Você está na página 1de 12
actsmcas vinragoes no. $2, jlo de 2020 89 Percepgao da qualidade acustica de ambientes por alunos dos cursos de Arquitetura e Design de Interiores Silva, E. H.! ©; Oiticiea, M. L. G. da R. 'Mestrando DEHA / Faculdade de Arquitetura e Urbanism, Universidade Federal de Alagoas, Al, Brasil cduardobenrique.arq@emailcom “Arquiteta, Professora Doutora DEHA / Faculdade de Arquitetura ¢ Urbanismo, Universidade Federal de Alagoas, Al, Brasil, mloiticica@hotmail.com Resumo Arquitetos e urbanistas brasileiros tém, em virtude de suas atribuicdes profissionais garantidas na Re- solugdo 51 do CAU (Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil), autonomia para tomar decisdes técnicas que demandam conhecimento de detalhes conceituais que nao sio aprofundados na gradua- G40, O conforto aciistico é uma disciplina técnica que, além de dados mensurdveis por meio de equi- pamentos, exige sensibilidade por parte do profissional de arquitetura na tomada de decisdes sobre qual material empregar para garantir a adequacdo do conforto actistico tanto no condicionamento quanto no isolamento actistico do ambiente construido. Assim, o objetivo do presente estudo foi avaliar qual é 0 nivel de percepeao das caracteristicas actisticas em ambientes por estudantes do curso de Arquitetura ¢ Design de Interiores, A metodologia aplicada envolveu a selecdo de 3 grupos de 10 estudantes em diferentes niveis de graduacao (3°, 6° periodos da graduagao de Arquitetura e Urbanismo 5° periodo do curso de Design de Interiores) que foram submetidos a um teste sonoro com fones de ouvido. Nesse teste, foram reproduzidas aravagaes de diversos tipos de ambientes com diferentes con- digdes actisticas e aplicou-se um questionério de miltipla escolha em que cada alto identificaria as caracteristicas actisticas de cada sala. Os resultados mostraram a evolucdo da compreensdo das carac- teristicas actisticas pelos alunos apds 0 contato com o contetido ensinado, Palavras-chave: percepedo sonora, ensino, ambiente construtdo, arquitetura, design. PACS: 43.55 -n, 43.55.Hy, 43.661}, 43.75.Cd. Acoustic quality perception in environments by architecture and interior design students ‘Abstract Courtesy of professional attributes defined and guaranteed in Resolution $1 of the Brazilian Council of Architecture and Urbanism (CAU - Conselhio de Arquitetura e Urbantsmo do Brasil), Brazilian architects and urbanists exercise authority to execute technical decisions requiring knowledge of con- ceptual details which are not studied in-depth across undergraduate curriculums. Beyond using equip- ‘ment to measure data, acoustic comfort is a technical discipline which demands the professional ar- chitect’s sensibility when deciding which materials to employ in order to guarantee adequate acoustic comfort both in the constructed environments conditioning and acoustic isolation. Thus, the objective of the present study was to evaluate levels of perception among Architecture and Interior Design stu- dents concerning environmental acoustics, The methodology applied began by selecting three (3) groups of ten (10) students each from different levels of enrollment/conclusion within Brazilian un- dergraduate programs [third (3rd) and sixth (6th) semesters of Architecture and Urbanism and fifth (Sth) semester of the Interior Design curricula, respectively]. Using headphones, each student then listened to recordings of acoustically diverse environments. Following, a multiple-choice question- naire was applied to gauge their identification of each room’s acoustic characteristics, Results show the evolution of comprehension of acoustic characteristics among students after their exposure to the content taught. ‘Keywords: sound perception, teaching, built environment, architecture, design, -Recebido: 15 de abril de 2020, aceite: 15 de julto de 2020 Dok 10 55753/eev v35052.37 ‘publica: 31 dul de 2020) Silva, EH. Oiticies M.-L. @. da. 90 Persepgio da qualisade atic de sonbietes por anos dos euros de Ansitenara¢ Design de lteriores 0. 5 ACUSTICAE VIBRACGES . julho de 2020 1. INTRODUCAO O estudo da Aciistiea Arquiteténica abrange 0 condicionamento ¢ 0 isolamento acistico de ambientes construidos, garantindo a audibili- dade adequada ao usuario, bem como 0 con- trole do ruido que acessa 0 recinto ou evade dele. Os estudos modernos sobre actisties do ambiente construido sao atribuidos a W. Sa~ bine, Helmholtz e Rayleigh, datados do século XIX, sendo possivel afirmar, ento, que se trata de uma cigncia recente [1] Existem no Brasil duas normas que retratam aspectos relacionados 4 qualidade aciistica nos espacos internos. Essas normas sio a ABNT NBR 10152 [2], que estabelece niveis de pres- so sonora em ambientes intemos edificagio ea ABNT NBR 12179 [3] que fixa eritérios fundamentais para a execugao de tratamento actistico em recintos fechados. Somado a esse fator, a OMS (Organizagio Mundial de Saude) declarou que o segundo maior problema ambi- ental no mundo € a poluigdo sonora, apés a po- luicao do ar [4] Ao considerar o isolamento aciistico das edificagdes, o Brasil vem tentando ajustar um maior niimero de edificagdes que atendam as normas tanto nacionais quanto intemacionais. Duarte e Viveiros [5] mostram, em fungio do tempo e do uso de materiais e téenicas de construgiio, que a qualidade do isolamento actistico das edificagdes brasileiras sofreu uma queda de até 20 dB, representada pelo emprego de elementos construtivos caracterizados por suas massas superficiais (kg/m’) cada vez me- nores. Paixdo [6] mostrou que a Actstica Arquiteté- nica ainda nfo era vista como prioridade no planejamento de projetos para a construgao ci- vil no Brasil como um todo. Reflexo disso foi surgimento da ABNT NBR 15575 [7] diante da existéncia do grande mimero de reclama- Oes de usuarios quanto a falta de privacidade apds ocupar os iméveis adquiridos. Inserido nesse panorama esta o profissional da Arquite- tura ¢ Urbanismo que, com atribuigdes que lhes dio 0 poder para sérias tomadas de decisdes, .REVISTADA SOCIEDADE BRASILEIRADE ACUSTICA (SOBRAC) vem de uma formagao generalista, possibili- tando de escolher se especializar para atuar muma Area especifica, nesse caso, a area da Aciistica Arquiteténica. A Resolugdo n° 51 do Conselho de Arquitetura ¢ Urbanismo do Brasil [8] especifica atividades as quais arquitetos ¢ urbanistas estio habilita- dos. Em seu Artigo 2° inciso II, que trata das atribuigdes da arquitetura de interiores, indica, entre outras atribuigdes, que o profissional da arquitetura & capaz de coordenar, compatibili- Zar 0 projeto arquiteténico com os projetos complementares, criar relatorios téenicos com especificagdes e avaliagdes pés-ocupagio. No glossirio da referida Resolugao, o verbete “ar- quitetura de interiores” engloba a intervengao do arquiteto em ambientes internos e externos da edificagdo para adequar as suas necessida- des de uso, contemplando o tratamento actis- tico dentre varios outros itens de adequagao de conforto de uma construgio. Entretanto, questionamentos sio formulados referenciando se a formago que o estudante de arquitetura recebe durante a graduagio é suficiente para contemplar todas as responsabi- lidades que este profissional deve ter ao entrar ‘no mercado. Através dessa ética do ensino aca- démico, ¢ interessante que 0 arquiteto em for- maco desenvolva e aperfeigoe sensibilidades necessirias para perceber o ambiente sonoro ainda na faculdade, Para isso, um teste com alunos de graduagio de Arquitetura e Urba- nismo e Design de Interiores da Faculdade de Arquitetura, Urbanismo e Design (FAUD), subdivisio da Universidade Federal de Ala- goas (UFAL), em niveis distintos, foi aplicado no inicio e no final de seus cursos para avaliar a capacidade de percepco dos estudantes em distinguir a qualidade sonora nos ambientes acusticamente distintos. 2. O PROCESSO DE FORMACAO DO ARQUITETO E URBANISTA NA UFAL E AS EXPERIENCIAS SENSO- RIAIS Ainda no primeiro periodo da graduacio, di- versas atividades sio realizadas com os alunos AcUSTICAE ViERAGES ‘no, $2, julho de 2020 Silvs,E, H: Oiticies M.L. G, da R. Percept da qualidade scisica de abies por sins dos euros de Arqutena Deng delateioes 9 de Arquitetura e Design de Interiores com a fi- nalidade de estimular a percepgaio do espago por meio dos cinco sentidos. Esse processo é muito particular de cada individuo, partindo de como sente o ambiente construido (ou nao construido) de forma livre, envolvendo e acei- tando a subjetividade nos procedimentos inici- ais de projeto e estimulando-o a criar produtos arqniteténicos com essa base [9]. Na pos-gra- duagio, 0 aluno de arquitetura de mestrado em Dinamieas do Espago Habitado (DEHA) da FAUD - UFAL depara-se com trés linhas ge~ rais de ensino: Linha O1, que consiste na per- cepco, conceituagiio e representagdo do es- paco; Linha 02, que aborda a concepeio, tec- nologia, construgio e adequago do espago; e Linha 03, que abrange a gestio, apropriacao e a organizagao do espago habitado [10], sendo a linha 3 geralmente aplicada 4 area do urba- nismo. Autores como Paola Berenstein [11], abordam sobre formas de estimulo a percepgao do es- pago por meio de experiéneias sensoriais, por meio do tato, ou por meio de atividades com auséncia da visio. Entretanto, seu texto nao aborda 0 ato de ouvir, talvez pelo fato de a au- digo ser um dos sentidos mais negligenciados por sempre estar ativo. Prova disso é 0 fato de © som ser um fendmeno comumente associado a outros sentidos: som “suave” (tato), “com brilho” (visio), “abafado” (tato), “elaro e eris- talino” (visdo), “gordo / magro” (visao / tato), “doce” (paladar), “seco / molhado” (tato). Quando 0 sentido da audigo & considerado, para buscar uma aproximagao pragmética a ser definida em normas ¢ leis, as aplicagdes dos es- tudos em aciistica sao resumidas e quantifica- das em escalas logaritmicas, como o decibel (dB), 0 que faz com que o som seja tratado me- ramente como um valor numérico sem consi- derar suas particularidades qualitativas, como seu timbre e seu movimento [12]. Isso eviden- cia que os estudos que retratam o desenvolvi- mento de métodos, normas e as andlises a res- peito do comportamento do som nos ambientes tém um grande potencial de evolugo e amadu- recimento, Para tanto, € importante que o esti- mulo da percepeio do espaco especialmente [REVISTADA SOCIEDADE BRASILEIRADE ACUSTICA (SOBRAC) por meio da audigao ocorra na fase de forma ¢40 do arquiteto e urbanista em todo o Brasil. 3. REFLEXOES SOBRE AS TOMADAS DE DECISOES DO AMBIENTE SO- (ORO PROJETADO O trabalho do arquiteto ¢ urbanista esta ligado a0 processo de tomada de decisdes a respeito dos usos que um usuario qualquer far do ambiente projetado por esse profissional. E um oficio que demanda total sensibilidade e téc- nica na hora de dimensionar, revestir, iluminar, sonorizar, colorir, definir fluxos, entre tantas outras tarefas. Para isso, pereeber o ambiente de maneira equacionada entre os 5 sentidos & fundamental. A audigdo é o sentido que cada vez mais tem sido negligenciado no contexto fumano atual, fazendo-se necessario estimular © processo de escuta, Nota-se, claramente, um enfoque maior a visio no processo de projeto arquiteténico, Muito embora, se comparada a0 sentido da visio, a audi¢do possui caracteristi- cas transitérias e fluidas, capazes de auxiliar © homem a estabelecer 0 senso de realidade tem- poral agregado as emogdes [13]. A qualidade aciistica dos espagos construidos propicia a privacidade, nos locais em que essa demanda é desejada, e a comunicagao, que garante a correla compreensio (inteligibil dade) do som produzido entre locutores e inter- locutores tanto por meio da palavra falada, quanto da musica reproduzida com ou sem o auxilio de sistemas de som. A anilise aciistica de ambientes & uma atividade multidisciplinar que agrega nio s6 0 trabalho de profissionais da arquitetura e engenharia, como também da misica, filosofia, psicologia, entre outros [14] “Aprender a ouvir” nao é s6 um dos prineipais objetivos do ensino de miisica, mas em todo 0 processo de ensino-aprendizagem. Murray Schafer [15], miisico e pesquisador canadense, concentrou seus esforgos em induzir os alunos a perceberem sons que nunca haviam perce- bido, inclusive os sons que eles mesmos pro- duziam no ambiente, assim apresentou 0 con- ceito de paisagem sonora, como sendo qual- quer porgao do ambiente sonoro tratada como um campo de estudos [16]. Schafer convida 0 leitor a parar para escutar, como um proceso Silva, EH. Oiticies M.-L. @. da. 92 Persepgio da slidade actica de armbietes por ahanos dos cursos de Ansitemra¢ Design de fteroves ACUSTICAE VIBRACGES 1. 52, julho de 2020 de pausas para a condugao do processo de ou- vir em meio a incidéncia crescente de informa- ges e estimulos sonoros oriundos da vida co- tidiana, trazendo o interlocutor percepgio do que é possivel ser visto e interpretado pelo sen- tido da audigao Assim, a partir do momento em que tais técnicas so empregadas na conscientizacao da importincia do “ouvir” no proceso de ensino de arquitetura, espera-se, como consequéncia, a formagio de profissionais capazes de antever problemas originados de escolhas equivocadas de materiais de revestimento, ou de setorizagaio em flusogramas tanto em ambientes fechados quanto no planejamento urbano. Essa sensibi- lidade, devidamente estimulada e orientada, ¢ capaz de transformar ambientes nos mais di: versos prismas, trazendo beneficios a satide e ao bem-estar de todos. Desta forma, 0 objetivo do presente estudo foi avaliar qual é o nivel de pereepedo das earacteristicas actisticas em am- bientes por estudantes dos cursos de Arquite- tura e Design de Interiores. 4, MATERIAIS E METODOS Em virtude da importineia de “ouvir a arquitetura”, foi proposto um teste de percep- ‘clo, a partir da reprodugdo de sons envolvendo anisica, palavra falada e fendmenos aciisticos em salas. Um questionério foi aplieado para possibilitar o entendimento de como grupos de alunos envolvidos com o aprendizado da actis- tica nos cursos de Arquitetura e Urbanismo e Design de Interiores, em diferentes niveis de graduagao, distinguiriam ambientes acustica- mente adequados de ambientes inadequados. Para investigagdo da percepedo da qualidade actistica dos ambientes, foram selecionados dez alunos de cada um dos cursos e periodos que estavam matriculados em diseiplinas refe- rentes a teoria actistica ¢ que se prontificaram a colaborar com a pesquisa. Essa selegao foi procedida conforme descriminado abaixo: * CONFORTO | do curso de Arquitetura e Ur- banismo (3° periodo) da FAUD - UFAL; * CONFORTO 4 do curso de Arquitetura e Ur- banismo (6° periodo) da FAUD - UFAL; .REVISTADA SOCIEDADE BRASILEIRADE ACUSTICA (SOBRAC) * CONFORTO ACUSTICO do curso de De- sign de Interiores (3° periodo) da FAUD — UFAL. Com o questiondrio de 25 perguntas de milti- pla escolha, editado em midia fisica (papel) e aplicado pelo mediador para cada um dos dez alunos por vez durante uma aula, buseou-se a coleta de respostas répidas como “sim” e “no”, também indicando quais eram os éudios respectivos a cada situago e quais fenomenos aciisticos ocorriam em cada um deles. Eventu- ais dividas eram esclarecidas pelo mediador. Os detalles dos audios sero apresentados junto com os questiondtios adiante. © mesmo teste foi aplicado no inicio e no final do semes- tre letivo para os mesmos alunos. A organiza- gio ¢ 0 agrupamento dos arquivos de dudio uti- lizados foram separados por categorias con- forme 0 Quadro 1 ‘Quadro 1: Organizacio ¢ agrupamento dos arquivos de éudio em eategorias ‘Audios | Categoria Deserigao Fase 1- | Dilerencas entre campo L2e3 direto e campo difso (som de flania) 3 Espacos com diferentes Fase2— | tempos de reverberate 4.566 | FENOMENOS | Tere eee owe ACUSTICOS | “de caixa de bateria) we, ‘tec ‘Trechos de uma mitsica 7.8.9 NHECT- | com alicragdes em fre- MENTO 610 | perReguen. | aoe: eaves mins Cae e agudas Fase 4. | iligibiidade da fala intetierse | (¥02 feminina) em sis- ie | Mupape” | tusk ommerie EM GRANDES | ‘Inmes (excmplo: acro- NOEEMES portose feiras) Fase3— | tneligibilidade da fala INTELIGIBILT: | (vozes masculina e fe- Be14 | coegvenos |_minina) em sala com ¢ “VOLUMES. | Set isolamento acistico Os arquivos de dudio digital foram processados em formato WAV, com profundidade de 24 bits e taxa de amostragem de 44,1 kHz, de forma a garantir clareza satisfatoria para a per- cepgio dos detalhes dos arquivos reproduzidos nos fones de ouvido e também para excluir a AcUSTICAE ViERAGES ‘no, $2, julho de 2020 Silvs,E, H: Oiticies M.L. G, da R. Peeps da qualidade aintca de ambints po unos dos crsos de Auten ¢ Design de atenores 93 influéncia da actistica da sala de aula na com- preensio dos udios (Quadro 2). Quadro 2: Materiais utilizades Quadro 3: Caracteristicas e perguntas das audios 1, 2 & 3 legendas Material | Tmagem Descrigao, Sistema de reprodupao so- ‘nora auriculaecapa2 de re- Fones de predtziro ui em ampla ouvido faixa de fequsacins (AKG ‘Anais 1,2, 3—Compreensio ‘Asia 1 lanaes~ soon drt ‘Audio 2~clannete— Ambiente com rverberajdo contolada ‘Ando 3 lance ~ ambiente reverDerante, com eco e em las LEGENDA: ‘Respesta coretasperaday. 9 | pres de reports smrodelo kp) Dispositive comum capaz Note- de processaro sofhvare book PRO TOOLS para edieio € reprodugio de andio,utli- 2ados no taba, Perguntase respostas— Audios 1,2€3 Voce senteaierenca entre estes 3 sons? = ne am ONO Contato 1 Arguit | Conforo4~Arqult | Design denterores s resultados obtidos a partir das respostas dos questionarios sao mostrados nos Quadros 3 a7, nos quais so apresentados os blocos de per- guntas e respostas com suas devidas percenta- gens. Os dados permitiram interpretar a evolu- gio da percepcao dos alunos em fungio da abordagem dos assuntos de Acustica Arquite- ‘nica em sala de aula. 5. ANALISE E DIAGNOSTICO Nos testes aplicados, o primeiro grupo de éu- dios foi representado pelo som de um clarinete sendo tocado, com a mesma melodia, em am- bientes com portes distintos, Como deserito no Quadro 3, a intengo com os éudios apresenta- dos seria a percepgio das diferencas entre os trés sons mediante a sensagio de alguns fend- ‘menos actisticos sentidos durante a execugio de cada um deles. A diferenga entre os éudios foi percebida por todas as turmas no inicio do curso. No final do curso, provavelmente de- vido a questdes subjetivas de percepgdo ao questionario, um(a) aluno(a) de Arquitetura, da turma da diseiplina de Conforto I nao percebeu a diferenga entre os tés sons reproduzidos no fone. A respeito da compreensio, o som direto, livre de reflexdes sonoras que distorcem a cla- teza da reprodugao sonora, possivelmente re- trata a melhor inteligibilidade, qualidade per- cebida pelos alunos de Conforto 4 do curso de Axquitetura tanto no inicio quanto no final do semestre, [REVISTADA SOCIEDADE BRASILEIRADE ACUSTICA (SOBRAC) nici | Fiaal | Inicio | Final | inicio | Fil e@/9e\ee/e Qual dos ts sons voce sente maior compreensio? Mim Adio 1 9G [mm bAvdio2 | mmm c Audios Contr ~Argut | Conforins—arqutt | Design de terior ‘icin | Fiaal | iio | Final | inicio | Fim egeeqara ‘3.0 ambiente do audio 1 ¢ deporte pequeno, médio, on grande? en Jum #50 |i Grande en e/ea/e-a 4.0 ambiente do audio 2 ¢ de porte pequeno, médlo, ou grande? Ts? [m_» 500 9 [im ma Ano ‘Coulrto4~ Aug. | Desiga de Inteores eS Silva, EH. Oiticies M.-L. @. da. 96 Persepsio da slidade actica de anmbietes por ahanos dos cursos de Ansitemra¢ Design de fteroves ACUSTICAE VIBRACGES 1. 52, julho de 2020 14 Qua uo correspond a um aumento ns fequialas MEDIAS? ‘Voce sente dferenca entre estes? sous? olo/@C eles Ta a Cs Ce Coufrio 4 Argul. | Design delateviores| fmmaAce? [mma s vo J fot | tomo | ran | ico | rim eee Pele fmm os? [Rm As s [mc Aot 09¢]mma Auto =a am oxo ContortolArguk | Conor 4~ Argue | Design deters Tors: Toa Contortot argu | Conte d Arg a ee ee “ee/ee =o Tm Aco SS eS ‘wo | Fast | tice | Fat | mio | Fal ereeeae TA toa crepe sm om EQULBRIG tet fier 79m ass [imme aut? [amore ute aret [Gro re ‘Design de Interiors a |e \a|e\01e 19. Em que audio alocutora fala “DEZENOVE"? Ta Nesta Centro Arg [Confortos Argue | Design detateors Ee ees tase J Fit | tase | fon | tino ] Fea | &-| @] GGT S--s. © Quadro 6, a seguir, apresenta o questionario para os audios 11 ¢ 12, com caracteristicas so- noras relacionadas 4 inteligibilidade da fala em um ambiente com grande volume. A inteligibi- lidade da fala € importante desde os primér- dios, a exemplo dos anfiteatros romanos e tea- tros gregos, onde a projego da voz era garan- tida pela forma arquiteténica, ou grandes blo- cos de pedra e barro que garantiam a privaci- dade nas residéncias na antiguidade. Quadro 6: Caractetisticas dos fudios 11 e 12, legenda, pergunlas e respostas Audios 11,12 ~ Intetigiilidade em ambiente de grand Tame Audio 11 —foeuora fminina enursndo um e6digo B19") ema ‘kein elatoacntico mm amiente aba tam condicionamnents seit (pein) Audio 12 —Iocutora fmininaanancindo um codigo B19") am ‘aroma eetoecstico em embiets aber com condicionamento cist (pail) LEGENDA: openers gg | Orsaderorois: ceperad .REVISTADA SOCIEDADE BRASILEIRADE ACUSTICA (SOBRAC) 20. Fm que dudioa im 2 Auto 1196 | my Aca 2 9] mm cNeatum Contoro argu. | Conte

Você também pode gostar