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Grupo I
A evolução é a essência da Sistemática, pois procura representar as relações evolutivas entre os seres
classificados mas também porque as próprias classificações acompanham as mudanças ao nível dos
conhecimentos sobre a evolução das espécies. Ao longo da história, as mudanças mais significativas têm
ocorrido na classificação dos organismos mais simples.
As primeiras classificações de caráter científico separavam seres vivos fixos e autotróficos de seres vivos
móveis e que ingerem outros seres.
Ernst Haeckel foi dos primeiros evolucionistas a propor a criação de um terceiro grupo, em que seriam
incluídos seres unicelulares ou que formam colónias simples, sem verdadeira diferenciação celular. Estes
seres vivos foram inicialmente divididos de forma arbitrária em “semelhantes a animais” e “semelhantes a
plantas”. O resultado causou sempre algum desconforto, ainda que a divisão de seres vivos pelo reino
animal e reino vegetal fosse aceite, de forma generalizada. No grupo proposto por Haeckel, procurou-se
criar uma classificação que evidenciasse relações evolutivas, embora a interpretação filogenética nestes
seres vivos seja difícil: os critérios mais comuns são morfológicos, fisiológicos, ultraestruturais e
bioquímicos, sendo as características genéticas cada vez mais utilizadas.
Haeckel reconheceu, nesse grande grupo, um conjunto de organismos sem núcleo organizado, as
bactérias e algas azuis, ou cianobactérias. Mais tarde, Copeland propôs uma organização em quatro reinos,
criando um reino para seres sem núcleo organizado. O sistema mais utilizado atualmente foi proposto por
Whittaker em 1969 reformulado pelo próprio (em 1978).
Baseado em Whittaker, R.H., Margulis , L. (1978) Protist classification and the kingdoms of organisms. Biosystems, vol.
10, 3-18
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3. Se imaginarmos uma classificação por um ser humano na pré-história, não será de esperar uma
classificação de animais do tipo
(A) “perigosos vs. inofensivos”.
(B) “selvagens vs. domésticos”.
(C) “produzem mel vs. não produzem mel”.
(D) “amamentam os descendentes vs. não amamentam os descendentes”.
4. O sistema de classificação que separava seres vivos fixos e autotróficos de seres vivos móveis e que
ingerem outros seres pode ser considerado ___ e estes seres podem corresponder, respetivamente, a ___.
(A) racional natural (...) animais e plantas
(B) racional artificial (...) plantas e animais
(C) racional natural (...) plantas e animais
(D) vertical ou filogenético (...) animais e plantas
5. A proposta de Copeland veio trazer mais rigor à classificação em três reinos de Haeckel pois
(A) agrupou todos os seres procariontes num reino próprio: o reino Monera.
(B) dividiu os protistas em semelhantes a animais, semelhantes a plantas e semelhantes a fungos.
(C) criou um grupo específico para os fungos.
(D) agrupou seres autotróficos e seres heterotróficos em grupos distintos.
6. Uma das diferenças entre os fungos e os animais diz respeito ______, sendo os ______ considerados
microconsumidores nos ecossistemas.
(A) ao modo de nutrição (...) segundos
(B) aos organelos presentes nas células (...) primeiros
(C) ao modo de nutrição (...) primeiros
(D) aos organelos presentes nas células (...) segundos
8. Refira o(s) reino(s) proposto(s) por Whittaker que inclui(em) organismos fotoautotróficos.
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Grupo II
Documento 1
Domínio Bacteria
Filo Proteobacteria
Classe Alphaproteobacteria
Ordem Legionellales
Família Legionellaceae
Género Legionella
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Figura 1– Exemplo de árvore filogenética de bactérias.
Baseado em Brenner, D. J. et al. (2015) Classification of Procaryotic Organisms and the Concept of Bacterial
Speciation. Bergey’s Manual of Systematics of Archaea and Bacteria
4. Dois animais de sexos diferentes que apresentam reprodução sexuada pertencem à mesma espécie
se
(A) são morfologicamente semelhantes entre si.
(B) originam descendentes viáveis e férteis.
(C) se reproduzem sexuada ou assexuadamente.
(D) ocupam o mesmo espaço no mesmo período de tempo.
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I – Duas bactérias da ordem Legionellales apresentam obrigatoriamente mais características em comum
do que duas bactérias que pertencem à família Legionellaceae.
II – Legionella pneumophila pneumophila representa uma subespécie da espécie L. pneumophila.
III – P. putida e P. aeroginosa são filogeneticamente mais próximas de E. coli do que esta de V. cholerae.
Documento 2
Tabela 2 – Taxa de sobrevivência de larvas de G. mellonella a infeção por diferentes estirpes de L. pneumophila.
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6 Clínica 60 60 40 40
7 Natural 100 100 70 30
8 Natural 100 100 90 20
9 Antrópic 100 100 80 20
a
10 Antrópic 90 90 60 10
a
11 Natural 80 50 40 0
12 Antrópic 70 40 0 0
a
13 Natural 50 20 0 0
14 Natural 100 0 0 0
15 Clínica 100 0 0 0
16 Antrópic 0 0 0 0
a
Baseado em Sousa, P.S. et al. (2018) Differences in Virulence Between Legionella pneumophila Isolates From Human
and Non-human Sources Determined in Galleria mellonella Infection Model. Frontiers in Cellular and Infection
Microbiology, vol. 8, art. 97
6. Legionella pneumophila
(A) pode ser encontrada apenas em protozoários.
(B) pode ser uma bactéria útil ao ser humano.
(C) refere-se ao nome comum de uma bactéria que pode provocar pneumonia.
(D) sobrevive fora ou dentro de células.
8. No estudo descrito,
(A) a taxa de sobrevivência das larvas representa a variável independente.
(B) o objetivo era confirmar que as estirpes clínicas apresentam maior diversidade genética do que as
restantes.
(C) seria importante começar por garantir que todas as estirpes estudadas infetam Galleria mellonella.
(D) fizeram-se estudos em seres humanos para estudar a infeção em insetos.
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(C) para algumas estirpes, a capacidade de L. pneumophila de causar doença diminui com o tempo
desde a infeção.
(D) as estirpes que apresentam menor variação na letalidade entre as 18 e as 72 horas após a infeção
têm origem antrópica.
10. No seu conjunto, os resultados sugerem que a ocorrência de infeção em humanos não está
relacionada com o aumento da capacidade de certas estirpes para causar doença: acima de um
determinado número limite de bactérias, não há diferenças na virulência para diferentes estirpes de L.
pneumophila.
Explique em que medida estes resultados podem ser importantes para prevenir infeções por
L. pneumophila em ambiente hospitalar.
Grupo III
Documento 3
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Covas, no concelho de Vila Nova de Cerveira, distrito de Viana do Castelo, inclui uma vasta área que foi
alvo de exploração mineira, desde a época romana até ao século XX: no passado, foram explorados o ouro
e a cassiterite (mineral de estanho), e, mais recentemente, exclusivamente minérios de tungsténio –
scheelite e volframite.
As ferramentas indispensáveis à remoção e tratamento dos minérios evoluíram ao longo dos tempos,
mas os princípios subjacentes à metodologia de exploração mantiveram-se: minas a céu aberto e em
galerias/poços. Como resultado dessa atividade mineira intensiva, surgem, na região de Covas e zonas
limítrofes, graves problemas ambientais, particularmente no que respeita à contaminação de águas e solos,
ainda que já tenham sido realizadas ações de recuperação ambiental.
A região em que Covas se insere é constituída por uma sucessão de pequenos relevos de substrato
xistoso, de idade ante-ordovícica, existindo zonas de contacto com granitos de duas micas, que se altera
facilmente com a ação dos agentes erosivos. Covas é atravessada pelo rio Coura, e em toda a região
existem numerosas nascentes, resultantes das características geomorfológicas originadas por fraturação e
alteração das rochas graníticas e xisto-magmatíticas, aliadas à elevada pluviosidade.
A procura de minérios de tungsténio, também conhecido por volfrâmio, foi particularmente intensa
durante a II Guerra Mundial, e, além de gerar milhares de postos de trabalho, fomentou o número de
concessões mineiras e de explorações dos seus jazigos minerais. O aumento da procura pelo então
denominado “ouro negro” vinca-se, neste período, pela utilidade do seu emprego no fabrico de aços que
apresentam elevada resistência mecânica, mesmo sob temperaturas elevadas.
Figura 1 – Localização geográfica de Covas (a vermelho) e o troço do Rio Coura que atravessa a freguesia (a
preto).
Baseado em Martins, C. (2015) Ouro e volfrâmio em Covas (Vila Nova de Cerveira): da exploração mineira aos
problemas ambientais. Oppidum | ano 9 | número 8
1. Os minerais são constituintes das rochas. Uma das características que permite definir um mineral é
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(A) ser formada por partículas sem distribuição regular no espaço.
(B) ter uma origem inteiramente inorgânica.
(C) apresentar uma composição química indefinida.
(D) evidenciar uma elevada resistência.
3. Relativamente à freguesia de Covas, é correto afirmar que se localiza ________ e é atravessada pelo
rio Coura no sentido ________.
(A) na região norte da Península Ibérica (...) oeste-este
(B) na região norte da Península Ibérica (...) sul-norte
(C) no distrito de Vila Nova de Cerveira (...) oeste-este
(D) no distrito de Viana do Castelo (...) sul-norte
5. As afirmações I a III dizem respeito aos dados do texto e às características das rochas.
I – O valor de um mineral é constante, isto é, não varia ao longo do tempo.
II – As rochas sedimentares apresentam ampla distribuição horizontal, mas reduzida distribuição
vertical.
III – A formação de carvão está associada a ambientes diagenéticos com pouco oxigénio e abundância
de matéria orgânica.
6. De acordo com as características das rochas, é mais provável encontrarmos fósseis em rochas
(A) sedimentares e metamórficas. (C) metamórficas e magmáticas.
(B) magmáticas e sedimentares. (D) magmáticas extrusivas e sedimentares.
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(B) quimiogénicas, resultantes da meteorização e posterior precipitação de carbonato de cálcio.
(C) como os balastros, resultantes da ação de seres vivos.
(D) organizadas em estratos verticais.
8. Em zonas litorais calcárias, é comum a formação de plataformas de abrasão, zonas aplanadas na base
das falésias onde se acumulam blocos e sedimentos de grandes dimensões.
Refira qual o principal agente de alteração que intervém na formação destas estruturas.
9. Na zona de Trás-os-Montes e Alto Douro, as litologias são muito variadas, sendo possível encontrar
rochas da crusta continental, da crusta oceânica e mesmo do manto. Em muitas regiões, o caráter
continental do clima determina elevadas amplitudes térmicas diárias e sazonais.
Relacione a ocorrência de processos de crioclastia nesta região do país com a presença de rochas
sedimentares detríticas onde abundam rochas magmáticas e metamórficas.
10. Explique em que medida o exemplo da exploração mineira em Covas representa uma interação
entre a Tecnologia, a Sociedade e o Ambiente.
Grupo IV
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Documento 4
Qualquer tipo de exploração mineira poderá acarretar problemas ambientais, mas destacam-se as
explorações de ouro e de tungsténio: a principal fonte de contaminação são os métodos utilizados para a
lavagem e subsequente tratamento dos minérios.
Para além disso, os estéreis (material extraído e não aproveitado) e as escombreiras (local de
acumulação de material sem interesse económico), assim como as frentes de exploração, quando expostas
à ação dos agentes naturais, passam por fenómenos de erosão, meteorização e lixiviação (dissolução de
substâncias por água da precipitação), originando drenagens ácidas.
No sentido de analisar possíveis contaminações, recolheram-se amostras de água no rio Coura e na
ribeira do Poço Negro, com origem em Valdarcas, próximo de Covas, e procedeu-se à sua análise
físico-química. Os resultados para alguns parâmetros de análise estão expressos na figura 1.
Da tabela 1 constam algumas propriedades de minerais extraídos em Covas.
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1. Complete o texto seguinte com a opção adequada a cada espaço.
Transcreva para a folha de respostas cada uma das letras, seguida do algarismo que corresponde à
opção selecionada. A cada letra corresponde um só algarismo.
a) b) c)
1. a forma como o mineral
1. silicato 1. dureza
parte
2. a resistência do mineral
2. óxido 2. brilho
à abrasão ou ao risco
3. a relação entre a massa
3. carbonato 3. risca
e o volume
d) e)
1. risca 1. quartzo
2. densidade 2. diamante
3. dureza 3. gesso
2. Explique em que medida os dados da figura 1 apoiam a hipótese de que, embora algumas das águas
analisadas se possam considerar aceitáveis para uso de regadio, se deverá evitar utilizar água do Poço
Negro para consumo humano.
3. A exploração de minério envolve geralmente (1) a extração do minério, (2) a separação entre minério
e o material não aproveitado e (3) a lavagem e tratamento do minério. Pelo menos nos processos 2 e 3 é
utilizada água.
Relacione a atividade mineira com a contaminação de solos e de cursos de água, utilizando o exemplo
apresentado.
4. Refira as etapas de formação de rochas sedimentares detríticas que não são referidas no documento
4.
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