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KELLEN THAYS

UC1 – SP4 Tuberculose e drogas


OBJETIVOS TUBERCULOSE PULMONAR

1. Dissertar sobre a Tuberculose, sua etiologia, Quadro clínico e classificação de acordo com sua
fatores de risco Fisiopatologia, epidemiologia forma de apresentação :
e tratamento
Primária
2. Definir a fisiopatologia do processo de
dependência química. • Normalmente ocorre em seguida ao primeiro
3. Correlacionar a caquexia com o uso de drogas. contato do indivíduo com o bacilo – infeção
4. Conceituar abuso, dependência, abstinência e inicial
tolerância. • É mais comum em crianças
5. Explicar os processos de internação e • As manifestações clínicas podem ser
intervenção para os casos de pacientes em insidiosas, com o paciente apresentando-se
dependentes químicos. irritadiço, com febre baixa, sudorese noturna
6. Descrever as classes, tipos e efeitos das e inapetência. Nem sempre a tosse está
drogas; colaterais e adversos. (Maconha, presente.
cocaína, álcool, crack, derivados do ópio • O exame físico pode ser inexpressivo.
principalmente).
Pós- primária ou secundária
Dissertar sobre a Tuberculose, sua etiologia, fatores
de risco Fisiopatologia, epidemiologia e tratamento • Ocorre no organismo que tem sua imunidade
desenvolvida tanto pela infecção natural
DEFINIÇÃO : é uma doença infecciosa e transmissível, quanto pela BCG – reativação endógena de
causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, uma infecção endógena latente
também conhecida como bacilo de Koch. A doença • Forma crônica
afeta prioritariamente os pulmões (forma pulmonar),
• A doença progride e dissemina
embora possa acometer outros órgãos e/ou sistemas.
• Cavitação e imagem em escada no RX
AGENTE ETIOLÓGICO: • É mais comum no adolescente e no adulto
jovem. Tem como característica principal a
Complexo Mycobacterium tuberculosis- composto por tosse seca ou produtiva
7 espécies
TB miliar
• bacilo álcool- acido – resistente BAAR
• Refere-se a um aspecto radiológico pulmonar
FATORES DE RISCO específico, que pode ocorrer tanto na forma
• Idade < que 2 anos ou < 60 anos primária quanto na forma secundária da TB.
• Imunodeprimidos principalmente HIV • É uma forma grave da doença, que é mais
• Pessoas que vivem em situação de rua comum em pacientes imunocomprometidos,
• Pessoas privadas de liberdade como pessoas infectadas com HIV em fase
• Indígenas avançada de imunossupressão.

EPIDEMIOLOGIA DA TUBERCULOSE FISIOPATOLOGIA

• Até a pandemia era a 1ª causa de óbito por → A TB é transmitido por via aérea de uma
um único agente infecioso pessoa “bacilífera” com TB pulmonar ou
laríngea, que elimina bacilos no ambiente e
• A forma mais comum da doença é a forma
estes podem ficar suspensos em pequenas
pulmonar
partículas no ar.
• Ainda é considerada uma epidemia nas
→ Essa transmissão ocorre por via respiratória,
populações vulneráveis
por meio da inalação de aerossóis produzidos
• Maior prevalência em adultos do sexo
pela tosse, fala ou espirro. As partículas
masculino – 2019
menores de bacilos (núcleos de Wells) contêm
• Maior predomínio em indivíduos
um a dois bacilos que podem ficar suspensas
autodeclarados pardos.
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no ar por horas, capazes de infectar outros


indivíduos.
→ Inicialmente, o M. tuberculosis infecta o
organismo e entra nos macrófagos pela
fagocitose. A partir daí, ele inibe a maturação
do fagossomo e a formação do fagolisossoma,
permitindo sua multiplicação dentro desta
célula incontroladamente, protegida da ação
dos lisossomos. Logo, a infecção
primária ocorre ao primeiro contato com o
bacilo de Koch, havendo uma reação do
sistema imunológico do indivíduo,
particularmente por meio da fagocitose, como
forma de controlar a infecção. DIAGNÓSTICO
→ No entanto, a bactéria é extremamente
resistente ao fagossomo e inibe sua Diagnóstico clínico:
maturação, impedindo sua destruição e • Febre ao entardecer
ficando em sua forma latente. Assim, durante • Adinamia
essa infecção primária, ocorre grande
• Anorexia
disseminação do bacilo pelo corpo de forma
• Emagrecimento
oculta.
• Sudorese noturna
→ A infecção pelo M. tuberculosis cursa em
• Tosse persistente > que 2 semanas – fazer
etapas, desde a infecção inicial, com ataque
investigação populacional e > que 3 semanas
aos macrófagos, à ativação de células Th1.
a equipe de saúde deve fazer busca ativa
Essas células T tanto controlam a infecção ao
hospedeiro, como também são causa do dano - Inicialmente pode apresentar seca,
causado pela doença, gerando granuloma e posteriormente com expectoração,
cavitação. hemoptoicos ( raias de sangue) ou hemoptise
→ Há então posterior ativação dos receptores da
• Dor torácica
imunidade inata, iniciando e aumentando este
tipo de resposta ao bacilo. Uma resposta Th1 • Dispneia
é montada após 3 semanas, e essa resposta DIAGNÓSTICO BACTERIOLÓGICO
Th1 irá produzir o IFN-gama. Este, por sua vez,
através de um conjunto de processos, Exames possíveis :
estimula a destruição do macrófago infectado, • pesquisa do bacilo álcool-ácido resistente
destruindo organelas danificadas e patógenos através do escarro – bacilocospia
intracelulares, como o M. tuberculosis.
→ Porém, essa mesma resposta Th1 que Indicação:
estimula os macrófagos e destrói
o No sintomático respiratório, durante
micobactérias, gera a formação de granuloma
estratégia de busca ativa;
e necrose caseosa. Estes macrófagos,
o Em caso de suspeita clínica e/ou
incentivados pelo IFN-gama, se diferenciam
radiológica de tb pulmonar,
em “histiócitos epitelioides”, que se agregam
independentemente do tempo de
a formam granulomas.
tosse;
o Para acompanhamento e controle de
cura em casos pulmonares com
confirmação laboratorial.
o cultura para micobactéria com
identificação de espécie
o teste de sensibilidade antimicrobiana
o teste rápido para tuberculose (TRM-
TB)
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• prova tuberculínica – utilizada como


triagem,mas não fecha o diagnóstico da
doença, apenas revela que o paciente já
entrou em contato com o bacilo ou a cepa
vacinal

Indicação

o Identificar casos ILTB em adultos e


crianças; e -auxiliar no diagnóstico de
TB ativa em crianças.
o A PT inoculação intradérmica de um
derivado protéico purificado do M.
tuberculosis para medir a resposta
imune celular a esses antígenos.
• RX de tórax – método de imagem de escolha
para a avaliação inicial - deve ser solicitada
para todo paciente com suspeita clínica de TB
pulmonar

• TC
TRATAMENTO

TDO- tto diretamente observado

Esquema básico :

Indicação:

Casos novos adultos e adolescentes (> 10 anos), de


todas as formas de tuberculose pulmonar e
extrapulmonar (exceto a forma meningoencefálica),
infectados ou não por HIV

Duração : 6 meses

(Rifampicina + Isoniazida + Pirazinamida + Etambutol)


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Definir a fisiopatologia do processo de dependência


química.

Dependência química : doença crônica e recidivante


de origem multifatorial e complexa.

→ Envolve fatores de dependência psicológica,


física das substâncias
→ Suas causas podem ser: ambientais, do
indivíduos ou genéticas
→ O principal sistema afetado pelo uso de
drogas é o sistema dopaminérgico
mesolímbico que faz parte do sistema de
cerebral de recompensa .
→ O principal neurotransmissor que atua nesse
processo é a dopamina .
→ Opióides, álcool, nicotina, canabinóides e
psicoestimulantes atuam neste sistema para
aumentar os níveis sinápticos de
dopamina. Todas essas substâncias possuem
receptores específicos no cérebro e o
aumento dos níveis de dopamina no sistema
Tratamento da infecção latente (ILTB)ou
mesolímbico é o efeito final que elas
quimioprofilaxia secundária – (P/ pessoas que foram
produzem.
expostas a TB)

• Quimioprofilaxia secundária→ é a → O SRC funciona a partir do nível de


administração de isoniazida a uma pessoa sensibilidade para todas as drogas de
infectada pelo bacilo de Koch com a finalidade abuso, cujo limiar pode ser modulado
de evitar que ela adoeça. através da plasticidade sináptica, ou
• Deve ser feito a PT antes seja, conforme ocorrem os episódios de
• Tempo de tto: mínimo 6 meses intoxicação e uso compulsivo, a
• OBS RN: sensibilidade aos efeitos tendem a diminuir,
provocando progressão na intensidade do uso
contribuindo para dependência química
→ Estimulantes, especificamente cocaína e
anfetaminas, exercem seu efeito impedindo a
reciclagem de dopamina, norepinefrina e
serotonina. Isso resulta em concentrações
aumentadas desses neurotransmissores
dentro da fenda sináptica. O influxo desses
neurotransmissores dá ao usuário um efeito
eufórico.

PREVENÇÃO

• Vacinação – BCG

• Evitar o contato com pessoas sintomáticas As drogas podem regular para cima ou para baixo
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seus receptores e seus mecanismos efetores . CLASSES:


Essas mudanças são efetuadas através de
Depressoras do Sistema Nervoso Central: causam
mecanismos genéticos e estão implicadas no
diminuição da atividade do SNC, o que pode afetar a
desenvolvimento de tolerância e abstinência.
atividade global do cérebro ou incidir sobre certos
Conceituar abuso, dependência, abstinência e sistemas específicos.
tolerância.
Há uma tendência à diminuição da atividade
Dependência →é definida como um padrão mal- motora, da ansiedade e da reação à dor. É comum um
adaptativo de uso de substâncias que leva a prejuízo efeito de euforia inicial seguido de sonolência. Fazem
ou sofrimento clínico significativo, evidenciado por parte deste grupo:
três (ou mais) características, que incluem tolerância,
• álcool
abstinência e abandono ou redução de importantes
atividades sociais, ocupacionais ou recreativas ... em • benzodiazepínicos
razão do uso da substância, durante um período de 12 • opioides
meses • solventes ou inalantes.

Tolerância→ refere-se à diminuição do efeito de uma Estimulantes do SNC: causam aumento da atividade
droga com o uso contínuo do SNC e têm como consequência um estado de alerta
exagerado, aceleração dos processos psíquicos e
É definida por qualquer um dos seguintes aspectos: insônia.
A. Necessidade de quantidades muito maiores Fazem parte deste grupo:
da substância para que haja intoxicação ou o efeito
desejado. • Tabaco
• Cafeína
B. Acentuada redução do efeito com o uso • Anfetaminas
contínuo da mesma quantidade de substância • Ecstasy
Abuso→ aplica-se especificamente a substâncias não- • cocaína
prescritas. Em a utilização que frequentemente • crack.
extrapola os valores médicos e culturais aceitos
Perturbadoras do SNC: provocam alterações no
quanto à quantidade, frequência de uso e via de
funcionamento do cérebro, resultando em
administração
alucinações (alteração da sensopercepção) e delírios
Abstinência → entende-se uma alteração (alteração do juízo da realidade).Por isso, estas drogas
comportamental mal-adaptativa, com elementos recebem o nome de alucinógenos.
cognitivos e fisiológicos que ocorrem quando,
As drogas que fazem parte deste grupo são:
transcorrido certo tempo após um uso pesado da
droga, a diminuição de sua concentração plasmática • Maconha
leva a sintomas desagradáveis variados, o que • LSD
compele a pessoa a voltar a usar a droga, seja para • Anticolinérgicos
aliviar os sintomas desagradáveis, seja para evitar o • A cocaína, o crack e o ecstasy também
retorno desses sintomas. fazem parte deste grupo e do grupo
das drogas estimulantes.

MACONHA

Efeitos psíquicos

• sensação de bem-estar
• acompanhada de calma e relaxamento
• menos fadiga
• hilaridade
• outros casos, podem ser descritos como
Descrever as classes, tipos e efeitos das drogas;
angústia, atordoamento, ansiedade e medo
colaterais e adversos. (Maconha, cocaína, álcool,
crack, derivados do ópio principalmente).
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de perder o autocontrole, com tremores e


sudorese.

Efeitos colaterais

• hiperemia conjuntival (olhos ficam


avermelhados);
• diminuição da produção da saliva (sensação
de secura na boca);
• taquicardia com a frequência de 140
batimentos por minuto ou mais.
• Prejuízo na memória e na atenção

COCAINA

• sensação intensa de euforia e poder;


• estado de excitação;
• hiperatividade;
• insônia;
• falta de apetite;
• perda da sensação de cansaço

Efeitos colaterais

• Irritabilidade
• agressividade
• delírios
• alucinações
• Fator de risco de infarto e Acidente Vascular
Cerebral (AVC)

ANFETAMINAS

• diminuição do sono e do apetite;


• sensação de maior energia e menor fadiga,
mesmo quando realiza esforços excessivos, o
que pode ser prejudicial;
• rapidez na fala;
• dilatação da pupila;
• taquicardia;
• elevação da pressão arterial

ÁLCOOL

CRACK Nível de álcool no sangue:

• Aceleração dos batimentos cardíacos • Baixo: desinibição do comportamento, certo


• Aumento da pressão arterial, dilatação das grau de incoordenação motora, prejuízo das
pupilas funções sensoriais.
• Suor intenso • Médio: maior incoordenação motora (ataxia,
• Tremores a fala torna-se pastosa, há dificuldade de
• Excitação marcha e aumento importante do tempo de
• Maior aptidão física e mental. resposta (reflexos mais lentos), aumento da
• Os efeitos psicológicos são: euforia, sensação sonolência, com prejuízo das capacidades de
de poder e aumento da auto-estima. raciocínio e concentração.
• Alto: podem surgir náuseas e vômitos, visão
dupla (diplopia), acentuação da ataxia e da
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sonolência (até o coma), pode ocorrer Correlacionar a caquexia com o uso de drogas.
hipotermia e morte por parada respiratória.
→ Crack e a perda de peso: ↑ poder
OPIOIDES anorexígeno
→ Pessoas dependentes dessa droga, em padrão
• contração pupilar importante;
de consumo intenso, contínuo e repetitivo,
• diminuição da motilidade do trato
conhecido como "binge", relatam que
gastrointestinal;
conseguem passar dias sem se alimentar
• efeito sedativo, que prejudica a capacidade de
usando apenas a droga.
concentração;
→ O uso de substâncias afeta o estado
• torpor e sonolência.
nutricional e a composição corporal por meio
• Os opioides deprimem o centro respiratório, da diminuição da ingestão alimentar e
de modo que a respiração se torna mais lenta absorção de nutrientes, metabolismo alterado
e superficial, até a parada respiratória, perda e uso de múltiplos medicamentos, além da
da consciência e morte. desregulação dos hormônios alterando o
Efeitos da abstinência: mecanismo de saciedade e ingestão alimentar
→ Os consumidores de cocaína têm padrões
• náuseas; alimentares irregulares e dependem
• cólicas intestinais; principalmente de 1 refeição feita à
• lacrimejamento noite. Normalmente, esta refeição é rica em
• corrimento nasal; carboidratos refinados e gordura e pobre em
• câimbra; frutas e vegetais.
• vômitos; → Pessoas viciadas em opiáceos substituem
• diarreia proteínas e gorduras por refeições ricas em
açúcar e álcool, que são pobres em nutrientes
antídoto → naloxona
essenciais e, portanto, são fontes de calorias
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→ A curto prazo, os opiáceos causam anorexia,
Efeitos observados:
diminuição do consumo de alimentos e
• Primeira fase: euforia, com diminuição da redução da motilidade gastrointestinal, tudo
inibição de comportamento. levando à desnutrição e aumento do risco de
• Segunda fase: predomínio da depressão do infecções a longo prazo.
SNC, o indivíduo torna- -se confuso, Explicar os processos de internação e intervenção
desorientado; podem também ocorrer para os casos de pacientes em dependentes
alucinações auditivas e visuais. Terceira fase: químicos.
• a depressão se aprofunda, com redução
acentuada do estado de alerta; falta de
coordenação ocular e motora (marcha
vacilante, fala pastosa, reflexos bastante
diminuídos); as alucinações tornam-se mais
evidentes.
• Quarta fase: depressão tardia; ocorre
inconsciência; pode haver convulsões, coma e
morte.

BENZODIAZEPINICOS
Intervenções familiares no tratamento da
• diminuição da ansiedade; Dependência
• indução do sono; 1) MODELOS DE TERAPÊUTICA FAMILIAR: Orientação
• relaxamento muscular; familiar
• redução do estado de alerta. Nível de intervenção: Orientar os familiares da
filosofia e abordagens do tratamento individual
Antídoto – flumazemil Objetivos: Informar a família sobre o programa
terapêutico e a inclusão do paciente e solicitar
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suporte familiar
2) MODELOS DE TERAPÊUTICA FAMILIAR: Grupos
psico-educacionais de familiares
Nível de intervenção: Orientação sobre aspectos
vivenciais (funcionamento familiar) com ênfase em
aspectos do consumo e da dependência
Objetivos: Informar familiares se aspectos de relações
pessoais e como estas são relevantes no abuso e
dependência de substâncias
3) MODELOS DE TERAPÊUTICA FAMILIAR:
Aconselhamento familiar
Nível de intervenção: Contrato de tratamento familiar
com o objetivo de resolução de problemas familiares
específicos identificados no tratamento do
dependente.
Objetivos: Auxiliar na solução de problemas
identificados pelos integrantes da família que sejam
relacionados ao consumo de drogas e/ou álcool.
4) MODELOS DE TERAPÊUTICA FAMILIAR: Terapia
familiar
Nível de intervenção:Contrato terapêutico com a
família para intervenções com o objetivo de tratar
disfunções crônicas e sistêmicas.
Objetivos: Abordar e procurar modificar áreas de
comprometimento familiar (sistema), relacionando-as
à dependência de substâncias psicoativas
5) MODELOS DE TERAPÊUTICA FAMILIAR: Al-Anon
Nível de intervenção: Grupo de auto-ajuda com
enfoque familiar
Objetivos: Não é considerado tratamento, porém
possibilita compartilhar experiências com outras
famílias
A melhor abordagem do problema, apresentando
também a melhor relação custo-benefício possível é a
prevenção ao abuso de drogas

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