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Os alunos com Necessidades Educativas especiais

Conceito

Os alunos com NEEs apresentam, normalmente, impedimentos de longo prazo, de natureza


física, mental, intelectual ou sensorial, que, em interacção com diversas barreiras, podem
restringir sua participação efectiva na escola e na sociedade a cerca desse aluno. Fernandes &
Viana, (2009, citado em Magalhães 2003) esclarece ser composto por: alunos com
dificuldades de aprendizagem, problemas de comportamento, deficiência física sensorial
(cegos, surdos e surdos - cegos), deficiência física não - sensorial (paralisia cerebral, por
exemplo), deficiência mental, deficiências múltiplas. Somam-se a este grupo os alunos com
altas habilidades (super-dotação) que necessitam de currículo diferenciado por sua superiora
capacidade de aprendizagem.

Segundo MECB (1994) citado por Namalué (2015, p. 5).

alunos com NEE comportamentais são aqueles que apresentam “manifestações de


comportamentos típicos, portadores de síndromes e quadros psicológicos,
neurológicos ou psiquiátricos que ocasionam atrasos no desenvolvimento e prejuízos
no relacionamento social, em grau que requeira atendimento educacional
especializado.

Assim, podemos concluir que são necessidades relacionadas aos alunos que apresentam
elevado capacidade ou dificuldade de aprendizagem. Esses alunos não são, necessariamente
portadores de deficiência, mais são aqueles que passam a ter uma atenção especial, quando
exigem uma resposta especificadas e adequadas.

Causas

A concepção do ser humano consiste de uma série de factores, sendo o mais relevante, a
genética. Este factor é considerado como o ponto de partida, ou seja, o início da jornada da
criança ao seu desenvolvimento. As características genéticas recebidas pela criança,
naturalmente, são herdadas dos pais e definem a cor, os traços, a personalidade, ente outros
fatores genéticos transmitidos dos pais para os filhos.

Conforme Namalué (2015:5) citando Figueiredo & Miranda, aponta as seguintes causas:
Causas orgânicas: são todos aqueles factores pré-natais como por exemplo os factores
teratogénicos que influenciam no desenvolvimento de anomalias durante a gestação, ou seja,
crescimento anormal ou malformação do feto como, por exemplo, o uso excessivo do álcool,
cocaína e chumbo; Factores pré-natais (Ex.: Anoxias; uso de fórceps; prematuridade);
Factores pós-natais (Ex.: Traumatismo craniano; meningites; encefalites; diabetes) e; Factores
hereditários (Hereditariedade/transmissão genética – estudos com gémeos monozigóticos e
dizigóticos tendo por base os problemas na leitura; familiaridade – tendência de ocorrência de
um problema numa família como, por exemplo, uma dislexia);

Causas educacionais - atrasos de maturação, de acordo com Holderbaum, (2012) refere que a
maturação lenta dos processos visual, motor, de linguagem e de atenção que constituem a
base do desenvolvimento cognitivo/Igualar o currículo ao nível de prontidão da criança.
Estilos cognitivos, forma como um indivíduo percebe, recorda e resolve problemas ao
interagir e estar no mundo/Adequar estratégias aos estilos de aprendizagem da criança);

Causas ambientais: estas causas assentam em teorias que advogam que há factores ambientais
que contribuem para o aparecimento de DA em crianças tidas como “normais”, ou para o
agravamento dos défices que elas possuem, considerando-os como “forças, condições ou
estímulos externos” que colidem com a criança afectando-lhe a suas capacidades de
realização escolar Holderbaum, (2012).

Para além das causas orgânicas, educacionais e ambientais, Namalué (2015, p. 6) aduz ainda
as seguintes causas:

 Mal nutrição e estimulação deficitária;


 Diferenças socioculturais;
 Clima emocional adverso;
 Tóxicos ambientais e;
 Ensino inadequado.

Classificação

Quanto à classificação dos alunos com NEE comportamentais Holderbaum, (2012) classifica
os alunos com necessidades especiais em 2 grupos:
Risco educacional

Os alunos em risco educacional são aqueles que, “devido a um conjunto de factores tal como
o álcool, drogas, gravidez na adolescência, negligência, abusos, ambientes socioeconómicos e
sócio-emocionais mais desfavoráveis, entre outros, podem vir a experimentar insucesso
escolar” (Namalué, 2015, p.6). Para este autor, estes factores, de uma maneira geral não
resultam de imediato numa “incapacidade” ou problemas de aprendizagem, caso não mudem
ou sejam atendidos através de uma intervenção adequada, podem constituir um sério risco
para o aluno, em termos académicos e sociais.

Sobredotação

As crianças e os adolescentes sobredotados segundo Figueiredo & Miranda citado por


Namalué “são aqueles identificados por pessoas qualificadas profissionalmente que, devido a
um conjunto de aptidões excepcionais, são capazes de atingir um alto rendimento” (Namalué,
2015, p. 6). Para este autor, essas crianças e adolescentes requerem programas e/ou serviços
educativos específicos, dentro da designada “Educação para a sobredotação”, diferentes
daqueles que os programas escolares normais proporcionam, para que lhes seja possível
maximizar o seu potencial no sentido de virem a prestar uma contribuição significativa, quer
em relação a si mesmos, quer em relação à sociedade em que se inserem.

Sinais de alerta particularidade do atendimento aos alunos com NEE motriz nas escolas
especiais e na escola inclusiva
De acordo com Correia (1997), citado por Lima (2008, p.14), as crianças ditas normais, que
representam a maioria das pessoas, e através destas temos medidas desempenhos, que são
então e por isso, considerados a norma padrão, logo, aqueles que se desviem dessa norma,
quer por excesso quer por defeito, são aqueles que não são normais e enquadráveis nesta
categoria: a deficiência mental (aqueles que apresentam resultados inferiores á média) e, os
sobredotados ou dotados (que apresentam resultados acima da média).

Segundo Dutra (2014 p.12) refere o seguinte:

a inclusão é afirmar o direito de todos à educação, invertendo o foco da “deficiência”


para a eliminação das barreiras físicas, pedagógicas, de informação e comunicação,
entre outras, que se interpõem no processo educacional e delimitam fronteiras entre
alunos denominados “normais” e “especiais”.
Assim, Para Figueiredo e Miranda citado por Namalué (2015, p.5), os sinais de alerta são:
Problemas de Aprendizagem tais como: dificuldades na linguagem oral; não associação de
símbolos gráficos com as suas componentes auditivas; dificuldades em seguir orientações e
instruções; dificuldade de memorização auditiva; problemas de atenção; e problemas de
lateralidade. Cardoso (2011) enfatiza que, para que haja uma educação inclusiva é necessário
que sejam introduzidas alterações na sala de aula, nomeadamente, a nível dos instrumentos e
estratégias que têm vindo a ser utilizadas até aqui e que precisam ser diferentes; que exista
participação familiar; e o envolvimento da comunidade escolar e do meio envolvente.

A educação inclusiva deve reconhecer e responder às diversas necessidades dos alunos,


adaptando-se aos diversos estilos e ritmos de aprendizagem de modo a assegurar uma
educação de qualidade, utilizando currículos adequados, modificações organizacionais,
estratégias pedagógicas, uso de recursos e cooperação com a comunidade o envolvimento
familiar e o meio envolvente.

Já para as escolas especiais de NEE, devem existir as salas de recursos é um método previsto
na educação especial. Conforme Baptista (2011, citado em Santo, 2014), a sala de recursos
funciona como auxílio à educação especial. Consiste em uma sala da própria escola, com
materiais específicos para a necessidade dos alunos. Essa sala tem como objectivo ajudar os
alunos a desenvolver as suas dificuldades e se manter nas classes regulares.

Ainda nas preceptivas de Santos (2014), o professor dessa sala tem o papel de prestar
atendimento ao aluno e de oferecer assistência e orientação aos demais profissionais da escola
e aos familiares dos alunos. Desse modo, com a proposta da Sala de Recursos na escola, o
aluno com necessidades especiais é matriculado na classe regular de acordo com o seu nível
de escolaridade e realiza um trabalho paralelo, individualizado e especializado neste outro
ambiente.
Conclusão

Apos o odesenvolvimento da pesquisa feita


Referências Bibliográficas

Baptista, Cláudio Roberto. (2014). Acção pedagógica e educação especial: a sala de recursos
como prioridade na oferta de serviços especializados. Revista Brasileira de Educação
Especial. Vol.17. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-
65382011000400006&script=sci_arttext. Disponível: Março 2021.

Cardoso Rosa A. Maria. (2011). Inclusão de alunos com necessidades educativas especiais no
ensino básico: Perspectivas dos professores. Lisboa: Instituto Superior de Educação e
Ciências – ISEC.

Correia, L. Manuel. (2008). Inclusão e necessidades educativas especiais. 2ªed. Porto editora.

Dutra, Bastos de Oliveira. (2014). Inclusão de crianças especiais na educação infantil.


UFPB.

Fernandes L. Tereza & Viana V. Tânia. (2009). Alunos com necessidades educacionais
especiais: Avaliar para o desenvolvimento pleno de suas capacidades. V. 20: São Paulo.

Holderbaum Garcia Guilherme. (2012). Desenvolvimento humano: Concepção e


crescimento. Disponível em: http://www.efdeportes.com/efd169/desenvolvimento-
humano-concepcao-e-crescimento.htm.

Lima, Carlos. (2008). Inclusão dos alunos com NEE. Brasil.

Namalué, A. José. (2015). O segredo está no sentimento: As necessidades educativas


especiais. São Paulo.

Santos, José Gusmão. (2020). Educação infantil: Métodos e estratégias para inclusão. Vol.
41 (Nº 18).

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