Você está na página 1de 30

UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI

DEPARTAMENTO DE CONSTRUÇÃO CIVIL


TECNOLOGIA EM CONSTRUÇÃO CIVIL

ESTRADAS 1

Aula 03
Classificação de Rodovias

Prof.ª MSc. Ant.ª Fabiana Marques Almeida


fabiana_urca@live.com

Juazeiro do Norte
Julho / 2015
AO FINAL DA AULA, DEVEREMOS:

 Conhecer a classificação das rodovias quanto a:


 Posição geográfica
 Função
 Jurisdição
 Condições técnicas
 Níveis de serviço

 Conhecer as classes de projeto


QUANTO À POSIÇÃO GEOGRÁFICA

Símbolo representativo de rodovia federal brasileira

Traço separador

BR - XYY
Número indicativo da posição da rodovia

Número indicativo da categoria da rodovia


QUANTO À POSIÇÃO GEOGRÁFICA

X=0 - RADIAIS
• Partem de Brasília, ligando as capitais e principais cidades.
• Têm a numeração de 010 a 080, no sentido horário.
• Ex. BR-040 (Brasília – Rio de Janeiro); BR-020 (Brasília - Fortaleza)

20
-0
BR
BR-070
BR
-03
0
QUANTO À POSIÇÃO GEOGRÁFICA

X=1 - LONGITUDINAIS
• Têm direção geral norte-sul.
• Começam com o número 1, variam de 100 a 199, (em Brasília 150).
• Ex: BR-116 – Fortaleza – Jaguarão;

74
-1
BR

BR-163

1
R-10
B
QUANTO À POSIÇÃO GEOGRÁFICA

X=2 - TRANSVERSAIS
• Direção leste-oeste.
• A numeração varia de 200 no extremo norte a 250 em Brasília, indo até
299 no extremo sul.
• Ex: BR-230 (Transamazônica);

BR-230

BR-262

BR-290
QUANTO À POSIÇÃO GEOGRÁFICA

X=3 - DIAGONAIS
• As pares têm direção noroeste-sudeste (NO-SE).
• A numeração varia de 300 no extremo nordeste a 398 no extremo
sudeste (350 em Brasília).
• O número é obtido por interpolação.
• As ímpares têm direção nordeste-sudoeste (NE-SO) e a numeração
varia de 301 no noroeste a 399 no extremo sudeste, (351 em Brasília).
• Ex: BR-319 (Manaus – Porto Velho);
QUANTO À POSIÇÃO GEOGRÁFICA

X=3 - DIAGONAIS

BR
-3

19
04

-3
BR

BR
-3
BR

24
-3
64
5
- 36 1
BR - 38
BR
QUANTO À POSIÇÃO GEOGRÁFICA

X=4 – LIGAÇÃO
 Ligam pontos importantes das outras categorias.
 A numeração varia de 400 a 450 se a ligação estiver para o norte de
Brasília e de 451 a 499, se para o Sul de Brasília.
 Apesar de serem de ligação podem ter grandes e pequenas.
QUANTO À POSIÇÃO GEOGRÁFICA
X=4 – LIGAÇÃO
QUANTO À POSIÇÃO GEOGRÁFICA
QUANTO À FUNÇÃO

Sob o ponto de vista funcional, considerando as


características sócio-econômicas, demográficas, territoriais,
político administrativas, o antigo DNER, hoje DNIT, classificou
as rodovias em 3 grandes sistemas funcionais.

Acessibilidade e Mobilidade
QUANTO À FUNÇÃO

Sistema Arterial, que compreende as rodovias cuja função


principal é a de propiciar mobilidade;

Sistema Coletor, englobando as rodovias que proporcionam


um misto de funções de mobilidade e de acesso;

Sistema Local, abrangendo as rodovias cuja função principal é


a de oferecer oportunidades de acesso.
QUANTO À FUNÇÃO
OBJETIVOS DA CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL

• O planejamento lógico do desenvolvimento físico do sistema


rodoviário;

• A adjudicação racional da responsabilidade de jurisdição;

• O planejamento da distribuição dos recursos financeiros por


sistemas funcionais.
CLASSIFICAÇÃO DAS RODOVIAS
(QUANTO A FUNÇÃO)

SISTEMAS FUNCIONAIS FUNÇÕES BÁSICAS

Viagens internacionais e inter-regionais. Elevados níveis de mobilidade. Formar


PRINCIPAL sistema contínuo na região. Articulação com rodovias similares em regiões
vizinhas. Conectar capitais e cidades com pop. > 150.000 hab.
Viagens inter-regionais e interestaduais. Atender função essencial de mobilidade.
ARTERIAL PRIMÁRIO
Formar sistema contínuo na região. Conectar cidades com pop.50.000 hab.

Viagens intra-estaduais e não servidas pelos sistemas superiores. Formar sistema


SECUNDÁRIO contínuo com rodovias dos sistemas superiores, atendendo função essencial de
mobilidade. Conectar cidades com pop. > 10.000 hab.
Viagens intermunicipais. Acesso a geradores de tráfego (portos, mineração, parques
PRIMÁRIO
turísticos, produção agrícola, etc.). Conectar cidades com pop. > 5.000 hab.
COLETOR
Ligar áreas servidas com o sistema coletor primário ou com o sistema arterial.
SECUNDÁRIO Acesso a grandes áreas de baixa densidade populacional. Conectar centros com
pop. > 2.000 hab e sedes municipais não servidas por sistemas superiores.

Viagens intra-municipais. Acesso de pequenas localidades e áreas rurais às rodovias


LOCAL
de sistemas superiores.
QUANTO À JURISDIÇÃO
• RODOVIAS FEDERAIS - são em geral vias arteriais e interessam
diretamente à Nação, quase sempre percorrendo mais de um Estado.
Mantidas pelo Governo Federal;

• RODOVIAS ESTADUAIS - ligam entre si cidades e a capital de um Estado.


Atende às necessidades de um Estado, ficando contida em seu território.
Têm usualmente a função de arterial ou coletora;

• RODOVIAS MUNICIPAIS - são construídas e mantidas pelos governos


municipais. São de interesse de um município ou dos municípios vizinhos;

• RODOVIAS VICINAIS - são em geral estradas municipais, pavimentadas ou


não, de uma só pista, locais e de padrão técnico modesto. Promovem a
integração demográfica e a territorial da região na qual se situam e
possibilitam a elevação do nível de renda do setor primário (Escoamento das
safras).
NÍVEL DE SERVIÇO

O conceito de nível de serviço é definido como uma medida


qualitativa que descreve as condições operacionais dentro
de uma corrente de tráfego e sua percepção pelos usuários
– motoristas e passageiros. Estas condições são traduzidas
como velocidade, tempo de viagem, facilidade de manobras,
interrupções de trânsito, segurança e conforto.

Capacidade x Volume de tráfego


CAPACIDADE
 É definida como a taxa horário máxima na qual pode
se esperar que veículos ou pessoas atravessem
trecho uniforme de faixa ou de uma rodovia, sob
determinadas condições, durante dado período de
tempo.
 O principal objetivo da análise de capacidade é a
estimativa da quantidade máxima de veículos que
pode ser acomodado em dada rodovia, enquanto são
mantidas as qualidades operacionais prescritas. As
rodovias operam próximo ou na capacidade, e
dificilmente foram projetadas para estar sob estas
condições.
NÍVEL DE SERVIÇO

• NÍVEL A: condição de escoamento livre, acompanhada por baixos


volumes de tráfego e altas velocidades;

• NÍVEL B: fluxo estável, com velocidades de operação a serem


restringidas pelas condições de tráfego;

• NÍVEL C: fluxo ainda estável, porém as velocidades e as


ultrapassagens já são controladas pelo alto volume de tráfego;

• NÍVEL D: próximo à zona de fluxo instável, com velocidades de


operação toleráveis, mas consideravelmente afetadas pelas
condições de operação, cujas flutuações no volume e as restrições
temporárias podem causar quedas substanciais na velocidade de
operação.
NÍVEL DE SERVIÇO

• NÍVEL E: é denominado também de nível de capacidade. a via


trabalha em carga plena e o fluxo é instável, sem condições de
ultrapassagem;

• NÍVEL F: descreve o escoamento forçado, com velocidades baixas e


volumes abaixo da capacidade da via. formação de extensas filas que
impossibilitam a manobra dos veículos.
NÍVEL DE SERVIÇO
NÍVEL DE SERVIÇO
QUANTO ÀS CONDIÇÕES TÉCNICAS

• A multiplicidade das características técnicas das rodovias demandaria a


elaboração de projetos específicos com padrões bastante diferentes para
cada via, de conformidade com as peculiaridades de cada situação.

• Surgiu a necessidade de padronização das características técnicas das


rodovias, agrupando-as em CLASSES DE PROJETO.

• Principal parâmetro considerado na classificação técnica ou de projeto é o


VMD (volume médio diário) – quantidade de veículos/dia que passam pela
rodovia.

• Adotamos como critério de classificação o volume de tráfego do 10º ano


após sua abertura ao tráfego (projeção), devido a dificuldade de se projetar
o tráfego com a necessária confiabilidade além de 15 anos (5 para o
planejamento, projeto de engenharia e construção) + 10 anos de uso.
QUANTO ÀS CONDIÇÕES TÉCNICAS
• Além do esforço trator há de se considerar a velocidade, que face ao relevo
e outras condicionantes, é estabelecida pelas especificações uma
velocidade de projeto chamada “VELOCIDADE DIRETRIZ”, que presidirá as
condições de projeto, tais como: Curvatura, Superelevação e Distância de
Visibilidade.

• VELOCIDADE DIRETRIZ – é definida como a maior velocidade com que


um trecho viário pode ser percorrido com segurança, mesmo com o
pavimento molhado, quando o veículo estiver submetido apenas as
limitações impostas pelas características geométricas.

• As vias terão, de acordo com o DNER, CATEGORIA OU CLASSE,


diferenciadas de acordo com o FLUXO ou VOLUME DE TRÁFEGO.

• A classe da rodovia pode mudar, depois de certo tempo, em função do


FLUXO DE TRÁFEGO.
CLASSIFICAÇÃO DAS RODOVIAS
(CLASSES DE PROJETO)

CLASSE CARACTERÍSTICAS CRITÉRIO DE CLASSIFICAÇÃO TÉCNICA

O Via expressa Decisão Administrativa


Pista Dupla Quando o VMD previsto propicia nível de
A serviço muito baixo para pista simples
I

B Pista Simples V M D > 1400veic

II Pista Simples V M D – 700 a 1400veic

III Pista Simples V M D – 300 a 700veic

A Pista Simples V M D – 50 a 300veic


IV
B Pista Simples V M D < 50veic
CLASSIFICAÇÃO DAS RODOVIAS

A topografia das regiões abrangidas influi sensivelmente no custo da


construção das rodovias.

Temos 3 tipos de regiões, que são diferenciadas pelas diferenças máximas de


cota por km percorrido, dentro dos seguintes limites:
PLANA .........................................................................................10 m/km
ONDULADA.................................................................................10 a 40 m/km
MONTANHOSA............................................................................> 40 m/km

Quanto MAIS SUAVE for a topografia da região, MENOR o custo da construção


da estrada.

O custo também se constitui num dos principais fatores que influem na escolha
da velocidade diretriz, ou seja quanto maior a velocidade diretriz, as
características da rodovia são mais amplas, elevando o custo da obra.
CLASSIFICAÇÃO DAS RODOVIAS
(VELOCIDADE DIRETRIZ)

VELOCIDADE DIRETRIZ (km/h)


CLASSE DE
PROJETO
PLANA ONDULADA MONTANHOSA

O 120 100 80

I 100 80 60

II 100 70 50

III 80 60 40

IV 80 - 60 60 - 40 40 - 30
CLASSIFICAÇÃO DAS RODOVIAS
(CLASSES DE PROJETO X FUNCIONAL)

CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL CLASSE DE PROJETO

SISTEMA ARTERIAL
PRINCIPAL........................................................................CLASSE O e I
PRIMÁRIO.........................................................................CLASSE II
SECUNDÁRIO...................................................................CLASSE III
SISTEMA COLETOR
PRIMÁRIO..........................................................................CLASSE IV
SECUNDÁRIO....................................................................CLASSE IV
SISTEMA LOCAL...........................................................................CLASSE IV
UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI
DEPARTAMENTO DE CONSTRUÇÃO CIVIL
TECNOLOGIA EM CONSTRUÇÃO CIVIL

ESTRADAS 1

Aula 03
Classificação de Rodovias

Prof.ª MSc. Ant.ª Fabiana Marques Almeida


fabiana_urca@live.com

Juazeiro do Norte
Julho / 2015

Você também pode gostar