auxílio de
plataformas como TRELLO (https://trello.com/pt-BR), assim é possível controlar o fluxo
de trabalho de forma visual.
135
NOTA
O Kanban é um método visual para gerenciar e conduzir o trabalho.
De acordo com Atlassian, empresa líder em metodologia ágil, "aplicar
o Kanban significa visualizar seu trabalho, limitar as atividades em
andamento e maximizar a eficiência do fluxo atual. Equipes que usam o
método kanban focam em reduzir o tempo para executar um projeto ou
criar uma funcionalidade.
O método kanban nasceu em uma fábrica da Toyota e se popularizou por
times ágeis de desenvolvimento de software graças a sua flexibilidade,
velocidade e eficiência.
As premissas do método kanban são aplicáveis a praticamente qualquer
indústria, o que justifica a metodologia ganhar popularidade entre todos
os tipos de times como marketing, vendas, recrutamento e até mesmo
operações.
136
Conforme é possível perceber na imagem, há distinções entre esses
dois, enquanto o Kanban teve origem no lean manufactoring o Scrum deriva do
desenvolvimento de softwares e a principal diferença entre os dois é que o Kanban
trabalha com fluxos contínuos enquanto o Scrum trabalha por sprints.
137
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
138
AUTOATIVIDADE
1 Assim como a maioria das startups, o Spotify começou pequeno, com poucas
pessoas na equipe, mas com o aporte de investimentos e a popularização do
serviço, em poucos anos o quadro de colaboradores cresceu muito. Inicialmente,
as equipes utilizavam o Scrum como metodologia de gestão entre seus pequenos
times multidisciplinares e com o passar dos anos, verificou-se que algumas práticas
adotadas por essa metodologia não faziam mais sentido, concluindo que: "os
princípios do Ágil são mais importantes do que um método específico." Como solução
para isso, as equipes passaram a adotar adaptações dentro da organização, até que
em 2014, a empresa definiu seu próprio método. Diante desse contexto, classifique V
para as sentenças verdadeiras e F para as falsas:
FONTE: <https://blog.buildlab.com.br/article/squads-e-o-modelo-
spotify/>. Acesso em: 27 set. 2021.
2 As metodologias ágeis são adotadas por empresas como: Uber, Linkedin, GoPro,
Nextel, OLX, Quinto Andar, Nubank, Walmart e muitas outras que buscam desenvolver
uma nova cultura com foco no cliente. Sobre os métodos ágeis de gestão, associe os
itens utilizando o código a seguir:
I- SCRUM
II- SMART
III- KANBAN
IV- SQUADS
139
( ) São estruturas organizacionais que separam os colaboradores em grupos de
trabalho por habilidades (skills) necessárias para resolver determinado problema.
( ) É uma abordagem enxuta de gerenciamento de projetos utilizado no desenvolvi-
mento de software também utilizado no desenvolvimento de produtos.
( ) É o acrônimo das palavras: Específico, Mensurável, Atingível, Realista e Tangível.
( ) É um método de sinalização que autoriza e dá instruções para a produção ou
retirada de itens, trata-se de um método visual para gerenciar e conduzir o trabalho.
a) ( ) Envolvimento do cliente.
b) ( ) Única entrega.
c) ( ) Lead times lentos e baixa capilaridade.
d) ( ) Rigidez quanto as mudanças.
e) ( ) Manutenção e complexidade.
140
5 A metodologia OKR (Objectives and Key Results) é amplamente utilizada por grandes
corporações da área de tecnologia do Vale do Silício. Esse método teve suas origens
na Intel e posteriormente foi levado para o Google, tendo alcançado grande sucesso
por conseguir criar uma cultura de alta performance. A partir da leitura do texto
responda o que se pede:
De acordo com o especialista esse método ganhou ainda mais valor durante
a pandemia do novo coronavírus. De acordo com Pedro Diz, ao citar Doerr, que o
OKR atua como um protocolo motivacional de metas para a execução em um curto
período de tempo. Essa é uma ferramenta de gestão que traduz metas de longo
prazo para metas de curto prazo, além de um processo de engajamento. “O OKR
é uma ferramenta de gestão que completa as metodologias ágeis, como Scrum e
Kanban na execução", destaca ao portal Whow!
No entanto, o especialista alerta para quem fará o uso de OKRs pela primeira
vez: faça um teste.
“Se você não tem o ambiente posto, você não terá a inovação. E empresas
estabelecidas, com uma mentalidade estabelecida dos gestores formados há muito
tempo e que pouco inovaram e não estão abertos, eles não vão fazer um piloto"
conta o especialista rodou um projeto piloto com 350 pessoas na Nextel em 2017 e
depois um roll out com mais de 1.200 treinados colaboradores.
141
a) Disserte o que são métodos ágeis de gestão.
b) Disserte como metodologias ágeis como OKR contribuem para o desempenho das
empresas.
142
UNIDADE 3 TÓPICO 2 -
UNIVERSO STARTUP
1 INTRODUÇÃO
Atualmente é impossível falar de empreendedorismo sem falar de startups, o
termo em inglês é formado pela junção “start” que significa “iniciar”, e “up”, que significa
“para cima”. Numa tradução livre startup significa “empresa emergente”.
2 STARTUP
Quando ouvimos o termo sistema de inovação, pensamos em algo moderno,
atual, porém como vimos nas unidades um e dois deste livro, essa história começa
já em 1899 com os estudos de Alfred Marshall um dos primeiros autores a introduzir
a ideia de conglomerados demonstrando as vantagens que as firmas obtinham da
localização aglomerada de firmas de uma mesma indústria. Também, Eric Dahmén em
1970, observou o desenvolvimento em blocos de conjuntos de firmas, como solução
para o desenvolvimento (KON, 2016).
Mais adiante afirmam Marshall (1899); Dahmén (1950); Freeman (1991); LudvaL
(1988); Porter (1990) apud Kon (2016, p.16):
143
Após esses estudos, outras pesquisas se desenvolveram reunindo conceitos
sobre o tema, que extraiu o termo “ecossistema” da natureza e da biologia associando
um nicho e uma responsabilidade a cada integrante do aglomerado, assim Kon (2016,
p. 17) aponta que um ecossistema de inovação “inclui a integração, em uma dada
área geográfica, econômica, industrial ou empresarial entre os agentes, fatores,
entidades e atividades tangíveis e intangíveis, que interagem entre si e com o ambiente
socioeconômico em que se localizam e se aglomeram espacialmente”.
DICAS
Você pode aprender mais sobre ecossistema de inovação assistindo ao
vídeo a seguir https://www.youtube.com/watch?v=P-Fsv2gBeFM.
DICAS
Estar localizado em um habitat de inovação possibilita diversas vantagens
para as empresas, no Brasil podemos citar como exemplos desses
ambientes altamente inovadores: o Vale do pinhão – PR, o Instituto
Caldeira – RS e o Porto Digital – PE.
Caro acadêmico, saiba mais sobre esse tema tão interessante, acesse em:
https://bit.ly/3vGKUnz.
144
A definição que se destaca é que Startups são modelos de negócio de valor,
repetível e escalável, projetadas para criar um novo produto ou serviço sob condições
de extrema incerteza. Como exemplo de negócio repetitivo e escalável podemos citar
a empresa Netflix, que com os direitos autorais de um único filme faz sua distribuição a
milhões de usuários de uma só vez.
FIGURA 13 – STARTUP
145
Na área de tecnologia são diversas as possibilidades de atuação das
startups, sendo boa parte das nomenclaturas com sufixo tech, a exemplo das
fintechs, lawtechs, construtechs, Imobtech, energytech, veja a seguir os conceitos
relacionados a cada área de atuação:
• Fintechs: são startups de tecnologias que possuem como objetivo facilitar o acesso
de pessoas desbancarizadas aos serviços financeiros. Exemplo: Nubank, Neon, Bidu,
PickPay etc.
• Lawtechs ou legaltech: são startups de tecnologias que desenvolvem produtos e
serviços voltados para o mercado jurídico.
• Construtechs: startup de tecnologias que desenvolve soluções no mercado de
construção.
• Greentech: startup de tecnologias que desenvolve produtos e serviços que ajudam a
preservar o planeta.
• Energytech: startups de tecnologias que desenvolvem soluções na área de energia.
• Healthtech: startups de tecnologias que trazem soluções na área da saúde.
DICAS
Você provavelmente já ouviu o termo Startup Unicórnio, trata-se de
startups que alcançaram o valuation de US$ 1 bilhão, a exemplo do
Nubank, Pag Seguro, Creditas, C6bank etc. Mas, você já ouviu falar em
Startup camelo ou Startup Zebra? Clique no link a seguir e saiba mais
sobre isso: https://www.gazetadopovo.com.br/gazz-conecta/entenda-os-
apelidos-das-startups/.
Quanto aos principais tipos de startup acompanhe a leitura a seguir:
Scalable startups
146
Large company startups
Essas são as empresas que, apesar de serem grandes, robustas e até com
bastante tempo de mercado, procuram de alguma forma inovar em seu modelo
de negócio, adaptando-se aos novos contextos de um mercado em constante
transformação. Caso contrário, empresas grandes, por mais sólidas e tradicionais
que sejam, acabam passando por um período de envelhecimento e consequente
perda de eficiência e produtividade. Para evitar o fechamento desse ciclo, o segredo
é apostar na reinvenção.
Buyable startups
Lifestyle startups
Em geral, essas empresas são movidas por um sonho, uma grande ideia
que faz a busca por seu sucesso um estilo de vida para os envolvidos no projeto.
Basicamente, todos os profissionais que contribuem para o dia a dia das lifestyle
startups estão ali porque realmente amam o que fazem e não visam somente ao
dinheiro. Ao contrário, a realização da ideia original do negócio é o que os move,
mantendo-os sempre motivados para trabalhar. Quer saber mais sobre como gerir
os profissionais em uma pequena empresa?
Social startups
147
importa se elas são organizações sem fins lucrativos ou se visam ao lucro a partir de
uma perspectiva social. O realmente importante é que elas levem uma contribuição
social positiva para o mundo.
DICAS
Ufa! Quanta informação, quem já atua nesse universo já possui
familiaridade com esses termos que na maioria das vezes está em
inglês, mas se você ainda não conhece a fundo esse universo, assista o
documentário “Competindo no planeta das startups bilionárias” clicando
no link a seguir: https://www.youtube.com/watch?v=6d_3dbYUn3Q.
O Lean Startup foi desenvolvido por Eric Ries em 2011, e diz respeito a um
conjunto de práticas para auxiliar diversos empreendedores a terem maiores chances
de sucesso durante o desenvolvimento de suas empresas.
148
A startup enxuta tira seu nome da produção enxuta, a revolução que
Taiichi Ohno e Shigeo Shingo promoveram na Toyota. O pensamento
enxuto está alterando radicalmente a maneira pela qual as cadeias
de suprimento e os sistemas de produção são conduzidos. Entre seus
princípios estão o aproveitamento do conhecimento e da criatividade
de cada funcionário, a redução dos tamanhos dos lotes, a produção
do tipo just in time, o controle do estoque e a aceleração do tempo
de ciclo. Ensinou ao mundo a diferença entre atividades com valor
das outras, e mostrou como desenvolver qualidade nos produtos de
dentro para fora. A startup enxuta adapta essas ideias ao contexto
do empreendedorismo, propondo que os empreendedores julguem
seu progresso de maneira distinta do modo pelo qual outros tipos de
iniciativas empresariais julgam (RIES, 2012, p. 20).
149
Explicando as etapas do ciclo apresentado na imagem:
150
O MVP é uma ótima solução para vencer esse grande desafio, pois surgiu
justamente da ideia de não desperdiçar muitos recursos em uma entrega que não seja
assertiva, desse modo, a empresa desenvolve uma versão do produto que é completo o
suficiente para demonstrar o valor que ele, por si só, tem ao usuário.
O MVP leva menos tempo para se desenvolver, pois ele abrange, apenas o
esqueleto do produto, entregando a funcionalidade, segundo Ries (2012) a maior
dificuldade é determinar se os esforços de desenvolvimento de um produto levarão a
um progresso real. Observe a imagem a seguir:
FIGURA 15 – MVP
151
Neste aspecto o feedback do cliente atrelado a estatísticas e métricas de uso
colhidas, irá determinar se as hipóteses definidas realmente correspondem com a
realidade ou não. É a fase em que as hipóteses são postas à prova através do MVP
(RIES, 2012).
DICAS
Caro acadêmico, o MVP é comumente utilizado em Startups, pois mensura o quão atrativo o
produto pode ser ao mercado, isso é fantástico! Saiba mais sobre esse tema tão pertinente
assistindo o vídeo a seguir. Acesse em: https://www.youtube.com/watch?v=et95f_cwNnw.
Dica de Leitura: RIES, Eric. A startup enxuta: como os empreendedores atuais utilizam a
inovação contínua para criar empresas extremamente bem-sucedidas. São Paulo: Lua de
Papel. 2012. Acesse em: https://bit.ly/3bUNnVr.
Para finalizar este tema conheça por meio da leitura a seguir alguns dos termos
comumente utilizados no universo das startups:
152
• Aceleradora – organização de capital privado que apoia startups com grande
potencial de crescimento. Em alguns casos, oferece apoio financeiro, em outros,
dá suporte e estrutura para o desenvolvimento do negócio, com mentores e
outros profissionais.
• Bootstrapping – esse termo é utilizado para demonstrar que a startup utiliza
recursos próprios ou de seus clientes (e não de investidores).
• Business Model Canvas – recurso utilizado por empreendedores para
demonstrar em um quadro todos os itens estratégicos do negócio. Lá estão
demonstrados os riscos, oportunidades, custos etc.
• Contrato de Vesting – investimento que garante para quem coloca recursos, a
participação nos lucros da empresa e também em suas ações.
• Crowdfunding – financiamento coletivo, realizado via de regra pela internet e
por pessoas físicas. O investidor apresenta seu projeto e estabelece um valor e
data para alcançar a meta.
• Fundo de investimento – os fundos representam várias pessoas interessadas
em investir em novos empreendimentos. Os valores investidos pelos fundos
costumam ser de milhões de US$.
• Incubadora – as incubadoras são geralmente ligadas às universidades ou órgãos
governamentais que apoiam as empresas iniciantes.
• Investidor Anjo – o investidor anjo é uma pessoa física que aporta capital em
empresas iniciantes em troca de participação no controle da empresa.
• MVP – (Minimum Viable Product) – versão protótipo que serve para testar se o
modelo de negócio de uma empresa é viável no mercado.
• Pitch – discurso que a empresa (ou o empreendedor) faz para os investidores,
para conseguir investimentos.
• Pivotar – pivotar significa mudar a estratégia e o rumo de uma empresa.
• Rodada de investimento – é o momento que o empreendedor consegue apoio
financeiro para desenvolver ou expandir seu negócio.
• Scale up – termo utilizado para empresas que crescem ao menos 20% ao ano,
durante três anos consecutivos.
• Unicórnio – companhias que se desenvolvem com muita velocidade e alcançam
avaliações de US$ 1 bilhão.
• Valluation – processo de estimar o valor de uma empresa no mercado.
• Venture Capital (VC) – esse é o termo utilizado para descrever o capital
de investidores de risco. Os ventures capitals costumam apoiar startups já
reconhecidas no mercado, e que pretendem expandir suas operações.
153
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• O MVP é uma solução para não desperdiçar muitos recursos em uma entrega que
não seja assertiva, desse modo, a empresa desenvolve uma versão do produto que é
completo o suficiente para demonstrar o valor que ele, por si só, tem ao usuário.
154
AUTOATIVIDADE
1 No ambiente corporativo podemos dizer que as corporações são grandes embarcações
enquanto as startups podem ser comparadas a pequenas embarcações. Sobre as
Startups, assinale a alternativa CORRETA:
2 O conceito do MVP é muito útil para o começo de uma empresa, para testar um MVP é
necessário prototipar, ou seja, dar vida às ideias e colocá-las em prática. O protótipo é
a versão do produto que pode ser usada para validar suas características e continuar
o processo de evolução. Sobre o MVP, classifique V para as sentenças verdadeiras e
F para as falsas:
155
FONTE:<https://bit.ly/3Gm5YVq>. Acesso em: 27 set. 2021.
Como a Loft utiliza dados para trazer mais precisão ao mercado imobiliário
Tainá Freitas
156
Além dos acessos no site e aplicativo, a construtech também conta com
base de dados do poder público, imobiliárias, incorporadoras, entre outras. A Loft
passou a disponibilizá-los em duas diferentes plataformas: um aplicativo para
vendedores e outro para os compradores. As plataformas são gratuitas. “Percebemos
que os corretores, compradores e vendedores não conseguiam acesso a uma base
confiável para a decisão na precificação dos imóveis”, explicou Vianna.
Tendo em vista a leitura do texto, explique como ocorre o ciclo de feedback da Soft:
157
158
UNIDADE 3 TÓPICO 3 -
ECONOMIA DO EMPREENDEDORISMO
1 INTRODUÇÃO
159
Conforme aponta Thurik (2009), Schumpeter (1934) atribuiu ao empreendedor
um papel central na produção do desenvolvimento econômico, ao desafiar e desequilibrar
a ordem econômica existente, viabilizando a introdução de inovações nas empresas, o
que foi chamado de “destruição criativa”. Também Schumpeter (1942) enfatizou o papel
da gestão – Economia da Gestão – na qual eram as grandes empresas que dominavam
os processos de inovação, em função da respectiva capacidade de investir em P&D, o
que ficou ainda mais evidente após a década de 1970, com a redução da importância da
economia de escala e um reposicionamento do papel das MPE na forma como novos
processos de inovação se desenvolvem.
160
INTERESSANTE
Segundo Jorge Paulo Lemann, um dos empresários mais ricos e bem-
sucedidos do país, “Os empreendedores vão salvar o Brasil!”
161
2.1 ECONOMIA COLABORATIVA
Você já ouviu falar em economia compartilhada? Participa de alguma rede de
compartilhamento? Pensando no conceito talvez você tenha respondido que não, mas,
sem dúvidas você já solicitou uma corrida pelo aplicativo UBER ou conhece algum
aplicativo de carona compartilhada como BlaBlaCar, talvez você já tenha alugado
um espaço por meio do Airbnb. Pois bem, esses são ótimos exemplos de economia
compartilhada.
162
FIGURA 16 – ECONOMIA COMPARTILHADA
Hospedagem e turismo
Em 2008, o trio formado por Nathan Blecharczyk, Brian Chesky e Joe Gebbia
não imaginava que da falta de grana para pagar o aluguel nasceria um negócio
bilionário. Sem muitas alternativas em meio à crise, eles resolveram arriscar:
aproveitaram um evento em São Francisco para alugar vagas no apartamento em
que moravam.
163
A alta procura fez o sinal de alerta acender. Em apenas uma noite, eles
já tinham desenvolvida a primeira versão do Airbnb, o maior site de hospedagem
compartilhada do mundo. O significado do acrônimo, Air, Bed and Breakfast, faz
referência às viagens aéreas seguidas do merecido descanso. Em 2018, a empresa
chegou ao valor de mercado de US$ 30 bilhões e olha que eles ainda nem têm ações
negociadas na bolsa de valores!
Transportes e carona
Hospedagem de pets
O negócio deu tão certo que, em 2016, a empresa comprou sua principal
concorrente até então, a Pet Hub. Desde então, a rede de locais cadastrados passou
de pouco mais de 300 para mais de 5 mil pontos de hospedagem.
Alimentação
164
Financiamento on-line
165
Nessa nova era o conhecimento passa a ser revisto não apenas como mais um
fator de produção, mas como fator essencial do processo de produção e geração de
riqueza. Peter Drucker, enfatiza em seu livro "Post-Capitalist Society" (1993), que "o fator
decisivo de produção é o conhecimento "
Aprenda mais sobre essa nova economia por meio da leitura a seguir.
166
LEITURA
COMPLEMENTAR
OS SINAIS DA NOVA ECONOMIA FORAM MULTIPLICADO
A PANDEMIA DO COVID-19 ACELEROU OS SINAIS DA NOVA ECONOMIA
Francine Lemos
Dario Neto
Os sinais da nova economia têm sido muitos e cada vez mais frequentes. A
nova declaração de propósito das empresas americanas, assinada no ano passado
por mais de 180 CEOs do Business Round Table; a virada editorial do Financial Times
voltada para um novo capitalismo; as frequentes cartas de Larry Fink do BlackRock ―
a maior gestora de ativos financeiros do planeta ― falando sobre propósito; o olhar
multistakeholder e critérios ambientais, sociais e de governança (ASG) influenciando
profundamente a grande agenda global de investimentos; a nova versão do manifesto
do Fórum Econômico Mundial este ano em Davos direcionado para um capitalismo de
stakeholders; e tantos outros.
A pandemia da covid-19 não trouxe algo novo nesse sentido. Ela é uma grande
aceleradora e multiplicadora desses sinais. A nova economia chegou e veio para ficar. É
uma tendência acelerada, infelizmente, pela dor. Não temos mais tempo e ampliamos a
consciência global sobre isso da pior maneira.
167
consumidores é importante, mas a atuação proativa de empresas conscientes sobre
seu papel é igualmente necessária e cada vez mais urgente. Como bem disse Larry
Fink nas últimas semanas, a compaixão precisa acompanhar o pragmatismo, mas essa
compaixão ― traduzida nos mais de cinco bilhões de reais de filantropia nos tempos
de pandemia ― precisa ganhar contornos estruturais daqui em diante, e não apenas
circunstanciais dado o momento em que vivemos.
168
da UE para o desenvolvimento de hidrogênio verde, que pode reduzir as emissões em
algumas das indústrias mais poluentes, como a siderurgia e o cimento, entre outras
ações. Todas elas preveem o envolvimento do setor privado no financiamento dos
projetos ou se baseia em iniciativas existentes para acelerar a transição sustentável.
Seja pela pressão por parte de acionistas, dos consumidores ou por este novo
contexto global emergente, precisamos apostar em um novo jeito de investir capaz de
acelerar as transformações que queremos ver no mundo. Como a pandemia está nos
ensinando, a nova equação de sucesso nos investimentos precisa considerar risco,
retorno, liquidez e adicionar sempre o impacto que se gera. Que o curto prazismo e o
foco exclusivo no acionista deem lugar a investimentos que considerem o ótimo coletivo
e não apenas o individual.
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RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
170
AUTOATIVIDADE
1 A economia compartilhada representa uma mudança de mentalidade, uma nova
forma de repensar o consumo e o meio ambiente. Com relação a um exemplo de
economia compartilhada, assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) Udemy.
b) ( ) Ifood.
c) ( ) AirBNB.
d) ( ) Mercado livre.
2 (ENADE, 2018) A inovação disruptiva pode ocorrer em qualquer setor e pode surgir
no contexto da economia compartilhada/economia do compartilhamento/consumo
colaborativo. Esse tipo de relação econômica é baseado em produtos e serviços
que estão sem uso ou subutilizados e que são trocados par a par normalmente por
meio de plataformas digitalizadas. Novas empresas têm surgido com base nessa
economia. (HAMARI, J.; SJÖKLINT, M.; UKKONEN, A. The Sharing Economy: Why
People Participate in Collaborative Consumption. Journal of the American Society for
Information Science and Technology. v. 67, n. 9, p. 2047–2059, 2016 (adaptado)).
171
a) ( ) I, apenas.
b) ( ) III, apenas.
c) ( ) I e II, apenas.
d) ( ) II e III, apenas.
e) ( ) I, II e III.
3 (ENADE, 2015) O Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, alertou que, até 2030,
quase metade da população global terá problema de abastecimento de água. Isso
vai acontecer porque, daqui a 17 anos, a demanda por água vai superar a oferta em
mais de 40%. Com as mudanças climáticas e as necessidades das populações, que
crescem e prosperam, os governos terão de trabalhar juntos para proteger esse
recurso natural. Assim, apela-se por mais cooperação entre os países, pois, além de ser
um recurso natural comum, a água é a chave para um desenvolvimento sustentável.
Todos devem usá-la de forma mais inteligente e sem desperdício (FONTE: <http://
noticias.uol.com.br>. Acesso em: 27 jul. 2015).
172
4 Uma pesquisa realizada pela Goldman Sachs com jovens da geração Y (nascidos
entre 1981 e 2000) em 2013 mostrou que apenas 15% dos entrevistados achavam
extremamente importante ter um carro e cerca de 40% consideravam importante
ter uma casa, o que está saindo do radar dos jovens adultos, já que eles adiam cada
vez mais o casamento e a saída de casa (30% ainda moravam com os pais, com
tendência de aumento nesse número). Tendo em vista os resultados da pesquisa,
disserte sobre os impactos causados por essas mudanças e sua relação com
economia compartilhada.
173
REFERÊNCIAS
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do seu uso Combinado nas fases Iniciais do Processo de Inovação. 2017, 74f. TCC
(Graduação em Engenharia de Produção) – Universidade Federal do Espírito Santo,
Vitória, 2017.
BOEG, J. Kanban em 10 passos. Revista InfoQ Brasil, [s.l.], p. 1-43, 2018, Disponível em:
https://bit.ly/3GvKO7t. Acesso em: 7 out. 2021.
BOEHM, B., A View of 20th and 21st Century Software Engineering. In: INTERNATIONAL
CONFERENCE ON SOFTWARE ENGINEERING (ICSE 2006), 28th, Shanghai, China, may
20-28, 2006. Anais [...] Shanghai, China: ICSE, 2006.
174
MELLO, H. F. Como s spotify organiza seus times de produtos. Blog qulture.rocks. São
Paulo, 18 mar. 2018. Disponível em: https://www.qulture.rocks/blog/como-a-spotify-
organiza-seus-times-de-produto/. Acesso em: 27 set. 2021.
RIES, Eric. The lean startup: how today’s entrepreneurs use continuous innovation to
create radically successful of businesses. New York: Crown Business, 2011.
SCHWABER, K.; BEEDLE, M. Agile software development with Scrum. New Jersey:
Prentice Hall, 2002.
175
SBROCCO, J. H. T. C.; MACEDO, P. C. de. Metodologias ágeis: engenharia de software
sob medida. São Paulo: Érica, 2012, v. 6.
WELTE, J. dos S.; LAURIA, R. L.; FERRO, N. J., SANTOS, M. dos. Gerenciamento da Incerteza
Aplicado a uma Startup. In: SEMANA DA PESQUISA, EXTENSÃO, PÓS-GRADUAÇÃO E
INOVAÇÃO DA UNISUAM. 16., Rio de Janeiro. Anais [...] Rio de Janeiro: EMEPRO, 2018.
176