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a ” © valor deste conceito 6 mais explicito na soleira 6 0 “INTERVALO On carole toma xe a aqui com 0 encontro ¢ a reconcliagdo entre a rug, um lado, ¢ o dominio privado, de outro, ‘_ ‘A criango sentada no degrau em frente 6 sua cosa esi 5 nente longe do mae para se sentir independent, enti a excitagdo e a aventura do gronde 7 para desconhecido. Mas, ao mesmo tempo, sentade ali no degrau, que & porte dua assim como da cosa, ela se sente segura, pos sabe que sva mae est6 por pert. A crionga se sete em tag ‘do mesmo tempo no mundo exterior. Esta duolidode exis Grocas & qulidade espacial do slera come uma plotaforma, um ligar en que os dois mundos se aye tin ver de extrem rigidomente demarcados . © significado mais amplo do conceito de intervalo foi introduzido em Forum 7, 1959 (La plus grande réalité du seuil) e em Forum 8, 1959 (Das Gestalt gewordene Zwischen: the concretization of the in-between) 5 A soleira fornece a chave para a transico ¢ @ conexéo entre éreas com demarcacées territoriais divergentes tna qualidade de um lugar por direito préprio, constitu, essencialmente, a condigéo espacial para © encontro ¢ logo entre reas de ordens diferentes. Esco1a Monressont, DET (5256) A entrada de uma escola priméria devia ser mais do que uma mera abertura através da qual as criancas sé0 engolidas quando as aulas comegam e expelidas quando elas terminam, Deveria ser um lugar que oferecesse algum tipo de conforto para as criangas que chegam cedo e para 05 olunos que no querem ir logo para casa depois das aulos, ‘As criangas também tém seus encontros e compromisso. ‘Muros baixos em que se possa sentar so 0 minimo a se oferecer; um canto bem abrigado é melhor, mas o melhor mesmo serio uma rea coberta para quando chove. ‘entrada de um jardim de inféncia 6 frequentoda pelos pis - al eles se despedem de seus filhos e esperom por ‘eles quando as aulos terminam. Os pais que esperam os fils tém assim uma bela oportunidade para se conhecer @ ora combinar visitas das criangas és casas dos colegas. Em suma, este pequeno esparo piblico, como local de ‘encontro para pessoas com inferesses comuns, cumpre uma importante fungo social. Como resultado da mais recente ‘ransformagéo, em 1981 (5), esta entrada ndo mais existe vowinio rdtico 3 De Ovenioor, Lak PARA 00505 17,58 Uma éreo coberta na porta da frente, o comero da ".oleira’, € 0 lugar em que dizemos olé ou adeus cos visitontes,limpamos a neve das botas e penduramos guarda-chuva. As entradas cobertas para os apartamentos do abrigo De Overloop, em Almere, sd0 equipadas com bancos perto das ports da frente. As porlas da frente estio dispostas de duos em duos pora formar um alpendre combinado, o qual, porém, &divido em entradas separodas por uma diviséria vertical que se projela a partir da fachada. As meios‘portas petmitem a quem estsjasentado do lado de fora manter confato com 0 inferior do opartamento, de modo que se pode pelo menos ouvir otelefone tocar. Ela zono de entrada é vista como uma extensdo da casa, como se pode perceber pelos capachos colocados do lado de fora. UGOES DE ARauiTETURA ia da cobertura, ninguém precisa esperar fo seja aberta, enquonto a jom chega 0 no chuva até que a pork ctmosfra hosptaeira do lugor dé 0 qu sensactio de que jé est6 quase dentro do casa. Pode-ve dizer que o banco na porta da frente 6 um moive fpicamente holandés ~ pode ser visto em mulls pnioras ulo, Rietveld, por exemplo, etodo por uma mela-porl, trecht, 1924 (59). antigas ~, mas, no no! criov 0 mesmo arranjo, compl ‘em sua famoso casa Schréder. Ut LU PARA 100505 (60) Ns quais possa ser necessério um confalo entre o ineror 0 exterior ~ num lar para idoses, por exemplo, alguns dos moradores passom boa parte de seu tempo no solidéo de seus préprios quarto por causa da mobildade reduzida, esperando que alguém vé vsité-los, enquonto outros moradores que fam do lado de fora também gostariam de algum contato-, uma boa ideia & instolar portas com duos segGes, de maneira que o parte de cima possa ser mantida abertae a parte de baixo, fechada. Essas “meia-portas’ consiem um claro gesto de convite: « porta esté aberta e fechada ao mesmo tempo, ie, sufcientemente fechada para evitar que o intencSes dos que estéo ls dentro fiquem demosiadamente expicitas, mas aberta © bastante para fciitar a conversa casval ‘com quem esté pasando, o que pode levar a um contato mais ifm Em situas A concretizarao da soleira como intervalo significa, em primeiro lugar e acima de tudo, criar um espaso para ‘5 boas-vindas e as despedidas, e, portanto, 6 a fradusio em termos arquiteténicos da hospitalidade, AAlém disso, a soleira é to importante para o contato social quanto as paredes grossas para a privacidade. Condicdes para o privacidade e condigdes para manter 5 contatos sociais com 0s outros so igualmente Necessérias. Entradas, alpendres e muitos outras formas de espasos de intervalo fornecem uma ‘portunidade para a “acomedagéio” entre mundos contiguos. Essa espécie de dispositive dé margem a certa articulagéo do edificio em foco, 0 que requer 60 @ dinheiro, sem que sua fungio possa ser Sigs aaa canta ened Serco ©, por esse motivo, tornase muitas vezes dificil de tealizer, exigindo esforso e trabalho de persuaséo constante durante a fase de planejamento. IENTA URBANA (6-70) ?edificio em forma de meandro, denominado “serpente’, ments, cada um delesprojetado por arquittos diferentes, As escadas comunitérias foram locadas numa sitacdo de ampla luminosidade, bem maior que a do espaco residual costumeiro, em geral de pouca luminosidade Numa residéncia para vérias familias, én ; fase néo deve He sobre medidas arquiteténicas destinadas a preveniro barulho excessvo ¢ a inconveniéncia dos vizinhos; uma atencdo especial deve ser dada em portcular & disposicéo espacial, que pode conduzir aos contatos socicis esperados entre os varios ‘ocupantes de um mesmo edifci. Por conseguinte, atribuimos as escadas mais importéncia do que de costume, ‘As escadas comunitérias ndo devem ser apenas uma fonte de abortecimento no que diz respeito ao cesmulo de sujeta e& limpeza ~ devem servir também, por exemplo, como um playground para as eriangas de familias vizinhos. For esse motivo, foram projetadas com o méximo de luz @ obertura, como ruas com telhado de vidro, e podem ser ‘ovistadas das cozinhas. Os alpendres de entrada abertos, com duas portas, uma opés o outra, expdem oo teritério com 0 qual pouco temos ver, um ‘qual praticomente néo conseguimos Ha um sentimento crescente de que nosso porta ¢ um mundo ho olismo © agress6o, onde nos sentimos . smeagados, nunca em casa, No entanto, tomar esse ventimento generalizado como ponto de partida pars g planejamento urbano seria fatal Cortamente seria bem melhor voltar a0 conceit ofimiste © ut6pico da “rva reconquistada”, que podiamos ver i diante de nés hé menos de duas décodas, Nessa visdo, inspirada pelo prazer existencialista dian da vida no pés-querra (especiolmente 0 Provo, no caso da Holanda), a rua 6 de novo concebida como 0 que: sido originalmente, ou seja, um lugar onde o contato social entre 0s moradores pode ser estabelecide: como uma sala de estar comunitéria. E © conceito de que 0s relacées sociais podem até ser estimuladas pela aplicacéo eficiente de recursos arquiteténicos pode ser ‘encontrado em Team Xe especialmente em Forum, ‘onde, como um tema central, essa questo era devi repetidamente levantada. A desvalorizacdo desse conceito de rua pode ser atribuide aos seguintes fatores: 48 1iGOES DE anouiteTUEA . to do trdfego mot © aument ° doeap recebe; * organizacée sem de reas de acesso as moradias, em particu de vies indiretas e impessoais de acesso, tals como golerias, elevadores, possay nals inevitiveis subprodutos de construcdes muito altas) que diminuem 0 contato com o nivel da rua; + @ anulagao da rua como espago comunitario por causa do assentamento dos blocos; + densidades reduzides de moradias, enquanto 0 rnimero de moradores por unidade também diminui acentvadamente. Assim, a queda da densidade populacional vem acompanhada por um acréscimo no espaco de habitasées por moradores e na largura das ruos. A consequéncia inevitével & que as rvos de hoje estéo bem mais varias do que as do passodo; além disso, @ melhoria no tamanho e na qualidade das moradias significa que as pessoas passam mais tempo dentro de cosa e menos na rug; + quonto melhores os condisées econémicas dos pessoas, menos ela necessitam dos vizinhos, e tendem « fazer menos coisas juntas. A prosperidade crescente parece, por um lado, ter estimulado © individualismo, enquanto, por outro lado, Permite que o coletivismo assuma proporsées além da npreensao, Devemos tentar lidar com esses fatores ~ ainda que o ‘orquiteto seja incapaz de fazer mais do que exercer ‘uma influéncia incidental nos aspectos fundamentais do mudanga social mencionados acima ~ eriando condigées para uma érea mais vidvel de rua onde quer que seja possivel. © que significa que isso deve ser feito no dmbito da organizagée espacial, isto 6, por meios arquiteténicos, " Situages em que a rua serve como uma extenséo comunitéria das moradias sé familiares « todos nds, Dependendo do clima, as partes ensolaradas ou as partes com sombra so as mais populares, mas 0 trafego motorizado esté sempre ausente ou pelo menos longe o bastante para néo impedir que os moradores vejam uns aos outros e possam ser ouvidos. As ruas de convivéncia, que no servem mais exclusivamente como via de trfego e que esto orgonizadas de tal modo que hé também espaso para «3 criances brincarem, esto se tornande uma presenca cada ver mais familiar tanto nos novos conjuntos habitacionais quanto nos projetos de renovaséo ~ pelo menos na Holanda. Os interesses do Dominio PuaLico 49) Pedestre estao sendo finalmente levados em consideracdo, e com a institvigéio da woonerf (érea residencial com severas restrigBes ao tréfego & prioridade total para os pedestres) com base juridica, ele esté reconquistando sev lugar ov, pelo menos, nao 6 mois tratado como um fora da lei. No entanto, ainda que 0 motoristas sejam obrigados a se comportar de modo mais disciplinado, seus veiculos ainda constitver ‘um embaraso, pois so Kao grandes especial, 160 umerosos, que ecupam cada vex mais o espace piblico. Morabias HAARUEMMER HOUTTUNEN (100108 © tema central no Haarlemmer Houttvinen & @ rua como espaco de convivéncia, elaborada em associacdo com Van. Herk e Nogelkerke, A decisto de reservar uma érea de 27 melros para o transito ~ mais relacionada com politica do que com planejamento urbano ~ obrigou-nos a constur dentro desse limite de alinhamento imposto; como resulodo, néo sobrou espago para jardins nos fundos (que, de qualquer modo, ficariam permanentemente na sombra} wie Em suma, essascircunstincias desfavordvels = i.e, orientogo indesejvel ervido de trénsito ~ deixavam claro oe MTs w aque lado norte deveria acomodar a parede de fondo, e, cdesse modo, toda a énfase recaiu automaticamente na rua. de convivéncia do lado sul. Esta rua de convivéncia é acessivel apenas para os carros dos préprios moradores e para os veiculos de entregas; 0 fato de estar fechada ao tréfego motorizado em geral e também a sua largura de ‘sete metros - um perfil inusitadamente estreito pelos padres modernos ~ criaram uma sitvagdo capaz de evocar iga cidade, Os equipamentos necessérios & rua, tois como luzes, estacionamentos de bicicletas, cercas baixas e bancos piblicos, estéo distribuidos de tal modo que epenas ‘uns poucos carros estacionados [6 so 0 bastante para 50 LicbEs De AnOUITETURA abstr pass plantodosérvores para formar um centro mio caminho tote 0s ducs serdes do ruc As estas que 38 pojeton « portir dos fachodas ~ as escados externas e os vorandas © perfil da rue, fazendo-a parecer menos amp do que os sete metros da frente de uma casa olé @ frente de oura. A consequéncia é una zona que proporcona espogo para os terracos das residéncios treo. Estes caneiros com muros baixos no so maiores do que os varondas do primeiro andar; é claro que ndo podiom ser menores, mas a questao & sober sefcariom em maiores. Como oferecem bem menos ve as sacados, podemos nos perguntor se moradores do andar terreo ndo ficom em desvantagem, com as aividades gerois do rua parece ser olroente para muitos pessoas, especialmente quondo a rva readquire olgo de sua antiga qualidade comunitéria, Foram deixodas faixas¢ bero oo lado dos expagos privadosexternos deliberadamente, ficou indefinida a organizago dessas faixos. © departamento de Obras Pablicas ndo resisiv 6 oportunidade de pavimentar esses espacos. Os moradores, ccande plonas al, opropriandorse Jessa 6rea bosicomentepéblica, irugdo civil na Holando tem « tradico de dedicor muita tengo 00s problemas de acesso aos andares mais altos, e uma grande variedade de soluges fi desenvohida 10 pois ~ fedas com o objetivo de dara coda residéncia uma porta de entrada com © méximo de acesto posivel pela rua. No verdode a solugéo que adotames é apenas uma out variagéo de um tema essenciolmente onigo: 2 escodera exerna de ferro conduz © um patamar no primero andor, onde fica o porta do frente de moradio do andar de cima; doi a escadoria continua por dentro do Domino ruauico 5) Reinier Vnkelestode Amstedom 1924 J.C. van pen os 8 1 we te edificio, possando pelos dormitérios da moradia do andor térreo até a moradia do andar de cima. ‘As entradas para as moradias dos andares de cima, localizadas em “varandas piblicas” com vista para rua, no constituem obstéculo para as moradias do andar térreo, mas dao a estas uma espécie de abrigo para suas préprias entradas, Como os escadas so leves e transparent, 0 ‘espaco que fica embaixo delas pode ser totalmente usado para caixas de correo, biccetas e para as brincadeiras das criangas. Houve um esforco considerével pora separar as Greas de acesso ds habitagdes dos andares de cima e os espacos de jardim em frente ds habitacdes do andar térreo. \sso se reflete na definicéo clara das responsabilidades dos moradores quanto a limpeza de suas éreas de acesso. A ‘auséncia de uma definicéo assim to clara resultaria, sem divida, numa utilizagdo menos intensa do espaco disponivel para cada morader © conceito da rua de convivéncia esté baseado na ideia de que os moradores tém algo em comum, que tém expectativas mbtuas, mesmo que seja apenas Porque estdo conscientes de que necessitam um do outro. Esse sentimento, no entanto, parece estar desoparecendo rapidamente de nossas vidas. A cfinidade entre os moradores parece diminuir & medida que aumenta a independéncia proporcionada pela prosperidade. Tal anonimato chega mesmo a ser logiado pelos adeptos do coletivismo da centralizagdo: se as pessoas se relacionam muito entre 'COES DE AtauiteruEA Primero andor Dowinio riniico $y 0 si, hé © perigo de um excesso de “controle social”, eles argumentam. Na verdade, quanto mais isoladas e alienadas as pessoas se tornarem em seu ambiente didrio, mais facil serd controlé-las com decisBes autoritarias. Embora 0 “controle social” no tenha de ser negative por definicdo, ele sem duvide existe, © seus efeitos negativos sd sentidos quando néo podemos fazer nada sem que sejamos julgados e vigiados pelos outros, como em toda comunidade muito concentrada, uma vila, por exemple. Devemos aproveitar todas as oportunidades possiveis para evitar uma separacio rigida entre habitasées € para estimular © que restou do sentimento de Participar de algo que nos 6 comum. Em primeiro lugar, esse sentimento de comunidade esté presente em qualquer interacio social do cotidiano, tal como nas brincadeiras das criangas, no hébito de revezar-se para tomar conta das eriancas, na Preocupaséio em manter-se informado sobre a saéde do outro, em suma, em todos esses cuidados e alegrias que talvez parecam téo evidentes que tendemos a subestimar sua importénc " As unidades de habitagdo funcionam melhor quando ‘5 ruas em que esto localizadas funcionam bem como espasos de convivéncia, 0 que por sua vez depende particularmente de verificar o quanto sao receptivas, ‘em que medida a atmosfera dentro das casas pode s¢ integrar & atmosfera comunitéria da rua la fora, Isto ae mel) fuocd o UIGOES DE ARQUITETURA 6 determinado em grande parte pelo planejamento ¢ pelo detalhamento do /ayout da vizinhanga, CConJUNTO HABTACIONAL SPA IM, BeINKMAN (110, 111) ‘As galerias de acesso no conjunto habitacional Spangen dy Rotterdam (1919) ainda ndo foram superadas no que diz respeito ao que oferecem aos moradores. Como 46 exis portas do frente em um lado desso “rua de convivénciat, gy moradores tém como companhia apenas seus vizinhos imediatos. Isso é uma desvantagem em comparagdo com uma rua normal, onde naturalmente encontramos os vizinhos também do outro lado da rua. No enfanto, em Spangen, o contato entre vizinhos é excepcionalmente intenso, 0 que mostra como ¢ importante @ auséncia do trénsito. Ainda assim, a interagdo que ocorre nos acessos da galeria ndo se estende & rua abaixo, onde fiom os fundos das residéncias, Nao se pode estar em dois lugares «a0 mesmo tempo. 4, ROTTERDAM, 1919 / ‘ALOUAMENTO PARA ESTUDANTES WEESPERSTRAAT (112-15) ‘As unidades de habitacéo para os estudantes casados no’ quarto andar induziram & construgdo de uma rua-goleria, que poderia ser vista como um prototipo para uma rua de convivéncia, livre do transite e com vista para os telhados da cidade velha, £ um lugar seguro mesmo para as criangas pequenas, que podem brincar ali enquanto seus pals podem ficar sentados em frente és suas casos. (exemple em que esse projeto se boseou fo, na verdode © complexo Spangen de 45 anos atrés. m a. | [3 Um dos problemas nas rvas-gleras & a colocacdo dos jonelas dos quartos surge o desvontagem de uma privacidade insufcient sivas do quarto de dormir, de modo que os que eso denro pessam char pela janela com sua visdio acima das cabegos dos pessoas que esto do lado de fora, oo mesmo tempo que 0 jnelaé alta demais para que os que estéo do lado de fora possam olhar para dentro do quarto, CO edificio como um todo acabou se tornando muito menos aberto,e, em consequéncia, « ruc-goleria ndo é mais acessve 00 pblco. PrinclPi0s DE ASSENTAMENTO (116) Podese ver com itso funciona, de uma forma elementar, 108 prncipios de ossentamento adotedos de um modo ou de outro em todos 0s projetos de moradia recentemente consvidos lormir; se se obrem para a galeria, Essa pode ser melhorada ao se erguer o nivel do cho ot \ AA procura por mais espaco e luz solar pora todas as é unidades habitacionois conduzv, no planejamento urbano ; do século XX, ao abandono do até entio habitual ‘assentomento de quadras dentro do perimetr. resultado fi a perda do contraste entre a reluséo tranquila dos pétios cercados e a agitagdo e o barulho do ominio rosuico $5 ie wae ‘to da rua adjacene. As fachadas dando para os rues tram os frentes(e por isso 0s arquitelos concentraram seus taforcos nels), enquonto os fachodas mas informais dos fandes, com suas varandas e vara de roupa ~ olgumas favorecidas por sua orientagéo, outras muito a0 contério =, formavam o chomodo lado de convivéncia, Esse arranjo foi superado pso osentamento em faxas, com hobitgées de ds Kertes, 0 que criou a possiblidade de colocar dos ¢s jardns 00 lodo[diagrama a) importante compreender, potém, que com ese tipo de layout odas os peios da frente de uma fileira de casas déo para os jardins da ppréxima fileira, Assim, todo mundo vive numa meia-rua, por asim dizer, com os espacos entre os blacos sendo essencialmente os mesmos em vez de se alternarem entre © espaco do jardim eo espaco da rua incidentalment, 0 principio de cssenamento em fae permit esa forma de terndncia na medida em que a orientagio seja cdequada (diagrama b}, mas, mesmo se este ndo for 0 caso, vale a pena esforcat-se para assegurar que os frentes dos blocos {isto 6, onde os ports da frente eso localizadas) fiquem ‘uma em frente @ outra (diagrama c) Se as entradas das habitagdes ficam uma em frente @ outra, todos olham para ‘0 mesmo espaco comunitério ~ vocé pode ver as criangas tran GOES DE ARaUITETURA do vizinho soindo opressadas de manh para excl seu relégio esté atrasado de novo?) Mas ter uma viso completa de seus vizinhos também poe estimuloro bisilhotce, motivo pelo qual, com es pode ‘assentamento, é ainda mais importante, do que com 0 tipo | gue as janes e 0 polo da fen sejom posconadaas bastante cuidado em relagio as da casa opesta, de tl mode cue se possa oferecer a coda entrada pelo menos dune privacidade,capaz de protegéa conta indiscgio ercesiva, No caso dos tradicionols esquemas de quads fechados de moradias, todos os jardins e todas as eed ficam uns em frente aos outros. As éreas dos jordins tem, portanto, uma natureza diferente daquela dos éreas do na ovat Crescents, Bath, INGLaTERRA 1767 / J. Wooo, J. (117-119) Embora certamente néo tenham sido projetadas com © objetivo de contribuir para a interagao de vizinhos, af fachadas curvas dos “crescentes” de Bath so particularmente interessantes nesse aspecto. Por causa da concavidade da curva, as casas ddo ume para as outras, Eo mesmo efeito de quando estamos: trem e os filhos deserevem uma curva: por um ma podemos ver os outros vagées cheios de passageiros presenga néo tinhamos notado aind. Uma fachade com as casas voltadas para a mesma drea natureza comunitiria da érea. Enquanto 0 lado céncavo de uma fachada pode © sentimento de comunidade, 0 lado convexo faz com que as casas, por assim dizer, se dos ‘outros, contribuindo assim para a Noturolmente, & Ye compreender que a arguitetura dos moradis € 0 p enfregues 6 res iente 4 sva volta foram sabilidode do smo homem, que, além 30, ndo fez nenhuma distingdo entre a arquitetura e o planejamento urbono, conseguindo assim gjustar moradias teambiente de tol modo que se ornaram partes complementares de um todo dnico, © conjunto habitacional Rémerstadt esté sitvado num suave decve &s margens do rio Nidda. AS ruas paralelas seguem « diregéo do vale. Embora pudesse parecer evidente, neste caso, om rvos em terrago, planejar coerentemente os jacdns na encosta do vole, decidiu:se colocar as portos de entrada das fileiras de cosas uma diante da outra de ambos 1s lados do caminho. A desigualdade entre os dois lados de entrada, resultado da orientagéo e de uma (leve} ciferenga de nivel, foi compensada pela orgonizacdo do espoco da rua de tal modo que as casas que ficavam do iodo com jardinssituados menos favoravelmentetinham ‘uma rea verde na frente. Um detalhe caracteristico é que a pavimentagdo da calcada termina um pouco antes da fochada, deixondo uma esteita fsixo va bem co lado da parede do lado norte. Este é um spaco ébvio para os plantas, e as trepadeiras podem subir pela fachodo, omenizando a sua rigidez. Het Geny, Monapis 124128) leyout do conjunto habitacional “Het Gein" em Amersfoort & de tl ordem que o énfase recai especialmente sobre a ualidode dos ruos de convivéncia. O terreno foi dividido, 10 medida do possivel, em blocosrelose longos e ruas fardllas. A primeira vista, isso oferece menos, € no mais variedade que o layout convencional, mas a ideia & que "as rete ranquilas conslitvem um ponto de partida mois odlequado para as variagées dentro dos loteomentos. ‘amo um sistema de urdiduro e rama: enquonto a urdidura 1985 1934 vowinio rintico $7 a ns ” ow {0s rvos) num pedaco de pano constui uma estrtura forte [ainda que sem cores se for necessério), a trama dé cor ao tecido, Um requsio importante, porém, é que as ruas de convivéncia sejom mantidas livres do trénsio tanto quanto possve, Devs muita atencio aos peris das rua; eles ndo ‘apenas sBo essenciais para a qualidade de cada moradia individual, como também para a maneira como estas se inter-elacionam, As fachadas e, por conseguinte, tombém 108 portas das moradias ficam uma defronte & outra, duos a dduas, nos dois lados da rua. As ruas tém orientagdo de sudeste para noroest, que significa que um lado recebe mais sol do que o outro. E por isso que as ruas estéo ‘assimetricomente organizadas: os espagos de estacionamento ficaram num Gnico lado da rua - 0 lado da sombra, O outro, o lado do so, fem uma ampla érea verde, As habitagées com as portas da frente para o lado do sol , por consequéncia, com jardins do lado com mais sombra foram compensadas com um espaco extra (1,80 m de lorgura) ao longo da fachado, que pode ser sado para LUGOES DE AtauiTeTUtA insiolr alpendres cobertos, estuas,toldos eoutos ‘confor individvas. Esses acréscimos foram forneido ga 16s logo no inicio para uma série de moradias, © que pa cslimular os ocupantes de moradias semelhantes a segue tases exemplos,s0fiverem 0s recursos para isso. A mong ‘como esta zona vier a ser usada por fodos os envolvides

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