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ESCOLA SESI MARIA MADALENA NOGUEIRA

LINGUAGENS CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS


CIÊNCIAS HUMANA

Pontos: 35/45

NOME: *

Mariana Nery Ferreira


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A responsabilidade de ser livre


Por Eugenio Mussak
Liberdade é responsabilidade. Ser responsável significa responder por nossos atos. Escolher os
caminhos e assumir as consequências. Quem é o responsável pela construção da história de
cada um de nós? Para simplificar, vamos imaginar três modelos.
Há quem se considera vítima do destino, da época e do local onde nasceu e cresceu. “Esta é a
vida que me foi dada viver” – dizem estes, que são chamados de “deterministas”. É claro que
há situações extremas, locais injustos, ditaduras, segregações, genocídios, castigos da
natureza. Tirando essas situações, não há necessidade que nos sintamos prisioneiros de um
destino.
Há quem se considera acima desses limites do mundo, e acredita fortemente que pode
qualquer coisa. “Eu mando em meu destino”, alegam os deste tipo, que são chamados de
“possibilistas”. Eles podem. Ou acham que podem tudo, e acabam levando lambadas nas
costas, pois por assim pensarem extrapolam os limites.
É claro que podemos qualquer coisa. Desde que nos preparemos para isso e desde que
façamos uma leitura lúcida das condições ambientais. O mundo não pode ser desrespeitado.
“Eu sei onde quero chegar e vou me organizar para isso”. Este é o slogan dos “estrategistas”,
os que acreditam em seu potencial e usam os recursos ao seu dispor de maneira inteligente.
São os que mais usufruem da liberdade, pois se prepararam para ela e assumiram a
responsabilidade pela conquista.
A FLIP* deste ano homenageou Graciliano Ramos. Enquanto esperava minha vez de falar,
folheava um livro de textos inéditos do autor de Vidas secas quando parei, por acaso, em de
seus Garranchos – que é como ele chamava seus artigos – dedicado exatamente a este tema.
“Precisamos projetar na treva que há na alma do analfabeto o clarão radioso que vem do
livro!”, diz ele. Não poderia ter havido melhor acaso. Com essa leitura terminei minha fala. E
viva a liberdade.
Flip – Festa Internacional de Literatura de Paraty (Rio de Janeiro)
Revista Vida Simples, n. 135, 1 set. 2013.
Disponível em: <http://eugeniomussak.com.br/educar-e-libertar/>. (Fragmento)

Insira sua resposta

QUESTÃO 01
O texto apresentado é predominantemente opinativo, e o objetivo é enfatizar um contexto
que se trata de material não jornalístico.
O gênero textual que engloba esse texto é *
(1 Ponto)

A) artigo de opinião.

B) científico.

C) entrevista.

D) explicativo.

E) reportagem
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QUESTÃO 02
O texto pertence ao tipo textual que tem a função de persuadir o leitor, convencendo-o a
aceitar uma ideia.
O nome desse tipo textual é: *
(1 Ponto)

A) Dissertativo-argumentativo.

B) Dissertativo-expositivo.

C) Descritivo.

D) Injuntivo.

E) Narrativo.

QUESTÃO 03
Releia o título do texto.
A responsabilidade de ser livre
De acordo com o contexto, o título aparece com expressões formuladas com proposições
contraditórias – “responsabilidade” e “ser livre”, mas com argumento em o que pode ser
realizado.
A figura de linguagem estratégica para criar esse título é: *
(1 Ponto)

A) Antítese.

B) Clímax.

C) Ironia.

D) Paradoxo.

E) Pleonasmo

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Leia a charge ao lado e responda às questões 04, 05 e 06 propostas.

QUESTÃO 04
A ironia presente na relação entre a linguagem verbal e não verbal refere-se *
(1 Ponto)

A) à alegria dos personagens que são de classe baixa.

B) à contradição do sentido figurado com a realidade.

C) à vitória do público brasileiro quando vence a Copa.

D) ao Brasil como sede da Copa do Mundo de 2014.

E) ao objetivo do Brasil para vencer a Copa de 2014.

QUESTÃO 05
A charge é uma forma de manifestação caricatural, e o foco principal, nesses casos, é a crítica
a uma situação ou a determinado fato ocorrido.
Isso a situa em uma tipologia *
(1 Ponto)

A) argumentativa.

B) descritiva.

C) expositiva.

D) injuntiva.

E) narrativa.

QUESTÃO 06
O termo usado na linguagem verbal da charge para realçar o grito do personagem pela vitória
da Copa do Mundo é *
(1 Ponto)

A) a alegria na fala da criança.

B) a boca muito aberta na fala.

C) o casebre dos personagens.

D) o ponto de exclamação.

E) o pulo do personagem.
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QUESTÃO 07
Releia o enunciado a seguir.

Alague seu coração de esperanças, mas não deixe que ele se afogue nelas.
A justificativa sintática no emprego da vírgula neste enunciado é: *
(1 Ponto)

A) a contínua divisão ao usar mais de uma oração.

B) a persuasão com um modo verbal no imperativo.

C) a presença de orações alternativas com duas opções.

D) o sentido figurado e o real na conclusão do texto.

E) o uso da conjunção, “mas” posterior a uma oração.

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QUESTÃO 08
Releia o trecho da charge.
Dê uma olhada nisso, Jon!
O vocábulo “Jon”, de acordo com esse fragmento da charge, diz o nome de um dos
interlocutores (receptor), a quem o outro interlocutor (locutor) fala diretamente no diálogo.
O vocábulo “Jon” é um termo da oração cujo nome é: *
(1 Ponto)

A) Adjunto adnominal.

B) Aposto.

C) Predicativo do sujeito.

D) Sujeito.

E) Vocativo.
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QUESTÃO 09
No enunciado do terceiro quadrinho da tirinha, o articulador “então”, sem alterar o sentido do
texto, pode ser trocado por *
(1 Ponto)

A) entretanto.

B) mas.

C) porém.

D) portanto.

E) todavia.
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Leia o texto da seção Opinião, do jornal Folha de São Paulo, e responda as questões 10, 11 e
12 propostas.
Ceder e conceder
Causa desânimo a sucessão no início do programa de privatizações de Dilma Rousseff.
O desalento, porém, não deveria obscurecer as perspectivas auspiciosas dessa que é enfim
uma oportunidade de despertar a economia brasileira de sua letargia de quase três anos. Mais
importante, os insucessos não devem servir de pretexto para a exacerbação de conflitos entre
governo e empresas.
A presidente lançou o seu plano de concessões de infraestrutura de modo tanto improvisado
como enviesado pela tentação do “microgerenciamento” estatal, para recorrer a uma
expressão usada recentemente pelo FMI para caracterizar a política econômica brasileira.
Isto é, o programa de privatização de ferrovias, rodovias e aeroportos e a reorganização dos
portos são prejudicados pela relutância do governo em se retirar da gerência dos
empreendimentos e conceder liberdade para que empresas procurem a melhor equação de
preços e custos, sem o que não há, estritamente, privatização.
O plano de concessão de rodovias está sendo redimensionado. Será menor que o esperado
pelo governo, que subestimou custos e superestimou receitas, mas virá. Mais relevante para a
desobstrução das artérias econômicas, o programa de ferrovias corre risco de infarto.
O modelo prevê que empresas privadas construam trilhos e instalações de apoio. Uma estatal,
de má reputação, compraria os direitos de uso da ferrovia e os revenderia a usuários finais. O
governo corrigiu fragilidades legais, mas as empresas relutam em investir sem garantia firme
de que, ao longo de décadas, a estatal faça sua parte.
Para diminuir a resistência privada, o governo oferece mais subsídios. Há dúvidas de que,
mesmo que atraia investidores, tal modelo seja de interesse público.
No caso dos portos, demandas e críticas dos investidores chegam aos milhares; Estados e
empresas vão à Justiça contra o plano do governo, que reconfigura, licita e relicita dezenas de
áreas portuárias em diversas situações contratuais.
O problema tenderá ao beco sem saída caso o governo mantenha a animosidade e os
investidores não recuem em sua disposição litigante. Investimentos estão sendo suspensos
devido a esse conflito.
Ingenuidade amadorística e pressa politizada na busca de resultados causaram os insucessos
do governo.
O decorrente descrédito não apenas reforçou a desconfiança do setor privado como tornou
mais agressivas, se não indevidas, várias de suas reivindicações.
Não parece viável a revisão apressada de programas, por imenso que seja o atraso para a
infraestrutura. Tanto governo como investidores devem esfriar os ânimos. Mais relevante é
melhorar a qualidade do plano de concessões, para reconquistar a confiança das empresas e
conduzir negociações em termos razoáveis, que garantam retorno para o negócio e protejam
o bolso do público.

Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2013/10/1362679-editorial-ceder-e-


conceder.shtml>.
·
Amadorístico – adj. Característica de Regime ou prática oposta ao profissionalismo.
· Animosidade – s.f. Falta de disposição permanente; desejo de prejudicar algo ou alguém;
má vontade, ressentimento ou rancor.
· Auspicioso – adj. De bom presságio, que incita a esperança, esperançoso ou promissor:
dias auspiciosos.
· Concessão – s.f. Ação ou efeito de conceder; dar permissão a alguém para realizar algo;
condescendência.
· Desalento – s.m. Ausência de alento; condição da pessoa que expressa falta de alento;
que demonstra desânimo; abatimento ou esmorecimento.
· Desobstrução – s.f. Ação ou efeito de desobstruir; desimpedimento.
· Letargia – Figurado. Ausência de ânimo; preguiça: tirar o filho da letargia.
· Lícito – adj. Jurídico. Que se encontra em conformidade com a lei; de acordo com os
princípios do direito.
Insira sua resposta

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QUESTÃO 10
O gênero textual de opinião, apresentado na Folha de São Paulo, constitui a linguagem: *
(1 Ponto)

A) coloquial.

B) culta.

C) fática.

D) informal.

E) popular.

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QUESTÃO 11
Leia o trecho a seguir.
O tipo textual que analisa, interpreta, explica e avalia dados da realidade que requerem
reflexão, pois as opiniões a respeito de fatos e a postura crítica em relação ao que se discute
são diferentes, é classificado como: *
(1 Ponto)

A) Descritivo.

B) Dissertativo-argumentativo.

C) Dissertativo-expositivo.

D) Injuntivo.

E) Narrativo.

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QUESTÃO 12
A conclusão do texto, que critica as ações políticas, as empresas privada e estatal, se refere: *
(1 Ponto)

A) à concessão entre as relações do governo federal, as empresas e o sistema social que visam a atingir uma
boa habilitação no sistema econômico.

B) às lentas adequações reformuladas pelos portos que proporcionam o planejamento entre os Estados e as
empresas.

C) à qualidade do plano de concessões que conquista a confiança das empresas e conduz às negociações em
termos razoáveis.

D) à refutação do governo e de investidores que não recuam em sua disposição de disputa, e aos investimentos
que se tornam suspensos com os conflitos.

E) à viabilidade apressada de programas com a infraestrutura e as condições indispensáveis de uma sociedade


ou de uma organização.

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QUESTÃO 13
Leia a charge a seguir para responder à questão.
Segundo a charge, os policiais federais removidos possuem nomes de “peixes” no sentido
literal (Badejo, Dourado, entre outros). Mas o sentido figurado, considerando o contexto da
charge, tem o significado de: *
(1 Ponto)

A) animais diferentes que vivem no mar ou no rio.

B) comemoração no jantar, ao receber a remoção.

C) iniciativa política na remoção dos atos policiais.

D) pessoas sem escrúpulos, tratadas como peixes.


E) vários cardápios para diferentes classes sociais.

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QUESTÃO 14
Leia o artigo a seguir, exibido pelo jornal o Povo, e responda à questão.

O que eu vou ser quando crescer?


Por Leticia Queiroz Aragão
Esta é uma pergunta que assusta a muitos jovens, visto que é uma decisão que tem que ser
tomada numa fase da vida em que esses adolescentes não têm maturidade suficiente para
uma escolha que irá mudar o rumo dos próximos anos de suas vidas.
Nós, educadores, constantemente somos questionados: “Qual profissão que devo seguir? ”.
“Como eu sei o que vou ser bom?”, “Como descobrir o que gosto?”. São estes e outros
questionamentos que inquietam o coração dessas jovens crianças.
Na convivência diária, eles vão se espelhando naqueles que aparecem em seu caminho, mas
isso não é o suficiente para que eles tomem a decisão, talvez, mais importante de suas vidas.
Cumprindo o papel de educadora, tento guiá-los e orientá-los todos os dias para que façam a
escolha certa, por isso sustento a ideia de que eles têm que escolher com o coração e não por
status ou até mesmo por pressão dos pais. Pais são sim importantes para o amadurecimento
dessa decisão, mas não podem ser o fator determinante.
Chegou a hora de decidir, chegou a hora de lutar, chegou o tão esperado e amedrontador dia
em que esses jovens irão mostrar todo o conhecimento que lhes foi passado durante a vida
estudantil. Nesse momento o coração decide, pois só o amor é capaz de sustentar os altos e
baixos de toda e qualquer profissão.
É disto que o Brasil está precisando de jovens qualificados com amor ao que faz. Jovens que
lutem pelo que amam, jovens que não deixem o dinheiro falar mais alto do que a realização
profissional, pois esta não tem salário que pague.
Disponível em:
<http://www.opovo.com.br/app/jornaldoleitor/noticiassecundarias/artigos/2013/10/24/noticia
jornaldoleitorartigos,3151992/o-que-eu-vou-ser-quando-crescer.shtml>.

Segundo o artigo, o ponto primordial para satisfazer a profissão do jovem é *


(1 Ponto)

A) a etapa em cada profissão, o que permite o conhecimento do jovem.

B) a influência da família, que visa garantir o que os pais querem.

C) a visão dos professores, que percebem a imaturidade dos adolescentes.

D) o aprendizado e a maturidade por meio da busca do que ele realmente gosta.

E) o fator predominante que é determinado pela sociedade.


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QUESTÃO 15
Existem alguns termos na Língua Portuguesa (verbos, substantivos, adjetivos) que, muitas
vezes, são utilizados de maneira generalizante, ou seja, poderiam ser substituídos por palavras
mais específicas, de maneira a produzir maior clareza ao texto. O verbo “ter” é uma dessas
palavras. Para substitui-lo nos períodos abaixo foram usadas duas palavras que estão entre
parênteses. Escolha a única alternativa em que as duas palavras podem substituir a palavra
grifada sem alterar seu sentido. *
(1 Ponto)

A). A mulher foi ao banco fazer um depósito, mas, tinha tanta coisa dentro da sua bolsa, que, ao passar pela
porta eletrônica, teve que ficar um tempão retirando tudo e atrapalhando a fila. (reunir/levar)

B) O diretor tinha uma opinião completamente divergente de todos que ali estavam, e não bastasse isso, não
aceitava nem ao menos ouvir o que diziam a ele. (incluir/manifestar)

C) A pesquisadora teve êxito em seu projeto porque, além de se dedicar à pesquisa integralmente, pode contar
também com uma generosa bolsa de estudos. (conseguir/contrair)

D) O comediante, durante um espetáculo, teve fortes dores no peito e foi levado de ambulância para o pronto-
socorro, que, por sorte, ficava bem próximo ao teatro. (sentir/sofrer)

E) As atrizes que comparecem em eventos como a entrega do “Oscar”, nos EUA, têm vestidos maravilhosos de
grifes internacionais, as quais também se promovem com o evento. (vestir/produzir)

CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS

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QUESTÃO 16
Protágoras é conhecido como o primeiro sofista. Vivia uma forma de absoluto
subjetivismo relativista. Sua máxima “o homem é a medida de todas as coisas” ilustra bem o
modo de pensar das diferentes pessoas. Isto quer dizer que cada pessoa, pensa, deseja e
busca algo para si, de tal forma única que impossibilita que exista uma verdade absoluta. A
verdade, segundo Protágoras, depende de cada um, depende de como cada coisa aparece
para cada um em seu juízo. O que pode ser verdade para um, pode não o ser para outro. Com
esse relativismo moral, ele rejeita toda verdade universal. Se algo te parece bom, faça. Se isso
traz benefício a você e prejuízo aos outros, faça assim mesmo.
(REALE, G. História da filosofia antiga: volume 1 : das origens a Sócrates. São Paulo: Loyola,
2008.)

Sobre os sofistas e a sofística pode-se afirmar que *


(1 Ponto)

A) a palavra "sofista" significa enganador, pois os sofistas exercitavam a arte de escamotear as verdades, sempre
induzindo seus interlocutores ao erro.

B) os sofistas possuíam a arte de educar os homens e de prepará-los para a vida política, oferecendo-lhes novas
ideias e novos instrumentos.

C) a sofística constituiu uma radical inovação da problemática filosófica, deslocando o eixo das pesquisas do
homem para o cosmos.

D) os sofistas constituíam um bloco compacto e homogêneo de pensadores que visavam a responder às


necessidades sentidas naquela época.

E) a sofística se caracterizou como um período contrário ao pensamento do ser humano que abandonara o
mito e a influência religiosa.

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QUESTÃO 17
(Appprova) A importância desse método residia em uma dupla convicção: todo homem tem
sua própria doxa (opinião), sua própria abertura para o mundo; logo, Sócrates precisava
começar sempre com perguntas: não se pode saber de antemão que espécie de dokei moi, de
“parece-me”, o outro possui. Precisava assegurar-se da posição do outro no mundo comum.
Mas assim como ninguém pode saber de antemão a doxa do outro, não há quem possa saber
por si só, e sem um esforço adicional, a verdade inerente à sua própria opinião. Sócrates
queria gerar essa verdade que cada um possui em potencial. Fiéis à sua própria metáfora da
maiêutica ou obstetrícia filosófica, podemos dizer: Sócrates queria tornar a cidade mais
verdadeira fazendo com que cada cidadão desse à luz suas verdades.
ARENDT, H. A dignidade da política. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2002. p. 97 (adaptado).

Em um dos ensaios publicados em A dignidade da política, Hannah Arendt (1906-1975) busca


tratar do caráter político que perpassa a filosofia socrática na Atenas do século V a.C. Em
acordo com o texto, tal caráter político é evidenciado pelo fato de a maiêutica de Sócrates se
apoiar no método *
(1 Ponto)

A) cético, abandonando a custosa busca pela verdade para o bem geral da cidade.

B) democrático, utilizando-se da votação para se atingir um consenso sobre a verdade.

C) dialético, buscando encontrar uma verdade comum no discurso com os cidadãos.

D) empirista, levando os cidadãos a descobrir a verdade no mundo pela experiência.

E) retórico, ensinando os cidadãos a convencer os outros de suas verdades.

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QUESTÃO 18
(Enem) Nossas vidas são dominadas não só pelas inutilidades de nossos contemporâneos,
como também pelas de homens que já morreram há varias gerações. Além disso, cada
inutilidade ganha credibilidade e reverência com cada década passada desde sua
promulgação. Isso significa que cada situação social em que nos encontramos não só é
definida por nossos contemporâneos, como ainda predefinida por nossos predecessores. Esse
fato é expresso no aforismo segundo o qual os mortos são mais poderosos que os vivos.
BERGER, P. Perspectivas sociológicas: uma visão humanística. Petrópolis: Vozes, 1986
(adaptado).

Segundo a perspectiva apresentada no texto, os indivíduos de diferentes gerações convivem,


numa mesma sociedade, com tradições que *
(1 Ponto)

A)permanecem como determinações da organização social.

B)promovem o esquecimento dos costumes.


C)configuram a superação de valores.

D)sobrevivem como heranças sociais.

E)atuam como aptidões instintivas.

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QUESTÃO 19
A filosofia grega parece começar com uma ideia absurda, com a proposição: a água é a
origem e a matriz de todas as coisas. Será mesmo necessário deter-nos nela e leva-la a sério?
Sim, e por três razões: em primeiro lugar, porque essa proposição enuncia algo sobre a
origem das coisas; em segundo lugar, porque o faz sem imagem e fabulação; e enfim, em
terceiro lugar, porque nela embora apenas em estado de crisálida, está contido o pensamento:
Tudo é um.
NIETZSCHE. F. Crítica moderna. In: Os pré-socráticos. São Paulo: Nova Cultural. 1999
O que, de acordo com Nietzsche, caracteriza o surgimento da filosofia entre os gregos? *
(1 Ponto)

A) O impulso para transformar, mediante justificativas, os elementos sensíveis em verdades racionais.

B) O desejo de explicar, usando metáforas, a origem dos seres e das coisas.

C) A necessidade de buscar, de forma racional, a causa primeira das coisas existentes.

D) A ambição de expor, de maneira metódica, as diferenças entre as coisas.

E) A tentativa de justificar, a partir de elementos empíricos, o que existe no real.

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QUESTÃO 20
(Enem 2017) Uma conversação de tal natureza transforma o ouvinte; o contato de Sócrates
paralisa e embaraça; leva a refletir sobre si mesmo, a imprimir à atenção uma direção
incomum: os temperamentais, como Alcibíades, sabem que encontrarão junto dele todo o
bem de que são capazes, mas fogem porque receiam essa influência poderosa, que os leva a
se censurarem. É sobretudo a esses jovens, muitos quase crianças, que ele tenta imprimir sua
orientação.
BRÉHIER, E. História da filosofia. São Paulo: Mestre Jou, 1977.

O texto evidencia características do modo de vida socrático, que se baseava na *


(1 Ponto)

A) contemplação da tradição mítica.

B) sustentação do método dialético.

C) relativização do saber verdadeiro.

D) valorização da argumentação retórica.

E) investigação dos fundamentos da natureza.


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QUESTÃO 21
(Appprova 2016) A ativista de software livre conta que, quando estava grávida, levou dois
choques do seu desfibrilador implantado no coração. A razão de isso ter acontecido é que os
corações de grávidas batem de forma diferente, acelerando de vez em quando, o que
confundiu o software do desfibrilador, que não foi projetado levando em conta essas
diferenciações do organismo feminino.

Disponível em: http://link.estadao.com.br. Acesso em: 4 nov. 2016.

A situação relatada no texto não está deslocada de um fenômeno recorrente nas tecnologias
de ponta, e reflete que *
(1 Ponto)

A) os softwares atuais são mais sensíveis aos corpos femininos.

B) as empresas precisam criar suas próprias linhas para grávidas.

C) a natureza é a principal determinadora dos rumos das pesquisas.

D) a ciência se desenvolve a partir do homem como sujeito universal.

E) o coração das mulheres durante o período de gestação é imperfeito

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QUESTÃO 22
(Enem 2017) Muitos países se caracterizam por terem populações multiétnicas. Com
frequência, evoluíram desse modo ao longo de séculos. Outras sociedades se tornaram
multiétnicas mais rapidamente, como resultado de políticas incentivando a migração, ou por
conta de legados coloniais e imperiais.
GIDDENS, A. Sociologia. Porto Alegre: Penso, 2012 (adaptado).

Do ponto de vista do funcionamento das democracias contemporâneas, o modelo de


sociedade descrito demanda, simultaneamente, *
(1 Ponto)

A) defesa do patriotismo e rejeição ao hibridismo.

B) universalização de direitos e respeito à diversidade.

C) segregação do território e estímulo ao autogoverno.

D) políticas de compensação e homogeneização do idioma.

E) padronização da cultura e repressão aos particularismos.


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QUESTÃO 23
(Enem 2017) A primeira Guerra do Golfo, genuinamente apoiada pelas Nações Unidas e pela
comunidade internacional, assim como a reação imediata ao Onze de Setembro,
demonstravam a força da posição dos Estados Unidos na era pós-soviética.

HOBSBAWM, E. Globalização, democracia e terrorismo. São Paulo: Cia. das Letras, 2007.

Um aspecto que explica a força dos Estados Unidos, apontada pelo texto, reside no(a) *
(1 Ponto)

A) poder de suas bases militares espalhadas ao redor do mundo.

B) alinhamento geopolítico da Rússia em relação aos EUA.

C) política de expansionismo territorial exercida sobre Cuba.

D) aliança estratégica com países produtores de petróleo, como Kuwait e rã.

E) incorporação da China à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

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QUESTÃO 24-
UFPA 2013 - (adaptada)
A charge propõe uma interpretação da globalização sobre a qual é possível afirmar: *
(1 Ponto)

A) Pela primeira vez na história da humanidade vivemos numa sociedade global caracterizada pela livre
circulação de bens, pessoas e mercadorias.

B) A circulação de bens, pessoas e serviços possibilita um rápido movimento do capital pelo mundo,
permitindo-o migrar instantaneamente para os lugares mais atrativos.

C) A revolução nos meios de comunicação e informação proporcionou a criação da aldeia global, onde impera
os laços de cooperação comercial e política.
D) A charge enfatiza as restrições que a globalização impõe à livre circulação do capital, como demonstra o
símbolo da McDonald‘s, impedida de cruzar a fronteira.

E) O aumento do livre comércio e de circulação de pessoas foi um dos maiores benefícios proporcionados pela
globalização, que criou uma cidadania mundial.

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QUESTÃO 25
A análise da charge permite inferir: *
(1 Ponto)

A) Para alguns povos, a revolução técnico-científica trouxe poucos benefícios e aprofundou as diferenças entre
as classes sociais.

B) A incorporação rápida da alta tecnologia e a integração de diferentes culturas em tempo real permitem
padrões culturais e hábitos de consumo globalizados.

C) A agricultura dos países subdesenvolvidos ainda se caracteriza pelas formas mais rudimentares de produção,
causando escassez de alimentos no mundo.

D) A globalização tende a romper fronteiras de todo tipo, universalizando e democratizando o consumo,


alterando costumes e integrando os povos.

E) Com os avanços tecnológicos, a produção deixa de ser local para ser mundial, o que também ocorre com o
consumo, já que os produtos são vendidos em todo o planeta.
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QUESTÃO 26
(Appprova 2016)
TEXTO I
Para Platão, o que havia de verdadeiro em Parmênides era que o objeto de conhecimento é
um objeto de razão e não de sensação, e era preciso estabelecer uma relação entre objeto
racional e objeto sensível ou material que privilegiasse o primeiro em detrimento do segundo.
Lenta, mas irresistivelmente, a Doutrina das Ideias formava-se em sua mente.

ZINGANO, M. Platão e Aristóteles: o fascínio da filosofia. São Paulo: Odysseus, 2012


(adaptado).

TEXTO II
O nosso conhecimento natural tem origem nos sentidos. Portanto, a alma não conhece as
coisas corpóreas por imagens que estão naturalmente dentro dela. O intelecto humano, unido
ao corpo, tem como objeto a quididade ou natureza existente na matéria corpórea e, por tais
naturezas, ascende do conhecimento das coisas sensíveis a um certo conhecimento das coisas
invisíveis.

Tomás de Aquino. Suma Teológica I.


A comparação dos textos permite concluir que os filósofos Platão e Tomás de Aquino *
(1 Ponto)

A) atribuem um papel distinto para a sensibilidade na gênese do conhecimento.

B) concordam que todo conhecimento humano versa sobre as coisas materiais.

C) discordam acerca da possibilidade de se chegar a um conhecimento verdadeiro.

D) estabelecem como base do conhecimento as ideias, ou coisas invisíveis.

E) tomam os sentidos como fonte e critério do conhecimento verdadeiro.

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QUESTÃO 27
(Enem 2017)
Quando Édipo nasceu, seus pais, Laio e Jocasta, os reis de Tebas, foram informados de uma
profecia segundo a qual o filho mataria o pai e se casaria com a mãe. Para evitá-la, ordenaram
a um criado que matasse o menino. Porém, penalizado com a sorte de Édipo, ele o entregou a
um casal de camponeses que morava longe de Tebas para que o criasse. Édipo soube da
profecia quando se tornou adulto. Saiu então da casa de seus pais para evitar a tragédia. Eis
que, perambulando pelos caminhos da Grécia, encontrou-se com Laio e seu séquito, que,
insolentemente, ordenou que saísse da estrada. Édipo reagiu e matou todos os integrantes do
grupo, sem saber que entre eles estava seu verdadeiro pai. Continuou a viagem até chegar a
Tebas, dominada por uma Esfinge. Ele decifrou o enigma da Esfinge, tornou-se rei de Tebas e
casou-se com a rainha, Jocasta, a mãe que desconhecia.

Disponível em: http://www.culturabrasil.org. Acesso em: 28 ago. 2010 (adaptado).

No mito Édipo rei, são dignos de destaque os temas do destino e do determinismo. Ambos
são características do mito grego e abordam a relação entre liberdade humana e providência
divina. A expressão filosófica que toma como pressuposta a tese do determinismo é: *
(1 Ponto)
A) "Nasci para satisfazer a grande necessidade que eu tinha de mim mesmo." – Jean Paul Sartre

B) "Ter fé é assinar uma folha em branco e deixar que Deus nela escreva o que quiser." – Santo Agostinho

C) "Quem não tem medo da vida também não tem medo da morte." – Arthur Schopenhauer

D) "Não me pergunte quem sou eu e não me diga para permanecer o mesmo." – Michel Foucault

E) "O homem, em seu orgulho, criou a Deus a sua imagem e semelhança." – Friedrich Nietzsche.

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QUESTÃO 28
(Enem 2012)
TEXTO I
Anaxímenes de Mileto disse que o ar é o elemento originário de tudo o que existe, existiu e
existirá, e que outras coisas provêm de sua descendência. Quando o ar se dilata, transforma-se
em fogo, ao passo que os ventos são ar condensado. As nuvens formam-se a partir do ar por
feltragem e, ainda mais condensadas, transformam-se em água. A água, quando mais
condensada, transforma-se em terra, e quando condensada ao máximo possível, transforma-
se em pedras.

BURNET, J. A aurora da filosofia grega. Rio de Janeiro: PUC-Rio, 2006 (adaptado).

TEXTO II
Basílio Magno, filósofo medieval, escreveu: “Deus, como criador de todas as coisas, está no
princípio do mundo e dos tempos. Quão parcas de conteúdo se nos apresentam, em face
desta concepção, as especulações contraditórias dos filósofos, para os quais o mundo se
origina, ou de algum dos quatro elementos, como ensinam os Jônios, ou dos átomos, como
julga Demócrito. Na verdade, dão impressão de quererem ancorar o mundo numa teia de
aranha.”

GILSON, E.: BOEHNER, P. História da filosofia cristã. São Paulo: Vozes, 1991 (adaptado).

Filósofos dos diversos tempos históricos desenvolveram teses para explicar a origem do
universo, a partir de uma explicação racional. As teses de Anaxímenes, filósofo grego antigo, e
de Basílio, filósofo medieval, têm em comum na sua fundamentação teorias que *
(1 Ponto)

A) eram baseadas nas ciências da natureza.

B) refutavam as teorias de filósofos da religião.

C) tinham origem nos mitos das civilizações antigas.

D) postulavam um princípio originário para o mundo.

E) defendiam que Deus é o princípio de todas as coisas.


32

QUESTÃO 29
(FGV 2013) As relações entre ciência e senso comum sempre foram polêmicas, seja por que
buscou se ver na primeira a evolução do segundo, seja por que foram definidos como formas
de conhecimento excludentes entre si. Tendo em vista essas correlações, é possível afirmar
que o conhecimento científico *
(1 Ponto)

A) estabelece uma ruptura com o senso comum, ao exigir constante crítica do passado.

B) supera o senso comum, quando alcança resultados indubitavelmente provados.

C) concorda com o senso comum, ao basear suas afirmações no registro direto dos dados sensoriais.

D) tem o poder de explicar tudo, face às dúvidas e crendices do senso comum.

E) elimina a especulação pela comprovação e transforma o discurso do senso comum em fato observável.

33

QUESTÃO 30
(UNICENTRO 2012) Do ponto de vista do agente, o motivo é o fundamento da ação; para o
sociólogo, cuja tarefa é compreender essa ação, a reconstrução do motivo é fundamental,
porque, da sua perspectiva, ele figura como a causa da ação. Numerosas distinções podem ser
estabelecidas e Weber realmente o faz. No entanto, apenas interessa assinalar que, quando se
fala de sentido na sua acepção mais importante para a análise, não se está cogitando da
gênese da ação, mas sim daquilo para o que ela aponta, para o objetivo visado nela; para o
seu fim, em suma.
COHN, Gabriel (Org.). Max Weber: sociologia. São Paulo: Ática, 1979.

A categoria weberiana que melhor explica o texto em evidência está explicitada em *


(1 Ponto)

A) A ação social possui um sentido que orienta a conduta dos atores sociais.

B) A luta de classes tem sentido porque é o que move a história dos homens.

C) Os fatos sociais não são coisas, e sim acontecimentos que precisam ser analisados.

D) O tipo ideal é uma construção teórica abstrata que permite a análise de casos particulares.

E) O sociólogo deve investigar o sentido das ações que não são orientadas pelas ações de outros.
34

QUESTÃO 31
(UNICENTRO 2011) O sistema de sinais de que me sirvo para exprimir meu pensamento, o
sistema de moedas que emprego para pagar as minhas dívidas, os instrumentos de crédito
que utilizo nas minhas relações comerciais, as práticas seguidas na minha profissão, etc., etc.,
funcionam independentemente do uso que faço delas. Tais afirmações podem ser estendidas a
cada um dos membros de que é composta a sociedade, tomados uns após outros. Estamos,
pois, diante de maneiras de agir, de pensar e de sentir que apresentam a propriedade
marcante de existir fora das consciências individuais.
DURKHEIM, Émile. As regras do método sociológico. José Albertino Rodrigues (Org.). Tradução
Laura Natal Rodrigues. Rio de Janeiro: Companhia Editora Nacional, 1984.
Nesse trecho, Durkheim trata, sobretudo, *
(1 Ponto)

A) do fato social.

B) da classe social.

C) da anomia social.

D) da solidariedade social.

E) da consciência coletiva.

35

QUESTÃO 32
(ENEM 2016) A sociologia ainda não ultrapassou a era das construções e das sínteses
filosóficas. Em vez de assumir a tarefa de lançar luz sobre uma parcela restrita do campo
social, ela prefere buscar as brilhantes generalidades em que todas as questões são levantadas
sem que nenhuma seja expressamente tratada. Não é com exames sumários e por meio de
intuições rápidas que se pode chegar a descobrir as leis de uma realidade tão complexa.
Sobretudo, generalizações às vezes tão amplas e tão apressadas não são suscetíveis de
nenhum tipo de prova.
DURKHEIM, E. O suicídio: estudo de sociologia. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

O texto expressa o esforço de Émile Durkheim em construir uma sociologia com base na *
(1 Ponto)

A) vinculação com a filosofia como saber unificado.

B) reunião de percepções intuitivas para demonstração.

C) formulação de hipóteses subjetivas sobre a vida social.

D) adesão aos padrões de investigação típicos das ciências naturais.

E) incorporação de um conhecimento alimentado pelo engajamento político.


36

QUESTÃO 33
(UNICENTRO 2014) O conjunto das forças produtivas e das relações sociais de produção
forma o que Marx chama de a infraestrutura de uma sociedade que, por sua vez, é a base
sobre a qual se constituem as demais instituições sociais. Segundo a concepção materialista
da história, na produção da vida social, os homens geram também outra espécie de produtos
que não têm forma material e que vêm a ser as ideologias políticas, concepções religiosas,
códigos morais e estéticos, sistemas legais, de ensino, de comunica- ção, o conhecimento
filosófico e científico, representações coletivas etc. – cujo conjunto é chamado de
superestrutura ou supraestrutura.

(QUINTANEIRO, T.; BARBOSA, M. L.; OLIVEIRA, M. Um toque de clássicos: Durkheim, Marx e


Weber. 3ª reimpr. Belo Horizonte: UFMG, 2000. p.74.)
Sobre esse modo de entender e explicar a constituição da sociedade, pode-se inferir que: *
(1 Ponto)

A) A produção das ideologias, o conjunto de pensamentos e os produtos para satisfação das necessidades
humanas denominam-se infraestrutura.

B) A superestrutura corresponde à produção material para que o indivíduo tenha condições de satisfazer às
necessidades básicas.

C) Na concepção materialista da história, os homens produzem tanto as condições materiais de existência


quanto suas ideias, ideologias e a própria cultura.

D) O ser humano tem condições de produzir a infraestrutura, mas não a superestrutura.

E) Para produzir a infraestrutura, é necessário ter conhecimento filosófico, ideológico e científico.

37

QUESTÃO 34
(FUVEST 2016) O aparecimento da pólis constitui, na história do pensamento grego, um
acontecimento decisivo. Certamente, no plano intelectual como no domínio das instituições,
só no fim alcançará todas as suas consequências; a pólis conhecerá etapas múltiplas e formas
variadas. Entretanto, desde seu advento, que se pode situar entre os séculos VIII e VII a.C.,
marca um começo, uma verdadeira invenção; por ela, a vida social e as relações entre os
homens tomam uma forma nova, cuja originalidade será plenamente sentida pelos gregos.
Jean-Pierre Vernant. As origens do pensamento grego. Rio de Janeiro: Difel, 1981. Adaptado.

De acordo com o texto, na Antiguidade, uma das transformações provocadas pelo surgimento
da pólis foi *
(1 Ponto)

A) o declínio da oralidade, pois, em seu território, toda estratégia de comunicação era baseada na escrita e no
uso de imagens.

B) o isolamento progressivo de seus membros, que preferiam o convívio familiar às relações travadas nos
espaços públicos.

C) a manutenção de instituições políticas arcaicas, que reproduziam, nela, o poder absoluto de origem divina do
monarca.

D) a diversidade linguística e religiosa, pois sua difusa organização social dificultava a construção de
identidades culturais.
E) a constituição de espaços de expressão e discussão, que ampliavam a divulgação das ações e ideias de seus
membros.

38

QUESTÃO 35
(ENEM 2015) O que implica o sistema da pólis é uma extraordinária preeminência da palavra
sobre todos os outros instrumentos do poder. A palavra constitui o debate contraditório, a
discussão, a argumentação e a polêmica. Torna-se a regra do jogo intelectual, assim como do
jogo político.
VERNANT, J. P. As origens do pensamento grego. Rio de Janeiro: Bertrand, 1992 (adaptado).
Na configuração política da democracia grega, em especial a ateniense, a ágora tinha por
função *
(1 Ponto)

A) agregar os cidadãos em torno de reis que governavam em prol da cidade.

B) permitir aos homens livres o acesso às decisões do Estado expostas por seus magistrados.

C) constituir o lugar onde o corpo de cidadãos se reunia para deliberar sobre as questões da comunidade.

D) reunir os exercícios para decidir em assembleias fechadas os rumos a serem tomados em caso de guerra.

E) congregar a comunidade para eleger representantes com direito a pronunciar-se em assembleias.

39

QUESTÃO 36

(ENEM 2014)
TEXTO l
Olhamos o homem alheio às atividades públicas não como alguém que cuida apenas de seus
próprios interesses, mas como um inútil; nós, cidadãos atenienses, decidimos as questões
públicas por nós mesmos na crença de que não é o debate que é empecilho à ação, e sim o
fato de não se estar esclarecido pelo debate antes de chegar a hora da ação.
TUCÍDIDES. História da Guerra do Peloponeso. Brasília: UnB, 1987 (adaptado).

TEXTO II

Um cidadão integral pode ser definido por nada mais nada menos que pelo direito de
administrar justiça e exercer funções públicas; algumas destas, todavia, são limitadas quanto
ao tempo de exercício, de tal modo que não podem de forma alguma ser exercidas duas vezes
pela mesma pessoa, ou somente podem sê-lo depois de certos intervalos de tempo
prefixados.
ARISTÓTELES. Política. Brasília: UnB, 1985.

Comparando os textos l e II, tanto para Tucídides (no século V a.C.) quanto para Aristóteles (no
século IV a.C.), a cidadania era definida pelo(a) *
(1 Ponto)

A) prestígio social.

B) acúmulo de riqueza.

C) participação política.
D) local de nascimento.

E) grupo de parentesco.

40

QUESTÃO 37

(UNESP 2013) Quando sua influência [de Péricles] estava no auge, ele poderia esperar a
constante aprovação de suas políticas, expressa no voto popular na Assembleia, mas suas
propostas eram submetidas à Assembleia semanalmente, visões alternativas eram
apresentadas às dele, e a Assembleia sempre podia abandoná-lo, bem como suas políticas, e
ocasionalmente assim procedeu. A decisão era dos membros da Assembleia, não dele, ou de
qualquer outro líder; o reconhecimento da necessidade de liderança não era acompanhado
por uma renúncia ao poder decisório. E ele sabia disso.
(Moses I. Finley. Democracia antiga e moderna, 1988.)

Ao caracterizar o funcionamento da democracia ateniense, no século V a.C., o texto afirma que


*
(1 Ponto)

A) os líderes políticos detinham o poder decisório, embora ouvissem às vezes as opiniões da Assembleia.

B) a eleição de líderes e representantes políticos dos cidadãos na Assembleia demonstrava o caráter indireto da
democracia.

C) a Assembleia era o espaço dos debates e das decisões, o que revelava a participação direta dos cidadãos na
condução política da cidade.

D) os membros da Assembleia escolhiam os líderes políticos, submetendo-se a partir de então ao seu poder e
às suas decisões.

E) os cidadãos evitavam apresentar suas discordâncias na Assembleia, pois poderiam assim provocar impasses
políticos.

41

QUESTÃO 38

(FAMERP 2016) A cidade grega é o modelo por excelência, origem e paradigma da


democracia. É dela que retiramos as exigências constituídas de toda a política moderna. Mas a
cidade grega não é uma democracia modelo. Ela funciona à custa de exclusões.
Barbara Cassin et al. Gregos, bárbaros, estrangeiros, 1993. (Adaptado.)

A afirmação do excerto é, aparentemente, contraditória, ao reafirmar a democracia grega


como modelo e sustentar que o seu funcionamento era excludente. A aparente contradição
ocorre porque *
(1 Ponto)

A) o governo era dirigido pela classe senatorial, embora os senadores fossem eleitos pelo conjunto dos
cidadãos.

B) o poder político era exercido diretamente no interior das propriedades rurais, embora dele permanecessem
afastados os que aravam a terra.
C) a pólis era internamente dividida em corporações de ofício, embora o governo geral fosse composto por um
representante de cada uma delas.

D) a assembleia de cidadãos era formada por camponeses e artesãos, embora eles estivessem afastados dos
assuntos militares.

E) a participação dos cidadãos nas decisões públicas era plena e direta, embora mulheres, estrangeiros e
escravos permanecessem fora da política.

42

QUESTÃO 39
ENEM (2012)
Mirem-se no exemplo
Daquelas mulheres de Atenas
Vivem pros seus maridos
Orgulho e raça de Atenas.

BUARQUE, C.; BOAL, A. Mulheres de Atenas. In: Meus caros Amigos, 1976. Disponível em:
http://letras.terra.com.br. Acesso em: 4 dez. 2011 (fragmento).

Os versos da composição remetem à condição das mulheres na Grécia antiga, caracterizada,


naquela época, em razão de *
(1 Ponto)

A) sua função pedagógica, exercida junto às crianças atenienses.

B) sua importância na consolidação da democracia, pelo casamento.

C) seu rebaixamento de status social frente aos homens.

D) seu afastamento das funções domésticas em períodos de guerra.

E) sua igualdade política em relação aos homens.

43

QUESTÃO 40
(ENEM 2013) Trata-se de um gigantesco movimento de construção de cidades, necessário
para o assentamento residencial dessa população, bem como de suas necessidades de
trabalho, abastecimento, transportes, saúde, energia, água, etc. Ainda que o rumo tomado
pelo crescimento urbano não tenha respondido satisfatoriamente a todas essas necessidades,
o território foi ocupado e foram construídas as condições para viver nesse espaço.

MARICATO, E. Brasil, cidades: alternativas para a crise urbana. Petrópolis, Vozes, 2001.
A dinâmica de transformação das cidades tende a apresentar como consequência a expansão
das áreas periféricas pelo(a): *
(1 Ponto)

A) crescimento da população urbana e aumento da especulação imobiliária.

B) direcionamento maior do fluxo de pessoas, devido à existência de um grande número de serviços.

C) delimitação de áreas para uma ocupação organizada do espaço físico, melhorando a qualidade de vida.
D) implantação de políticas públicas que promovem a moradia e o direito à cidade aos seus moradores.

E) reurbanização de moradias nas áreas centrais, mantendo o trabalhador próximo ao seu emprego, diminuindo
os deslocamentos para a periferia.

44

QUESTÃO 41
(ENEM 2015) O processo de concentração urbana no Brasil em determinados locais teve
momentos de maior intensidade e, ao que tudo indica, atualmente passa por uma
desaceleração no ritmo de crescimento populacional nos grandes centros urbanos.
BAENINGER, R. Cidades e Metrópoles: a desaceleração no crescimento populacional e novos
arranjos regionais. Disponível em: www.sbsociologia.com.br. Acesso em: 12 dez. 2012
(adaptado).
Uma causa para o processo socioespacial mencionado no texto é o(a) *
(1 Ponto)

A) carência de matérias-primas.

B) degradação da rede rodoviária.

C) aumento do crescimento vegetativo.

D) centralização do poder político.

E) realocação da atividade industrial.

45

QUESTÃO 42
(ENEM 2016) O conceito de função social da cidade incorpora a organização do espaço físico
como fruto da regulação social, isto é, a cidade deve contemplar todos os seus moradores e
não somente aqueles que estão no mercado formal da produção capitalista da cidade. A
tradição dos códigos de edificação, uso e ocupação do solo no Brasil sempre partiram do
pressuposto de que a cidade não tem divisões entre os incluídos e os excluídos socialmente.

JR., L. P. Nova legislação urbana e os velhos fantasmas Estudos Avançados (USP), n. 47, 2003
(adaptado)

Uma política governamental que contribui para viabilizar a função social da cidade, nos
moldes indicados no texto, é a *
(1 Ponto)

A) qualificação de serviços públicos em bairros periféricos.

B) implantação de centros comerciais em eixos rodoviários.

C) proibição de construções residenciais em regiões íngremes.

D) disseminação de equipamentos culturais em locais turísticos.

E) desregulamentação do setor imobiliário em áreas favelizadas.


46

QUESTÃO 43
(ENEM 2014) No século XIX, o preço mais alto dos terrenos situados no centro das cidades é
causa da especialização dos bairros e de sua diferenciação social. Muitas pessoas, que não têm
meios de pagar os altos aluguéis dos bairros elegantes, são progressivamente rejeitadas para
a periferia, como os subúrbios e os bairros mais afastados.

RÉMOND, R. O século XIX. São Paulo: Cultrix, 1989 (adaptado).


Uma consequência geográfica do processo espacial descrito no texto é a: *
(1 Ponto)

A) criação de condomínios fechados de moradia.

B) decadência das áreas centrais de comércio popular.

C) aceleração do processo conhecido como cercamento.

D) ampliação do tempo de deslocamento diário da população.

E) contenção da ocupação de espaços sem infraestrutura satisfatória.

47

QUESTÃO 44
(ENEM 2011) Subindo morros, margeando córregos ou penduradas em palafitas, as favelas
fazem parte da paisagem de um terço dos municípios do país, abrigando mais de 10 milhões
de pessoas, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

MARTINS, A. R. A favela como um espaço da cidade. Disponível em:


http://www.revistaescola.abril.com.br. Acesso em: 31 jul. 2010.

A situação das favelas no país reporta a graves problemas de desordenamento territorial.


Nesse sentido, uma característica comum a esses espaços tem sido *
(1 Ponto)

A) o planejamento para a implantação de infraestruturas urbanas necessárias para atender as necessidades


básicas dos moradores.

B) a organização de associações de moradores interessadas na melhoria do espaço urbano e financiadas pelo


poder público.

C) a presença de ações referentes à educação ambiental com consequente preservação dos espaços naturais
circundantes.

D) a ocupação de áreas de risco suscetíveis a enchentes ou desmoronamentos com consequentes perdas


materiais e humanas.

E) o isolamento socioeconômico dos moradores ocupantes desses espaços com a resultante multiplicação de
políticas que tentam reverter esse quadro.
48

QUESTÃO 45
(ENEM 2014) A urbanização brasileira, no início da segunda metade do século XX, promoveu
uma radical alteração nas cidades. Ruas foram alargadas, túneis e viadutos foram construídos.
O bonde foi a primeira vítima fatal. O destino do sistema ferroviário não foi muito diferente. O
transporte coletivo saiu definitivamente dos trilhos.
JANOT, L. F. A caminho de Guaratiba. Disponível em: www.iab.org.br. Acesso em: 9 jan. 2014
(adaptado).

A relação entre transportes e urbanização é explicada, no texto, pela *


(1 Ponto)

A) retirada dos investimentos pelas estatais aplicados ao transporte de massa.

B) demanda por transporte individual ocasionada pela expansão da mancha urbana.

C) presença hegemônica do transporte alternativo localizado nas periferias das cidades.

D) aglomeração do espaço urbano metropolitano impedindo a construção do transporte metroviário.

E) predominância do transporte rodoviário associado à penetração das multinacionais automobilísticas.

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