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Administração Pública:
→ conjunto de normas e princípios que, visando sempre ao interesse público, regem as relações
jurídicas entre as pessoas e órgãos do Estado e entre este e as coletividades a que devem servir;
→ se divide em direta e indireta;
Órgãos Públicos:
→ centros de competência instituídos para o desempenho de funções estatais, por meio de
agentes, cuja atuação é imputada à pessoa jurídica a que pertencem;
→ exemplos: Comando do Exército, AMAN, 57º BIMtz, Secretaria da Receita Federal;
→ os Órgãos Públicos NÃO POSSUEM PERSONALIDADE JURÍDICA PRÓPRIA = não
podem demandar ou serem demandados em juízo (não pode ser acionado na justiça) = ou seja =
se um OP causa prejuizo a algo/alguém, quem responde por isso não é o próprio órgão, e sim o ente
estatal (no caso desses OP) a qual esse órgão está subordinado (o ente que o criou);
→ desconcentração: técnica utilizada para a criação dos OP = a criação e extinção dos OP se dão
por lei usando essa técnica;
(2) OP AUTÔNOMOS:
→ se subordinam diretamente aos órgãos independentes;
→ localizados imediatamente abaixo dos órgãos independentes e diretamente subordinados a
seus chefes;
→ têm ampla autonomia técnica, administrativa e financeira; possuem funções de
planejamento, supervisão, coordenação e controle em suas áreas de atuação;
→ exemplos: os Ministérios (MD, MS), as Secretarias de Estado (secretaria de saúde, secretaria de
segurança pública) e de Município e demais órgãos subordinados diretamente aos Chefes de
Poderes;
→ seus dirigentes (ministros), em regra, não são funcionários, mas sim agentes políticos
nomeados em comissão = podem ser exonerados e nomeados a qualquer momento = livre
nomeação e livre exoneração = por exemplo Cmt EB;
(3) OP SUPERIORES:
→ aqueles que detêm poder de direção, controle, decisão e comando dos assuntos de sua
competência específica, mas sempre estão sujeitos à subordinação e ao controle hierárquico de
uma chefia mais alta;
→ exemplos: Gabinetes, Secretárias-gerais, Procuradorias Administrativas, Departamentos,
Comando do Exército;
→ não possuem autonomia administrativa e financeira;
(4) OP SUBALTERNOS:
→ todos aqueles que se acham hierarquizados a órgãos mais elevados, com reduzido poder
decisório e predominância de atribuições de execução;
→ exemplos: Repartições públicas, OM (AMAN, DECEX, DESMIL, COTER, 20 B Log PQDT);
base da piramide adm;
→ apenas um executante = órgãos de execução;
Autarquias:
→ natureza jurídica: pessoa jurídica de direito público;
→ regime juridico = quem trabalha são os servidores estatutário;
→ possuem bens públicos, impenhoráveis, não podem ser usucapidos (sofrer usucapião);
→ só pode ser criada por lei específica;
→ possui vinculação administrativa com seu ente instituidor;
→ descentralização = criação de uma pessoa juridica transferindo para ela a titularidade e a
execução do serviço (na Adm Pub direta o ente estatal mantém a titularidade, não a transfere);
→ competência (acionar/ser acionado na justiça, demandar alguém ou ser demandado em juízo) =
se for uma autarquia federal = pra você acioná-la ou para ela demandar alguém em juizo, deve o
fazer obrigatoriamente pela Justiça Federal; se for uma autarquia estadual, municipal, é pela
Justiça Comum Estadual;
→ as autarquias possuem algumas prerrogativas e benefícios: imunidade tributária; imunidade de
caráter processual;
Empresas Públicas:
→ natureza juridica: pessoa jurídica de direito privado;
→ constituída obrigatoriamente por capital exclusivamente público;
→ empregados públicos celetistas;
→ podem exercer 2 tipos de atividades: atividades gerais econômicas (de caráter excepcional)
ou realizar a prestação de serviço público (é a regra), por meio da descentralização da execução
do serviço;
→ a lei autoriza sua criação e sua criação ocorrerá quando os atos constitutivos forem
REGISTRADOS por órgão competente;
→ em regra, o Estado (1º setor) não exerce atividade econômica = porém, está previsto em lei que
pode exercer por necessidade e garantia de segurança nacional ou relevante interesse coletivo
= quem pode exercer é Empresa Pública e Sociedade de Economia Mista;
→ bens próprios e particulares;
→ podem ter seus bens penhorados e usucapidos, com exceção daqueles que estão sendo
utilizados para prestação de serviço público;
→ exemplos: EBCT, CEF, BNDES, Embrapa, Infraero;
Fundações Públicas:
→ quando o Estado for o instituidor;
→ se dividem em: de Direito Público (mesma coisa que Autarquia) e de Direito Privado;
Responsabilid Regime de
Pessoa Jurídica Criação Finalidades ade Civil Pessoal
(jurídico)
Autarquia Atividades
Público Lei cria típicas do Objetiva Estatutário
Estado
Fundação Privado Lei autoriza + Sem fins Celetista
Pública registro lucrativos
Público Objetiva
(semelhantes às LC – atuação Estatutário
autarquias)
Empresa Prestadora Sv Objetiva
Pública Público CLT
Privado Lei autoriza + (Dirigentes
registro Explora Estatutários)
Atividades Subjetiva
Econômicas
Sociedade Prestadora Sv Objetiva
de Público CLT
Economia Privado Lei autoriza + (Dirigentes
Mista registro Explora Subjetiva Estatutários)
Atividades
Econômicas
Agentes Públicos:
→ agente público pode ser de fato ou de direito: de direito = há um vínculo formal com a
administração; de fato = pessoa que de forma transitória, sem vínculo empregadiço, exerce uma
função pública;
→ classificação: agentes políticos, agentes particulares em colaboração, servidores públicos e
militares;
(2) Impessoalidade:
→ dever de agir de forma impessoal, abstrata e genérica;
→ atuação da Adm deve ser impessoal, não importando a pessoa interessada;
→ ato deve ser praticado a bem do interesse coletivo, ser revestido de finalidade pública;
→ quando o administrador foge ao interesse público = desvio de finalidade (invalida o ato);
→ teoria da imputação volitiva: vontade do agente público se confunde com a da própria pessoa
jurídica estatal = as ações cometidas pelos agentes e servidores públicos são atribuídas à pessoa
jurídica a que ele esteja ligado; como a responsabilidade é do órgão ou ente público, é ele quem
deve sofrer ação caso a conduta do servidor cause prejuízo a alguém;
(3) Moralidade:
→ é proibido a atuação da administração se distanciar da moral, princípios éticos, boa fé e lealdade;
→ ato adm deve atender não só às leis jurídicas, mas também às leis éticas = nem tudo que é
legal é honesto e moral;
→ se faltar moralidade, o ato é inválido, ilegal;
(4) Publicidade:
→ a Administração Pública é obrigada a dar conhecimento ao público, pelos mais variados
meios de comunicação previstos em lei, de todos os seus atos, decisões e atividades, a fim de
permitir não só o controle interno, mas também o externo, de sua obediência aos demais princípios
da Administração;
→ possibilidade de controlar a legitimidade da conduta dos agentes administrativos;
→ dá eficácia ao ato = ato apenas produz efeito após se tornar público, por órgão oficial;
(5) Eficiência:
→ Administração Pública deve funcionar de forma mais proativa, preocupada com seu desempenho
e em alcançar resultados cada vez mais positivos, procurando a busca pela maior produtividade;
→ procura de produtividade e economicidade, exigência de reduzir os desperdícios de dinheiro
público = execução dos serviços com presteza, perfeição e rendimento profissional = qualidade
e menor gasto possível;
→ tem dois entendimentos possíveis:
(1) diz respeito ao agente público, que não pode atuar amadoristicamente, devendo buscar a
consecução do melhor resultado possível;
(2) também refere-se à forma de organização da Administração Pública, que deve atentar para os
padrões modernos de gestão da administração, vencendo o peso burocrático, atualizando-se e
modernizando-se;
(3) Autotutela:
→ Adm Pub pode anular seus próprios atos, não dependendo do poder judiciario, quando estes se
tornarem ilegais, errôneos, viciados;
→ ou podem também revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os
direitos aquiridos e ressalvada a apreciação judicial;
→ exercício do princípio da legalidade, ou princípio do autocontrole = se eu estou cometendo um
ato ilegal, errado, posso corrigir;
(2) Imperatividade:
→ significa que os atos administrativos se impõe a terceiros, independente da concordância
destes;
→ não está presente em todos os atos (pareceres, certidões, laudos), mas tão somente naqueles que
impõe obrigações ou restrições ao administrado;
→ exemplo: desapropriação e tombamento de imóvel;
(3) Autoexecutoriedade:
→ admite que o ato seja imediatamente executado e seu objeto imediatamente alcançado,
independente de qualquer outorga do Judiciárioa = a Administração Pública não precisa socorrer-
se do Poder Judiciário para por em execução o ato expedido: ela própria executa
materialmente o ato;
→ para estar presente em um ato, deve ser prevista expressamente em lei, e, ainda, se tratar de
situação de urgência.
→ exemplo: dissolução de uma passeata, interdição de um estabelecimento, apreensão de
medicamentos com prazo de validade vencido, cassação de licença para dirigir;
(4) Exigibilidade:
→ atributo através do qual o Estado, no exercício da função pública, pode exigir do particular o
cumprimento das obrigações que impôs;
→ na exigibilidade se impele a obediência à obrigação através dos meios indiretos de coerção;
→ exemplo: licenciamento de automóvel (indiretamente as multas);
(5) Tipicidade:
→ atributo pelo qual o ato administrativo deve corresponder a figuras definidas previamente
pela lei como aptas a produzir determinados resultados;
→ Princípio da Legalidade;
→ a tipicidade só existe com relação aos atos unilaterais;
Procedimentos sindicância:
(1) TERMO DE ABERTURA: lavrar o termo de abertura da sindicância;
(2) Juntar aos autos os documentos por ordem cronológica, numerando e rubricando as folhas no
canto superior direito, a partir do termo de abertura;
(3) Indicar na capa dos autos, além da Numeração Única do Processo (NUP), seus dados de
identificação, os do sindicado, se houver, e o objeto da sindicância;
(4) DESPACHOS: regular as ações a serem desenvolvidas no contexto da sindicância através de
despachos (elencar todos os documentos que vai produzir, procedimentos que vai tomar; cada item
do despacho é um documento que o sindicante vai produzir; ex: DIEx 001 = notificar cmt cia);
(5) NOTIFICAÇÃO PRÉVIA: promover a notificação do sindicado, se houver, para
conhecimento do fato, que lhe é imputado, acompanhamento do feito, ciência da data de sua
inquirição, possibilidade de defesa prévia e de requerer a produção e juntada de provas;
(6) fazer constar, nos pedidos de informações e nas requisições de documentos, referências
expressas ao fim de que se destinam e à prioridade na tramitação (normal, urgente ou
urgentíssima);
(7) juntar, mediante termo ou despacho na própria peça ou carimbo de “JUNTE-SE”, todos os
documentos recebidos; os documentos produzidos pelo sindicante serão anexados aos autos em
ordem cronológica de produção;
(8) realizar ou determinar, de ofício ou a pedido, a produção ou a juntada de todas as provas que
entender pertinentes ao fato a ser esclarecido;
(9) TERMO DE ENCERRAMENTO DE INSTRUÇÃO: encerrar a instrução do feito com o
respectivo termo, notificando o sindicado, quando houver, para vista dos autos e apresentação das
alegações finais;
(10) RELATÓRIO: encerrar a apuração com um relatório completo e objetivo, contendo o seu
parecer conclusivo sobre a elucidação do fato, o qual deverá ser apresentado em quatro partes:
introdução, diligências realizadas, parte expositiva e parte conclusiva (mais importante);
(11) TERMO DE ENCERRAMENTO: elaborar o termo de encerramento dos trabalhos atinentes
ao feito;
(12) DIEX DE REMESSA: remeter os autos à autoridade instauradora (ofício de remessa);
(13) a observância dos procedimentos estabelecidos neste artigo não obsta a adoção de outras
medidas específicas que sejam necessárias em razão das peculiaridades do objeto da sindicância
(Parecer Técnico);
(14) quando se tratar de apuração de acidentes com viatura, material bélico, material de
comunicações e outros, deverão ser observadas as normas específicas de cada órgão de apoio;
obs.: pode ter outros despachos, juntadas, etc = dependendo dos documentos da sindicância;
Prazos – Art. 9º a 14 (!!!):
→ regra: exclui-se o dia do início e inclui-se o dia do vencimento (!!!);
→ os prazos se iniciam e vencem em dia com expediente na OM (!!!);
→ dia de início da sindicância (!!!) = dia em que o sindicante recebe a portaria de instauração;
→ prazo de CONCLUSÃO: 30 dias corridos (!!!);
→ PRORROGAÇÃO fundamentada: 20 dias corridos (!!!);
→ prorrogações sucessivas (exceção): até 20 dias corridos cada, nos casos de força maior, situação
de complexidade, extrema dificuldade ou para conclusão de perícia;
→ SOLICITAÇÃO DE PRORROGAÇÃO(!!!): mínimo 48 horas antes do término do prazo
inicialmente previsto;
→ a concessão de prorrogação do prazo deverá ser publicada em BI da OM, anexando-se cópia do
boletim aos autos da sindicância;
→ NOTIFICAÇÃO PRÉVIA: 3 dias úteis (!!!) = o sindicado deverá ser notificado, com a
antecedência mínima de 3 dias úteis das diligências de instrução da sindicância (inquirições,
acareações, perícias, expedição de cartas precatórias, etc), para que, caso queira, possa acompanhá-
las ou requerer o que julgar de direito;
→ a primeira notificação ao sindicado pertencente à mesma OM que o sindicante deve ser
comunicada ao seu comandante ou chefe imediato; as demais notificações ao sindicado, no
decorrer do procedimento, serão feitas sem a necessidade da mencionada comunicação ao
respectivo comandante;
→ se o sindicado pertencer a OM distinta da do sindicante, a notificação deve ser efetuada em todos
os casos por intermédio do Cmt, chefe ou diretor daquela OM;
→ DEFESA PRÉVIA: 3 dias úteis (!!!) = ao sindicado será facultado, no prazo de 3 dias úteis,
contados de sua inquirição, oferecer defesa prévia, arrolar testemunhas, juntar documentos e
requerer o que julgar de direito; sindicado será informado desse direito quando da notificação
para sua inquirição;
→ ALEGAÇÕES FINAIS: 5 dias corridos = o sindicado será notificado do término da instrução
para, vista dos autos e para, querendo, oferecer alegações finais no prazo de 5 dias corridos,
contados do recebimento da notificação;
→ esgotado o prazo, apresentadas ou não alegações, o sindicante, respeitado o prazo para o término
da sindicância, deverá elaborar seu RELATÓRIO circunstanciado, com parecer conclusivo,
remetendo os autos à autoridade instauradora;
→ recebidos os autos, a autoridade instauradora, no prazo de 10 dias úteis, dará SOLUÇÃO à
sindicância ou determinará que sejam feitas DILIGÊNCIAS COMPLEMENTARES, fixando
novo prazo, de até 20 dias corridos, prorrogáveis, mediante decisão fundamentada, pelo prazo
necessário para o cumprimento da diligência;
→ no caso de ser determinada a realização de diligências complementares, o sindicado deverá ser
notificado para acompanhar as respectivas averiguações (NOVA NOTIFICAÇÃO PRÉVIA);
→ cumpridas as diligências complementares, o sindicado deverá ser notificado para querendo,
oferecer NOVAS ALEGAÇÕES FINAIS em 5 dias corridos, contados do recebimento da
notificação;
→ após a diligência, o sindicante deverá confeccionar o RELATÓRIO COMPLEMENTAR,
ratificando ou alterando o parecer anterior.
→ o relatório complementar será enviado à autoridade instauradora para, no prazo 10 dias úteis, dar
a SOLUÇÃO à sindicância.
Prazos resumidos:
→ conclusão: 30 dias corridos;
→ notificação prévia: 3 dias úteis;
→ defesa prévia: 3 dias úteis;
→ alegações finais: 5 dias corridos;
→ solução: 10 dias úteis;
→ solicitação de prorrogação: até 48h antes do último dia do prazo de conclusão;
→ prorrogação: até 20 dias;
Carta Precatória:
→ quando a residência das partes estiver situada em localidade diferente daquela em que foi
instaurada a sindicância, no país ou no exterior, a inquirição poderá ser realizada por meio de
carta precatória, expedida pelo sindicante;
→ no caso de expedição de carta precatória, o sindicado deverá ser notificado para, querendo,
apresentar, no prazo de 3 dias úteis, os quesitos que julgar necessários ao esclarecimento do fato
objeto da sindicância;