ADVOCACIA MINEIR4« ARTIGO O ANIVERSARIO DE 30 ANOS DA CONSTITUIGAO E OS DESAFIOS. Espocialista om Diroito Pablico pela Faculdade Milton Cai No dia 5 de outubro de 1988 fol promulgada a Constituigéo da Repdblica Federativa do Brasil Trinta anos @ noventa 6 nove emendas depois, continuamos a aoreditar ser ela 0 prajeto de uma sociedade livre, justa e solidéria, por apresentar-s, onlologicamente, como instrumento politico-socia! capaz de concretizar os anseios populares por uma dignificagao cdada, Razito nfo @ oulra pela qual o sistema constituclonal brasileiro, alicercado pela eletiva promocaa dos diretos fundamentais, elegeu como fundamentos republicanos a cidadania, a soberania, a dignidade da pessoa humana, o pluralsmo politico © os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa. Estes valores anginaram-se de uma aprendizagem social, responsavel pela farmagao de uma identidade cultural capaz de fazer surgir, em nos, uma confianga nos resullados de um projeta politico democratico. Essa crenga em um fuluro porvir é exiremamente impartante em contextos de ressignificagao das atuagdes politico-sociais, como uma redemocratizacao, por possibilitar uma atuagdo cidadé eleliva ¢ 0 desenvolvimento de institulgoes verdadeiramente democraticas, Contudo, em um cenario de crises einstabilidades, como o vivenciado no pals alualmente, parece desenvolver-se nas pessoas um sentimenta de de descren¢a no porvir. A reestruturagdo social parece perder a sentido @ a legitimidade pela qual lutamos durante longos anos parece afastar-se em um horizonte preenchido por incertezas. DE UMA DEMOCRACIA PORVIR. Ha um descompasso entre o disposto na Constituigso @ os anseios populares. Em um cenario onde coexistem noventa e nove ‘emendas ao texto constitucional & cento e dezenove dispositivos sem nenhuma regulamentagdo, nos questionamos: quem tomou conta donosso projeto politico-sacial? Diversas propostas passam a surgir com escopade sclucionar 0 problema, indo desde a renovagdo na representagao: politica alé a substituigio desta Constitulpdo por uma nova, © que acabaria por envolver diversos riscos atualmente inexistentes. Nao sendo o descarte do texto constitucional a melhor op¢do, nos parece necessaria Diversas Propostas passam a surgir com o escopo de solucianar o problema, indo desde a renovacao na representacdo politica até a substituigso desta Gonsthulcéia por uma nova, © que acabaria por envolver diversos riscos atualmente inexistentes, uma leitura da cidadania como fendmeno histérico. E preciso nos recordarmos dos diversos alores socials emancipados nestas Ulimas décadas e da importincia de uma demacratizagdo dos espagos decisérios. Somente quando chamarmos a responsabilidade politico-social para nés, cidadaos compreenderemos que a racionalidade normativa da Constituigo nao basta por si s6. O texto pade, simbolicamente, consagrar diversas direitas fundamentais, mas continua a ser somente um texto E necessdrio, pois, um redimensionamento do termo pos: “Democracia” para englobar os instrumentos emancipaterios @ empoderadores que antes nos foramnegados, criando uma cultura politica pautada em valores como diversidade eiqualdade. Assim, a democracia desgarra-se de uma concepgao puramente representativa para assegurar aos individuos © exercicia de uma cidadania plena, de modo que nosso projeto politico seja concebido coma algo em permanente (re}construr.do. Renovadas as nossas ferramentas deemancipagao, seremos capazes de renovar nossa crenga em um porwr genuinamente democratico. E dizer: detemos o Poder, agora edifiquemos a nossa Cidadania Democratica Gradiands an Beate pel PUC Mi Pasquistder Boleists daFAPEUIG