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MÊS DOS 15 ANOS DA LEI MARIA DA PENHA

PROGRAMAÇÃO
EVENTO ONLINE E GRATUITO
TODA TERÇA, DIAS 03, 10, 17 E
24/08, SEMPRE ÀS 20H.

03/08 - A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E SEU CICLO


10/08 - LEI MARIA DA PENHA DO TÍTULO I AO IV
17/08 - LEI MARIA DA PENHA DO TÍTULO V AO VII
24/08 - INSTRUMENTOS TÉCNICOS PARA O
ATENDIMENTO DE VITIMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA
3º DIA
TEMA DO AULÃO

Lei Maria da Penha


do Título V ao VII
O QUE VAMOS VER NO AULÃO?

1 ALGUNS PONTOS INICIAIS SOBRE A


LEI 11.340
2.TÍTULO V AO VII DA LMP
3.INOVAÇÕES DA LEI MARIA DA PENHA
EM 2019 A 2021
1.PONTOS INCIAIS

·Quem pode denunciar casos de


violência doméstica?

A mulher, vizinhos, colegas, familiares


ou demais conhecedores sobre o caso
que não possam apontar suspeitas ou
agressões.
·Qual canal é recomendado para
denúncias de violência doméstica?
Disque 180 é o telefone da Central de
Atendimento à Mulher, e conta com
uma equipe voltada ao
aconselhamento e direcionamento de
situações do gênero. O serviço é
gratuito e funciona todos os dias, 24
horas.

·O flagrante da situação de violência


deve ser denunciado à polícia.
·Mulheres trans também estão
incluídas na Lei Maria da Penha?

As mulheres trans e travestis também


estão protegidas pela lei. A própria
configuração da legislação levou em
conta a situação da violência de
gênero.
"A lei foi feita com base na Convenção
Interamericana para Prevenir, Punir e
Erradicar a Violência contra a Mulher.
Como obter medida protetiva? Com
quanto tempo ela sai?

Uma mulher pode pedir as medidas


protetivas na delegacia, ao ir denunciar
o caso; no Ministério Público, outro
órgão que também dará o
encaminhamento as denúncias; na
Defensoria Pública, quando não se tem
condições de pagar um advogado
particular.
Após o registro, a autoridade policial
tem 48 horas para remeter a medida ao
juíz, e a Justiça tem outras 48 horas
para responder.
A guarda dos filhos em casos de
violência fica obrigatoriamente com a
mulher?
Não necessariamente. A guarda leva em
consideração o "melhor interesse da
criança ou do adolescente". As crianças
costumam ficar com a mãe por uma
"construção social" na qual, geralmente,
elas dependem mais da mulher e são
essencialmente criadas por ela. No
entanto, nada legalmente impede que,
no senso geral, que a criança ou
adolescente conviva com o pai.
Em entrevista à CNN, a bioquímica que
lutou pela vida e deu nome à lei, Maria
da Penha, afirmou que o rol de políticas
públicas que emergiram a partir da
aprovação da lei, apesar de importante,
ainda precisam ser complementados
com investimentos especialmente nos
abrigos temporários, que costumam
abrigar mulheres com seus filhos
quando a situação exige medidas do
tipo.
2. TÍTULO V

No Título V e seus quatro artigos, está


prevista a criação de Juizados de Violência
Doméstica e Familiar contra a Mulher,
Podendo estes contar com uma equipe de
atendimento multidisciplinar composta de
profissionais especializados nas áreas
psicossocial, jurídica e da saúde(IMP).
Art. 29. Os Juizados de Violência
Doméstica e Familiar contra a Mulher
que vierem a ser criados poderão
contar com uma equipe de
atendimento multidisciplinar, a ser
integrada por profissionais
especializados nas áreas psicossocial,
jurídica e de saúde.
Art. 30. Compete à equipe de
atendimento multidisciplinar, entre
outras atribuições que lhe forem
reservadas pela legislação local, fornecer
subsídios por escrito ao juiz, ao
Ministério Público e à Defensoria
Pública, mediante laudos ou
verbalmente em audiência, e
desenvolver trabalhos de orientação,
encaminhamento, prevenção e outras
medidas, voltados para a ofendida, o
agressor e os familiares, com especial
atenção às crianças e aos adolescentes.
Art. 31. Quando a complexidade do caso
exigir avaliação mais aprofundada, o juiz
poderá determinar a manifestação de
profissional especializado, mediante a
indicação da equipe de atendimento
multidisciplinar.
TÍTULO VI

O Título VI prevê, em seu único


artigo e parágrafo único, uma
regra de transição, segundo a qual
as varas criminais têm
legitimidade para conhecer e
julgar as causas referentes à
violência de gênero enquanto os
Juizados de Violência Doméstica e
Familiar contra a Mulher não
estiverem estruturados (IMP).
Art. 33. Enquanto não estruturados os
Juizados de Violência Doméstica e
Familiar contra a Mulher, AS VARAS
CRIMINAIS acumularão as
competências cível e criminal para
conhecer e julgar as causas decorrentes
da prática de violência doméstica e
familiar contra a mulher.

Parágrafo único. Será garantido o direito


de preferência, nas Varas criminais, para
o processo e o julgamento das causas.
TÍTULO VII

Está as disposições finais da LPM


com a 13 artigos que determinam
que a instituição dos Juizados de
Violência Doméstica e Familiar
contra a Mulher pode ser integrada a
outros equipamentos em âmbito
nacional, estadual.
Um dos ganhos significativos
trazidos pela lei, conforme consta no
art. 41, é a não aplicação da Lei n.
9.099/1995, ou seja, a violência
doméstica praticada contra a mulher
deixa de ser considerada como de
menor potencial ofensivo (IMP).
Art. 35. A União, o Distrito Federal, os
Estados e os Municípios poderão criar e
promover, no limite das respectivas
competências:

I - centros de atendimento integral e


multidisciplinar para mulheres e
respectivos dependentes em situação de
violência doméstica e familiar;
II - casas-abrigos para mulheres e
respectivos dependentes crianças ou
adolescentes em situação de violência
doméstica e familiar;
III - delegacias, núcleos de defensoria
pública, serviços de saúde e centros
de perícia médico-legal
especializados no atendimento à
mulher em situação de violência
doméstica e familiar;
IV - programas e campanhas de
enfrentamento da violência
doméstica e familiar;

V - centros de educação e de
reabilitação para os agressores.
Art. 38-A. O juiz competente
providenciará o registro da medida
protetiva de urgência.

Parágrafo único. As medidas protetivas de


urgência serão registradas em banco de
dados mantido e regulamentado pelo
Conselho Nacional de Justiça, garantido o
acesso do Ministério Público, da Defensoria
Pública e dos órgãos de segurança pública e
de assistência social, com vistas à fiscalização
e à efetividade das medidas protetivas.
§ 9º Se a lesão for praticada contra
ascendente, descendente, irmão,
cônjuge ou companheiro, ou com
quem conviva ou tenha convivido,
ou, ainda, prevalecendo-se o
agente das relações domésticas, de
coabitação ou de hospitalidade:

Pena - detenção, de 3 (três) meses


a 3 (três) anos.
..................................................................
§ 11. Na hipótese do § 9º deste artigo, a
pena será aumentada de um terço se
o crime for cometido contra pessoa
com deficiência”

Art. 41. Aos crimes praticados com


violência doméstica e familiar contra
a mulher, independentemente da
pena prevista, não se aplica a Lei nº
9.099, de 26 de setembro de 1995.
3. INOVAÇÕES DA LEI MARIA DA
PENHA 2019-2021

Encaminhamento à assistência judiciária,


quando for o caso, inclusive para eventual
ajuizamento da ação de separação
judicial, de divórcio, de anulação de
casamento ou de dissolução de união
estável perante o juízo competente.
(Incluído pela Lei nº 13.894, de 2019)
·Aquele que, por ação ou omissão, causar
lesão, violência física, sexual ou
psicológica e dano moral ou patrimonial
a mulher fica obrigado a ressarcir todos
os danos causados, inclusive ressarcir ao
Sistema Único de Saúde (SUS). (Vide
Lei nº 13.871, de 2019) (Vigência)
·Os dispositivos de segurança destinados
ao uso em caso de perigo iminente e
disponibilizados para o monitoramento
das vítimas de violência doméstica ou
familiar amparadas por medidas
protetivas terão seus custos ressarcidos
pelo agressor.

(Vide Lei nº 13.871, de 2019) (Vigência)


·§ 8º Serão sigilosos os dados da ofendida
e de seus dependentes matriculados ou
transferidos conforme o disposto no § 7º
deste artigo, e o acesso às informações
será reservado ao juiz, ao Ministério
Público e aos órgãos competentes do
poder público. (Incluído pela Lei nº
13.882, de 2019)
·Art. 11. No atendimento à mulher em
situação de violência doméstica e
familiar, a autoridade policial deverá,
entre outras providências: V - informar à
ofendida os direitos a ela conferidos
nesta Lei e os serviços disponíveis,
inclusive os de assistência judiciária para
o eventual ajuizamento perante o juízo
competente da ação de separação
judicial, de divórcio, de anulação de
casamento ou de dissolução de união
estável. (Redação dada pela Lei nº 13.894,
de 2019)
·Art. 12-C. Verificada a existência de risco
atual ou iminente à vida ou à integridade
física ou PSICOLÓGICA da mulher em
situação de violência doméstica e
familiar, ou de seus dependentes, o
agressor será imediatamente afastado do
lar, domicílio ou local de convivência com
a ofendida pelas seguintes autoridades:

(Redação dada pela Lei nº 14.188, de 2021)


·I - pela autoridade judicial; (Incluído
pela Lei nº 13.827, de 2019)

·II - pelo delegado de polícia, quando o


Município não for sede de Comarca; ou
(Incluído pela Lei nº 13.827, de 2019)

·III - pelo policial, quando o Município não


for sede de comarca e não houver
delegado disponível no momento da
denúncia. (Incluído pela Lei nº 13.827,
de 2019)
·Art. 14-A. A ofendida tem a opção de
propor ação de divórcio ou de dissolução
de união estável no Juizado de Violência
Doméstica e Familiar contra a Mulher.
(Incluído pela Lei nº 13.894, de 2019)

·§ 2º Iniciada a situação de violência


doméstica e familiar após o ajuizamento
da ação de divórcio ou de dissolução de
união estável, a ação terá preferência no
juízo onde estiver.

(Incluído pela Lei nº 13.894, de 2019)


·Art. 23. Poderá o juiz, quando necessário,
sem prejuízo de outras medidas:

·V - determinar a matrícula dos


dependentes da ofendida em instituição
de educação básica mais próxima do seu
domicílio, ou a transferência deles para
essa instituição, independentemente da
existência de vaga. (Incluído pela Lei
nº 13.882, de 2019)
CONTINUAÇÃO DAS INOVAÇÕES
DA LEI MARIA DA PENHA

Art. 22. Constatada a prática de


violência doméstica e familiar
contra a mulher, nos termos desta
Lei, o juiz poderá aplicar, de
imediato, ao agressor, em conjunto
ou separadamente, as seguintes
medidas protetivas de urgência,
entre outras:
VI – comparecimento do agressor a
programas de recuperação e
reeducação; e (Incluído pela Lei nº
13.984, de 2020) e

VII – acompanhamento psicossocial


do agressor, por meio de atendimento
individual e/ou em grupo de apoio.
(Incluído pela Lei nº 13.984, de 2020)
Art. 12-C. Verificada a existência de
risco atual ou iminente à vida ou à
integridade física OU PSICOLÓGICA
da mulher em situação de violência
doméstica e familiar, ou de seus
dependentes, o agressor será
imediatamente afastado do lar,
domicílio ou local de convivência com
a ofendida: (Redação dada pela Lei
nº 14.188, de 2021)
“Uma vida sem violência é DIREITO de
toda mulher”

Maria da Penha

@NEXOPERICIAL
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10/08 - LEI MARIA DA PENHA DO TÍTULO I AO IV
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