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Teoria Geral do Processo

2022/2
Prof.ª Me. Isadora Formenton Vargas
Apresentação
 Prof.ª Me. Isadora Formenton Vargas
 Mestra em Argumentação Jurídica junto à Universidad de
Alicante - Espanha e Università degli Studi di Palermo -
Itália (2020).
 Mestra em Direito pela Universidade Federal do Rio
Grande do Sul (2021).
 Especialização em andamento em Gestão, Governança e
Setor Público junto à Pontifícia Universidade Católica do
Rio Grande do Sul (PUCRS).
 Associada titular do Instituto Brasileiro de Estudos de
Responsabilidade Civil (IBERC).
Apresentação
 Integrou a equipe do Procurador-Geral do Ministério
Público de Contas do Estado do Rio Grande do Sul.
 Atua no setor jurídico de Licitações e Contratos junto à
Presidência do Tribunal de Justiça do Estado do Rio
Grande do Sul.
 Membro do Comitê Permanente de Proteção de Dados
Pessoais – TJRS.
 Membro da Comissão Multidisciplinar de Inteligência
Artificial – TJRS.
 Membro do Grupo de Trabalho da Linguagem Simples –
TJRS.
 Autora de obra jurídica (livro), artigos e capítulos.
Plano de Aula e Informações Gerais
 Direito e Processo. Direito Material e Direito Processual. Processo,
cultura, história. Diferenças entre processo civil e administrativo, penal,
trabalhista, eleitoral. Processo Civil e Constituição: normas processuais
fundamentais. Diferença entre negócios jurídicos processuais e outras
formas de solução de conflitos. Fontes do direito processual civil e
interpretação jurídica no Estado constitucional. Direitos
Fundamentais Processuais e Princípios do Direito Processual. Jurisdição:
conceito, caráter substitutivo, finalidades, características, espécies. Princípios
inerentes à jurisdição. Limites da jurisdição. Direito Processual
Internacional. Posições Jurídicas Fundamentais: Ação e Defesa. Ação:
Direito, Pretensão, Ação. Natureza Jurídica. Condições. Elementos. Defesa.
Direito de defesa como Direito ao Processo Justo. Litisconsórcio.
Intervenção de Terceiros. Processo e procedimento: pressupostos,
funções do processo, sujeitos. A estrutura jurisdicional brasileira:
Supremo Tribunal Federal. Superior Tribunal de Justiça. Justiças
Especializadas: Trabalho, Eleitoral e Militar. Justiça Comum: Federal, Estadual
e do Distrito Federal. Competência. Processo e cidadania: a Educação
em Direitos Humanos, relações étnico-raciais e educação ambiental
aplicadas ao processo civil. Atos e prazos processuais.
Plano de Aula e Informações Gerais
 16/08 – Aula em slides + Trabalho (1 ponto – P1 ou
P2) + Presença
 27/09 - PROVA 1.
 29/11 - PROVA 2.
 06/12 - Prova Substitutiva.
 13/12 - Exame.
 Correção das provas: espelho feito pela Professora
com os pontos que deveriam ser tratados pelo aluno em
cada questão, a ser disponibilizado no Portal.
 Presença: (75%) setenta e cinco por cento – 12
encontros, contando a presença na P1 e P2.
Plano de Aula e Informações Gerais
 Avaliação A1 = Prova com peso 10.
A prova conterá 5 questões entre objetivas e discursivas.

 Avaliação A2 = Prova com peso 10.


A prova conterá 5 questões entre objetivas e discursivas.

Observação:
 A nota final será a média aritmética das avaliações. A1+A2= N1/2 = nota final
 (Média necessária para passar sem Exame: 7,0)

 Avaliação Substitutiva - O aluno que faltar as avaliações deve encaminhar seu


requerimento para a coordenação do curso dentro do prazo de 48hs, a partir da prova.
 O conteúdo da prova de recuperação/substituição é de toda a matéria do
semestre, devendo o aluno escolher qual avaliação bimestral deseja substituir no
ato da solicitação.

 Exame = Prova com peso 10.


A prova conterá 5 questões entre objetivas e discursivas,.
Aula I
 Noções Gerais de Teoria Geral do PC
 Da autotutela à Jurisdição
 Diferença com outros âmbitos
 Direito Material e Direito Processual
Plano de Aula e Informações Gerais
 Comunicação com a Professora: a Faculdade definiu que será
adotado meio oficial de comunicação, e-mail. Nas próximas aulas,
será repassado o contato.

 Bibliografia base disponível na biblioteca digital Saraiva:


TESHEINER, José Maria Rosa. THAMAY, Rennan Faria Krüger.
Teoria Geral do Processo. São Paulo: Saraiva.

Outras autoridades no assunto:


Ovídio Batista – Curso de Processo Civil
Cândido Rangel Dinamarco - Teoria Geral do Novo Processo Civil
Marinoni/Arenhart/Mitidiero - Curso de Processo Civil
Noções Gerais de Teoria Geral do PC
 Sistema de princípios e conceitos – úteis e
fundamentais à compreensão e à aplicação do processo
civil.

 Disciplina jurídica dedicada à elaboração, à organização e


à articulação dos conceitos jurídicos fundamentais (lógico-
jurídicos) processuais, que são todos aqueles
indispensáveis à compreensão jurídica do fenômeno
processual, onde quer que ele ocorra. (DIDIER JR.,
Fredie).
Noções Gerais de Teoria Geral do PC
 Por isso é uma teoria GERAL: pretensão UNIVERSAL,
pressupostos para a compreensão do Direito Processual.

 Teoria Geral do Processo é uma parte da Teoria Geral do


Direito, conceitos jurídicos fundamentais (lógico-jurídicos)
relacionados ao processo, um dos fatos sociais
regulados pelo Direito.

 Disciplina filosófica, de viés epistemológico. É ramo da


Filosofia do Processo.
Noções Gerais de Teoria Geral do PC
 Conceitos que servem como pressuposto para uma
abordagem científica do Direito processual positivo, como
processo, competência, decisão, cognição, admissibilidade,
norma processual, demanda, legitimidade, pretensão
processual, capacidade de ser parte, capacidade
processual, capacidade postulatória, prova e tutela
jurisdicional. (DIDIER JR., Fredie) , presunção

 Dominar os conceitos, os pressupostos de uma


teoria, é o que permite formar um excelente
jurista, aplicador do direito, intérprete do direito,
profissional.
Noções Gerais de Teoria Geral do PC
 Quais são os 4 pilares da teoria geral do processo?

 AÇÃO – JURISDIÇÃO – DEFESA – PROCESSO

 Pelo exercício do DIREITO DE AÇÃO, provoca-se a


JURISDIÇÃO, para prestar uma tutela adequada,
tempestiva e efetiva dos direitos, mediante um
PROCESSO JUSTO. Paralelamente ao direito de ação,
garante-se o DIREITO DE DEFESA, DEVIDO
PROCESSO LEGAL.

 CF, Art. 5º, LIV: ninguém será privado da liberdade ou de seus bens
sem o devido processo legal;
Noções Gerais de TGP
 JURISDIÇÃO  PODER  POVO, legitimado pela
CONSTITUIÇÃO, canalizado pelo ESTADO.

 PODER exercido mediante POSIÇÕES JURÍDICAS


e FORMAS, sobre as quais recaem princípios e garantias
responsáveis por COORDENAR essas posições –
equilíbrio liberdade e igualdade.

 RESTRIÇÃO A LIBERDADES – JUSTA, PROPORCIONAL,


RAZOÁVEL, ADEQUADA, EQUILIBRADA 
JUSTIFICAR JURIDICAMENTE  DEVER DE
FUNDAMENTAÇÃO.
Da autotutela à Jurisdição
 Forma histórica de realização dos direitos subjetivos 
autotutela  vencia o mais forte, nem sempre quem
tinha o direito  justiça de mão própria.

 Liberdade e Igualdade: exercício, interferências, restrições


concretas.

 CONFLITO E INSATISFAÇÕES: pretensões não


satisfeitas, desacordos nas relações, ilícito, dano.
Da autotutela à Jurisdição
Meios de resolução de conflitos

 AUTOTUTELA, AUTODEFESA:
1. Uma das partes impõe-se contra o outro – força
2. Ausência do Estado – falta de um juiz imparcial na
tomada de decisões
Da autotutela à Jurisdição
 AUTOCOMPOSIÇÃO - Consentimento
1. Submissão
2. Renúncia à pretensão
3. Transação (concessões recíprocas)
Da autotutela à Jurisdição
 AUTOCOMPOSIÇÃO
- Pode ocorrer dentro ou fora do processo
1. Submissão do réu: reconhecimento da procedência da ação
(CPC, art. 487, ‘a’)
2. Submissão do autor: renúncia à pretensão
(CPC, art. 487, ‘c’)

CPC. Art. 487. Haverá resolução do mérito quando;


(...) III- homologar:
a) o reconhecimento da procedência do pedido formulado na ação ou na
reconvenção;
b) a transação;
c) a renuncia à pretensão formulada na ação ou na reconvenção.
Da autotutela à Jurisdição
 AUTOCOMPOSIÇÃO

3.Transação (CPC, art. 487, ‘b’): consensual, acordo.

CPC, Art. 3º Não se excluirá da apreciação jurisdicional ameaça ou


lesão a direito.
§ 1º É permitida a arbitragem, na forma da lei.
§ 2º O Estado promoverá, sempre que possível, a solução
consensual dos conflitos.
§ 3º A conciliação, a mediação e outros métodos de solução
consensual de conflitos deverão ser estimulados por juízes,
advogados, defensores públicos e membros do Ministério Público,
inclusive no curso do processo judicial.
Da autotutela à Jurisdição
 CPC, Art. 3º, § 3º A conciliação, a mediação e outros
métodos de solução consensual de conflitos deverão ser
estimulados por juízes, advogados, defensores públicos e membros
do Ministério Público, inclusive no curso do processo judicial.

 SISTEMA MULTIPORTAS: Tribunal comprometido em


apoiar e induzir a adoção de métodos mais adequados de
resolução de disputas, tais como a mediação, a conciliação,
a negociação, a avaliação neutra, a arbitragem e outros, é
atribuída ao prof. Frank Sander, de Harvard, em palestra de
1976. Tal conceito e práticas tiveram, inicialmente, maior
difusão entre os países da common Law e vêm paulatinamente
ganhando expressiva dimensão em outros sistemas de justiça.
Da autotutela à Jurisdição
3.Transação (CPC, art. 487, ‘b’)

Seção V
Dos Conciliadores e Mediadores Judiciais
Art. 166. A conciliação e a mediação são informadas pelos princípios
da independência, da imparcialidade, da autonomia da
vontade, da confidencialidade, da oralidade, da
informalidade e da decisão informada.
(...)
§ 4º A mediação e a conciliação serão regidas conforme a livre
autonomia dos interessados, inclusive no que diz respeito à
definição das regras procedimentais.
Da autotutela à Jurisdição
3.Transação (CPC, art. 487, ‘b’)
- Promoção do acesso à justiça

- Capítulo XIX – Da transação - Código Civil –


Art. 840. É lícito aos interessados prevenirem ou terminarem o
litígio mediante concessões mútuas.

- Arbitragem, mediação, conciliação.


ARBITRAGEM MEDIAÇÃO CONCILIAÇÃO
LEI Nº 9.307/1996 LEI Nº 13.140/2015

Art. 1º As pessoas capazes de Art. 3º direitos disponíveis ou sobre direitos CPC, Art. 165, (...) § 2º O conciliador,
contratar poderão valer-se indisponíveis que admitam transação. que atuará preferencialmente nos
da arbitragem para dirimir CPC, Art. 165, (...) § 3º O mediador, que atuará casos em que não houver vínculo
litígios relativos a direitos preferencialmente nos casos em que houver anterior entre as partes, poderá
patrimoniais disponíveis. vínculo anterior entre as partes, auxiliará aos sugerir soluções para o litígio, sendo
interessados a compreender as questões e os vedada a utilização de qualquer tipo de
interesses em conflito, de modo que eles possam, constrangimento ou intimidação para
pelo restabelecimento da comunicação, identificar, que as partes conciliem.
por si próprios, soluções consensuais que gerem
benefícios mútuos.

Juízo arbitral, convenção de Art. 4º O mediador será designado pelo tribunal Tanto a Lei 13.140/2015 quanto o
arbitragem (cláusula ou escolhido pelas partes. Código de Processo Civil tratam a
compromissória) ou intenção § 1º O mediador conduzirá o procedimento de conciliação como sinônimo de
de arbitrar. comunicação entre as partes, buscando o mediação, mas há uma sutil diferença, a
entendimento e o consenso e facilitando a técnica usada na conciliação para
resolução do conflito. aproximar as partes é mais direta, há
participação mais efetiva do
conciliador na solução. Na mediação, o
mediador interfere menos.

Art. 23 - Sentença arbitral Art. 20, p. único: O termo final de mediação, na


hipótese de celebração de acordo, constitui título
executivo extrajudicial e, quando homologado
judicialmente, título executivo judicial.
Dúvida última aula
 Honorários advocatícios e sucumbenciais em caso de
acordo.

 Vamos pensar!
a) Qual a natureza dos honorários advocatícios? Isto
é, ele se presta a garantir o que?
 A natureza é alimentar, ou seja, os honorários
advocatícios servem à sobrevivência do advogado.
Dúvida última aula
 b) Se o CPC estimula o acordo, seria razoável
sacrificar a verba alimentar do advogado? Isto é, como
advogados estimulariam o acordo se não recebessem
por isso?
 Se o advogado consegue solucionar de forma criativa e rápida
o problema do seu cliente, também deve ser remunerado por
isso!

 Art. 48, parágrafo 5º, do Código de Ética da OAB:


 “É vedada, em qualquer hipótese, a diminuição dos honorários
contratados em decorrência da solução do litígio por qualquer
mecanismo adequado de solução extrajudicial”.
Dúvida última aula
 Importância do Contrato:
 O contrato de honorários com o cliente é ferramenta
principal! Mesmo não havendo prejuízo aos honorários
advocatícios em caso de acordo, o advogado precisa prever o
que ocorre, caso não haja êxito.

 Também será necessário arcar com os honorários do


mediador!

 Entende-se que "o pagamento dos honorários advocatícios não


pode ser dispensado pelas partes ao firmarem transação, tratando-
se de parcela autônoma que não lhes pertence, mormente quando
os advogados não participam do acordo (Precedentes)” (STJ. REsp
nº 704.781/SC, Rel. Min. Felix Fischer, Dje de 14/3/2015).
Dúvida última aula
 E os honorários sucumbenciais?

 A resposta encontra-se no art. 90, CPC para os casos de submissão do réu,


transação e desistência do autor/renúncia à pretensão!

 A) ART. 487, III, “A”, CPC – SUBMISSÃO DO RÉU – ART. 90, § 4o:

 Art. 90. Proferida sentença com fundamento em desistência, em renúncia


ou em reconhecimento do pedido, as despesas e os honorários serão
pagos pela parte que desistiu, renunciou ou reconheceu. (…)
 § 4º Se o réu reconhecer a procedência do pedido e, simultaneamente,
cumprir integralmente a prestação reconhecida, os honorários serão
reduzidos pela metade.
 Não basta reconhecer, precisa cumprir integralmente o objeto!!!
Dúvida última aula
B) Art. 487, III, “b”, CPC – TRANSAÇÃO/ACORDO
– Art. 90, §§ 2º e 3º :

 Art. 90 (…)
 § 2º Havendo transação e nada tendo as partes disposto
quanto às despesas, estas serão divididas igualmente.
 § 3º Se a transação ocorrer antes da sentença, as partes
ficam dispensadas do pagamento das custas processuais
remanescentes, se houver.
Dúvida última aula

 C) Art. 487, III, “c”, CPC – RENÚNCIA À


PRETENSÃO – Art. 90, § 1º :

 Art. 90 (…)
 § 1º Sendo parcial a desistência, a renúncia ou o
reconhecimento, a responsabilidade pelas despesas e
pelos honorários será proporcional à parcela reconhecida,
à qual se renunciou ou da qual se desistiu.
Dúvida última aula
 Exemplo acordo:

 PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO MARATAÍZES - VARA


CÍVEL
JUIZ(A) DE DIREITO: DR(A). JORGE ORREVAN VACCARI FILHO
PROMOTOR(A) DE JUSTIÇA: DRº AIRTON FARIA DE SOUSA
CHEFE DE SECRETARIA: JAIR REZENDE FILHO
Lista: 0166/2021
1 - 0003452-26.2011.8.08.0069 (069.11.003452-2) - Execução de Título
Extrajudicial
Exequente: BANCO DO ESTADO DO ESPIRITO SANTO S.A - BANESTES
Executado: ROBERTO MELEIPE DE SOUZA e outros
Intimo os(as) Drs(as) advogados(as)
Advogado(a): 22916/ES - CLARISSA VIEIRA LUZ SOARES Exequente: BANCO DO ESTADO
DO ESPIRITO SANTO S.A - BANESTES

Para tomar ciência do julgamento: Destarte, com alicerce no artigo 487, inciso III, alínea 'b', do
Código de Processo Civil, homologo o acordo celebrado e carreado aos autos, para que
produza seus jurídicos e legais efeitos. Dispenso as partes do pagamento de custas
processuais remanescentes. Honorários de sucumbência, nos termos do
acordo. Transitada em julgado, certifique-se e arquive-se. Diligencie-se.
Dúvida última aula

 Sobre a sucumbência e a relação com a renúncia e a


destistência (art. 90, CPC), sugiro a leitura:
 https://www.migalhas.com.br/coluna/cpc-
marcado/367336/art-90-do-cpc--desistencia-renuncia-e-
reconhecimento-do-pedido
Diferença com outros âmbitos
 Constituição Federal – três tipos de processos:
Legislativo (arts. 5º e s)
Administrativo (arts. 5º, LV, e 41, § 1º)
Judicial (arts. 5º, LV, e 184, § 3º):

Método do Poder Judiciário para o exercício da Jurisdição

 Constituição Federal – art. 22:


Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário,
marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho;
Diferença com outros âmbitos
 Direito processual civil  responsável pelo exercício da
jurisdição, ação, defesa com referência a pretensões
fundadas em normas de direito privado (civil,
comercial) e também público (administrativo,
tributário, constitucional). (DINAMARCO, p. 17).

 Excluem-se do âmbito do processo civil as causas de


natureza PENAL, e, em alguma medida, os processos que
tramitam perante a JUSTIÇA DO TRABALHO ou a
JUSTIÇA ELEITORAL, pois disciplinados por normas
próprias e sujeitos de forma subsidiária à lei processual
civil (art. 15, CPC). (DINAMARCO, p. 17).
Diferença com outros âmbitos
a) Direito Penal é regido por regramentos específicos – Direito
Processual Penal

b) Direito Civil é regido pelo Direito Processual Civil


Centralidade do CPC e também função subsidiária – Ex.: Direito
do Consumidor.

c) Direito Constitucional – CF posição suprema


CPC é a Constituição aplicada ao processo civil: limites, direitos
fundamentais processuais, princípios – DEVER-SER

d) Direito do Trabalho – CLT – Justiça do Trabalho – conflito


trabalhista – direito processual do trabalho
Diferença com outros âmbitos
 Em síntese:

DIREITO PROCESSUAL CIVIL É O RAMO DO DIREITO


PROCESSUAL DESTINADO A DIRIMIR CONFLITOS EM
MATÉRIA NÃO PENAL.
(DINAMARCO, p. 17)

Teoria Geral do Processo e Teoria Geral do Processo Civil


Jurisdição CIVIL, Ação CIVIL, Defesa no PROCESSO CIVIL e
o próprio PROCESSO CIVIL.
Conceitos preliminares
 Relações interpessoais: direito regula mediante
proibições, permissões, obrigações.

 Relações jurídicas: direito regula mediante atribuição a


sujeitos, credor, devedor.

 Estados jurídicos fundamentais:


1. Estado de poder e sujeição
2. Estado de crédito e débito
3. Estado de inexistência de relação jurídica ou estado de
liberdade
Conceitos preliminares
 Direito subjetivo: posição de vantagem que se
consubstancia em uma prestação: tenho a vantagem de
esperar que alguém me pague.

 Direito potestativo: a vontade se consubstancia na


possibilidade de sujeição do outro aos efeitos jurídicos
desta minha vontade.

 Direitos que implicam PRESTAÇÕES (subjetivos) e


direitos que implicam SUJEIÇÕES (potestativo)
Conceitos preliminares
 DIREITOS SUBJETIVOS – PRETENSÃO – PRESCRIÇÃO
 DIREITOS POTESTATIVOS – DECADÊNCIA

 CÓDIGO CIVIL – TÍTULO IV – DA PRESCRIÇÃO E DA


DECADÊNCIA (arts. 189 ao 211)

 Art. 189. Violado o direito, nasce para o titular a pretensão, a


qual se extingue, pela prescrição, nos prazos a que aludem os
arts. 205 e 206.
 DECADÊNCIA: perda efetiva de um direito não exercido
no prazo.
Conceitos preliminares
 DEVERES: imperativo de conduta no interesse alheio,
acarreta desvantagem jurídica.

 DEVER X ÔNUS:
 dever posso exigir da outra parte, interesse alheio
 ônus é interesse próprio, não é exigível pelo outro.
Ex: ônus da prova.

Existem direitos, deveres e ônus materiais e processuais.

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