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Barreiras, 2022
Hadassa Guímel Guedes
Barreiras, 2022
Resumo
Este relatório apresenta dados matemáticos baseados em experimentação repetida dos
objetos em foco. O objetivo é lusificar a densidade e volume por meio de teoremas básicos da
Física Experimental, seguindo as normas e padrões impostos previamente.
Sumário
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................5
2 DESENVOLVIMENTO....................................................................................6
2.1 OBJETIVO GERAL.......................................................................................6
2.1.1 Objetivos específicos...................................................................................7
3 MATERIAS.......................................................................................................7
4 METODOLOGIA..............................................................................................8
5 TRATAMENTO DE DADOS..........................................................................10
5 RESULTADOS E CONCLUSÕES..................................................................19
REFERÊNCIAS...................................................................................................20
1. INTRODUÇÃO
Sem percebermos somos afetados constantemente pela física. Desde o ato mais
simples como passar café nas manhãs até como somos mantidos presos a um planeta
cercado por eletromagnetismo, é puramente regido pela física. Nesse relatório, faremos a
análise de dois dos movimentos mais comuns e corriqueiros, que praticamos sem perceber
constantemente: Movimento Retilíneo Uniforme – MRU e Movimento Retilíneo Uniforme
Variado – MRUV.
No MRU, temos a velocidade constante, ou seja, a distancia percorrida é a mesma para
o mesmo intervalo de tempo, logo, a velocidade é sempre igual em qualquer momento do
percurso. É importante dizer que para a velocidade ser constante, o módulo, direção e sentido
precisam se manter. Chamamos de retilíneo pelo simples fato da partícula se mover em uma
trajetória reta. Esse movimento é facilmente percebido em viagens em estradas, onde o
veiculo se mantem sempre com a mesma quilometragem por hora.
Já o MRUV se caracteriza pela variação uniforme da velocidade escalar ao longo do
tempo. Com essa variação, surge uma grandeza chamada aceleração. Essa grandeza é a
responsável por sabermos a velocidade que uma partícula está se locomovendo, em relação
a um predeterminado referencial. Se o módulo da aceleração for negativo, é seguro dizer que
a partícula está se diminuindo a sua velocidade; se for positivo, a partícula está se
aumentando a sua velocidade. Para tais, dizemos que a partícula está realizando um
movimento retardado e um movimento acelerado, respectivamente. É simples de ver esse
movimento quando um carro precisa frear para parar num sinal vermelho.
São esses os dois movimentos que compõe a parte da física chamada Cinemática e, em
vista de visualizar a teoria em números, realizaremos dois experimentos com proporções
bem menores, em laboratório. Com os dados coletados, poderemos observar claramente a
atuação da aceleração no MRUV e a constância da velocidade no MRU.
5
2. DESENVOLVIMENTO
2.1 OBJETIVO GERAL
6
E b é o coeficiente angular, podendo ser obtido por:
.
Para o MRUV, gráficos semelhantes serão apresentados, porém com o adicional de x(t2),
ou seja, deslocamento por tempo ao quadrado.
3. MATERIAIS
7
4. METODOLOGIA
Para o MRUV.
1º) Posicionamento do sensor 1 e do sensor fotoelétrico 2, de modo a se ter uma variação
entre a posição inicial e final. X1 e x2 foram anotados;
2º) Posicionamento do carro no trilho de ar;
3º) A chave geral do cronometro foi ativada e a selecionamos a função “F1”;
4º) A chave do comando foi ativada;
5º) O fluxo de ar no trilho foi ativado;
6º) O tempo de deslocamento do carro entre os dois sensores fotoelétrico foi anotado, sendo
que esse iniciou no momento em que a fronte do carro passou pelo primeiro sensor e encerrou
ao passar pelo segundo sensor.
8
O tempo foi coletado 3 vezes, todas mantendo a mesma posição inicial e final.
7º) Adicionamos cargas aos carros, fazendo o mesmo procedimento já descrito. Para 100g
de carga, usando a posição previamente de estabelecida, cronometramos o tempo 3 vezes.
Assim foi feito para as cargas com 200g e 300g.
Observação: as massas foram posicionadas uma em cada lado do carro.
8º) Mais 4 posições foram definidas somente para o segundo sensor fotoelétrico, ou seja, a
posição inicial x1 foi mantida a mesma para todo o experimento e somente x2 foi alterado,
tendo valores diferentes. Em cada uma, foi coletado dados do tempo de deslocamento 3
vezes, sem massa e com massa.
9
5. TRATAMENTO DE DADOS
Para facilitar a visualização dos dados, dividiremos em duas partes, sendo a Parte I
relacionada ao MRU e a Parte II relacionada ao MRUV.
∆x com (50g em
2ª ∆x v(cm/s) 100g cada lado) v(cm/s)
vm = ∆x n / vm = ∆x n /
Variação xi (cm) xf (cm) t (s) ∆tn xi (cm) xf (cm) t (s) ∆tn
1º 30 80,5 5,524 9,141 30 80,5 5,405 9,343
2º 30 80,5 5,803 8,702 30 80,5 5,503 9,177
3º 30 80,5 5,673 8,901 30 80,5 5,654 8,932
10
∆x com (50g em
3ª ∆x v(cm/s) 100g cada lado) v(cm/s)
vm = ∆x n / vm = ∆x n /
Variação xi (cm) xf (cm) t (s) ∆tn xi (cm) xf (cm) t (s) ∆tn
1º 35 90 5,677 9,688 35 90 5,414 10,159
2º 35 90 5,859 9,387 35 90 5,122 10,738
3º 35 90 5,772 9,529 35 90 5,553 9,905
∆x com (50g em
4ª ∆x v(cm/s) 100g cada lado) v(cm/s)
vm = ∆x n / vm = ∆x n /
Variação xi (cm) xf (cm) t (s) ∆tn xi (cm) xf (cm) t (s) ∆tn
1º 25 90 5,543 11,727 25 90 7,903 8,225
2º 25 90 5,722 11,360 25 90 7,792 8,342
3º 25 90 5,332 12,191 25 90 8,368 7,768
∆x com (50g em
5ª ∆x v(cm/s) 100g cada lado) v(cm/s)
vm = ∆x n / vm = ∆x n /
Variação xi (cm) xf (cm) t (s) ∆tn xi (cm) xf (cm) t (s) ∆tn
1º 25 40 3,432 4,371 25 40 3,614 4,151
2º 25 40 3,3 4,545 25 40 3,421 4,385
3º 25 40 3,535 4,243 25 40 3,517 4,265
GRÁFICO DE V VERSUS T - 1ª
Gráfico de t versus v - 1ª Variação
3,2 VA R I A Ç Ã O
y = -0,061x + 3,213 10,8
3,1
10,6 10,54
y200g = 0,121x + 2,789 10,49 10,48 10,43
10,4 10,35
3 10,30
y 100g= -0,055x + 3,017 y300g = -0,023x + 2,971 10,2 10,21
10 10,06
2,9 9,99
9,8 9,87 9,85
2,8 9,6 9,68
9,4
2,7 9,2
40 70,5 x (cm)
0g 100g
T (S)
V (CM/S)
GRÁFICO DE V VERSUS T - 2ª
VA R I A Ç Ã O
t (s)
GRÁFICO DE V VERSUS T - 3ª
t ( s)
T (S)
12
V (CM/S)
t (s)
2 4
1
2
0
40 70,5 x (cm) 0
0g 100g 200g 300g
V (CM/S) T (S)
GRÁFICO DE V VERSUS T - 5ª
VA R I A Ç Ã O
t (s)
3,1 4
40 70,5 x (cm)
0g 100g 200g 300g 3,9
T( S)
Gráfico Linearizado com média dos pontos xi e xf, assim como média dos tempos ti e tf.
∆x/t
80 v= 0,082t + 1,447
65
60
55
49,5
40
30,5
20
15
0
3,455 2,996 5,478 5,408 7,536
13
5.2 Parte II – MRUV
Tabelas e gráficos do segundo experimento:
∆x com (50g em
1ª ∆x a v 100g cada lado) a v
𝑣f⃗= 𝑣f⃗=
Variação xi (cm) xf (cm) t (s) a=2∆x/t2 𝑣⃗+𝑎𝑡 xi (cm) xf (cm) t (s) a=2∆x/t2 𝑣⃗+𝑎𝑡
1º 5 40 2,392 12,234 29,264 5 40 2,682 9,732 26,100
2º 5 40 2,473 11,446 28,306 5 40 2,567 10,623 27,269
3º 5 40 2,653 9,945 26,385 5 40 2,697 9,624 25,955
∆x com (50g em
2ª ∆x a v 100g cada lado) a v
𝑣f⃗= 𝑣f⃗=
Variação xi (cm) xf (cm) t (s) a=2∆x/t2 𝑣⃗+𝑎𝑡 xi (cm) xf (cm) t (s) a=2∆x/t2 𝑣⃗+𝑎𝑡
1º 5 50 3,675 6,664 24,490 5 50 3,31 8,214601911 27,190
2º 5 50 3,268 8,427 27,540 5 50 3,269 8,421950185 27,531
3º 5 50 3,32 8,165 27,108 5 50 3,229 8,631900377 27,872
10,263 9,808
∆x com (100g ∆x com (150g
200g em cada lado) a v 300g em cada lado) a v
𝑣f⃗= 𝑣f⃗=
xi (cm) xf (cm) t (s) a=2∆x/t2 𝑣⃗+𝑎𝑡 xi (cm) xf (cm) t (s) a=2∆x/t2 𝑣⃗+𝑎𝑡
1º 5 50 3,301 8,259 27,264 5 50 3,282 8,355 27,422
2º 5 50 3,469 7,479 25,944 5 50 3,428 7,659 26,254
3º 5 50 3,351 8,015 26,858 5 50 3,35 8,020 26,866
∆x com (50g em
3ª ∆x a v 100g cada lado) a v
𝑣f⃗=
Variação xi (cm) xf (cm) t (s) a=2∆x/t2 𝑣⃗+𝑎𝑡 xi (cm) xf (cm) t (s) a=2∆x/t2 𝑣f⃗= 𝑣⃗+𝑎𝑡
14
∆x com (100g em ∆x com (150g em
200g cada lado) a v 300g cada lado) a v
𝑣f⃗= 𝑣f⃗=
xi (cm) xf (cm) t (s) a=2∆x/t2 𝑣⃗+𝑎𝑡 xi (cm) xf (cm) t (s) a=2∆x/t2 𝑣⃗+𝑎𝑡
∆x com (50g em
4ª ∆x a v 100g cada lado) a v
𝑣f⃗= 𝑣f⃗=
Variação xi (cm) xf (cm) t (s) a=2∆x/t2 𝑣⃗+𝑎𝑡 xi (cm) xf (cm) t (s) a=2∆x/t2 𝑣⃗+𝑎𝑡
1º 5 70 4,107 7,707 31,653 5 70 4,3 7,031 30,233
2º 5 70 4,281 7,093 30,367 5 70 4,077 7,821 31,886
3º 5 70 4,273 7,120 30,424 5 70 4,086 7,787 31,816
∆x com (50g em
5ª ∆x a v 100g cada lado) a v
𝑣f⃗= 𝑣f⃗=
Variação xi (cm) xf (cm) t (s) a=2∆x/t2 𝑣⃗+𝑎𝑡 xi (cm) xf (cm) t (s) a=2∆x/t2 𝑣⃗+𝑎𝑡
1º 5 80 4,532 7,303 33,098 5 80 4,703 6,782 31,895
2º 5 80 4,783 6,557 31,361 5 80 4,485 7,457 33,445
3º 5 80 4,877 6,306 30,757 5 80 4,506 7,388 33,289
15
A seguir, os gráficos representando as tabelas.
V(CM/S)
2,9 GRÁFICO V VERSUS T -1ª
VA R I A Ç Ã O
30
2,8
y100g = -0,054x + 2,815 29 29,26
2,7 28,31
y300g = -0,111x + 2,89 28 27,79
y100g = -0,115x + 2,797 27,27
2,6 27
26,39 26,24
26 26,10 25,95 25,86
2,5 25,75
25,35 25,19
25
2,4 y = 0,081x + 2,311 24
2,3 23
2,2
T (S)
2,1
5 40 x (cm)
∆x sem massa ∆x com 100g
∆x com 200g ∆x com 300g
t (s)
16
t (s)
V (CM/S)
3,9 GRÁFICO V VERSUS T -3ª VARIAÇÃO
y100g = -0,007x + 3,832 y200g = 0,034x + 3,765 31
3,85
30,5 30,51
3,8 30,19
30
y300g = 0,002x + 3,771 29,5 29,46
3,75 29,40
29 29,1529,14
28,95
3,7 28,7628,81 28,70
28,5
3,65 28 27,94
27,70
y = -0,039x + 3,683 27,5
3,6
27
3,55 26,5
26
3,5
T (S)
3,45
5 60 x (cm)
∆x ∆x com 100g ∆x com 200g ∆x com 300g
V(CM/S)
17
t (s)
V(CM/S)
4,9 GRÁFICO V VERSUS T -5ª VARIAÇÃO
4,3 29
4,2 28
4,1 T (S)
5 80 x (cm)
∆x/ t2
y=0.34x−4.46
80
75
70
65
60
55
50
45
40
35
30
20,912329
17,007376
20 11,249316 14,341369
10 6,932689
0
6,932689 11,249316 14,341369 17,007376 20,912329
t2 ∆x Linear (t2) Linear (∆x)
18
6. RESULTADOS E CONCLUSÕES
Parte I - MRU
Como foi visto através das tabelas e gráficos, a velocidade se manteve relativamente
próxima em cada intervalo, e se considerarmos que não se tratou de um sistema isolado e
fechado, as diferenças menos perceptíveis podem ser ignoradas nesse caso.
Assim como nos gráficos, as mesmas, que em sua grande maioria estão contidas na casa
dos casa dos decimais, também são mínimas nas equações das retas, o que pode ser um fato
de embasamento. É possível perceber um certa tendencia a menor divergência nos dados de
carros contendo massa de 300g, onde para quase todas as variações da posição, as
velocidades se mantiveram em valores quase lineares, exceto para a 2ª Variação.
O gráfico da 4ª Variação pode ser considerado o mais preciso para elucidar como o
Movimento Retilíneo Uniforme age, no qual, dos 100% apresentados, 80% se trata de carros
contendo massa – as quais tiveram uma velocidade escalar média próxima o suficiente para
formar uma reta e 20% se trata do carro sem massa, o qual também apresentou velocidades
finais semelhantes entre si.
Parte II – MRUV
Observando os dados das tabelas, podemos ver que, se tratando de um sistema
não isolado e aberto, a aceleração, para quase todos os casos, permaneceu similar. Com isso
podemos observar através dos gráficos que, em sua grande maioria, as velocidades dos carros
mantiveram um padrão, ou de movimento acelerado – onde o módulo da velocidade escalar
posterior era ligeiramente maior que o módulo da velocidade escalar anterior, ou de
movimento retardado – onde o módulo da velocidade escalar posterior era ligeiramente
menor que o módulo da velocidade escalar anterior.
Se tratando do Movimento Retilíneo Uniforme Variado onde o corpo percorre distancias
cada vez maiores no mesmo intervalo de tempo, percebemos que o movimento cinemático
descrito se confirmou nas tabelas, as quais, a cada variação, a posição final foi aumentada e
a o intervalo de tempo permaneceu similar a cada massa.
Com isso, é possível concluirmos que, apesar de não estarmos em um ambiente
completamente controlado, onde variáveis como atrito, resistência do ar e afins não puderam
ser manejados, o experimento retratou bem as configurações que um sistema de MRU e
MRUV resulta, tendo dados práticos concisos com a teoria.
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REFERÊNCIAS
Bonjorno, José Roberto, 1946- Física 1:Mecânica ed. 16ª FTD, 1992
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