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DA CITAÇÃO POR EDITAL

Conforme preleciona Luiz Guilherme Marioni e Sérgio Cruz Arenhart:

“A citação pode ser concebida como sendo o ato de convocação inicial do


processo, responsável pela angularização da relação processual, trazendo
para seu interior a pessoa em face de quem se busca a tutela jurisdicional”
(MARINONI, Luiz Guilherme; ARENHART, Sérgio Cruz. Curso de Processo
Civil. V.2.12ª ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2014, p. 103).

O Código de Processo Civil concebe duas formas citatórias: a pessoal e a


ficta. A principal distinção entre ambas é que, na citação pessoal, é certa a
ciência do réu acerca da existência do processo, enquanto, na segunda, tal
conhecimento é presumido pela lei.

A citação por edital constitui modalidade de citação ficta, de caráter


excepcional, que encontra seu regramento legal entre os arts. 256 e 259 do
Código de Processo Civil.

No presente caso, houve a tentativa de citação por oficial de justiça inúmeras


vezes, restando infrutífera a citação acima mencionada, ocasionando um
lapso de quase dois anos da propositura da demanda até a presente data.

O Código de Processo Civil estabelece três hipóteses de cabimento da


citação por edital em seu art. 256, sendo elas:

(a) quando desconhecido ou incerto o citando (inciso I); (b) quando ignorado,
incerto ou inacessível o lugar em que se encontra o citando (inciso II); (c) nos
casos expressos em lei (inciso III).

No que atine no caso em tela, houve inúmeras tentativas frustrada de citação


ao réu por meios convencionais, inclusive e um dos endereços informados a
este Juízo fora a residência da mãe do réu, presumindo-se então, que este
tenha conhecimento da supradita ação.

Calha ainda referir o o § 3º do art. 256 do CPC, o qual dispõe que considera-
se em local ignorado ou incerto o réu se infrutíferas as tentativas de sua
localização.

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