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Introdução ao Laboratório de Física Experimental


Forças Impulsivas

Nome: Gabriela Lopes Cançado Matrícula: 2019431135

Data: 09/10/2020

Introdução
A Segunda Lei de Newton afirma que a força resultante é a soma de todas as

forças que atuam sobre um corpo, escrita na forma . Assim, considerando


que o momento linear de um corpo muda de p i para p f nos instantes t i e t f ,
respectivamente, a variação Δp do momento linear é dado por:

O lado esquerdo da equação 1 nos fornece a variação do momento. Já o lado


direito, que é a medida tanto da intensidade quanto da duração da força que atua
sobre um corpo é chamado de Impulso, definido por:

Dessa forma, a variação do momento de um objeto é igual ao impulso exercido


sobre o objeto, causada pela força. Tal resultado é conhecido como teorema do
Impulso.

Objetivo: Medir e fazer uma análise da força de tração sobre um fio ao ser esticado
bruscamente.
Materiais
- Computador;
- Interface;
- Sensor de força;
- Suporte;
- Fio de nylon; (0, 3) m
- Fio de algodão; (0, 3) m
- Objeto de massa conhecida, (47, 65 ± 0, 01) · 10 −3 kg , preso ao fio;
- Régua.

Procedimentos

Utiliza-se o material como mostra a figura 1. Uma das extremidades de um fio está
presa em um sensor de força e um objeto está preso na outra extremidade. Assim, o
sensor de força é um dispositivo que converte a força nele exercida em um sinal
elétrico. Dessa forma, esse sensor é conectado em um computador por meio de
uma interface que monitora a obtenção dos dados transmitidos por esse programa e
registra-os em um gráfico.
Dessa maneira, ao soltar-se um objeto de uma certa altura, este tem sua queda
interrompida bruscamente quando estica-se o fio.

Figura 1: Solta-se uma esfera de uma determinada altura, a esfera é freada


bruscamente quando o fio é esticado. A força que atua sobre o fio é medida e
registrada em função do tempo em um gráfico no computador.
A priori foi feito os procedimentos para o fio de algodão, da seguinte maneira:
Primeiramente verifica-se se o sensor está zerado na ausência de forças. Logo após
o objeto de massa (47, 65 ± 0, 01) · 10 −3 kg é preso a extremidade do fio de algodão
e a outra extremidade é presa ao sensor. Assim, com o sistema em equilíbrio
observa-se que a tensão no fio é igual ao peso do objeto. Eleva-se esse objeto a
uma altura de h = (20, 0 ± 0, 1) · 10 −2 m em relação a posição de equilíbrio.
Repetiu-se os mesmos procedimentos anteriores para o fio de nylon.

Resultados
Registrou-se na Tabela 1 abaixo a Força resultante (N) e o tempo em (ms) do fio de
algodão e do de nylon:
Tabela 1: Força Resultante (N) e o tempo (ms) do Fio de algodão e nylon
Dessa maneira, ao iniciar a aquisição de dados note-se que a tensão no fio é nula,
soltando-se o objeto obtém-se em tempo real o gráfico da tensão no fio em função
do tempo do fio de algodão (Figura 2) e do fio de nylon (Figura 3).
Figura 2: Gráfico da Força (N) em função do tempo (s) do fio de algodão.
Figura apresenta legenda e não título, logo,
coloque abaixo.

Figura 3: Gráfico da Força (N) em função do tempo (s) do fio de nylon.


Figura apresenta legenda e não título, logo,
coloque abaixo.
Dessa forma, fazendo uma análise gráfica, percebe-se que o gráfico do fio de
algodão (Figura 2) e do fio de nylon são diferentes. O gráfico do fio de algodão
possui uma simetria com relação ao eixo y, já o de nylon é um pouco mais
assimétrico. Isso se deve ao fato do fio de nylon ser um polímero.

A área obtida, ou seja, o valor do impulso, da Figura 2 foi de -0,140442 (N s) e da


Figura 3 foi de -0,143887 (N s) .
Abaixo foi feito o diagrama de forças que atuam no objeto enquanto o fio é esticado
e indicou-se qual força o sensor mede. Assim, temos:
Figura 4: Diagrama de forças que atuam no objeto

A forma correta é |Fr| = |T + P|.


Desculpe

A física é independente do sistema de coordenadas.


-T é o valor do módulo.

Assim, temos que a força resultante (F R ) é igual a tensão (− T ) mais o peso (P ) .


Com o sentido positivo para baixo.
Dessa forma, a partir instante em que ele é solto até imediatamente antes de ser
puxado pelo fio, ou seja, em queda livre, a energia mecânica do objeto é
conservada. Assim, temos que:
Dados: h = (20, 0 ± 0, 1) · 10 −2 m ; g = (9, 78 ± 0, 05) m/s²
E pg =E c

mgh = 12 mv²
v = √2gh ⇒ v i = √2gh (3)

Substituindo o valor da altura (h) e da gravidade (g) na equação 3 para calcular a


velocidade do objeto no instante em que ele começou a ser puxado pelo fio.
v i = √2gh ⇒ v i = √2 · 9, 78 · 20, 0 · 10 −2
= 1, 9 m/s

Assim, a velocidade inicial calculada é válida tanto para o Nylon quanto para o
0,2 m
algodão, pois o tamanho dos dois fios são iguais (0,3m).

Com o valor do impulso da força resultante determina-se a velocidade do objeto


no instante em que o fio deixa de exercer força sobre ele, assim, para o fio de
algodão, temos:

Já para o fio de nylon, temos:

Calcula-se a perda percentual pela relação 5 de energia nesse processo, para fio de
algodão, temos: Essa equação da aula para ser da perda deveria subtrair
de 100%, certo?
Não faz sentido o objeto com vf maior dissipar mais energia!

Representa a % que o objeto retoma o


movimento.

Multiplica-se o valor por 100% para obter um valor em porcentagem, assim: 0,27 ·
100% = 27%
Para o fio de nylon, temos:

Representa a % que o objeto retoma o


Multiplicando o valor por 100%, temos: 0,31 · 100% = 31% movimento.
menor
______
Percebe-se que a perda percentual do fio de nylon foi maior do que o de algodão, o
motivo é justamente pela composição do fio de nylon que é um polímero, então sua
perda de energia eventualmente é maior.
Através de uma análise gráfica no SciDAVis do algodão e nylon, obteve-se:

Algodão Nylon

Valor máximo da tensão -17,349 N -8,827 N

Tempo de interação 0,027 0,021


O tempo de interação entre o fio de nylon e o objeto é maior do que o tempo de interação com o algodão.

Conclusão
Portanto, com auxílio dos materiais fornecidos, após verificar se o sensor estava
zerado na ausência de forças, deu início ao experimento com o fio de algodão e
depois repetiu-se todos os procedimentos para o fio de nylon. Em seguida
registrou-se os dados na Tabela 1 e obteve-se os gráficos da Força (N) em função
do Tempo (s) tanto do fio de algodão quanto do fio de nylon. Dessa formas, através
da integração, foi obtidas as áreas do gráficos, ou seja, o valor do impulso, para o
fio de algodão de -0,140442 (N s) e do nylon foi de -0,143887 (N s) . Logo após foi
feito o diagrama de forças como mostra a Figura 4. Também foi calculado pela
equação 3 a velocidade do objeto no instante em que ele começa a ser puxado pelo
fio e pela equação 4 a velocidade do objeto no instante em que o fio deixa de
exercer força sobre ele. Além disso, calculou-se a perda percentual pela relação 5
menor
de energia nesse processo e percebeu-se que o do nylon possui _______
maior valor de
perda devido a sua capacidade elástica maior que o algodão. Já com relação a
tensão máxima obtidas pela análise gráfica, observou-se que o algodão tem maior
valor de tensão comparado ao nylon devido ao algodão possuir menores valores
para potencial elástico. Por fim, registrou-se o tempo de interação de ambos, fio de
algodão e nylon. Portanto, nos cálculos correspondentes ao fio de nylon, é
possível perceber que há mais energia dissipada que no fio de algodão.
Dessa forma, com esse experimento, foi possível entender o Impulso exercido
sobre o fio de algodão e nylon e suas eventuais diferenças.
Anexos

Questão: Suponha que você vai saltar de determinada altura, preso a uma corda
que vai sustentar seu corpo antes de chegar ao solo. As curvas I e II do gráfico
mostram como varia a força de duas cordas em função do tempo, quando elas são
tensionadas bruscamente.

Figura 5: Gráfico da Força (F) em função do Tempo (s)

Apenas com base nesse gráfico, escolha com qual dessas cordas você acharia
mais conveniente saltar. Justifique sua escolha.

Para um salto de bungee jump, a escolha melhor é a corda I, pois a curva se


assemelha mais com o gráfico do algodão (Figura 2), ou seja, possui uma maior
desaceleração comparado ao gráfico do fio de nylon (Figura 3), que se assemelha a
corda II da figura 4.

Na corda I a desaceleração é mais intensa em um curto intervalo de tempo.


Na corda II a desacelaração é mais atenuada.
Para o caso do bungee jump o mais interessante seria
+3,0 extra

Figura 6: Pêndulo de Newton

O pêndulo de Newton é composto em cinco esferas de aço idênticas penduradas


por fio de nylon de mesmo comprimento. Dessa maneira, cada esfera tem que ser
presa por dois fios para que mantenham a direção do movimento sem que ocorra
algum desvio. Para uma colisão de duas esferas, uma delas fica em repouso e a
outra posicionada a uma determinada altura, quando solta-se a esfera, colide com a
outra esfera em repouso, assim, após a colisão, a esfera que estava parada entra
em movimento e a outra que se movia cessa seu movimento. Assim, é possível
efetuar colisões com diversas combinações de esferas.
Sendo assim, chama-se de forças impulsivas as forças de curta duração, como as
que ocorrem nas colisões entre as esferas, como estas não se deformam após as
colisões, considera-se os choques como elásticos, já que há conservação de
energia e a quantidade de movimento. Portanto, quando solta-se uma esfera,
apenas uma esfera sairá do outro lado após a colisão.

Referência

HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALKER, Jearl. Fundamentos de física. 10.


ed. Rio de Janeiro, RJ: LTC, 2016 vol 1;

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